maxrocha Max Rocha

Uma reflexão sobre os valores que cultivamos...


Paranormal Not for children under 13.

#vida #morte #reflexão #espiritualidade
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UM ANO IMPACTANTE







Dizem que a cada 100 anos, a humanidade passa por um processo de reinvenção de seus valores. Verdades incontestes são trituradas e as prioridades são redefinidas.


Egos são detonados; pretensões de supremacistas são reduzidas a pó, uma vez que diante da ameaça invisível ninguém é mais capaz que o outro. Armas e discursos odiosos de nada valem.


Ao contrário, a estupidez torna o indivíduo mais vulnerável à sua própria extinção. As adaptações evolutivas porém, são insidiosas e muitos não são capazes de assimilá-las a tempo. Darwin já o sabia.


Eu estava entre esses ineptos...


Ironicamente, agora que estou morto, desfruto de mais tempo para usar minhas conexões neuronais fantasmas para sua verdadeira função:


PENSAR.


Impressionante como não nos damos conta do quão irrelevante para nossa sobrevivência é se preocupar com o modo de vida dos outros; suas preferências étnicas, religiosas, políticas ou sexuais.


Enquanto me preocupava com ameaças irreais fui tomado pelo que desprezei. Agora, devidamente morto, compreendi a insignificância deste tipo de comportamento. Como fui capaz de viver sob tamanha cegueira? De positivo, posso dizer que agora encontrei a paz. Pena que um pouco tarde.


Meu nome? Não tenho mais um...

April 2, 2021, 5:59 p.m. 2 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Max Rocha Médico e escritor amador, a procurar nas letras um alento para o cotidiano. Especialização na área do envelhecimento, mas com contato frequente com diversas faixas etárias, familiar e profissionalmente, fato inspirador de diferentes motivações literárias. Interesso-me por ficção histórica e científica, suspense, misticismo e mistério com um toque de humor. Às vezes enveredo pelo tom crítico e motivacional. Escrevo ouvindo música instrumental relacionada com o tema no Spotify.

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Afonso Luiz Pereira Afonso Luiz Pereira
Grande Max, agora com ares de filósofo e traz à luz suas ponderações sobre o feio comportamento do homem, às vezes até preconceituoso, de querer julgar a vida dos outros. O amigo está coberto de razão dentro dos aspectos apontados como preferências étnicas, religiosas, políticas ou sexuais. Nesta questão não há o que discutir. Agora, há que se destacar o que você falou em relação ao processo de adaptação a cada 100 anos. Este ano, de modo bem atípico, o comportamento dos outros pode afetar, sim, a sobrevivência dos outros. Esta pandemia deveria trazer um pouco desta reinvenção que você fala. Ótimas considerações, meu bom!
April 03, 2021, 02:43

  • Max Rocha Max Rocha
    Concordo Afonso. Não devemos julgar, mas sim pensar coletivamente... April 03, 2021, 20:24
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