nicansade Franky Ashcar

Encarar aquela carta um emaranhado de afeição e cólera fizera com que sentisse uma forte ânsia, o estômago vibrou. Observou pela última vez às poucas caixas deixadas na sala vazia. Sentiu-se fraquejar, percebeu ser tarde demais, era tarde de mais aquela era a verdade!


Fan-Fiction Anime/Manga Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

#cdz #shura #MDM #gay #drama #universo-alternativo #linguagem-imprópria #adutério
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Capítulo Único

Olá, tudo bem com vocês?

Ontem foi aniversário do Shura, bom eu resolvi revisar está fic de 2007, chorei, reescrevi tudo de novo, então se já a viu em algum momento, não se trata de plágio, alterei tudo inclusive o nome! Então preferi postar novamente.

Sem mais delongas boa leitura!

***


Caro Paollo.

Não sei como começar essa carta, sempre acreditei no quão piegas fosse esse tipo de conteúdo, entretanto começarei do início.

O amor;

o antídoto do juízo,

ladrão de prudência.

Ohh… o maldito amor!

O portador da felicidade e da plenitude

os corpos tremem,

os suspiros escapam

e o êxtase preenchê-nos.

Ohh… o amor dos desgraçados,

os não correspondidos,

dos rejeitados,

ou dos que foram um dia amado.

É a busca dos tolos,

o blefe dos espertos,

a esperança da donzela

e a enfermidade do soldado,

Oh o amor! É uma desgraça….

Sim fui eu que escrevi essa merda, mês passado, quando tudo era mais doloroso e palpável, quando o silêncio perdurava por tempo o suficiente entre nós. Ao me consumir, de me destruir. Sabe Paollo, quantas foram as vezes quanto você dormia e eu velava seu sono?

Não, né mesmo?

Sabe quantas as vezes naquele tempo de taciturnidade, se é que essa palavra é usada ainda por alguém, me peguei recordando, vivendo e fantasiando?

Não, não é mesmo?

Sabe quantas foram as vezes ao lembrar do nosso primeiro encontro?

De seu sorriso largo com dentes tortos e amarelado, das nossas primeiras palavras trocadas, do seu maldito sotaque Italiano forte e as malditas palavras emboladas no pior espanhol ouvido em toda a minha vida.

Sabe o que mais me machuca? Você sempre será o homem mais belo que vi, com seus os olhos carmesins e o rosto milimetricamente esculpido pela Deusa Afrodite.

Você me chamou para beber, se lembra? Quanto ódio, eu sou racional, eu era racional, mas não fui naquele instante, por causa da merda do sangue que bombeou mais rápido naquele instante para o coração, depois disso o ar faltou e as palavras falharam em meio aquele convite.

Quem diria, justo eu, aquele que Aiolos sempre chamou de frio, me apaixonaria à primeira vista!

Me chame de inepto, outra palavra em desuso, mas quem o visse com a malícia nos olhos rubros, o sorriso largo e no sotaque fajuto, resistiria a tanto charme? Me diga Paollo, por favor, só me diga! E me perdi, me perdi por completo, me perdi por você.

Fora Shakespeare quem escreveu:

Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.”

Shakespeare ilustrou nosso romance, séculos antes, sem a morte por amor no final e sem a reciprocidade de Romeu e Julieta, mesmo assim ilustrou, pois, aquele instante naquela floricultura, amei-o com tudo que pude.

Agora você Paollo, deve está se questionando o motivo dessas curtas linhas, claro foi eu mesmo que rompi o nosso nuestro — nostro como sempre dizíamos — relacionamento.

Não está claro?

Dizer-lhe, em nenhum momento, desperdicei nosso tempo, lembrar-lhe de todas as vezes em que reclamava sobre minha frieza, ainda sim estava lá para você e com você, e não foi eu o frio no fim.

Sempre, sempre e sempre estaria ali por você! Deixar claro, mesmo ao não dizer em todas as horas; eu te amei com cada pedacinho do meu ser, te respeitei, me doei por inteiro e em nenhum momento, deixei de faltar com respeito para nós.

Mesmo assim não foi o suficiente? Não é mesmo?

Até hoje não entendo o que você queria

Falsas promessas? Como as que me iludiu! Minha anulação, para ser o que você queria que eu fosse e não o que eu sou de verdade?

Infelizmente Paollo, para você, posso ser um imbecil, todavia sou um imbecil dotado de amor-próprio.

Apesar de tudo isso, nosso relacionamento não foi um erro, não me arrependo um dia sequer de ter entrado naquela floricultura há seis anos, sei que o resultado foi a sua traição, ainda assim por muito me senti vivo, amado e por mais ridículo que essas últimas palavras representem, eu aprendi a amar.

Sabe? Tudo que vivemos essas imagens sempre estarão tatuadas em minha alma, o seu cheiro preso em minha memória e sua traição tão viva que me fará mais forte, como sou neste exato momento, forte sem você e forte ao lhe deixar!

Gracias, Paollo; grazie di cuore, por mais distorcido que possa parecer, eu não sei até quando te amarei de maneira tão lúcida, ainda que confessar faça doer até partes de meu corpo que nem imaginava existir eu vou te amar, de longe, sem querer olhar para seus malditos olhos vermelhos nem mais um dia de minha vida!

Gracias y grazie Paollo!

Shura.

***



Encarar aquela carta um emaranhado de afeição e cólera fizera com que sentisse uma forte ânsia, o estômago vibrou. Observou pela última vez às poucas caixas deixadas na sala vazia. Sentiu-se fraquejar, percebeu ser tarde demais, era tarde de mais aquela era a verdade!

Os dedos cruzaram um no outro ao encarar o papel de parede cinza e uma risada melancólica deixou o fundo da garganta, de forma amarga e dolorosa. Aquele papel de parede, aquele maldito papel de parede fora posto junto ao outro no último verão.

Por que se chateou? Foi ele que fez aquela escolha, a maldita escolha de trair Shura, a maldita escolha de arriscar seu amor. Mesmo após fazê-la ainda sim sentiu o coração bater forte e quase parar por sequência.

Por fim, levou as mãos aos fios grisalhos, jogando-os para trás, arrependido pegou as três últimas caixas, encarou uma vez mais o aposento vazio e antes de passar a mão pelo disjuntor e exclamou baixinho:

— Adio Shura, adios!

13. Januar 2020 18:17 1 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Franky Ashcar Vivendo entre linhas, garranchos, letras fora de ordem e obras inacabadas. Igreja KakaGai 🐢💚🐕 Me sigam nas redes sociais @frankynhooo

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