Eu comecei a correr uma maratona em algum momento da minha vida e não parei mais.
Ás vezes eu não sei nem mais o que estou esperando encontrar na linha de chegada ou mesmo se estou correndo na direção certa, mas continuo correndo.
Me sinto tão exausta de tudo isso, mas nunca paro.
De vez em quando eu penso em parar, sabe? Eu quero parar e deitar na acostamento e apenas ficar lá. Principalmente nesses momentos em que a respiração me falta e cada passo parece extremamente doloroso.
De alguma forma, eu nunca paro. Desacelero, respiro, corro novamente.
Quando comecei a correr?
Eu nem lembro mais.
Mas por Deus, eu sinto como se tudo tivesse começado com um chute. Um chute bem dado, um empurrão doloroso.
E entrei nessa corrida já com um tombo e nunca tive tempo de ver qualquer ferimento que ele causou. Ou os outros que vieram depois. Como, se eu tinha que continuar correndo?
Sinto por vezes que estou com os sapatos errados para correr e que todo mundo sabe a rota correta, exceto por mim.
Em boa parte do tempo me sinto tão sozinha e frustrada, com a estrada tão imprópria para essa corrida em que justo eu caí.
Nem olhar para trás posso mais, não tem como dar meia volta nessa maratona. Não tem como recuperar o que eu perdi no caminho.
Eu perdi tanta coisa.
Eu perdi tanto de mim no meio do caminho. O que restou foi um monte de calos e bolhas, de músculos forçados e pele queimada do sol.
Mas não tem como parar.
Só tem como correr, sempre em frente.
Eu respiro.
Bebo um gole de água.
E continuo correndo.
Vielen Dank für das Lesen!
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