joaovilarcunhal João Vilar Cunhal

Phallus é a primeira experiência literária de João Vilar Cunhal, residente em Lisboa. O livro, conjuga erotismo com ocultismo. Conta a história através dos olhos de Lucas, um rapaz jovem que acidentalmente encontra alguns objetos que o colocam em contato com uma Ordem Secreta e confere-lhe alguns poderes sobrenaturais. VERSÃO REVISADA E ESTENDIDA!


LGBT+ For over 18 only.

#sobrenatural #misticismo #ocultismo #lgbt #erótico #gay
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Capítulo 1

Ainda é extremamente cedo para dormir, mas Lucas não tem nada melhor para fazer. Passa os inícios de noite, como sempre, de um site para outro e assim o tempo vai passando. A sua juventude e os seus hormônios levam-no em busca de algum entusiasmo e de corpos nus.

Masculinos, claro. Lucas já desde muito cedo tem a consciência da sua sexualidade e isso nunca provocou confusão na sua cabeça.

- O que procuras? – diz um desconhecido num chat adulto – Ativo ou Passivo? Qual o tamanho do teu... ?

Bolas. Sempre as mesmas perguntas. Os chats já começam a ficar aborrecidos demais para o seu gosto. Assim que esse tipo de pergunta é feita, fecha logo a janela do chat, pois já não tem paciência nenhuma para respondê-las. Ninguém tem uma conversa descente na sua opinião. Se é para acabar, como habitualmente, a masturbar-se pela webcam, qual a finalidade de utilizar sempre as mesmas frases? O que interessa ser ativo ou passivo se estão virtualmente próximos? Aborrecido.

Lucas com os seus 19 anos feitos há poucas semanas, ainda não tinha passado de encontros virtuais e um raro episódio de sexo oral na escola que preferia esquecer e que por sinal correu muito mal. Ainda pagava caro por esse dia.

O seu corpo era magro e sem músculos evidentes. A sua altura um pouco acima da média para a sua idade, fazia parecer ainda mais magro. Barba não era coisa com que tivesse que se preocupar, eram raros os pelos no seu rosto que apareciam esporadicamente perto do queixo, solitários e fáceis de remover.

Sempre quis ter os músculos mais desenvolvidos, porém a sua absoluta falta de interesse na prática de esportes mantinham o seu corpo esguio e sem definição. Apesar de tudo, gostava do seu corpo como estava.

Pronto, pensou. O melhor é fazer o trabalho sozinho, fechar os olhos e fantasiar com alguém. Dessa vez o escolhido é o seu melhor amigo, por quem costuma fantasiar muitas vezes. Limitava-se apenas pela fantasia, pois Antônio não parecia estar aberto para novas experiências. É uma pena, é seu amigo desde a infância e nunca ganhou coragem de tentar algo mais com medo de estragar a amizade. Ele também é magro, lisinho, porém de baixa estatura e muito bonito. Tem um corpo do jeito que gosta, peito definido e um traseiro perfeito.

Só de pensar nele já começava a sentir a ereção e estava pronto para começar a tocar-se. Gostava de prolongar o máximo possível e para isso tinha que por vezes fazer uma boa pausa, mantendo a ereção durante este tempo. Sabia que Antônio não devia fazer o mesmo pensando em si, mas não era isso que tirava a importância daquele momento.

Lembrava sempre nessa hora das poucas vezes que conseguiu ver Antônio nu. Era coisa que nunca esqueceria. Ele tinha um belo pênis e aparava os pelos com todo o cuidado. Durante a adolescência, tiveram alguns momentos onde masturbaram-se juntos vendo filmes eróticos, mas nunca se tocaram. Teve por diversas vezes a sensação de que ele olhava para si discretamente, mas talvez fosse apenas impressão e resolvia não abusar da sorte. O dele devia medir uns bons 18 centímetros, um pouco maior do que o seu. Era um pouco curvado para cima, como que um arco perfeito. O seu não tinha nenhuma curva.

Lembra como se fosse hoje o momento que viu Antônio ejacular sobre a barriga rija, fazendo com que simultaneamente tivesse o orgasmo mais forte da sua vida, comparável apenas – imaginou – a um dia que pudesse tê-lo dentro de si. Mas por enquanto, isso só aconteceria nas suas fantasias.

Depois de algumas pausas, já sabia que o momento estava próximo e não iria aguentar por muito tempo. No escuro do quarto, apalpava o lado direito do colchão em busca da sua meia escondida, útil para essas horas. Era a sua “meia da alegria”, como costumava chamá-la, para onde jorrava todo o seu prazer e assim evitava ter de se limpar. Como gostava daquela meia. Já o acompanhava há diversos anos.

O momento estava bastante próximo quando a encontrou e só houve tempo suficiente de colocá-lo dentro dela e ouvir o fogo-de-artifício. Não conhecia nada melhor do que o orgasmo. Parecia que o mundo acabava ali por alguns instantes.

Agora já conseguiria dormir, mas a lembrança de Antônio pairava ainda na sua memória como se ele tivesse realmente participado daquele momento por alguns instantes.

Oct. 19, 2020, 12:08 p.m. 0 Report Embed Follow story
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