bura03 Bura _

Apaixonar-se é divino, exceto se você for um demônio; Apaixonar-se é natural, exceto se você amar um anjo; Apaixonar-se é renovador, exceto se ela for um anjo da Morte.


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

#maldição #amor #anjos #demônios #morte #drama #end #vida-eterna #romance #nalu #fairy-tail #FT
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Capítulo Único ― Tudo por amor

"É preciso levar em conta a pobre e triste condição do homem. Os homens começam com medo, coitados. E terminam por fazer o que não presta. Quase sem querer. É medo.” ― O Alto da Compadecida (Ariano Suassuna)


Ser a Morte não é um emprego que alguém quer ter, carregar a alma de um terreno nos primeiros momentos após desencarnar não é uma função que anjos e demônios queiram realizar; anjos por não aguentarem ver o desespero de certas almas e demônios por simplesmente acharem tedioso, por isso, caiu sob os ombros dos mestiços fazerem o trabalho sujo. Sim, existem anjos que acabaram por cair nos jogos carnais e prazerosos das demônias ou vice-versa.

Os híbridos nascem inférteis e são separados de seus pais desde bebês, passam toda sua existência levando as almas de qualquer criatura para seu julgamento. Não é um trabalho fácil ou que se tenha orgulho, é preciso ter muita frieza, entretanto, Lucy nunca demonstrou insatisfação pelo que fazia. A loira já estava acostumada, faziam mais de trezentos anos que ela fazia esse trabalho, tempo o bastante até para que ela parasse de odiar os pais: a mãe, uma anja inocente, que caiu nos encantos de um demônio acreditando que teria amor verdadeiro e o pai, um demônio, que só queria se divertir sem ter que admitir suas responsabilidades.

Ela abriu o portal até o lugar onde a morte ocorreria e mesmo estando na parte mais escura do beco conseguia ver bem o que ocorria à sua frente:

― P-por f-favor! ― Viu o homem murmurar com as últimas forças. ― M-me deixe vi-viver. ― Implorou à criatura a sua frente tossindo um pouco de sangue.

― Viver? ― Ele perguntou retoricamente com sarcasmo na voz e ela não pode deixar dar um sorriso de lado. ― Para quê? Para você matar mais daquelas pobres mulheres, seu verme? ― Disse em tom de repúdio. ― Você é a escória da raça humana. ― Falou antes lançar a esfera de fogo em direção ao homem que se tornou a única fonte de luz daquele beco escuro e sujo. A luminosidade do fogo daquele demônio foi o bastante para iluminar até mesmo a parte em que Lucy estava e ela caminhou a passos curtos e calmos até o corpo que era consumido pelo fogo sob a melodia dos gritos do homem que era queimado vivo tal qual uma bruxa na Inquisição. O seu assassino não parecia ligar muito para os gritos que ecoavam no local e se virou para ir embora calmamente.

― Mais um? ― Natsu ouviu a voz calma dela soar atrás de si e não pode conter o sorriso. Ele até havia esquecido que ela sempre aparecia naquelas horas. ― Você anda me dando muito trabalho, Natsu. ― Ela disse num tom divertido enquanto se aproximava da alma que se desprendia do corpo. A alma estava presa em agonia pela experiência traumatizante de ser queimado vivo e mais ainda por presenciar seu antigo corpo ser consumido pelas chamas até virar cinzas no chão de barro. Lucy abriu um portal até o Plano Superior e conduziu a alma do humano até o Julgamento Final.

O trabalho de acompanhamento dela acabava por ali e então ela pode voltar até o beco escuro e fétido em que havia visto Natsu. Avistou o rapaz com as costas escoradas na parede fitando a “fogueira” que ele mesmo havia criado instantes antes:

― Já levou aquele merda? ― Ele a perguntou assim que percebeu que ela havia voltado, em resposta, ela o olhou feio. Natsu nada fez, continuou encostado na parede. — Até que foi rápido dessa vez. — Ela suspirou antes de respondê-lo.

— Não o chame assim. Ele era só uma pobre alma. — Falou cansada. — Uma alma que pecou muito mais do que deveria e está tendo seu julgamento nesse momento, não precisa de mais um.

— Queria entender por que a Morte os defende tanto... — Comentou sem emoção.

— Não os defendo, só que com o tempo você adquire sabedoria e descobre os motivos dos homens agirem assim.

— E quais seriam? — Questionou curioso.

— Medo. — Ela respondeu com uma naturalidade sem tamanho.

— Então quer dizer que a Morte aprecia os humanos? — Sorriu zombeteiro, querendo irritá-la.

— Não os aprecio até porque meu trabalho depende da minha imparcialidade, — falou com indiferença — mas não gosto de ouvir você falar deles assim, principalmente porque você nasceu como um. — Explicou.

Há mais de 200 anos atrás...

— Quem é você? — Natsu gritou para a mulher que estava na porta do quarto de seu pai. Ela continuou a andar normalmente, nunca era com ela, até porque humanos vivos não poderiam a ver. — Ei! — Ele chamou novamente — Você mesma! Não finja que não é contigo! — Chamou a atenção da loira e ela se virou para o homem de cabelos róseos que trajava roupas nobres como as usadas por príncipes. Lucy se assustou ao perceber que ele falava com ela, só conseguia se perguntar como ele estava a vendo.

— O que? — Falou mais para si do que para o homem de cabelos rosados que estava a sua frente — Você me vê? — Questionou.

— É óbvio que eu te vejo, essa sua capa preta não te faz invisível— Falou sem paciência — Me responda, mulher, por que você está na porta do quarto de meu pai? — Perguntou.

— Então você realmente me vê! — Disse fascinada.

— Eu estou te fazendo uma pergunta, me responda! — Ordenou e Lucy teve um estalo percebendo o que estava acontecendo com o homem na sua frente.

— Já que você quer tanto saber, eu sou um dos Anjos da Morte — Disse e o príncipe empalideceu — e, bem, você precisará de sorte, humano, se é que eu ainda posso te chamar assim — Comentou antes de sair andando deixando um Natsu muito abalado.

— Não lembre disso, Lucy. — Fechou a cara — Eu quero esquecer disso. — Ela respirou fundo e o respondeu com um tom mais manso:

— Natsu, você deveria parar de guardar essas mágoas. Aquele tempo já passou, já fazem mais de duzentos anos.

— Tá bom, tá bom. — Concordou chegando próximo a ela. — Mas me diga, — falou num tom galante — a Morte está livre essa noite para um passeio? — Ela riu jogando a cabeça para trás— O que tem de engraçado? — Questionou sério, dessa vez, arqueando a sobrancelha, sem entender a atitude dela.

— É que a sua voz — Riu mais ainda — fica hilária assim! — Falou aos trôpegos enquanto Natsu cruzava os braços emburrado.

Ela procurou algo para se agarrar enquanto ele continuava os movimentos lentos, profundos, ritmados e extremamente prazerosos para ela, se segurou com força as costas largas dele cravando suas unhas. Só ele conseguia aquilo. Só ele conseguia fazê-la esquecer daquele terrível dia-a-dia que ela tinha. Mesmo que nunca admitisse, ela odiava seu trabalho. Estranhamente, só aquele demônio conseguia exorcizar o peso que ela carregava por sua existência.

Sentiu um formigar começar a subir por seu corpo e a sensação de prazer pareceu aumentar exponencialmente, mesmo deitada ela percebeu que suas pernas ficaram bambas e os movimentos dele pareciam ter se tornado muito mais prazerosos. Ela estava mais sensível, de fato. Os gemidos continuaram a escapar pela boca e ela aos poucos entrou no estado tão desejado, de puro êxtase; a verdadeira plenitude. Natsu já havia gozado, entretanto, continuou para sua parceira também chegar ao orgasmo. Aos poucos ele foi parando os movimentos e aproveitando as lágrimas de prazer que caiam dos olhos castanhos, quando ele saiu de dentro dela, caiu para o lado, puxando o ar com força enquanto ela se enrolava no lençol azul-marinho.

— Eu te amo. — Ele falou baixinho, mas foi o bastante para ela ouvir e Lucy, que encarava o teto com a mente limpa, acabou desviando o olhar com pressa para o lado ao ouvir tais palavras e viu que ele a encarava, não era comum corar, mas o olhar daquele que ela dividia as noites frias era tão penetrante que era quase que impossível não sentir suas bochechas corarem como uma adolescente, além de, claro, ter acabado de ouvir ele declarar seus sentimentos por ela.

— Falou algo? — Perguntou se fazendo de desentendida.

— Nada, — Respondeu rápido — só tô pensando que não é todo dia que se transa com a Morte — Brincou e ela revirou os olhos.

— Haha — Falou num tom irônico — Muito engraçado você. — Comentou irônica.

— Sabe uma coisa que eu nunca perguntei? — Falou e Lucy já estava pronta para aguentar mais uma das piadinhas dele, ela ainda não entendia como ele podia ser tão diferente dos semelhantes dele.

— Não.

— Por que você não é um homem? — Ela arqueou a sobrancelha sem entender o pensamento do homem de cabelos rosados.

— Natsu, você gosta de homens? — Perguntou em dúvida e viu a face dele se contorcer numa careta.

— Claro que não! — Respondeu com pressa, era visível que ele estava sem graça e Lucy pode perceber as maçãs do rosto dele se tornarem levemente avermelhadas.

— É só que tudo que os terrenos ouvem sobre a morte, tudo que eles imaginam sobre ela, sempre deu a entender que você fosse um homem.

— Ah — Ela entendeu o que ele queria dizer e deu um breve sorriso — A morte — falou pausadamente— é um anjo, um anjo manchado com o sangue dos demônios, mas ainda é um anjo.— Respondeu gesticulando as mãos — Não somos limitados a único sexo, também não somos apenas um único anjo porque apenas um não poderia estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

— Nunca tinha pensado por esse lado — Ele pareceu pensar na possibilidade.

— Os homens costumam definir as coisas para as mulheres, por isso, a maior parte das representações são masculinas e por isso que pensam é apenas um anjo sob a forma claramente masculina — Falou usando um pouco do conhecimento que havia ganho com o passar dos anos. — Mas vai saber o que os humanos pensam — Deu ombros — eles são um mistério até para mim — Disse antes de se levantar e começar a se vestir.

Natsu suspirou, ele sabia que era assim, eles transavam, conversavam como se nada tivesse acontecido, como se fossem um casal comum, mas no fim ela ia embora e não se permitia nem ao menos dormir na mesma cama que ele. Depois que Lucy foi embora, Natsu ficou na cama, imerso em seus pensamentos e não pôde deixar de lembrar da época em que ainda era um reles humano, uma época em que tudo parecia muito difícil, mas, na verdade, era simples.

Há cerca de 100 anos atrás...

— Lucy você sabe o porquê de Natsu ser um demônio “bom”? — Jellal perguntou casualmente e a mulher enrugou a testa não entendendo.

— Hã? — Não compreendia o rumo daquela conversa, afinal, aquele demônio que usava chamas parecia comum para ela. — Que história é essa, Jellal?

— Você não sabia? Ele o protegeu. — Deu ênfase na primeira palavra da segunda frase e a loira percebeu o que o amigo dizia.

—Kami? — Ela perguntou para ter certeza.

— Sim, Kami o protegeu. — E a Anjo da Morte abriu a boca para falar, mas o outro levantou a mão, a impedindo — Vou te explicar, Natsu, há muitos anos, na época em que descobriu que havia sido amaldiçoado e tido sua alma unida a de um demônio ainda bebê pela Rainha das Fadas, Natsu quase foi obrigado por Mard Geer a trabalhar para ele, ele deveria punir os humanos que descumpriam seus pactos com o Submundo, entretanto, aquele cara sempre teve uma índole de ferro e recusou-se com veemência além de dar uma bela surra em Mard, só não foi morto até hoje porque Kami gostou da ideia de um demônio fazendo Justiça Divina.

― O que? — Ela riu sem humor — Deus é tão vaidoso assim? — Perguntou com deboche

― Até parece que você não sabe disso, Lucy — Jellal comentou — Deus não é tão bom assim, minha cara, e você já viu muitas provas disso no mundo terreno.

— Isso não pode acontecer, isso não pode acontecer, isso não pode acontecer, isso não pode acontecer — Repetia a frase como um mantra enquanto andava de um lado para outro.

— Lucy? — Ouviu a voz masculina a chamar atenção e ao se virar deu de cara com Jellal, seu amigo e superior. — O que está acontecendo, Lucy?

— N-nada— Disse sorrindo sem graça e fazendo o azulado ficar ainda desconfiado.

— Lucy— Falou alongando o nome da mulher e ela respirou fundo, aquele híbrido a conhecia bem demais para ela tentar enganá-lo.

— Jellal, o que você faria se alguém estivesse apaixonado por você? — Fez a pergunta bem rápido, Jellal a analisou por um tempo antes de suspirar e responde-la com outra pergunta.

— O demônio se apaixonou por você? — Ela acenou a cabeça com um “sim” — E você? Se apaixonou por ele?

— Jellal, não se preocupe, eu vou me afastar dele. — Desconversou.

Já faziam mais ou menos três semanas que Lucy não aparecia para Natsu e o demônio já estava parecendo um dependente químico sem sua droga, ele não conseguia se concentrar nas missões que Deus lhe dava, além de que cada pessoa que ele matava uma ponta de esperança aparecia em cada célula do corpo dele por pensar que seria Lucy que apareceria na sua frente, levando aquela alma podre para o Julgamento.

A força das mãos da mulher foram diminuindo conforme ele apertava mais e mais seu pescoço e ele nem percebeu quando ela parou de respirar por ter a traqueia esmagada pelas mãos dele, estava tão absorto na possibilidade de vê-la que nem viu o último brilho de vida desaparecer daquela ladra.

— Natsu — Ultear o cumprimentou e Natsu apenas acenou com a cabeça, estava decepcionado por não ser seu Anjo da Morte. A mulher de cabelos negros conduziu a alma que gritava pedindo mais uma chance do Mundo Terreno e chorava em desespero pelo desprendimento com seu receptáculo.

"Você quer a ver, não quer?" Ouviu uma voz e deu um pulo para trás. Quem diabos estava ali?

"Se você quer vê-la é só matar até ela aparecer" A voz falou novamente e dessa vez END, como era conhecido, pôde perceber a semelhança daquela voz com a própria.

— Não — Respondeu — Não fale essas coisas

“Se você não fizer isso, Lucy nunca mais aparecerá na sua frente. ”, continuou a dizer

— Não! — Colocou a mãos tampando os ouvidos — Eu não vou matar ninguém inocente.

“ Sabe se lá quanto tempo Deus demorará para nos chamar novamente", disse num tom carregado de sinceridade “Sabe-se lá quanto tempo ficaremos sem vê-la, provavelmente serão centenas de anos. ”

— Lucy! — Ultear estava ofegante segurava o braço esquerdo que sangrava bastante com o outro e gritava pela loira — Nós precisamos de você!

— O que houve, Ur? — Perguntou preocupada

— Aquele demônio — Disse ofegante, puxando um pouco de ar para continuar a frase — ele está causando desequilíbrios demais no mundo dos terrenos.

— O que? — Ela perguntou alarmada — Natsu? E o seu braço? O que houve? — Eram perguntas demais para pouco tempo.

— Lucy, ele está fora de controle! Ele está queimando uma aldeia inteira e é a terceira seguida!

Era o corpo de uma criança, era a alma de uma criança. Ela tinha certeza disso, havia visto centenas de crianças desencarnarem e por isso conhecia almas inocentes de longe, mas pior do que ver uma alma tão pura se desprender era ver quem retirara a vida daquele terreno. Ela viu Natsu segurar o corpo daquele garotinho pelo pescoço com a mão direita que entrou em chamas e queimou pouco a pouco o corpo daquele garoto que chorou até o último suspiro de vida pela sua mãe, provavelmente o corpo feminino meio carbonizado que estava ao lado do demônio.

— Mas o que você está fazendo, Natsu? — Foi a única coisa que conseguiu murmurar, mas foi o bastante para chamar atenção dele.

— Lucy! — Ele sorriu. Finalmente havia conseguido vê-la. Ele sabia que ela viria.

— Esse... isso.... uma criança... — Ela tentava inutilmente formular alguma frase, mas não conseguia — Natsu, o que você está fazendo? Meu Deus, você está mesmo fora de controle!

— Eu não me importo, eu fiz tudo isso por você! Para você estar aqui e você está! — Abriu mais ainda o sorriso e jogou o corpo que estava em suas mãos para o lado como se não importasse, e não importava para ele. Ele tocou a face dela, mas ela recuou.

— Não! — Gritou — Olha a sua volta, Natsu! — Apontou para a destruição que o local estava e o rosado, pela primeira vez, viu verdadeiramente o que estava fazendo.

— Eu...fiz...isso? — Falou entrecortado, o que ele havia feito? Pela primeira vez confrontou a realidade que nunca quis ver, a de que ele era um monstro mesmo. Um demônio sem compaixão ou controle. — Eu matei inocentes...

— Se você continuar, — tocou no rosto quente dele com as mãos frias e ele sentiu um arrepio pelo choque térmico — você pode acabar virando incumbência de Mard Geer.

“Deus não é tão bom assim, minha cara Lucy” — Mesmo fazendo mais de cem anos, ela ainda se lembrava claramente da frase de Jellal. —"Se ele perder a paciência, Natsu poderá voltar a ser incumbência de Mard Geer.”

Lucy nunca quis admitir, mas sempre amou aquele demônio.

— Bom, Mard Geer não fará nada! — O Rei do Submundo apareceu ao lado da híbrida e ela deu um pulo para o lado por vê-lo tão próximo e do nada — Até porque o garotão aí — Apontou para Natsu — está sob a responsabilidade de Deus e infelizmente o cara lá de cima não quis me dar esse presente de jeito nenhum— Explicou —, mas, se você quer saber, esse demônio tolo já se destruiu sozinho. — Riu com escárnio.

— O que? Do que você está falando?

— Ah, mas a graça são vocês descobrirem sozinhos! — Disse antes de desaparecer tão furtivamente quanto tinha aparecido.

— Me desculpe, Lucy — Natsu se pronunciou e ela sorriu com bondade para ele.

— Eu te perdoo — Falou — Mas não faça mais isso, por favor, eu não posso te perder — Confessou

— Eu te amo — Ele falou

— Correto — Ela disse com as lágrimas começando a descer — E eu suponho que seja a minha chance de dizer, Natsu.... — Ele olhou, piscou algumas vezes. Seria agora. Naquele momento. Não conteve o sorriso até que o sorriso sumiu e deu lugar a lágrimas grossas que arderam os olhos dele. O coração acelerou e as mãos suaram, parecia que ele não sabia mais respirar. Ofegou. Estava desesperado.

Ela havia sumido.

Lucy havia sumido bem na frente dos seus olhos como se fosse um fantasma.

— Lucy! — Bradou à plenos pulmões — Lucy! Cadê você? — Perguntava-se enquanto olhava ao redor. Não conseguia entender, numa hora ela estava a sua frente com lágrimas nos olhos e no outro momento ela não estava mais lá. Ela havia desaparecido por que? Seria um sonho?

— Natsu! — Ela gritou — Eu estou na sua frente!

— Ele não pode mais te ver— Ela ouviu a voz do seu amigo e virou-se para trás com os olhos enchendo-se de lágrimas, o desespero também estava começando a tomar conta dela.

— Como assim? Jellal! Me explique — Exigiu

— Se te conforta, ele te ama tanto quanto você. — Jellal falou ignorando a pergunta desesperada da amiga. Ela abaixou a cabeça e as lágrimas molharam o chão, um soluço saiu abafado, mas ela forçou para que a voz saísse:

— MAS EU QUERIA TER DITO ISSO PARA ELE! — Gritou — Por que ele não pode me ver? — Falou balançando os braços e com a voz fraca. Eu só queria poder ter dito isso para ele. Por que? — Tornou a questionar com a voz falha. — Jellal, — perguntou esperançosa — quando ele poderá me ver novamente?

— Nunca — Respondeu frio e a loira o olhou assustada — Deus. Esse foi o castigo de Deus. Ele jogou uma maldição em Natsu, o homem que você ama se tornou imortal, Lucy, e pessoas imortais não podem ver a Morte.

Sept. 1, 2020, 7:10 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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Bura _ Quase engenheira| Agnóstica| Whovian| ENFJ-T| Viúva do Tennant| Apaixonada por Vegebul e pela Mulher-maravilha| Ficwritter e leitora sempre que dá| Fã de muitas coisas| She/ her

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