tomasrohga Tomas Rohga

Numa noite de chuva forte, Janise avista uma silhueta correndo do outro lado da rua. Já não restam muitas pessoas depois que os demônios surgiram, então quem seria louco de se arriscar daquele jeito? Janise luta consigo para não se envolver, mas tem a estranha sensação de que conhece aquela pessoa...


Short Story Not for children under 13.

#maria #olhos #Veem #escuro #tormento #oculto #Janise #luna #gato #Contornos #noite #distopiabr
Short tale
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***


Janise arquejava, correndo a vista da lata caída para o gato cinza.

A tampa se abrira com o impacto, espalhando toda a conserva pelo piso do mercado. O cheiro de pêssego açucarado fez o estômago de Janise dar um salto e o gato, sem perder tempo, começou a lamber o chão.

— Luna! — sibilou a garota.

Olhou para um lado e para outro. Jogadas no escuro, a única claridade provinha da luz espectral saída da lanterna na mão de Janise.

Apontou para uma das extremidades e depois para a outra, analisando o corredor solitário. Ainda sentia o nervosismo reboar no peito como pancadas de um martelo. Era sempre a mesma sensação venenosa de pavor depois de um barulho alto; desde que tudo acontecera há seis meses…

Prestando atenção ao silêncio, Janise respirou fundo na tentativa de controlar a pulsação. O pote em conserva despencara com estardalhaço suficiente para se fazer ouvir à toda volta e o retinir metálico ainda ecoava pelos corredores. Agachada, começou a contagem: cinco… seis… sete… dez segundos e nada… a barra estava limpa.

Desencostou-se da prateleira e, engatinhando, aproximou-se de Luna, a gata, e dos pêssegos, apanhando a tampa de latão polido e encarando a si mesma. Roçou a mão pela bochecha, fazia semanas que não espiava a própria aparência.

Janise fechou a cara para o reflexo e a pele suja e o rosto jovem repetiram a expressão irritada. Empacotada numa profusão de tecidos, sabia precisar urgentemente de um banho, mas ribeiros não eram seguros, considerando a possibilidade de aguardar pela próxima chuva (que, pelo céu do lado de fora, não devia estar longe de cair).

Ela levou a mão às costas e arrancou o machete da mochila. Há pouco enrolara alguns centímetros de fita isolante no punho do objeto, notando como a pegada aderira melhor. Com a esquerda, puxou uma pequena faca serrilhada do interior da bainha à cintura e a fincou em um dos pedaços da compota que deslizara pelo azulejo. Afundou a lâmina no pêssego e o levou à boca – já devia estar vencida há algum tempo, mas o adocicado lhe arrancou uma lágrima logo na primeira mordida.

— A barra tá limpa? — A menina mirou a gata com a lanterna, enxugando os olhos com as costas da manga. — A gente precisa de um pouco de sal, que acha?

Luna esquadrinhou o corredor sem sair do lugar e se voltou para Janise, miando com entusiasmo. A gata começou a se afastar, caminhando acima de prateleiras vazias com a garota em seu rastro, até se defrontarem com a visão solitária de um mercado tão desolado quanto os corredores que deixavam para trás. Quase tudo já fora saqueado.

Sem pestanejar, a gata prosseguiu, desviando-se dos obstáculos e subindo em caixotes enquanto vasculhava e farejava o ar. Janise, no entanto, estacionou antes de chegar ao caixa, batendo o machete contra o metal das registradoras.

O som, mais uma vez, ecoou pela quietude.

Estavam sozinhas afinal, tal como fora pelos últimos meses. Janise expirou com cansaço, apanhando as duas sacas de sal que jaziam ao lado do caixa e as enfiou na mochila já cheia com garrafas d’água, comida em conserva e ração para gato.

— E aí? Achamos um bom abrigo, não? — comentou para a gata.

Luna miou satisfeita.

De súbito, o clarão cortou o interior do mercado, seguido pelo rugido do trovão. Janise guardou a faca, mas segurou o machete com ainda mais firmeza. Luna bufou nervosa e arrepiou a pelagem, pulando de cima de um caixote e correndo para as portas de vidro da saída.

Era noite e a chuva enfim despencava, gélida como a morte.

Havia algo pelo lado de fora que a gata mirava fixamente, atitude estranha o suficiente para fazer Janise engolir em seco. Nada de bom vinha depois das encaradas de Luna.

Então lançou o facho da lanterna contra as portas e divisou um borrão amarelo surgir e sumir do outro lado da rua. Uma pessoa? Naquele átimo, teve a fortíssima impressão de que a conhecia, mas antes que pudesse procurar na memória, entendeu depressa do que ela corria.

Luna chiou mais uma vez, levando Janise a desligar a lanterna no susto. Mesmo assim, foi testemunha do momento em que as gotas de chuva se deformaram contra o ar, como se uma presença enorme e invisível marchasse lentamente pela tempestade, mostrando que tinha corpulência, mas não forma.

A garota respirou fundo. Não era problema dela. Sabia que não era, então por que apertava o machete com tanta força? Tentou contar até dez. Mas… mas e aquele borrão amarelo? Era uma capa de chuva, não? Parecia a capa daquela pessoa… será?

Quando deu por si, Janise já havia mergulhado na noite.

Ela corria pela rua; a lanterna acesa contra a chuva. Luna vinha em seu encalço, mas na escuridão úmida, já perdera o borrão de vista.

Ela se deteve contra o muro de uma casa e se agachou, apagando a lanterna. A rua era um breu danado sem a única fonte de luz para iluminá-la, mas Janise sabia que precisava economizar a bateria tanto quanto não podia ser descoberta.

— Cadê o Invisível? — sussurrou para a gata. Aos pés dela, Luna fixou o olhar num ponto à esquerda. Em dois cliques rápidos, Janise acendeu e desligou a luz, mas fora tempo mais que suficiente para cravar na memória a imagem das gotas escorrendo contra algo que estava lá, mas, ao mesmo tempo, não estava. Naquele instante ínfimo, também foi capaz de divisar a figura de capa amarela ainda fugindo pela chuva.

Não tornou a acender a lanterna, guiando-se pelos ruídos de passos chapinhando pelas poças. O vento estava forte àquela noite e Janise sentia frio, mas não desistiria depois de ter ido tão longe. O medo também oprimia, mas com Luna ao lado dela, acompanhando-a como uma sombra, conseguiria suportar.

— Desvie do Invisível, menina! — sibilou para a gata, ao sentir o cheiro forte de enxofre provindo da criatura mesmo abaixo de chuva tão forte.

Luna obedeceu, fazendo uma volta maior que a necessária enquanto era seguida pela garota. A dupla contornou a área até que avistou o borrão amarelo atravessar as portas de uma igrejinha decrépita. Janise seguiu até a construção e, ao alcançar a pequena escadaria de acesso, arrancou a faca da bainha, erguendo o objeto diante dos olhos e distinguindo em sua lâmina polida, mas ensopada, o reflexo à distância de uma criatura imensa que era apenas carne e podridão.

Sacudiu a cabeça e, deixando o aguaceiro para trás, também adentrou na capela.

Estacou de imediato ao observar o interior iluminado por uma boa quantidade de velas e que a figura de capa de chuva desacelerava ao se aproximar de um grupo de seis adolescentes; meia dúzia de gatos se espalhava aos pés do bando.

Luna rosnou no lugar, ao passo que Janise redobrou a força com que apertava o machete e o capuz amarelo era baixado, revelando feições tão jovens quanto as dela mesma. Escancarou a boca. Janise realmente conhecia aquele rosto.

— Maria…? — perguntou sem se mover, correndo dela para os outros. — O que faz aqui?

— Janise, eu… — tentou a garota.

— Tá ignorando minha presença, Janisinha? — questionou o rapaz ruivo mais à frente dos outros. Tinha ares de ser o líder do bando.

— Lúcio? — A voz de Janise ecoou sob o teto elevado. — É melhor vocês fugirem daqui. Tem um Invisível lá fora.

O grupo de adolescentes gargalhou, olhando de um para outro.

— Sabemos disso — caçoou Lúcio, descansando as mãos sobre os ombros de Maria. — A sua amiguinha aqui pisou feio na bola com a gente e, para não ser expulsa do nosso grupo, pedi que se mostrasse útil. Ela nos contou que você não precisa de um gato; que consegue enxergar demônios com a lâmina da sua faca. Quando soube disso, confesso que pirei. De que material ela é feita, hein? — Ele riu. — Fiquei magoado de nunca ter contado uma coisa dessas para os seus velhos amigos, Janise. Em todo caso, meu gato achou seu rastro e cá estamos nós. Vimos quando entrou no mercado, mas seria fácil para você fugir, então, para provar que continuaria conosco, a Maria aqui se ofereceu de isca e você mordeu feito um peixinho. Não é hilário?

— Não, Janise. Não é verdade! Não acredite no Lúcio. Eles mataram a minha gata. Fui obrigada!

Lúcio a soltou depressa, encarando Maria como se fosse um pedaço de estrume. A garota da capa de chuva se afastou desabalada, detendo-se somente ao alcançar um pilar de sustentação. Abraçou-o.

— Agora não tem aonde ir — disse Lúcio, voltando-se para Janise com súbita seriedade. — Está encurralada entre nós e o demônio aí de fora. Se quiser sair viva deste lugar, me entregue a faca.

Janise arregalou as órbitas, paralisada demais para mexer a boca. Sentia como se um buraco tivesse se aberto diante de si.

— Eu não disse que ele só queria nos usar, Maria? — rugiu perturbada, fazendo o grito ecoar sob o forro esburacado da igreja. — Foi por isso que sumi de lá. Lúcio está para completar dezoito. Está desesperado para encontrar um meio de não ser comido. Sempre foi assim.

— D-do que está falando? — balbuciou Maria, tinha os olhos marejados.

— Eu descobri uma coisa… foi assim que os nossos pais… foi assim que os adultos morreram. Por algum motivo, eles são devorados pelos Invisíveis, mas agora a comida está acabando. É questão de tempo até virem atrás de nós.

Lúcio tinha os dentes rilhados. Berrou:

— Pare de inventar história!

— Mas… até que faz sentido, não acha, Lúcio? — arriscou outra garota do grupo de adolescentes. — Há meses não vemos nenhum adulto.

— Não. Não faz, cacete!

— Você sabe que estou certa, Lúcio — rebateu Janise. Abriu um sorriso febril. — Tenho certeza que já nem é a primeira vez que ouve isso. Andou escutando os rumores que contam pelas estradas? De que Deus liberou sua fúria sobre os pecados da humanidade? Estamos no inferno, caso não tenha percebido.

— Se você não calar a merda dessa boca, vou matar o seu gato e fazer você engoli-lo. Termine com isso, Maria!

Ela encarou Janise demoradamente, mas não saiu do lugar.

— Tudo bem — disse a ela. — Tudo bem, Maria. Vou entregar a faca. Está na minha mochila.

A garota da capa de chuva se aproximou com cautela, os olhos envergonhados de culpa e, ao suprimir a distância que a separava de Janise, vasculhou encabulada no compartimento às costas dela.

— Mas só tem sal aqui dentro — comentou, arrancando a saca do interior da bolsa.

Num gesto rápido, Janise riscou a embalagem com a lâmina, cobrindo tanto ela quanto Maria numa nuvem pálida de cristais.

— Luna, AGORA!

E a gata obedeceu, bufando muito, muito alto; ecoando pela capela e assustando todo mundo.

De repente, ouviu-se um rompante e uma força invisível surgiu destruindo parte da igreja, arrasando bancos, estátuas e cruzes ao devorar, de uma só vez, quase todos do bando. Lúcio ainda tentou fugir, mas seu grito foi sufocado quando se elevou no ar como se por mágica e desapareceu um segundo depois, como se a própria realidade o tivesse engolido. O sangue escorreu liquefeito, flutuando enquanto pingava pelo piso.

Todos os gatos haviam se dispersado, e agora só sobrara Janise, Luna e Maria.

Devido ao rombo da estrutura, a tempestade invadira o recinto e escorrera até os pés do trio. Janise sentia o compasso dos tremores enquanto garras translúcidas se abriam enormes sobre as poças de água, aproximando-se cada vez mais e mais delas. O cheiro de enxofre impregnava o ambiente como um miasma.

Quando o Invisível parou, Janise engoliu o hálito daquela respiração pestilenta. A criatura fungou duas vezes, como se o próprio ar sorvesse nuvens de vapor.

A dupla prendeu a respiração, passando segundos de terrível expectativa até que o Invisível pareceu dar meia-volta e finalmente se afastou dali, abrindo espaço pela chuva e pela noite.

— Meu Deus… — Maria liberou o ar. — Pensei que ele fosse nos comer.

— Talvez fosse — respondeu Janise. — Mas não com todo esse sal sobre a gente.

Maria refletiu por um segundo.

— Como… você sabe dessas coisas, Janise?

— Tive de aprender a sobreviver.

A garota baixou os olhos.

— Sinto muito sobre o que fiz. Devia ter acreditado em você desde o início… sobre o bando do Lúcio.

Janise maneou com a cabeça, num gesto para que não se preocupasse.

— Para onde está indo afinal? — tornou Maria.

— Litoral de São Paulo. Ouvi rumores sobre um grupo de sobreviventes que aceitam gente nova.

A garota da capa de chuva enrubesceu.

— Será que há lugar para mais uma…?

— Só se acharmos outra gata pra você. Não posso usar minha faca o tempo inteiro.

Ela aquiesceu vacilante, mirando a gata cinza, que a encarava de volta com seus olhos de topázio. Luna miou simpática.

— Parece que sua admissão foi aprovada no nosso grupo — brincou Janise.

Maria sorriu, coçando a cabeça de Luna.

A gata se deitou a ronronar. Ainda teriam muitos quilômetros de estradas arrasadas pela frente.

Feb. 12, 2021, 12:42 a.m. 28 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Tomas Rohga Um reles garimpeiro de palavras. Comecei a escrever ainda criança na mesma tarde em que terminei de ler o primeiro livro. Desde então, passei a vagar por este mundão munido apenas de uma ideia na cabeça, um caderno embaixo do braço e uma caneta na mão.

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Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Olá, Tomas! Primeiramente, gostaríamos de agradecer a sua participação no #DistopiaBr! Ter vocês, autores, nos apoiando com suas histórias incríveis e participando ativamente deste desafio nos deixou realmente felizes. Antes de qualquer coisa, gostaríamos de parabenizá-lo pela construção de um clima de tensão que realmente nos fez prender a respiração. Contornos na Chuva conseguiu nos causar muitos sentimentos, mesmo revelando as emoções dos personagens apenas através das atitudes deles, o que muito fortaleceu a narrativa. Além disso, nos sentimos ainda mais apegados quando descobrimos que uma coisa tão pequena, frágil e fofa quanto um gatinho era fundamental para a trama: o guia perfeito para os seres humanos que vivem no Brasil que você teceu. No que se refere ao tema da história, apesar de ser retratada em terras brasileiras, o quesito distópico fica a desejar, uma vez que o tom de Contornos na Chuva está focado no tema pós-apocalíptico: o país se encontra devastado desde o aparecimento dos Invisíveis, responsáveis por exterminar os adultos, e agora os jovens remanescentes tentam sobreviver contando com recursos escassos. É possível encontrar elementos de desespero no decorrer da narrativa, mas sentimos falta do principal para se construir um enredo de distopia: a extrema opressão e privação, a sociedade. A ambientação da sua história é algo que merece destaque, em principal por conta da criação da atmosfera: a forma como pistas são posicionadas na narrativa para que nos preparemos para um momento de caos, a maneira como a chuva e a noite contribuíram para criar algo ainda mais assustador, principalmente quando pensamos sobre um monstro que não podemos ver. É interessante também observar os personagens e suas relações. O recurso narrativo utilizado para descrevê-las não faz uso de algum flashback ou de narrações extensas para explicar as ligações que um personagem tem com o outro. Esses pormenores são feitos através dos diálogos, que criam no leitor não somente uma percepção do presente, quanto remetem ao passado, explanam as motivações e sublinham quais os sentimentos de um para com os demais. Foi um artifício que você, como autor, conseguiu utilizar muito bem, nos dando a quantidade exata de informações, que por sua vez deram a entonação perfeita ao texto e ajudaram a construir o clima de mistério e tensão que paira no ar. Com relação à sua gramática e ortografia, Tomas, apenas temos que parabenizá-lo pelo ótimo trabalho. E queremos salientar a beleza da simplicidade das palavras que você escolheu para compor as falas dos personagens, o que muito combinou com o fato de todos serem adolescentes. Sua proposta para o desafio foi, literalmente, de arrepiar! Aproveitando a construção de um universo já existente e de sua autoria, você mesclou o clima pós-apocalíptico com gatinhos e nosso bom e velho Brasil como cenário. Contornos na Chuva deixa os leitores presos às palavras em cada linha, escritas com maestria, e nos faz ansiar pela resolução do que teria acontecido com Janise, Luna e sua mais nova companheira Maria: afinal, chegaram com vida ao litoral? Foram capazes de se unir ao grupo de sobreviventes? Teriam topado com quantos Invisíveis no caminho? Deixamos registrado aqui nossos parabéns por ter criado uma obra envolvente, e sem dúvidas vamos dar uma olhadinha nas demais obras do universo ao qual pertence. Obrigada pela sua participação, foi muito bom poder contar com você neste desafio e esperamos poder vê-lo em outros. Os resultados serão divulgados em breve nas nossas mídias sociais. Fique de olho e boa sorte!
March 06, 2021, 21:47

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Agradeço imensamente pelo comentário. Apesar de não ter vencido, fico feliz com a oportunidade de ter participado. Seus apontamentos quanto à história vão me ajudar ainda mais a melhorar como escritor, então agradeço mais uma vez. Vocês são demais, Equipe Inkspired! March 08, 2021, 10:40
A. G. Mars A. G. Mars
Caralho! Adorei a história! Foi uma cena tão rápida, mas tão bem feita e autoexplicativa! Embora eu me estresse um pouco com a ideia de adolescentes sozinhos, nesse conto faz sentido a sobrevivência deles. Finalmente uma distopia com adolescentes e faz sentido! kkkkkkkk Por um momento achei iriamos contemplar zumbis, mas sua ideia foi MUITO mais original! Parabéns pelo conto maravilhoso!
March 05, 2021, 11:14

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Obrigado A. G! Fico feliz demais que tenha gostado. Eu realmente queria dar um sentido melhor pra um bando de adolescentes sozinhos num mundo distópico do que simplesmente usar o famoso "todo mundo é órfão porque sim". Seu comentário fez o meu dia <3 March 06, 2021, 19:50
Alexis Rodrigues Alexis Rodrigues
Amei o conceito de trabalhar com gatos para ver o que não somos capazes ♡ ouvi dizer que gatos, cachorros e crianças pequenas são capazes de enxergar e ouvir coisas de outro mundo que a gente já não costuma ver, então quando vi esse conceito aqui, fiquei toda boba ♡ Amei seu conto ♡
March 03, 2021, 07:20

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Nossa, Alexis. Eu amo gatos (tenho 4) e realmente acredito nesse negócio de eles serem sensitivos a um mundo além do nosso. Quis passar um pouquinho desse meu sentimento com o conto. Fico realmente feliz que tenha gostado!. March 03, 2021, 10:37
Henrique Carvalho Henrique Carvalho
Como já disse, seus personagens me cativaram ainda mais do que Robert Neville e seu cão em "Eu sou a lenda"! Se esse conto tiver uma continuação não deixe de me avisar! Não sei explicar o porquê mas enquanto lia, imaginava a história em forma de anime na minha cabeça! Sucesso e parabéns!
March 02, 2021, 19:51

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Agradeço pelo comentário, Henrique (e pela paciência com a minha lerdeza hsuahuhas). Em verdade estou publicando a história "Olhos Que Veem no Escuro" que conta como as coisas começaram 6 meses antes deste conto. Fico muito feliz que tenha gostado. March 03, 2021, 10:34
Arnaldo Zampieri Arnaldo Zampieri
Li todos os comentários antes de escrever aqui. Eu não posso dizer nada que já não tenha sido expressado por outros leitores. Foi ótimo ter lido teu texto e obviamente estarei acompanhando os próximos, além dos já publicados.
March 02, 2021, 19:32

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Muito obrigado pelo comentário, Arnaldo! March 03, 2021, 10:31
 Silva Silva
Posso estar soando repetitivo com o meu comentário mas eu realmente achei a participação dos gatos muito original, dentro da temática do desafio, com certeza foi algo que eu não esperava e me surpreendi bastante com o seu conto. A narrativa cativa e dá aquela curiosidade até o final. Meus parabéns! Gostei muito de conhecer Janise e outros personagens.
March 02, 2021, 00:16

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Muito obrigado pelo comentário, Silva. Fico feliz demais que tenha gostado! March 02, 2021, 17:10
Izzy Hagamenon Izzy Hagamenon
Olá, Thomas! O que falar do seu conto? Estou estarrecida até agora. Sua escrita é muito boa e a história é maravilhosa. Me deixou muito curiosa sobre o futuro dessas personagens e o passado também. Como a protagonista conseguiu tanto conhecimento? E tipo, como vai ser quando elas chegarem no litoral de São Paulo? Talvez eu não consiga dormir por conta da curiosidade. Acho que já deu para perceber que adorei sua história né? Boa sorte com o desafio.
March 01, 2021, 21:26

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Muito obrigado pelo comentário, Izzy. Este conto faz parte de um universo maior. Estou publicando "Olhos Que Veem no Escuro" semanalmente, que conta como tudo começou 6 meses antes desse conto. Enfim, fico muito feliz que tenha gostado! March 02, 2021, 17:05
Jade Wu Jade Wu
Cara, um dos contos mais interessantes que já li. Muitas perguntas ficaram ainda, e de alguma forma você conseguiu me fazer me preocupar e torcer por essas personagens que acabei de conhecer. Arrasou muito, brother. Um mundo muito interessante, curioso e único. Foi uma leitura muito boa mesmo.
March 01, 2021, 21:15

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Muito obrigado por ter lido, Jade. Fico imensamente feliz pela mensagem. March 02, 2021, 16:48
Isís Marchetti Isís Marchetti
Oi, Thomas! Que conto top, o fato dele ser invisível e o tão conhecido invisível foi o que deixou o clima mais pesado e simplesmente me fez grudar os olhos no texto até chegar no final. Parabéns por mais um projeto incrível, ficou muito top!
February 28, 2021, 03:09

Alex Lorenzo Alex Lorenzo
Dizem que os escritores têm predileção por gatos e que eles aparecem bastante em vários tipos de história. Gostei de ler seu texto dando aos gatos uma participação de destaque, também gosto deles. Seu texto passou tensão e emoção e a ideia do Invisível atiçou a curiosidade. Parabéns pelo texto!
February 18, 2021, 23:36

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Obrigado por ter lido, Alex! Fico feliz que tenha gostado. February 18, 2021, 23:57
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Olá, Tomas! Tudo bem com você? Me pegou de jeito com esse monte de gato na história, hein! Só conseguia pensar em como seria louco meu gato Tobi, medrosinho como é, tendo de me guiar no seu mundo. Coisa boa não ia dar. Adorei os personagens da sua história. Você conseguiu mostrar bastante deles mesmo sem ter se aprofundado de fato no passado e nas emoções deles - o que é um feito e tanto. Normalmente nos nos agarramos aos sentimentos pra cativar, em especial em narrativas tão tensas quanto a sua. E você escolheu usar os acontecimentos em vez disso. Adoro essa pegada. Ah, e esse demônio... Uh, eu gostei bastante do fato de ele ser invisível (a não ser pra nossa guria, claro. Acho que também ia querer essa tal faca). Aquilo que a gente não consegue ver é bem mais amedrontador. Parabéns pelo conto, tá muito gostoso de ler.
February 15, 2021, 12:59

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Que coisa boa ler este comentário, Karimy. Bom saber que estou no caminho certo com minhas narrativas. Muito obrigado por ter lido. February 16, 2021, 11:48
Perfil Inativo Perfil Inativo
Que história incrível, Tomas! Eu adorei. Pude sentir toda a tensão, como se eu estivesse acompanhando Janise e a Luna de perto. Achei a ideia incrível e o enredo muito bem trabalhado. Parabéns e boa sorte no desafio!
February 13, 2021, 22:36

𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 . 𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 .
Ai, Tomas... aí você acaba com a minha imparcialidade usando logo gatos como peças tão importantes pra tua história. Tocou bem no meu ponto fraco, poxa! Aí não vale. 🤣 Achei a premissa de Contornos na Chuva super interessante com a presença dos Invisíveis, o uso dos gatos como guias... amei as informações cruciais para a história apresentadas através dos diálogos, quando normalmente se usaria um recurso de descrição. É interessante também ver a reação de cada personagem a elas, dá pra sentir a tensão pairando no ar quando Janise encontra Lúcio e Maria. E quando acaba, fica um gostinho de quero mais. Percebi que o conto foi ligado a um universo, e já deixei a história principal na minha lista pra poder acompanhar tudo de Tormento Oculto com todos os detalhes. ♡ Boa sorte no desafio e muito obrigada pela tua participação!
February 13, 2021, 14:02

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Eu simplesmente amo gatos. Tenho 4 em casa, e a verdade é que esse universo do Tormento Oculto meio que surgiu para homenageá-los kkkk Agradeço muito a confiança, Amy. Espero que se divirta acompanhando essas histórias. Agradeço a oportunidade. February 13, 2021, 17:38
CC C Clark Carbonera
Ah, eu amo gatos! Seu conto tá demais! A descrição das cenas, a sintonia que a Janise tem com Luna, a aparição do Invisível e a maneira como você apresentou a problemática da história junto da "disputa" com outro grupo sobrevivente foi muito boa mesmo. Vi que esse conto faz parte do seu Universo Tormento Oculto (pode me considerar um novo seguidor dele ~só a descrição já me deu vontade de clicar e saber mais!) e possivelmente das suas coleções de histórias, mas mesmo que eu não tenha lido nenhuma delas ainda, essa participação no Desafio só me fez ter mais vontade de conhecer esse Universo louco que você criou!! Parabéns!!
February 12, 2021, 12:26

  • Tomas Rohga Tomas Rohga
    Poxa, muito obrigado pelo comentário. Fico feliz demais que o conto tenha conseguido lhe chamar a atenção. De fato é uma distopia meio maluca. Repleta de gatos e demônios kk February 12, 2021, 15:33
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