sahsoonya sahsoonya

"Jongin era um predador nato... Estava acostumado a fazer vítimas em beiras de estrada. Ele pedia carona, e levava suas vítimas à perdição... Mas, hoje a sorte ou azar reservaram para ele a mais intrigante de suas vítimas. KyungSoo nem imaginava que se envolveria com tanta intensidade com um estranho que conheceu na beira de uma estrada qualquer".


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

#kaisoo #exo #lemon #yaoi #os #SAHSOONYA #chanbaek #pwp
Kurzgeschichte
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On the road


Notas iniciais: Seguinte, estou migrando do Spirit para cá e primeiramente postarei as fanfics antigas, para atualizar a nova ok? Pra quem já me acompanhava,  tenham paciência, que logo vêm os laçamentos, ok? Aos novos, sejam bem-vindos às loucuras que minha mente inventa. Inclusive essa foi minha primeira fanfic postada na vida. Caso haja qualquer erro de formatação, se deve à minha falta de habilidade com a plataforma. Logo pego o jeito... Prometo. 


Sem mais, boa leitura!





A noite fria fazia com que o pequeno desse pulinhos, na tentativa falha de se esquentar.


- Por que ele demora tanto? - murmurava enquanto consultava seu relógio. Baekhyun estava atrasado, pra variar. Ele e o amigo iriam à festa de Xiumin, mas o cabeça dura lhe pediu que esperasse do lado de fora, que estaria pronto em questão de segundos e isso já fazia uns bons quarenta minutos.


- Baek! Vou contar até vinte e estarei indo sem você! - Kyungsoo gritou, olhando para a porta da cozinha. E por acaso faz algum sentido deixar seu amigo do lado de fora nesse frio? - pensou.


Após mentalmente contar até vinte, e vendo que o amigo não dava sinais de que iria sair da casa, o jovem decidiu ir na frente. Entrou em seu carro e deu a partida. O caso era que a casa de Xiumin era bem longe dali e Baek teria que pedir ao pai que o levasse, porém seus pais nada sabiam de suas idas à festas, então ele pedira a seu amigo resmungão que lhe desse uma carona.


Kyungsoo dirigia com um largo sorriso nos lábios. Ele estava certo de que logo Baekhyun lhe ligaria completamente possesso, por tê-lo deixado para trás. A simples ideia de ver o amigo tão irritado já o deliciava. Ligou o rádio, cantando junto com Bruno Mars um de seus hits. A estrada estava muito nublada e mesmo estando a cantar alegremente, Kyungsoo esforçou-se para observar o caminho, até que ao longe avistou a figura de alguém na beira da estrada, fazendo sinal com a mão, de queria carona.


***

Jongin acordou ao cair da noite, como era seu costume. Tomou banho e pôs-se a se arrumar, penteando os cabelos molhados e vestiu suas roupas mais elegantes. O jovem bronzeado adorava vestir-se elegantemente quando ia sair para "trabalhar". Olhando para sua carteira, constatou que o dinheiro da semana anterior já havia acabado.


- Hum, os frutos do meu trabalho já estão acabando. - sorriu e fechou-a e em seguida pegou seu celular, discando o número tão conhecido.


- Ei, o que quer? - falou a pessoa de voz grave, do outro lado da linha.


- Estou indo trabalhar... - falou o moreno, sorrindo para a falta de educação do velho amigo e parceiro de crime.


- Ahm, está bem. Me mande um torpedo com a localização. Se houver algum problema me ligue e irei em seguida.


- Certo. - disse antes de desligar o aparelho.


Andou calmamente até o ponto de ônibus mais próximo e sentou-se no banco, esperando a condução para levá-lo até o local de seu próximo golpe.


A premissa era bem simples. Jongin era um jogador. Sua profissão era enganar e roubar pessoas aleatórias. Ele as seduzia com sua beleza e lábia e depois roubava-as, as deixando em completa ruína. Era profissional nisso. Mas, não se enganem, nem sempre foi assim tão bom no que fazia. E nem sempre as coisas saem como planejamos... Por essa razão, desde o início sempre teve a ajuda de seu amigo de infância. Chanyeol era aquele que cuidava dos contratempos do ofício. Resolvia a situação quando algo dava errado, ou Jongin era descoberto. Ele já tinha se livrado de várias pessoas para Jongin, que jamais precisou sujar as mãos com nada. Seu trabalho era usar o que tinha para tirar dos outros o que lhes era caro. Simples assim.

Ele ficou ali, esfregando as mãos para espantar o frio, até que o ônibus que rumava para uma estrada mais desabitada chegou e ele embarcou.


***

Ao ver a pessoa com a mão erguida, seu primeiro impulso fora seguir seu caminho como se nada tivesse visto. Afinal, nos dias de hoje não se pode confiar em ninguém. Mas, Kyungsoo lembrou-se de si mesmo, minutos antes, parado no frio, no meio da rua. Estava congelante lá fora. Seria muito indelicado ignorar uma pobre pessoa e largá-la ao relento. Foi diminuindo gradativamente a velocidade, e mesmo com um pouco de receio, parou o carro um pouco a frente de onde a pessoa estava parada.


Jongin viu o carro parar mais a frente e não pode conter um sorriso ao ver que era apenas uma pessoa no carro. Melhor assim. Será que é uma mulher indefesa? Era mais fácil quando eram mulheres. Vez ou outra ele se deparava com homens, que além de extremamente fortes eram muito violentos. Era difícil dobrá-los e seduzi-los. Apesar disso, ele jamais falhara. Como já dito, ele era profissional. Correu até o veículo parado e abriu a porta, entrando rapidamente. Mesmo à pouca luz, pôde reconhecer que era um rapaz na casa dos vinte. Sua voz era muito bonita.

- Boa noite. Você está bem? O que aconteceu?


Jongin preparou seu sorriso matador. Mas, ao se virar para a pessoa educada, notou de pronto o quanto aquele rapaz era bonito. Por um momento, deteve-se nos olhos enormes e negros que o outro possuía. Eram quase hipnotizantes. Seguidas a essa observação vieram outras bem chocantes ao golpista. O rapaz possuía lábios grossos e vermelhos, e um sorriso incrível. Os cabelos, cortados em tigelinha, caíam pela testa de forma adorável. Os olhos de Jongin, então correram para o corpo do outro. Ele estava certo que por trás de uma fragilidade aparente, o moço possuía músculos por todo o corpo. Ele aprovou o que viu. Já tinha visto muitos homens atraentes, mas esse era o primeiro que atendia completamente aos seus ideais de beleza. O rapaz era completamente seu tipo. Dirigiu-lhe um sorriso cheio de dentes.

Kyungsoo não entendeu o sorriso que o outro lhe dera e permaneceu esperando a resposta à sua pergunta.


- É... - disse sem jeito - O que houve?

- Eu... Peguei o ônibus errado. Ele só vinha até aqui. Olá, me chamo Kai. Estendeu a mão ao outro, que meio sem jeito a apertou brevemente. E prosseguiu:

- Pra onde está indo? Posso te levar até lá… Ou pelo menos perto.


Jongin, ou Kai (como gostava de ser chamado enquanto "trabalhando") olhou para o rapaz tentando desvendar seu rosto. O cara não estava vacilante como os outros homens que havia seduzido e levado pra cama. Será que não lhe agradava? Impossível. Nunca havia conhecido alguém que não tivesse se interessado por si de imediato. Sabia bem da aura sexy que exalava.

- Hum, claro, seria ótimo. Qual o seu nome, aliás?

- Meu nome é Kyungsoo. Mas, meus amigos me chamam de D.O. Prazer. - e sorriu. Foi o bastante para Kai saber que iria se divertir muito com aquilo. Ficou combinado que Kyungsoo levaria Kai até um posto de gasolina a alguns quilômetros dali, onde ele tomaria outro ônibus. Mas, mal sabia Kyungsoo que ele estava longe de ver-se livre do outro.


***

Baekhyun saiu da casa, perfumado e bem vestido. Estava disposto a impressionar na festa do amigo, e quando saiu e constatou que Kyungsoo não estava ali, gritou confuso, olhando para o breu da rua:

- D.O? D.O? Onde você se meteu?! - Será possível que aquele cretino foi mesmo embora? - pensou.  Baekhyun estava acostumado a passar por situações do tipo. D.O era pavio curto e não suportava as frescuras do amigo.


"Aish, aquele idiota!" - xingou mentalmente. Deu a volta, pegando seu celular.


***


O carro se movia rapidamente e Kai precisava dar início a seus movimentos, antes que chegassem a seu destino.

- Entao, D.O... - disse com um sorriso sedutor. - O que você faz?


Kyungsoo captou o sorriso do outro e enrubesceu levemente. Esse cara está agindo estranho - pensou.

- Eu sou cantor.

- Ah, eu notei que tinha uma voz bonita... Canta que estilo?

- R&B.


Ambos se entreolharam e Kai estremeceu. Aquela presa estava tentadora demais para seu gosto. Kyungsoo corou, mas não sabia ao certo o motivo.

- E... E você?

Kai pensou bem. O rapaz era muito fofo. Iria matar falar pelo menos uma verdade para ele?

- Sou bailarino. Danço balé.


D.O, por instinto, correu os olhos pelo corpo do outro, já que era comum os bailarinos terem um bom físico. Observava os braços fortes e as coxas de Kai, quando foi pego pelos olhos brincalhões do outro. Ficou envergonhado e virou o rosto de súbito. Kai soltou uma risada e disse em seguida:

- Pode olhar se quiser, Kyungsoo.


D.O não se atreveu a desviar o olhar da estrada. Ele não estava acostumado a falar com homens além de seu melhor amigo, que abandonara. E esse homem estranho o deixava sem jeito.

Agora seria difícil para Jongin fazer progresso. Decidiu partir para um ataque direto.

- D.O?

O outro soltou um "sim?", sem desviar os olhos do volante.

- Obrigado por me ajudar.


O pequeno sorriu, arrancando um leve suspiro do outro.

- De nada, era o mínimo que eu podia fazer. Está tão frio lá fora.

Kai aproveitou o que o outro havia respondido e seu sorriso, e disparou:

- D.O?

O outro fitou-o curioso, e ele disse: - Você é lindo.


Os olhos já grandes do jovem se arregalaram de tal forma, que pareciam querer saltar das órbitas. Foi difícil até manter a concentração na direção. Ele estava chocado. Suas suspeitas estavam certas. O estranho o estava cantando.

Kai observou as expressões do motorista com um sorriso maléfico no rosto. Era divertidíssimo ver o embaraço no rosto do outro enquanto tentava se manter calmo e descontraído.

- Não sou não. - disse o menor olhando para os retrovisores como se fossem a coisa mais interessante do mundo. Ele está caindo - pensou Kai, satisfeito com o efeito que estava causando no outro.

- Ah, é sim... - disse passando de leve as mãos nas próprias coxas, fingindo estar envergonhado. Essa tática nunca falhava.


D.O não conseguia mascarar sua vergonha. Seu rosto estava tão vermelho e tão quente.

- Na verdade, eu diria delicioso... - sussurrou Jongin, aproximando-se lentamente do banco do motorista. Kyungsoo fitou a cena, estático. Enquanto o outro se aproximava, ele não conseguia se mover, não sabia como agir.


Quando enfim, Kai estava a centímetros de seu rosto, o celular de D.O começou a tocar. Seja pela proximidade de Kai, seja pelo toque do aparelho, Kyungsoo parou o carro abruptamente, na beira da estrada. Jongin se afastou, frustrado, enquanto o cantor retirava o celular do bolso da jaqueta que vestia. Suas mãos trêmulas tatearam pelo celular até que conseguiu atendê-lo.

- Alô, quem fala?

- Como assim quem fala, seu miserável? Você, por acaso, tem outro amigo que foi abandonado nessa noite fria?


D.O olhava para Kai que o fitava curioso. O fato de o rapaz receber uma ligação e possivelmente acabar deixando alguém ciente de com quem e onde estava, era preocupante.

- O... Olha quem fala.


Uma pausa se seguiu do outro lado da linha. Baekhyun pensou por um momento e disparou para o amigo:

- Ei, Kyungsoo. Você está com alguém? O outro soltou um "sim" arrastado e baixo. A verdade é que estava intimidado e assustado com a atitude de Kai.

- E por que está guaguejando?

- P... Por nada...

- De novo. Com quem você está?


Kyungsoo olhou para seu companheiro de viagem.

- Uma pessoa pra quem estou dando carona.


Mais uma pausa se seguiu. Ao ouvir as palavras de Kyungsoo, Kai pegou seu celular e mandou um torpedo para Chanyeol, que dizia simplesmente:

"Temos um problema aqui..."

- Cara, é um homem?

- Sim. - respondeu olhando para o outro. Kai não parecia estar ouvindo a conversa, mas o observava seriamente.

- D.O! Você é retardado? E se esse cara for um ladrão? E se ele estuprar você? E se ele quiser te matar?


D.O queria discordar do amigo, mas o sexy passageiro dava leves sinais de que Baekhyun estava certo.

- Ai, você me mata... Dê um jeito de tirar esse cara do seu carro agora!

- Mas...

- Sem mas, Do Kyungsoo! Se ele não quiser sair, saia você... Onde você esta?

- Perto da estrada 168.


Jongin estava realmente preocupado. As coisas estavam começando a ruir. Ele precisava agir, e rápido.

- Qualquer coisa me ligue. Mas, lembre-se, tire-o de seu carro. Darei um jeito de ir pra aí.

- Vou parar no posto da 155. - disse D.O, dando um leve sorriso para Kai, que o retribuiu.

- Certo, te vejo lá.


D.O desligou. Kai o fitava preocupado.

- Quem era?

- Um amigo... Ele também quer ir comigo pra onde estou indo e vai encontra-se comigo no posto.


Jongin apenas sorriu. Aquele maldito amigo estava para arruinar seus planos. Não. Não se deixaria abalar tão facilmente. Mesmo que tivesse que levar aquilo até as últimas consequências… Decidiu utilizar uma abordagem diferente.

- Você… está com medo, Kyungsoo? - disse antes que o outro pudesse dar partida no carro.


D.O o fitou envergonhado. Não tinha certeza do que estava acontecendo ali. No fundo, tinha simpatizado com o estranho, mas após aquela declaração estranha, ele já não tinha certeza se o belo rapaz era ou não um bandido.

- D… De quê?

Kai o observou, e lentamente, disse:

- De mim, ou de você… Tem medo?


D.O não conseguia olhar para o outro.

- Por que eu teria medo de mim? - disse por fim, erguendo uma das sobrancelhas para o maior.

- Por que refreia seus desejos?


O jovem cantor estava confuso e pronto a pedir mais explicações, mas foi interrompido antes que tivesse a chance de fazê-lo. Kai se debruçou rapidamente sobre ele, pegando seu rosto entre as mãos. Num movimento rápido virou o rosto de Kyungsoo de forma que pudesse sussurrar em seu ouvido:

- Não negue… Que você também está sentindo isso.


Os olhos de D.O se arregalaram como nunca haviam se arregalado antes. Vendo o embaraço do outro, Kai fitou seus olhos profundamente e selou seus lábios lentamente. As emoções loucas que Kyungsoo sentia não poderiam ser explicadas em palavras. Os lábios de Kai pareciam brasas circundando seus trêmulos lábios… Tão quentes que aqueciam todo o seu corpo. Kyungsoo jamais havia beijado um homem e não sabia como agir. No início ficou estático enquanto Jongin o segurava firme. Mas, quando o maior decidiu aprofundar o beijo, ele não teve escolha senão afastá-lo. Pôs ambas as mãos no peito do passageiro, o empurrando para trás, no entanto, Kai não se moveu um milímetro sequer. Ele estava decido a explorar aqueles lábios carnudos e doces. Posicionou a mão esquerda no pescoço de D.O, prendendo-o a si enquanto o segurava pela cintura firmemente com o outro braço. Kyungsoo não podia fugir.


O pior de tudo, é que aquilo não estava sendo exatamente ruim. As mãos do outro em torno de si estavam causando estranhos arrepios que D.O nunca havia sentido antes. Aquele homem estranho e extremamente sensual estava o fazendo sentir-se vivo, como fazia tempos não se sentia. Tinha terminado um relacionamento há pouco tempo e havia se ferido no processo. Aquela que deveria ser a mulher de sua vida o tinha abandonado por outro e após o rompimento D.O não havia se relacionado com mais ninguém, ou seja, aqueles lábios eram os primeiros que tocava em meses. E ele estava gostando.


 Logo Jongin percebeu que a resistência do motorista tinha diminuído. Decidiu então pedir passagem entre seus lábios, ele queria beijá-lo direito. Meio sem jeito e timidamente, o cantor concedeu, e logo os dois estavam explorando toda a extensão da boca um do outro. As línguas entraram em um compasso, quase como uma dança de salão. D.O tremia quando pousou a mão levemente na coxa de Kai. Este, que estava imerso nos lábios tentadores do menor. Jongin não conseguia acreditar em como aquele beijo estava delicioso. Sem cerimônia alguma, sugou o lábio inferior do outro, arrancado-lhe arrepios por todo o corpo, fazendo-o se contorcer. Estava decidido. Kai o queria. Queria ir pra cama com ele. Um desejo que nunca se dava o luxo de concretizar. Nunca havia sentido real atração por nenhum de seus alvos, não por via de regra, simplesmente não os queria.


Porém, D.O era tudo que ele queria naquele momento. Embora tímido, todas as ações do menor eram extremamente másculas e isso o deixava louco. Sua beleza, sua voz, até mesmo sua extrema educação lhe eram atraentes. Ele parecia um ser imaculado, que Jongin queria ter o prazer de tocar, provar e sentir.


As mãos do maior largaram o pescoço e a cintura do cantor pousando de forma lenta e sexy nas coxas fartas do mesmo. D.O estremeceu ao ver isso e rapidamente rompeu o beijo dos dois, olhando para o outro assustado. Ele não acreditava que o tinha correspondido. Não acreditava que beijara um estranho no meio de uma estrada qualquer. Não acreditava no quanto aquele rapaz misterioso o tinha excitado. Isso não fazia o menor sentido.


Kai queria fingir ter sido aquilo um mal entendido e sustentar a fachada de rapaz inocente, mas o fato de não estarem mais se beijando o exasperou. Ele não estava conseguindo controlar suas próprias emoções… Tinha urgência em se unir ao menor novamente.


- O que está fazendo? - disse tirando o cabelo de sobre a testa.


D.O, que havia se afastado, fitou-o em choque.


Kai olhou para as próprias mãos e proferiu em tom de urgência:

- Ah, é por que te toquei?


Kyungsoo apenas o observou estático. Kai ponderou por um momento e em seguida esbanjou seu sorriso sedutor ao perguntar:

- Não me diga que nunca esteve com um homem… Estou certo?


Kyungsoo estava muito envergonhado. De fato, nunca tinha estado com um homem, nem sabia o que fazer.

Kai não pôde evitar salivar diante da situação. D.O era a coisa mais tentadora que já tinha posto os olhos em sua vida.


- Não se preocupe… - disse Kai, passando a ponta dos dedos no rosto do menor – Eu deixo você comandar.


 ***

Baekhyun já estava com os nervos à flor da pele. O amigo estava demorando demais para chegar ao posto. Ele próprio já tinha chegado. Seu celular tocou.

- D.O?

- Não, sou eu. - disse Suho. Ele tinha deixado Baekhyun no posto há alguns minutos e depois tinha ido para a festa de Xiumin – Ainda não conseguiu falar com ele?

- Não. Cai direto na caixa postal.

- Quer que eu vá pra aí?

- Não, hyung, seríamos dois preocupados aqui. Esperarei por D.O. Se ele não aparecer logo, vou chamar a polícia.


Após uma breve pausa, o mais velho proferiu, do outro lado da linha:

- Certo, se algo acontecer, me avise que eu irei voando.


Baekhyun se despediu e permaneceu fitando os dois lados da estrada. Havia um pequeno motel bem ao lado do posto, e nenhum ponto de ônibus.

- Algo não cheira bem. O tal carona não disse a ele que iria pegar um ônibus aqui? - sussurrou com seus botões.


Poucos minutos depois, um carro preto estacionou perto dele, e um homem alto e mal encarado saiu do veículo. Baekhyun sentiu um certo receio do rapaz magrelo que se dirigiu até o posto, indo em direção à pequena loja de conveniências.

- Eu hein… - sussurrou.

- Eu hein, o que? - tornou o outro rudemente, imitando o tom de voz do baixinho.


Com um susto, Baekhyun se deu conta de que o homem carrancudo estava bem atrás de si. Como ele chegou aqui? - questionou-se mentalmente, sobressaltando-se ao ver os punhos do outro fechados. Ele não sabia como se livrar daquela saia justa. O golias o observava com um olhar inquisidor. Esse cara vai me espancar aqui mesmo.

- E… Eu não estava falando do s… Senhor. - disse trêmulo, diante da imponência do outro.


Chanyeol observou o rapaz que tremia em sua frente, e ele gostava do que via. O baixinho estava bem arrumado, exalando um perfume inebriante. Além disso, as coxas fartas estavam demarcadas e tentadoras demais para serem ignoradas.


Qual o problema de eu também me divertir enquanto trabalho? - pensou Chanyeol esboçando um apavorante sorriso cheio de dentes ao jovem, que engoliu em seco.


Baekhyun não sabia o que dizer ou fazer. Alguns segundos de contato visual inquebrável e ele já estava profundamente incomodado. Qual o problema desse cara? - pensou.


De repente, empurrando o ombro de Baek com o punho levemente, Chanyeol sorriu de canto, e disse:

- Relaxa, cara… Estou brincando com você.


O menor quase caiu de joelhos diante da constatação de que havia se livrado da maior surra de toda sua vida. Pôs-se, então, a observar o outro. Desde o cabelo de comprimento até a nuca, a tatuagem no pescoço, a jaqueta de couro, o corpo esguio e as pernas longas, tudo nele exalava perigo. Baekhyun observou o contorno das grandes orelhas do rapaz e deteve-se no sorriso que o outro esbanjava. Era perigoso e doce ao mesmo tempo. Sem dúvida, aquele cara era encrenca na certa.


BaekHyun não era tão tímido quanto o amigo, e também muito mais consciente do quê o cercava.

- O que você está querendo comigo? - disse olhando fixamente para o estranho com uma carranca.

Chanyeol deu uma gargalhada. Era desse tipo de garoto atrevido que ele gostava.

-Primeiramente, meu nome é Chanyeol e, por favor… Me dê alguns minutos, que já decido o que eu quero fazer com você.


***

Por um tempo, Kyungsoo e Kai continuaram encarando um ao outro. Os olhos de D.O ainda estavam mais que arregalados. O celular havia tocado, mas ele não atendeu, pois estava paralisado. Jongin já estava ficando impaciente. O garoto o tinha excitado e ele precisava descontar aquela empolgação sexual logo. Ele não admitia com frequência, mas era afobado demais na hora do sexo.


Com um longo suspiro, ele proferiu:

- Vamos logo, Kyungsoo…


O outro piscou duas vezes e dirigiu seu olhar para as calças de Kai, onde era claramente visível a ereção. Qual não foi sua surpresa ao ver que seu corpo também dava os mesmos sinais que os do outro, talvez em escala ainda maior. Isso não está certo. Eu… Com um homem… Ficar… D… Du… - as palavras ressoavam desconexas em sua cabeça, e após mais uma pergunta de Kai ele falou quase num grito:


- O que!? Você acha que isso faz algum sentido? Eu sequer te conheço! Como vou saber se você não… - se deteve, receoso.

- Se não lhe farei mal?


D.O continuou em silêncio. Toda aquela expectativa estava matando o dançarino. Só quando Kyungsoo deu a entender que já tinha sacado qual era o seu objetivo, Kai lembrou de seu propósito. Ele não precisava dormir com o cantor. Só teria que tirar-lhe o dinheiro e o carro. Embora a ele parecesse difícil, vendo que Kyungsoo era bem atlético até, não era impossível. Era só aplicar um pouco de força, a de Chanyeol, é claro, já que ele não gostava de sujar as mãos.


Porém, no mesmo momento em que tal pensamento se fez presente em sua cabeça, ele deu uma rápida olhada para Kyungsoo, ainda em negação e com as mãos nas têmporas, indicando que ainda refletia.


 Aquele homem era encantador, educado e honesto. Só a simples ideia de vê-lo sendo espancado pelo parceiro de crime lhe apertava o coração. Kyungsoo era muito bonito e pelo visto, muito talentoso também. Sem ao menos ter consciência, tinha despertado sentimentos tão inexplicáveis num bandido de beira de estrada.


D.O viu a expressão de Kai, fitando o nada. Ele não parecia perigoso quando o observava daquele jeito. O fato era que estava profundamente interessado nele. Morrendo de tesão pelo estranho misterioso. Isso a ele era novo, e assustador. Mesmo sempre tendo sido guiado por seus escrúpulos, Kyungsoo sentia que logo sua resistência cairia por completo e ele transaria com Kai ali no carro mesmo. Sua pressa de ver-se livre daquela situação aumentou.


- Acho melhor seguirmos viagem… - disse por fim.


Jongin o fitou em completo espanto. O garoto era mais difícil do que imaginara. Kyungsoo não estava colaborando, se não cedesse por bem, acabaria morto e jogado em alguma lixeira pelo amanhecer. Ele não queria isso. Num movimento rápido se livrou do cinto de segurança e investiu contra o motorista, sentando habilmente em seu colo.


O outro estava surpreso por sua ousadia. Tentou mover Kai de onde estava, mas sentir o outro em seu colo o estava excitando. A situação piorou ainda mais quando Kai passou as mãos por sua nuca e começou a distribuir leves selares atrás de sua orelha. O membro antes semi-desperto de Kyungsoo começou a pulsar freneticamente enquanto o outro rebolava em seu colo lentamente.


Kai estava conseguindo o que queria. Kyungsoo estava inebriado pelos seus atos. Foi com muita satisfação que sentiu abaixo de si, D.O ficando duro e arfando sem parar com seus movimentos. O campo estava preparado. Kai não conseguia deixar de antecipar o quanto seria gostoso quando a diversão de verdade começasse.

- Não… Kai… Pare… - implorava D.O, segurando com força a blusa do outro. Mesmo que seus lábios estivessem negando, suas mãos começaram a percorrer a extensão das costas de Jongin, fazendo o golpista se arrepiar dos pés à cabeça.

- Sabe… - disse ofegante – Sabe o que eu acho? Acho que você está gostando…


Kai então, tomou os lábios do cantor, atacando-os ferozmente, invadindo sua boca com sua língua sedenta por contato mais profundo.


Após algum tempo envolvidos naquele beijo molhado e estalado, ambos sentiram que estava quente demais ali dentro. As janelas do carro e o pára-brisas estavam embaçados. Kai arrancou a blusa com dificuldade e abriu a camisa que usava por baixo, deixando exposto o peito definido e os diversos músculos torneados de seus braços. Kyungsoo observou aquilo em êxtase. Kai pegou sua mão e a encostou em seu próprio abdômen. D.O correu as mãos pelo local com urgência, enquanto mordia os próprios lábios.


Kai, porém, não estava satisfeito com os toques do outro. Ele queria ver seu corpo também, e de forma desajeitada, já que o veículo era pequeno para muitos movimentos, puxou de uma vez só a jaqueta que o outro vestia, em seguida a camiseta, deixando em evidência a pele alva e macia do outro. Kyungsoo era extremamente pálido e seu peito possuía várias pintinhas espalhadas por sua extensão. Jongin observou, praticamente salivando, o abdômen levemente torneado do outro e os músculos fortes do antebraço e dos ombros do cantor. Que delícia – pensou.


Nesse ponto, o cantor não estava mais tão envergonhado assim. Passou a língua despudoradamente por todo o peito do dançarino. Kai estremeceu e continuou se movimentando sobre o outro. Aquilo estava bom demais.


Jongin percebeu que a experiência não seria tão emocionante assim, quando tentou mudar de posição, e seu cotovelo apertou a buzina do carro demoradamente.

- Aish! - disse, voltando à posição anterior.


D.O riu e, passando as mãos pelos cabelos loiros do outro, disse com um sorriso terno:

- Parece que isso não vai dar certo aqui.


Jongin estava desolado. Agora que a brincadeira estava ficando interessante – pensou.

- Vamos procurar um lugar… - completou D.O, colocando ambas as mãos nas costas do golpista.


O sorriso lascivo que Kai lhe dirigiu, arrancou uma risada baixa de Kyungsoo. Eles não sabiam a qual distância estavam do motel mais próximo, mas a urgência dos dois não os impediu de ficarem parados ali por alguns minutos, olhando um para o outro. Quando finalmente, Kyungsoo decidiu sair do carro pra pôr a camiseta de volta, Kai saiu de cima de si e ambos saíram do carro. Enquanto D.O se vestia, Kai olhou em volta, vendo que não havia ninguém nem nada por perto. Só os dois, o carro e a noite fria. Uma ideia um tanto quanto louca lhe veio à cabeça.


Olhando para Kyungsoo com um sorriso maroto, ele perguntou:

- Por que não aqui?


D.O se virou pra ele enquanto vestia a jaqueta e riu nervosamente ao dizer:


- Por favor diga que isso é brincadeira…


Jongin o fitou inocentemente e o cantor viu que ele falava sério.

- Você… Você ficou louco?


Kai disse incredulamente:

- Ah, qual é? Qual o problema?

- Kai… - disse gesticulando com as mãos, como se o outro tivesse algum tipo de retardo mental. - Isso é uma estrada.

- E daí?


D.O olhou em volta. Ele estava ousando demais em uma noite só. Aquilo não era de seu feitio. Vendo que o outro corria os olhos pelo acostamento e a rodovia, Kai disse:

- Você, por acaso, viu algum carro passando por aqui na última meia hora?


De fato, a estrada era bem deserta. Jongin sabia bem disso. Já havia feito algumas vítimas por ali.


- Sem chance. - tornou o outro.


Após um suspiro, Kai decidiu que seria melhor mostrar que era possível do que tentar convencer o menor. Num impulso impensado, agarrou D.O pelas costas e começou a arrastá-lo. Por um momento Kyungsoo pensou que o outro lhe faria mal. Afinal, ele o puxava com muita força, pressionando-o contra seu peito. Mas, se acalmou quando viu o que Kai pretendia. Ele o estava levando para o capô do carro.

- Isso é loucura!


Kai o levantou e sentou no capô com uma expressão séria.

- Não devíamos… - começou D.O, porém foi interrompido por Kai, que com o dedo levantado, disse:

- Chega disso. Trate de tirar essa roupa agora.


Kyungsoo queria xingar o outro, mas sua expressão facial estava divertida demais. Teve que rir. Mesmo receoso que alguém o visse, ele ainda sim queria dormir com Kai. Começou a tirar a jaqueta lentamente, fazendo um biquinho ao dizer:

- Está frio…


Kai sorriu ao ver a tentativa falha do outro de fazer pirraça.


- Ora, pare de frescura. Daqui a pouco esquenta…



E sorriu maliciosamente.


O golpista viu que era o receio que levava o outro a demorar para se despir e decidiu ajudá-lo. Quando tocou o cós de sua calça, sentiu D.O tremer. Puxou-a, deixando o menor sentado no capô só de boxer. Kai não conseguia tirar os olhos do corpo do outro. Tudo lhe era atraente, desde os mamilos eriçados pelo frio, até os pelos das coxas arrepiados e a fumacinha que saía de sua boca enquanto respirava.


D.O, por sua vez, não teve que que ajudar o outro a tirar a roupa. Kai fez isso hábil e rapidamente e logo estava atacando o ombro do outro com beijos e chupões. O menor estava em êxtase novamente, com os toques e beijos do dançarino. Os escrúpulos já tinham se esvaído há tempos. Não queria mais saber de pensar. Só queria sentir a pele de Kai na sua.


Jongin sabia que D.O era inexperiente com homens, então limitou seus desejos para não assustar o outro. Num movimento rápido, investiu até Kyungsoo, puxando sua boxer até os tornozelos. D.O o observava atento. No fundo ele sabia o que o outro faria em seguida.


 Kai ficou ao mesmo tempo surpreso e satisfeito com o tamanho do membro do cantor.


- Nossa, Kyugsoo, como você é grande…


D.O ficou vermelho no mesmo instante. Kai, agora sorridente, pegou o membro enrijecido do outro e começou a massageá-lo, em movimentos de vai e vem. O pênis de Kyungsoo pulsava em suas mãos enquanto ele gemia baixinho. Não demorou muito para que o golpista envolvesse toda a extensão do membro do outro com sua boca, eventualmente arrastando levemente seus dentes pela glande do outro. D.O não conseguia evitar os gemidos, mais audíveis, que saíam de seus lábios. Aquela boca estava deliciosa demais. Não sentia mais frio. Seu corpo estava queimando. A língua de Kai percorria sua virilha e aquilo o enlouquecia.


- Kai… - disse com a voz arrastada, enquanto a cabeça do outro subia e descia sobre si. – Não vou aguentar… P…. Por… Muito tempo…


Kai olhou pra ele e tirou a boca da região. Limpou o queixo, de onde escorria o pré-gozo de Kyungsoo e o agarrou pela cintura. O menor o beijou, enquanto suas línguas se entrelaçavam, em um ritmo frenético. Após algum tempo naquele beijo molhado, D.O se afastou para respirar, e disse ao outro:


- Venha aqui… Deixe-me fazer em você… - disse, tomando o membro do outro com a mão. Kai deu uma risadinha, e suavemente retirou a mão do outro de si.

- Não… Eu não quero.

- Por que não?

- Não vou aguentar… Só quero e preciso de uma coisa… Quero você dentro de mim.


D.O estremeceu. Beijou novamente o maior, massageando seu pênis, mesmo contra sua vontade. Kai mordeu os lábios. Agarrou os cabelos de D.O enquanto o outro o masturbava sem desviar o olhar nem por um segundo sequer.


A fumaça provinda do frio em contato com a pele quente dos dois era visível em volta do carro. Os dois estavam extasiados demais para prolongar aquilo ainda mais. Já estavam prontos. Soltando o membro de Kai após alguns tapinhas, que o mesmo deu em seu ombro indicando que não aguentaria mais daquilo sem gozar, Kyungsoo disse contra a pele do peito do outro:


- Senta aqui. - falou com uma voz profunda e arrastada, fazendo todo o corpo de Kai tremer de excitação. O puxou pelo pulso trazendo-o para perto de si. Kai não conseguia deixar de agradecer ao destino por ter trazido Kyungsoo a ele.


O pouco que Kyungsoo sabia sobre relações entre homens foi posto em prática, quando disse:

- Vou preparar você.

Mas, Kai meneou a cabeça, em tom de protesto.

- Não. Eu não quero que me prepare.


Kyungsoo o fitou um tanto quanto confuso.

- Eu quero ver o que você tem. Faça direito. - disse, com um sorriso malicioso nos lábios.

D.O sorriu. Puxou o dançarino pra cima do capô do carro, não antes de dar uma rápida olhada em volta.


- Já disse… Ninguém vai nos ver. - falou Kai impaciente.


O dançarino se posicionou sobre o cantor, e se preparou para sentar em seu colo. Após um selar de lábios, e uma breve masturbação que lubrificou o membro do alvo, Kai sentiu D.O penetrá-lo. Kyungsoo segurava sua cintura enquanto o sentava lentamente em seu membro. Kai estava dividido entre a dor que sentia devido ao tamanho do membro do outro, ou o prazer que isso lhe proporcionava. 


Após alguns segundos parados, D.O tomou a iniciativa e começou a se movimentar lentamente, sempre olhando para o rosto de Jongin, para ter certeza de que ele estava bem. Kai fechou os olhos. O estilo dele não era esse. Ele geralmente tinha relações sexuais selvagens com suas presas. Nada ligado à delicadeza. Mas, ao ver como Kyungsoo estava sendo carinhoso e cuidadoso consigo, não pôde resistir. Aquele homem era o ser perfeito a seus olhos. E como aquilo estava gostoso. Agarrou o cabelo de D.O, arrancando um pequeno gemido do menor. Os dois iam se movimentando lentamente enquanto o cantor não desprendia os olhos do rosto do outro.


Kai segurava os ombros de D.O com firmeza e achou que aquele ritmo iria perdurar, até que o menor fechou os olhos. D.O estava enlouquecendo com aquilo tudo. O golpista era apertado, isso fazia o contato ainda mais gostoso. Não estava aguentando. Queria explorar aquilo ao máximo. Logo, começou a estocar Kai mais forte e mais rápido. O outro abriu os olhos, mordendo o lábio inferior com força.


- Ah, assim D.O!


Ele pôs-se a beijar o pescoço do outro enquanto cavalgava em seu colo. O menor cravou as unhas nas coxas do golpista, enlouquecendo de prazer, enquanto o outro rebolava sobre si. Ambos suavam freneticamente, e moviam-se em perfeita sincronia. Kai gemia alto a cada nova estocada em seu ponto sensível. Kyungsoo pousou as mãos nas nádegas do outro, apertando-as com vontade e gemia baixo arrastadamente no peito do dançarino.


- Mais forte… Ah, assim… D.O… Ah…


Kai enunciava palavras desconexas enquanto o outro obedecia seus comandos, tentando tornar o sexo ainda mais prazeroso. Ele próprio não conseguia se lembrar de nenhuma relação em que tivesse sentido tanto prazer quanto estava sentindo ali com aquele homem misterioso e delicioso.

Com os lábios semi cerrados, Jongin colou sua testa na testa suada do outro e disse, ofegante:

- Kyungsoo, não vou… Aguen… Ah!


E se desmanchou no abdômen do outro. Sentindo o interior de Kai se contrair, D.O não suportou o prazer do aperto e acabou gozando. Ambos ofegavam sem parar, olhando um para o outro. Por aqueles momentos ali juntos, haviam se esquecido do frio, da estrada, do perigo. Cada um esqueceu-se de suas antigas preocupações. Não havia festa alguma, amigo algum esperando, golpe… Não havia mais nada além dos dois.


Ainda no colo de Kyungsoo, o dançarino fitou aqueles olhos gigantes. O cabelo em tigelinha do jovem estava colado no rosto e ele olhava para si, com um sorriso sem graça. Ele lhe parecia lindo.

- Você é perfeito. - disse.


D.O riu baixinho. Afagou o rosto belo e suado do outro com a mão e disse:

- Não sou não.


 Ficaram ali brincando com as mãos entrelaçadas até que Kyungsoo sentiu um arrepio passar por si, e envergonhado, disse:

- Kai!


O outro olhou sem entender, até que algo passou rápido pela estrada.

- O que? - perguntou, virando-se para a direção contrária a si.

- Era um carro… - Kyungsoo apontou o veículo que seguia seu caminho rapidamente mais a frente.


Um olhou para o outro e puseram-se a gargalhar bem alto.


Afinal, quantos carros será que haviam passado por ali na última meia hora?


 ***


D.O dirigia enquanto o outro sorria olhando pela janela. Kai nunca havia se sentido tão feliz após dormir com alguém. O rapaz tinha algo de especial que ele simplesmente não sabia explicar com palavras. Ambos estavam evitando pensar muito no futuro. Kyungsoo disse ao outro que iria encontrar o amigo quando chegassem ao posto. E Jongin tinha certeza que Chanyeol o estaria esperando para terminar o serviço. Porém, nenhum dos dois parecia estar preocupado com a repercussão de seus atos.


Chegaram ao posto. Kai corria os olhos pelo local em busca do calhambeque do amigo. Desceram do carro e Kyungsoo disse:

- Estranho, ele já deveria estar aqui.


Qual não foi sua surpresa ao ver o amigo sair de dentro de um carro preto, acompanhado de um rapaz alto, mal encarado.


Baekhyun caminhou até ele com um meio sorriso. Kai olhou para seu parceiro de crime em busca de uma expliacação, contudo, o sorriso de Chanyeol era indecifrável.

- D.O… - sussurrou o amigo, segurando o braço de Kyungsoo com força. - Que demora. Você está bem?

O outro piscou várias vezes antes de responder:

- Estou sim, mas quem é esse cara?


Foram interrompidos por Chanyeol, que com seu tom de voz grave olhou para Kai com um sorriso e disse, fingindo surpresa:

- Kai! Você aqui?


Jongin tentou disfarçar e falou: - Quanto tempo…


Chanyeol virou-se para Baekhyun e questionou, bem-humorado:

- Por que não disse que seu amigo estava com o Kai, Baek?


D.O os observava calado. Baekhyun deu de ombros e respondeu:

- Eu não sabia…


Virou-se para D.O e completou, respondendo sua pergunta anterior:

- Eu o conheci hoje.


Kai e Chanyeol se entreolharam e o maior perguntou com um sorriso malicioso:

- E aí? O que tínhamos combinado pra hoje ainda está de pé?


Kai dirigiu seu olhar a Kyungsoo, que estava imerso numa conversa baixa com seu amigo e disse:

- Não. Vou ter que furar com você hoje. - respondeu baixinho.


Chanyeol entendeu. Afinal, ele mesmo tinha sentido o sabor da falta de profissionalismo, naquela noite fria.


                                       


                                         *** CATCH ME, IF YOU DARE ***




Notas finais: Nos vemos na sequência (Catch me if you can) 

Beijinhos! 

6. November 2018 01:33 3 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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sahsoonya Sahsoonya KPOP, ROCK, ANIME, DORAMA, GAMES, POETRY, HORROR MOVIES, ENGLISH, KIDS EXO - KAISOO "I would prefer not to" - Bartleby the scrivener (Herman Melville)

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Biological Storm Biological Storm
Te achei! Ah, quando vi teu jornal me deu um aperto no coração e ver que não tinha mais nenhuma história me deixou bem louca. Bem, não posso te julgar pela tua escolha e concordo com ela. Acabei de me registrar nesse site para te achar, então não sei mexer direito, ainda, desculpe. Mas já te segui para garantir. Desejo muita sorte para ti nesse novo começo. E o site parece ser realmente bom. Abraços. (E desculpe não comentar nada sobre a fic em si, só que estou meio empolgada e não sei se dá para mandar uma mensagem direta para o autor aqui.)
November 19, 2018, 00:18

  • sahsoonya sahsoonya
    hahahahaha Oi. Pois, é, minha escolha de mudar de plataforma não se resume apenas aos conflitos na outra não. Ultimamente passei por algumas situações que me fizeram rever meus conceitos. Vi que estava compactuando com coisas que considero erradas, e não é do meu feitio fazer isso. Tive alguns problemas pessoais, e enquanto os resolvia, percebi que precisava purificar certos aspectos da minha vida também. Acabei de recomeçar várias coisas na minha vida, a fim de deixar o sofrimento de lado (as vezes simplesmente não conseguimos deixar ir, por mais que doa), e decidi fazer o mesmo com as fanfics. Espero que esse novo começo seja para o bem. Pra ser sincera contigo, já que somos amigas (bem, eu considero né ;-; ) houve uma época que minha grande preocupação era a visibilidade das minhas fanfics e quantos seguidores elas me garantiriam... Já que sempre gostei de escrever, mas fico feliz em dizer que hoje, isso é o que menos me importa. Só quero compartilhar meus pensamentos por meio das histórias. Eu não escrevo só fanfic... Também escrevo contos de horror, e histórias originais, as quais sempre tive muito receio de postar, mas com meu novo começo, eu pretendo deixar muitos dos meus medos de lado. No outro site, eu me sentia um tanto presa apenas às minhas obras relacionadas a kpop, mas aqui eu sinto que posso pôr pra fora tudo que me der vontade e isso é refrescante. Não serei mais uma autora com amarras. Sinto os leitores que vou perder, que ainda permanecem lá, mas acho que essa mudança virá para o bem em vários aspectos. Vou respostar todas as fics, e algumas outras histórias aleatórias também. E para você e todos os outros leitores fiéis, pode ter certeza que eu vou estar disponível sempre viu... Só tenham paciência comigo, por que eu também não sei mexer muito bem com a plataforma e vou levar um tempinho me adaptando a ela, até que volte a postar com frequência (se é que isso algum dia já aconteceu) hahahahaha. Obrigada pelo carinho, meu bem... É uma honra saber que veio me procurar aqui!!!! Até a próxima! :) November 28, 2018, 21:41
  • Biological Storm Biological Storm
    Oi, guria! Nossa, quase que perco minha conta aqui. Esqueci a senha. E de quebra esqueci qual e-mail cadastrei nesse site para recuperar a senha e pior, esqueci a senha do e-mail. Hahaha. Tenho tudo anotado, mas meu computador deu problema e perdi minhas notas. Mas finalmente consegui voltar! Eu te admiro muito pela força que tu teve de migrar e espero que tanto nesse aspecto quanto na tua vida em si esteja melhor pelas mudanças. Eu não consigo fazer o mesmo, por favor, não me julgue. >< Mas eu realmente não consigo me desapegar totalmente do ss, por pensar nas fics que perderia de lá. Estou salvando loucamente as fics que gosto para se rolar alguma coisa ter aquelas fics lindas. Pausa para o momento surto por você me considerar uma amiga. (AAAAAHHHHH!!!!!) Voltando... Sobre as histórias originais, eu posso ler, sim, menos terror. Eu sou muito medrosa para isso. Hahaha. Mas desejo que toda essa nova fase na escrita esteja te fazendo bem e trazendo paz de espírito. Já vi que postou novas fics e estou muito feliz por poder ir lê-las. (Admito que tenho a maioria salva no computador. Hahaha.) E agora finalmente vou comentar direito nelas todas. Vamos indo desbravando esse site juntas, que não sei mexer direito também. Hahaha. Beijos e abraços! January 28, 2019, 18:40
~