Faz um tempo que não dou as caras por aqui, não é porque não estou produzindo, até estou, e bastante! Algumas coisas só precisam ser terminadas na verdade para eu arquivá-las aqui, acredito que não leve mais do que algumas semanas.
Porém, algo aconteceu hoje mais cedo que me fez repensar em muita coisa. Eu venho tendo essas fases de análise de vida com mais frequência do que eu gostaria, acredito que pelo fato de estar em casa mais tempo tenha ajudado. E uma das re-analises aconteceu por um fato isolado, que, particularmente, nunca tinha acontecido.
Eis que logo pela manhã recebo uma mensagem pedindo "uma nova revisão" em um texto que escrevi no mês passado, pois, existia a falta de coerência e algumas coisas estavam "mal-escritas". Bom, como é algo bem provável de acontecer, levando que eu escrevo muita coisa durante a madrugada, não achei estranho ter que corrigir nada.
Porém, o fato que mais me deixou, digamos que incomodada, foi o de apenas receber a mensagem "algo esta errado", ora, quando questionei o que seria, não tive respostas novamente só um "não faz sentido". Respirei fundo apaguei alguns parágrafos e os reescrevi.
Alguns minutos se passaram e veio a resposta novamente: "Não faz sentido"
Então decidi perguntar, e pedir uma segunda opinião, afinal temos aquela coisa de escrever e realmente não perceber o que estamos escrevendo, ou se temos algum vício de linguagem — meu maior problema são vírgulas, infelizmente —, a segunda opinião apenas achou algumas preposições a mais no entanto, a ideia geral da frase foi compreendida. Ainda sim, segui com o mesmo retorno, algo não faz sentido, pus-me a reescrever tudo novamente. No momento, enquanto escrevo esse texto, estou aguardado mais um retorno.
Não sei onde errei, mas espero que tenha acertado na terceira tentativa. Aonde entrá a memória amarga que me refiro no título, bom, durante esse semestre letivo algo parecido aconteceu.
Em um caso especifico sobre uma matéria que estava produzindo, minha editora e professora, não estava satisfeita com nenhum texto que era entregue a ela. Em um mês o mesmo texto foi reescrito, pelo menos, cinco vezes, e todas as vezes tínhamos o mesmo retorno não faz sentido.
Não preciso dizer que esse fato sozinho me fez questionar minhas habilidades de escritora, tão bom minhas habilidades na língua portuguesa, oras, se não consigo me comunicar em minha língua materna, como posso esperar conseguir contar uma história.
Não foi uma recuperação fácil, todas as frases que eu escrevia para mim pareciam apenas um amontoado de palavras que em algum momento fariam sentido, talvez quando se lesse pela décima vez. Agora, quando esse fato se repete, eu lógico ainda sinto que talvez não tenha tanta habilidade assim com a escrita e precise melhorar e muito, porém, apesar de ser uma situação chata, não me deixou tão abalada quando imaginei que ficaria.
Não tenho muito mais o que me estender, ficarei feliz em escutar suas histórias de memorias amargas também.
Vamos compartilhar fragmentos dos nossos mil e um pensamentos!
Bom, não sei quantas pessoas vão chegar a ler isso aqui, mas como todo bom escritor eu tenho coisas a serem ditas sem ninguém ter perguntado absolutamente nada.
Primeiro de tudo, acho que todo mundo que escrever sejam histórias originais ou ficções já passou por isso. Ao meu lado tenho um caderno com mais ou menos umas vinte e cinco ideias para novos projetos, mas quantas delas eu realmente comecei? Nem consigo encher uma mão contando-as.
No momento eu estou com quatro ideias em andamento das quais duas estão paradas porque eu simplesmente não tenho uma motivação maior para escrever.
Mas ai você, leitor, ou a eu do futuro que vai ler isso aqui de novo em algum momento, me pergunta: mas porquê você não escreve elas então? o que falta para sua motivação voltar?
É ai que entra a parte da "crise". Nos últimos dias eu acabei entrando em um daqueles vórtices que nada que eu produzo realmente me satisfaz, não sei se é porque estou com muita coisa na mente ou pura e simplesmente uma auto-cobrança sem total sentido que aparece de vez em quando.
Afinal eu escrevo para poder fugir um pouco dos problemas da vida real, da mesma forma que me dedico a desenho e a jogos online - se você joga também vai entender o que eu quero dizer. Essa auto-cobrança que aparece pode ter um propósito: o de sempre querer melhorar, mudar, aprender coisas novas, mas, ao mesmo tempo ele trás a tona o fato de eu não ser tão segura nas coisas que eu faço.
E eu to falando isso de um modo geral, não somente minhas histórias.
Não tenho segurança para escrever, não consigo me motivar a tal e me sinto mal por isso.
Dá para ver o sentido da crise, né?
Lógico, existem problemas muito maiores do que os que eu estou enfrentando agora, sempre vai existir, mas, como eu disse: sou uma escritora com palavras demais guardadas na mente que precisam sair de alguma forma.
O que me resta, na verdade, o que nos resta é aguardar, toda tempestade vai embora em algum momento, seja ela mental ou real.
Se alguém leu até aqui, deixo essa pergunta para você: como você gosta de ignorar os problemas? Música? Leitura? Dançar até altas horas da noite pelo quarto?
Me deixe saber, vamos trocar fragmentos e mais de mil e um pensamentos!
May 30, 2020, 5:10 p.m. 0 Report Embed 0We can keep Inkspired for free by displaying Ads to our visitors. Please, support us by whitelisting or deactivating the AdBlocker.
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