Devemos estar dispostos a nos livrar da vida que planeamos para ter a vida que nos espera. – Joseph Campell
Eu valorizava muito o som, a audição, o sentido que me dava a percepção, que indicava o aproximar de alguém, as gotas de chuva a tocar o solo alertando o início de uma tempestade, o som das explosões e as potências que eu controlava por ele. Por isso, perder a audição era tão irritante. Perder esse sentido que me conectava ao mundo era como ter um fio rompido, se tornar uma máquina quebrada e com defeito. Era uma barreira nos meus malditos sonhos de ser o herói número 1 e no plano de vida que eu concebera com tanto primor.
Ao menos, era assim que meu cérebro compreendia os acontecimentos, até que algumas palavras sussurradas em uma língua que eu detestava aprender, ditas com tanta sinceridade, sinalizadas em meio a um quarto escuro, mudaram a minha cabeça dura e teimosa e ampliaram o meu jeito de ver.
Só então eu entendi que o som não vem somente daqueles que escutamos no dia a dia: o barulho dos carros, a melodia de uma música tocada, a voz daqueles que nos eram importantes; não, o som não existia apenas para ser capturado pelos ouvidos, ele podia muito bem ser ouvido com o coração.
Vielen Dank für das Lesen!
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