izarodrigues Izabelly Rodrigues

Uma garota criada sob a proteção de seus avós, parte para estudar fora de seu país a fim de garantir um futuro melhor, porém descobre que o mundo tem muitas tentações, estilos e sabores para ser experimentados e sua juventude pronta para ser explorada em um mundo totalmente novo. Ao conseguir a liberdade que tanto desejava, descobre que o mundo pode esconder perfeitas armadilhas, e a faz ter dúvidas de suas decisões, sendo assim amaldiçoando o seu sexo. Até que aprende que ser mulher é muito mais do que o sexo frágil. Diana prova o pão que o diabo amassou, mas enfrenta de frente os problemas da vida e prova ao mundo ser exatamente o que duvidavam dela: Forte.


Romance For over 21 (adults) only.

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Férias

Itanhaém! Itanhaém! Itanhaém!

Gritavam duas crianças eufóricas quando a mãe pediu opinião para qual praia queriam passar as férias escolares em dezembro.

Diana conseguiu programar suas férias junto com a dos filhos e iria conseguir aproveitar, mais o tempo com os garotos depois de longos 15 meses trabalhando sem parar, saindo cedo e chegando tarde em casa. Mal dava tempo para colocar as crianças para dormir, ou assistir um filme na companhia do marido. Já fazia tempo que não sabia mais o que era novela das 9. Enquanto seu marido teve a liberação de 15 dias de folga nos períodos de Natal e ano novo. Assim que o período de festas terminasse, teria que voltar ao trabalho, o estágio em direito estava sugando suas energias, mas era isso ou não veria a formatura.

As malas já estavam prontas e tudo o que deveriam levar à praia já estava guardado como um quebra-cabeça no porta-malas do Ecosport preto. Passaram no mercado para comprar doces, salgadinhos, água e refrigerantes para aguentar a viagem.

Quando todos os produtos estavam nas sacolas e a conta paga, os garotos apostaram uma corrida até os bancos traseiros, sentaram e colocaram o cinto de segurança como sempre mandou o pai, somente esperando a carro partir do estacionamento. Eles estavam ansiosos para viajar. Todo o ano era uma praia diferente, um passeio diferente e isso animava qualquer vida infantil.

— Não é tão longe quanto pensei. — Disse o pai olhando o caminho pelo Google Maps. — Litoral Sul Paulista 123, 3 km - Itanhem.

— Itanhaém. — Corrigiu a esposa. — Você ainda fala de um jeito engraçado.

— Algumas palavras são estranhas.

— Está há 3 anos aqui, já devia ter aprendido.

— Você é muito exi.. egi.. gente.

— Exigente.

— É bem isso, aprendi muito todo o tempo que estou aqui. — Ele sorriu debochado e ela retribuiu com carinho.

— Indo pela Rodovia dos Imigrantes e passando pela BR-101. — falou a esposa voltado ao assunto original.

— Não é tão longe, acho que vamos chegar rápido. — disse o homem animado.

— Depende do trânsito, né? Estamos em período de férias, todo mundo passa o final do ano na praia. Vai ter muito trânsito, pode esperar aí umas duas ou três horas de viagem.

— Tá maluca! Não vai levar tudo isso. — falou o homem arrumando o retrovisor central.

— Se esqueceu como funciona São Paulo?

O homem apenas sorriu e deu partida. O estrondo do motor ecoou e fez o carro estremecer levemente, à medida que ia se aquecendo fazia todas as peças começarem a trabalhar e a mover o automóvel para fora do estacionamento. Como esperado, a estrada estava cheia de carros e passaram um pouco mais de duas horas nas filas enormes do pedágio, como previsto por sua esposa, mas aos poucos quando passavam pelas praias, o trânsito ia se dissipando e cada família seguia seu caminho de férias. A estrada foi ficando livre e todos já podiam aumentar um pouco mais a velocidade.

— Mamãe! Tem um carro seguindo a gente. — falou o mais velho ao olhar o movimento pela janela traseira do carro.

— Ele deve estar indo pra praia também, amor. É o mesmo caminho. — respondeu a mãe mexendo no rádio do carro procurando alguma estação de música agradável.

— Mas ele está desde o mercado, será que ele mora na nossa rua? — O menino brincava entre as linhas de desenho da janela traseira, imaginando pequenas estradas e seu dedo era uma espécie de carro veloz.

— Talvez... — falou a mãe despreocupada.

— Filho, senta direito. Eu preciso ver através da janela. Seu cabeção está atrapalhando. — brincou o pai.

— Eu não tenho cabeção, você que tem. — disse o menino ofendido se endireitando no banco.

— Tô cansado. — reclamou o mais novo.

— Nós já vamos chegar, filho. Aguente mais um pouquinho. Você quer água? — perguntou a mãe mostrando a garrafinha de água ainda fechada. O menino apenas negou com a cabeça, parecia desanimado.

O pai da pequena família olhou no retrovisor central, e de fato havia outro carro atrás, um Siena prata, mas como sua esposa havia dito ao filho, era provável que estava apenas seguindo a estrada para o litoral assim como eles, o que seria perfeitamente normal.

As horas foram passando e o destino se aproximando cada vez mais, deixando as crianças ansiosas e mais tranquilas. No caminho, ao observar pela janela escura com insulfilme puderam se deparar com as paisagens de fazendas que pareciam minúsculas se observado da distância que estavam, com animais pastando e outros descansando sobre a grama verde, mais à frente um lago e bem no horizonte as águas azuis do mar, ainda não era possível ver a praia ou as ondas, mas só o fato de estar mais próximo do destino era reconfortante. Ainda mais depois de todo tempo que estavam na estrada. Em outro ponto quando já no círculo da montanha rochosa, após passar pelo túnel de luzes amarelas e ter de volta a audição que antes fora tampada pela pressão da altitude, era possível ouvir os ecos de águas caindo. Um aroma doce, água pura de uma cachoeira, enfeitava a imensa montanha, e nutria a vegetação e musgo que cobria a base da rocha.

O filho mais novo baixou o vidro da janela ao seu lado, sentiu prazer em ter os cabelos dourados jogados para trás com a força do vendo forte, seus olhos mal se abriam com a pressão da ventania, o sol que já se mostrava presente em uma temperatura de 22° C, aquecia com velocidade o seu braço encostado na janela.

— Olha, meninos, a cachoeira. Um dia temos que visitar pra vocês conhecerem. — A mãe se virou para trás e apontou para a janela esquerda na direção da imensa cachoeira. Onde o seu mais velho ergueu o corpo para ver melhor, abriu a janela para visualizar a beleza natural.

— Mamãe? A água da cachoeira não acaba? — questionou o mais novo.

— Não, filhote. — Ela sorriu com a pergunta ingênua e voltou a sua posição inicial. Pegou mais alguns salgadinhos e ofereceu aos filhos.

— Nunca?

— Nunca, amor.

— E de onde vem tanta água? — perguntou o menino ainda curioso.

— Do rio, filho. — Agora quem respondia era o pai.

— Que rio?

— Eu não sei, deve ser algum rio lá em cima.

— Um dia vamos te levar lá e te mostramos, amor. Aí a mamãe te explica depois como funciona, tá? — disse a mulher ao menino, e ele apenas assentiu.

Ao entrar finalmente na cidade de Itanhaém, os meninos suspiravam de alívio. Bastava atravessar três quarteirões e já estariam desfazendo as malas no Praiano de Itanhaém, hotel de três estrelas de frente ao mar.

— O carro continua atrás da gente. — falou o mais velho novamente.

— Ele vai pra o mesmo hotel que a gente, ué. — comentou o irmão mais novo.

Matt olhou novamente pelo retrovisor e agora parecia preocupado, mas esperava que tudo não passasse de coincidência. Sua esposa percebeu a sua reação e olhou para trás a fim de ver o carro, reparou que havia somente o motorista, mas por conta do insulfilme da janela traseira, talvez não estivesse vendo direito. Ela olhou para o marido buscando uma resposta, ele balançou a cabeça e sorriu, apertou sua coxa com carinho, mas firme em uma forma de tranquilizá-la. Talvez aquilo fosse apenas coincidência, muitas pessoas estavam indo à praia, e não seria de total estranheza alguém ir sozinho, ou quem sabe iria encontrar alguém que já estivesse no hotel.

O farol fechou e Matt parou no sinal, não havia ninguém atravessando, poucas pessoas passeavam nas ruas, talvez muitos estivessem cansados da viagem e estavam aguardando o almoço.

Tudo aconteceu em um piscar de olhos. Quatro disparos, sangue, dor e gritos vindos das crianças e de sua amada esposa. Os meninos foram arrastados do banco traseiro para o Siena, a mulher em desespero correu para pegar seus filhos, sua reação foi movida por medo e instinto materno, deixando o marido sangrar, ela correu para evitar o sequestro de suas crianças.

A porta do motorista foi aberta com rapidez e violência, a vítima não teve nem tempo de saber o que estava acontecendo e recebeu quatro tiros no abdômen. Em seguida: o agressor abriu a porta traseira, soltou o cinto de segurança de ambas as crianças, arrancou o mais velho para fora, pelos cabelos, e segurou o mais novo pela camisa, uma vez que o menino se recolhia na porta oposta a evitar o estranho. Assim que viu que sua tentativa era falha, segurou com força a criança pelo braço ainda mantendo o mais velho sob seu domínio. Uma vez que ambos estavam fora do carro, ele arrastou os garotos para o banco traseiro do Siena travando as portas com a chave automática, a mulher que até então estava apavorada com a situação do marido, se soltou do cinto de segurança e saiu do carro aos tropeços para salvar seus filhos, ela recebeu um soco no rosto e caiu desnorteada no chão. Os espectadores que passavam pela rua ficaram sem reação, alguns paralisaram de medo, outros correram para evitar se envolver na confusão. De dentro de um restaurante, um homem que observava a tudo da janela já acionava a polícia, enquanto outra pessoa a ambulância.

O agressor não estava preocupado com as testemunhas, estava arrumando um jeito de colocar a mulher no carro e sair de lá o mais rápido possível. Ao pegá-la pelo braço e a arrastar até o carro ela olhou em seus olhos, e seu pavor aumentou. Ela sabia sobre o que se tratava e estava com medo. Ela se debatia sob domínio do agressor e gritava por socorro, mas ninguém veio a seu resgate.

Matt estava perdendo sangue, ficando tonto e todo o seu corpo apresentava calafrios, a consciência estava indo embora, os gritos de desespero de sua família começaram a ficar distantes e soavam como ecos em um pesadelo. Àquela hora, ele só pôde chorar e se lamentar por não ter prestado mais atenção, pensava que tudo ficou resolvido em seu país, e que agora seria feliz. Estava mais do que enganado, a promessa que o agressor lhe fez anos antes estava se concretizando, se amaldiçoou por não ter acreditado. Agora estava impotente e prestes a perdeu sua família. Como foi que chegou a esse ponto?

Um cidadão que estava aos arredores ouviu os gritos e resolveu agir por conta própria. O agressor iria fugir com a mulher e os garotos antes que a polícia pudesse chegar. Ele tinha que fazer algo.

O herói não se intimidou com o 38, ele se jogou contra o agressor e o imobilizou, trancando seu pescoço com um mata leão, passou suas pernas em volta do tronco do homem imobilizando-o, enquanto gritava para todos chamarem a polícia. O herói era muito forte, corpo grande, parrudo e dificultou a fuga de sua presa, que na tentativa disparou um tiro para trás acertando de raspão sua barriga.

Diana tirou os filhos do Siena e os colocou de volta ao Ecosport, voltou ao banco da frente para ajudar a estancar o sangue do marido.

— Papai! Papai! Papai! — chamavam os meninos em choro.

— Meu amor, meu amor, fica comigo, querido, fica comigo! — A mulher chorava e o chamava enquanto pressionava com um pano fino sobre a barriga do marido.

— Papai, não morre. Por favor! — chorou o mais velho.

— Filho, calma. Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.

Ela tentava acalmar a criança ao mesmo tempo que se ocupava em manter o homem acordado. Os meninos só podiam chorar.

— Meu amor, por favor, fica comigo, fica comigo, não me deixa aqui sozinha. Eu te amo. — Ela chorava.

— Eu... não vou... — Fraquejou as palavras. Ele segurou uma mecha longa dos cabelos cor de salsicha de sua amada, estava mais do que desesperado lutando contra a morte.

A polícia chegou primeiro e prestaram socorro à vítima, a ambulância chegou em seguida e continuou o trabalho, enquanto o agressor estava sendo detido pelos policiais. O herói que atendida pelo nome de Welinton também recebeu atendimento da ambulância, e se direcionou junto aos policiais para prestar depoimento sobre o ocorrido.

Diana também deveria prestar depoimento logo após sair do hospital.

As férias estavam arruinadas.

Diana ligou para os sogros e pediu que se encontrassem na praia e assim continuassem as férias com as crianças, para mantê-los distraídos, enquanto ela ficava no hospital com o marido e depois fosse a delegacia para prestar queixa.

Seu marido iria passar por uma cirurgia para remover as balas que ficaram em sua barriga, uma delas perfurou o intestino e os médicos precisavam agir rápido para evitar uma infecção, nada poderia ser feito a não ser esperar a cirurgia acabar. Diana dormiu no hospital, enquanto aguardava pelos sogros. Acomodou seus filhos nos bancos do hospital e torcia para que eles se animassem pelo menos um pouco quando os avós chegassem.

Sra. Hilary era uma mulher baixa e gordinha, seus cabelos loiros já se tornaram brancos a muito tempo. Enquanto seu filho passava pela delicada cirurgia ela só podia rezar, para que Deus poupasse seu amado filho. Enquanto os procedimentos estavam sendo seguidos a sra. Hilary passou a noite com o marido e os netos no hotel.

— Seu marido está fora de perigo. — disse o médico cirurgião. — Conseguimos remover as balas e evitar o pior.

— Eu posso vê-lo? — perguntou Diana.

— Ainda não, a hora da visita será somente amanhã, hoje ele precisa descansar. Sei que a senhora está ansiosa, mas só amanhã ele poderá receber alguém.

— Tudo bem, obrigada doutor.

Nada poderia ser feito naquele momento. Diana se dirigiu até a delegacia para prestar queixa contra seu agressor, para sua sorte havia poucas pessoas na fila de atendimento então não demorou muito para que ela estivesse na frente do delegado contando tudo o que havia acontecido. Duas horas depois do depoimento, Diana volta novamente para o hospital para aguardar o horário da visita.

Não demorou muito para que muitas pessoas começassem a comentar sobre o crime ocorrido, nem mesmo a imprensa perdoou e respeitou o momento da família. Até mesmo o agressor, tentaram entrevistar, mas percebendo que ele não queria abrir a boca com os jornalistas, a imprensa não pôde saber o motivo concreto para o crime. Alguns policiais sofreram tanta pressão e insistência dos jornalistas que resolveram ser entrevistados, tudo para se livrar de uma vez dos parasitas. Informaram o que a impressa precisava para fazer uma matéria. E muitas delas, mentiras.

📷

"Em entrevista com o capitão da PM, Afonso. Disse que o homem que atirou contra Matthews é Britânico e não fala português, o homem cujo nome não foi revelado veio ao Brasil apenas para conversar com a ex esposa Diana, mas que a mulher teria se recusado. O homem contou à polícia que vivia com Diana em Londres e com ela teve dois filhos, mas que foi enganado pela esposa e traído. Contou também que a ex mulher antes de voltar ao Brasil, roubou 100 mil libras da conta poupança do casal com a ajuda de seu atual companheiro, que era seu amante na época. Na tentativa de conversa, o acusado revelou que tentou negociar a guarda das crianças e que ela teria negado o direito a paternidade. Ele veio ao Brasil na tentativa de pedir a guarda dos filhos na justiça, mas que acabou se descontrolando e agredido o marido e a ex mulher. Ele disse que se arrepende e pede que isso não interfira na decisão do juiz de deixar ver os filhos. “Só o que quer agora, é o direito de ser pai." — Dizia a Repórter na TV.

Tudo isso se repercutiu e Diana junto com sua família que era vítima, se tornou a culpada por todos os acontecimentos, apenas pela declaração do agressor, e especulações das pessoas.

A mulher não podia ir à padaria comprar pão, que era questionada sobre o depoimento de seu ex marido, ou apenas para acusá-la de safada e traidora interesseira.

As coisas ficaram ainda piores quando as férias haviam terminado e as crianças voltaram aos estudos. Ouvindo as acusações através dos pais, muitas crianças começaram a perturbar seus filhos, proferindo os palavrões que ouviam dos adultos.

O marido ainda internado sem previsão de alta, um agressor ainda preso no Brasil em um caso sem solução, seus filhos sendo vítimas de bullying e ela perseguida no trabalho. Tudo isso estava virando um inferno, mesmo que ela fosse a vítima, as pessoas queriam e faziam questão de lhe apontar o dedo, sem nem ao menos ouvir o seu lado da história.

Cansada das acusações, Diana ligou seu computador e começou a gravar um vídeo e em seu interior esperava não se arrepender, pois odiava se expor e ter que voltar as memórias de seu passado que tanto queria esquecer, apenas para dar satisfações a sociedade hipócrita que criou maníacos iguais ao seu agressor.

— Eu... — começou Diana — Oi, eu sou Diana Hanns Block, esposa de Matthews James Block e mãe de Dylan Hanns Block e Ryan Hanns Block. — Ela respirou fundo e continuou. — Há dois meses eu e minha família fomos atacados por um maluco e desde então as pessoas vem colocando palavras em minha boca, me acusando de várias coisas, e perturbando meus filhos. Quero dizer que não é nada disso que vocês estão pensando. Ele não é nenhum coitadinho, ele não é uma vítima. É um criminoso manipulador, um monstro. Eu tenho recebido mensagens em meu Twitter e Facebook de pessoas que nunca souberam da minha existência me acusar de interesseira e vagabunda. Tenho algumas mensagens que eu gostaria de ler pra vocês, somente para mostrar que não estou mentindo.

"Diana, vc não passa de uma vagabunda interesseira que escondeu os filhos do cara, agora q vc já tirou tudo dele pelo menos deixa o cara ver os filhos, sua puta." – Alexandre o gostoso.

"Mulher só dá valor quando apanha. Espero que quando esse coitado sair da carreida a justiça possa perceber que o grande mosntro e vc piranha do cacete" – Luana P. Silva

— Ela não teve nem a decência de escrever direito. — Caçoou Diana. — Não acredito que foi uma mulher que escreveu isso.

"Quem foi que deu direito a mulher ser independente? Antigamente se mulher fizesse isso comigo eu lhe dava uma surra pra ficar dura no chão." – Seu Zé.

— Meu deus! Ainda existe homens assim?

"Algumas mulheres hoje em dia são tudo vagabunda interesseiras mesmo não importa o que vc diga meu bem, quando puta nasce ela sempre permanece puta." – Joelma. D

— Tem outras muito piores. Não sei o que se passa na mente dessas pessoas. — Continuou Diana após ler as mensagens — Ok.... Eu vou contar minha história e vou dizer a vocês do porquê que cheguei a esse ponto. Depois, vocês podem continuar me acusando ou não. Tirem suas próprias conclusões.

O quarto estava escuro, era mais de meia noite, mas Diana queria terminar com aquilo o mais rápido possível, estava com os olhos inchados de tanto chorar, estava cansada e triste pelas acusações, triste pelo sofrimento dos filhos, pelo estado do marido e com medo de que seu agressor fosse solto. Suas lágrimas começaram a cair, seu nariz vermelho a fungar e ela na frente do computador direcionando aquele vídeo direto para o YouTube, torcia para que fizesse alguma diferença em sua vida, ou que pelo menos as pessoas tivessem mais consciência.

— Confesso que estou odiando ter que contar isso a vocês, é muito doloroso, mas se vocês deixarem a minha família em paz depois desse vídeo.... Eu só quero viver em paz. — Ela voltou a chorar, limpou o rosto na manga da blusa e continuou. — Eu sou Diana, Di ou Ana, como preferir e o que eu estou prestes a contar é a história da minha tragédia atual, e ela começou há 10 anos.

Dec. 20, 2020, 3:53 a.m. 0 Report Embed Follow story
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