azusakim Jess Sibia

Talvez me apaixonar por um cara que era maravilhosamente bom em tudo que fazia e tocava mas que possuía um letreiro luminoso acima da cabeça escrito perigo tenha sido o problema. Eu esperava amor de onde nunca receberia nem ao menos paixão, eu esperava paz de uma fonte de problemas, e movido pelas minhas altas expectativas eu cai em queda livre para o mar das decepções. [Baekchen][Chanchen][Jongdae narrador][Angst][Inspirado em Taylor Swift - I Knew You Were Trouble]


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

#exo #angst #Chanchen #baekchen #songfic #drama #yaoi
Kurzgeschichte
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Capítulo Único - Solução

“Era uma vez, alguns erros atrás eu estava na sua mira, você me pegou sozinha você me encontrou. Acho que você não se importava, e acho que gostei disso e quando eu me apaixonei, você deu um passo para trás sem mim.”


Deitado na cama do quarto banhado pela penumbra observo ele se trocar, os cabelos molhados do banho recém tomado, as costas estampadas com o dragão chinês desenhado, era a última tatuagem das dezenas que ele já possuía, havia me convencido de fazer a minha primeira naquela semana, estávamos com a sessão marcada. Seus cabelos descoloridos eram o encaixe mais perfeito para o seu tom de pele, olhar para ele era como encarar um anjo, não precisava de qualquer esforço para enxergar suas asas vindas as omoplatas.


“Baekhyun.” Chamei alto o suficiente apenas para que ele ouvisse.


“Sim?” Sua resposta saiu distraída, como tudo em sua vida que me envolvia.


“Acho que eu cheguei a conclusão de que estou apaixonado por você, de verdade.”


Talvez dizer que eu estava apaixonado tenha sido meu erro, talvez me apaixonar por um cara que era maravilhosamente bom em tudo que fazia e tocava mas que possuía um letreiro luminoso acima da cabeça escrito perigo tenha sido o problema.


“Ótima piada Jongdae.” Ele riu e por um longo minuto de silêncio eu fiquei sem entender, mas acabei por rir junto. “Nós temos uma boa conexão e tudo mas, paixão é algo muito marcante entende? Não quero rotular o que sentimos um pelo outro.”


“Eu sei que não gosta de rótulos, mas não existe outra palavra para definir, o que eu sinto é paixão.” Você riu de novo, balançando a cabeça em negação.


“Você está feliz?” Assenti com a cabeça, ele se inclinou e selou meus lábios num beijo estalado. “Então, sem rótulos, só continue feliz. Agora vista-se, vamos nos atrasar.”


E talvez, ter ficado calado quanto aos meus sentimentos puramente para evitar uma grande briga com ele, tenha sido o primeiro dos meus maiores erros.


“Porque eu sabia que você era problema quando você apareceu, tão envergonhada de mim agora! Levou-me a lugares que eu nunca tinha ido, até que você me decepcionou”


A festa é barulhenta, confusa, existe tanta fumaça pelo ambiente que é difícil identificar o que se trata de efeitos e o que se trata de maconha, estou parado num canto observando as pessoas que dançam descontroladas pela pista ao som da música eletrônica que estronda pelas caixas de som monstruosas por todo o salão. Não acho você com os olhos, é a minha terceira ou quarta rave e a primeira que estou sóbrio, não consigo tomar nenhuma balinha, não consigo fumar um baseado para relaxar.


Meu celular vibra insistentemente no bolso da calça apertada, havia pelo menos 20 chamadas não atendidas da minha mãe e mais umas 25 ou 30 da minha irmã, três dias sem voltar para casa porque estava com Baekhyun e sua turma, indo de festa em festa, de bar em bar, bebendo, fumando, transando e fazendo tudo aquilo que minha mãe diz ter me criado para não fazer. Ela detesta Baekhyun e qualquer coisa que tenha a ver com ele e seu estúdio de tatuagens e seus amigos que fedem a vodka, quando comecei a sair com ele, ouvi pelo menos meia dúzia de sermões sobre o quanto eu estava perdendo o meu tempo e em como ele iria foder com a minha vida.


A visto Baekhyun entre a multidão, seu cabelo tingido de vermelho recentemente se destaca, ele está com um cigarro em uma mão e o copo de bebida na outra mas, o problema não é nenhum desses, o problema é o cara alto que envolve sua cintura e o beija, beijo que ele retribui com o fervor que eu nunca havia recebido e naquele momento minha vontade é sair e correr dali, como se eu nunca o houvesse conhecido, sinto meu coração doer.


Eu esperava amor de onde nunca receberia nem ao menos paixão, eu esperava paz de uma fonte de problemas, e movido pelas minhas altas expectativas eu cai em queda livre para o mar das decepções.


“Nada de desculpas, ele nunca te verá chorar ele finge que ele não sabe que ele é o motivo pelo qual, você está se afogando. E eu ouvi sussurros na rua dizerem que você seguiu em frente mais uma com quem você ficou, é tudo o que serei.”


Acordo com o som das risadas da minha mãe vindos da cozinha, provavelmente mais um de seus almoços com as amigas do trabalho, sinto a cabeça latejar e suspiro fundo, com muito esforço levanto da cama procurando pelo celular perdido entre as roupas no chão. Acendo a tela, nenhuma notificação nova, nenhuma chamada perdida ou mensagem pendente, faz quinze dias desde a última rave, desde que Baekhyun jogou a realidade na minha cara dizendo que não tínhamos nada, que ele não tinha qualquer responsabilidade comigo que se eu me apaixonei, aquele era um problema que eu deveria resolver sozinho.


Eu pensei que ele estava bêbado demais para raciocinar direito, pensei que havia dito no calor de sua ira, mas não, depois de quinze dias em total silêncio e com noites inundado pelas minhas lágrimas, me afogando no meu sofrimento unilateral, percebi que ele falava sério, ele não se importava. Tentei ligar para ele, chamou até que a ligação fosse encerrada pelo serviço de telefone, ele provavelmente não me atenderia, estava fugindo como o covarde que era, como cafajeste que sempre me disseram que ele seria comigo mas que eu, tolo, nunca acreditei.


Encaro o espelho, os cabelos desgrenhados num corte irregular que demoraria a ser consertado, mais magro que o normal, com o corpo marcado ainda das noites em que o Byun gostava de brincar, sobre a costela esquerda a prova gravada na pele do quão louco ele fora capaz de me deixar: indissolubilis aeternum, inquebrável e eterno era o que significava, era como eu gostaria que fosse. A única felicidade daquela tatuagem era saber que Baekhyun possuía igual, no mesmo lugar, logo abaixo do coração para se lembrar de mim mesmo que quisesse me esquecer.


Sai do quarto dando um baixo boa tarde para minha irmã que se encontrava na sala, assistindo uma de suas séries adolescentes previsíveis, as risadas e conversas na cozinha cessaram quando entrei pela mesma, dei um sorriso fraco para as convidadas, me dirigindo em silêncio para a geladeira, precisa comer, então tomar algo para a dor e voltar para o quarto dormir pelo restante da tarde.


“Então, ele ainda não superou o tatuador?” Ouvi o sussurro de uma das mulheres para minha mãe.


“Não, está nesse limbo faz semanas, não come, não dorme direito, chora tanto que estou começando a ficar preocupada.” Ela respondeu também sussurrando, na tentativa de não me fazer escutar.


“Eu estou aqui, se querem falar sobre mim, esperem ao menos eu voltar para o quarto.” Me pronunciei encarando-as, enquanto enchia a tigela de cereal e leite.


“Não quero que volte pro quarto Jongdae, porque não fica na sala com a sua irmã?” Minha mãe me encarou, com seu olhar terno de preocupação.


“E correr o risco e olhar pela janela e ver aquele desgraçado chegando ou saindo daquele cúbico-lo que o Park chama de casa? Muito obrigado, prefiro a segurança do meu quarto escuro.” Peguei a tigela de cereal e os comprimidos para dor, saindo da cozinha.


Park Chanyeol era o cara da festa, meu vizinho de anos que eu nunca conversei ou sequer dei bom dia, um cara problemático que minha mãe preferia que eu e minha irmã sequer olhássemos, sua casa era assumidamente um ponto de revenda dos produtos que usualmente encontra-se e raves, desde baseados até as queridas balinhas coloridas. Quando ousei colocar a cara para fora de casa após meu rompimento com Baekhyun, fui recebido por uma chuva de informações desnecessárias de Jongin, meu outro vizinho, que durante uma das nossas caminhadas juntos contou que Baekhyun vivia na casa do Park, que chegava cedo e que às vezes nem sequer ia embora no mesmo dia.


Eu descobri que Baekhyun me exibia como um troféu, o menino certinho do café na esquina da faculdade, o menino que ninguém no mundo pensaria que estaria numa rave, o menino que ele conseguiu levar pra cama, ele tinha orgulho em ser um canalha, ele tinha orgulho de toda a ilusão que criou.


“E o medo mais triste chega se esgueirando de que você nunca amou me amou, nem a ela, nem a ninguém, nem a nada”


É segunda de manhã, já faz dois meses que Baekhyun pareceu sumir do mapa, estou saindo para caminhar antes do trabalho, mesmo com os fones de ouvido no último volume, consigo ouvir o som de algo quebrando, olho ao redor e vejo Chanyeol jogando seu violão velho contra o chão da garagem, ele estava possesso de ódio, chutando tudo que via pela frente e logo seu celular havia voado até o meio da rua, se estilhaçando no chão. Meu olhar encontra o dele por um momento e a tristeza que eu enxergo em suas orbes é a mesma que nublava as minhas dois meses atrás e então eu compreendo o motivo de sua ira, Baekhyun.


Saio para caminhar e não o vejo pelo restante da manhã, já no trabalho por volta das duas da tarde quanto o movimento já esfriou um pouco, ouço o sino da porta tocar e por ela, Chanyeol entrar com uma expressão cansada, sentou nas cadeiras do balcão pedindo um expresso duplo sem açúcar, antes que possa apenas deixar o café e sair ele me chama.


“Jongdae, como foi quando vocês terminaram?” O questionamento veio direto e eu não precisava perguntar de quem ele estava falando.


“Terrível e assustador.” Respondi quase em um sussurro. “Ele me fez dependente de um amor que não existia.”


“Te fez acreditar que vocês possuíam uma conexão única e então quando você disse que o amava..”


“Ele me virou as costas, ele se afastou e disse que não tinha qualquer responsabilidade.” Completei a frase.


“Filho da puta, ele é um grande filho da puta. Sabe que ele está saindo com Kim Taeyeon agora, não sabe? Aquela garota da taberna temática no fim da cidade.”


“Eu não sei nada sobre o Baekhyun faz meses e prefiro permanecer sem saber.” Respondi seco.


“Me desculpe por estragar o que vocês tinham.” Ele parecia ter pesar na voz, eu sorri.


“Eu deveria te agradecer por ter tirado ele de mim e você deveria agradecer Taeyeon por tira-lo de você, até onde eu a conheço ela é tão ruim quanto ele então, talvez ele prove do próprio veneno um pouco.” Dei de ombros.


“Consegui um emprego de verdade na última semana, vou fechar o negócio das raves, cansei dessa vida.” Tomou o café em dois grandes goles e suspirou.


“Vou ter um vizinho decente agora.” Recebi um revirar de olhos como resposta, ri soprado da reação.


“Será que agora sua mãe deixa sua irmã passar na calçada da minha casa?” Ele questionou risonho.


“Acredito que sim, mas ei, minha irmã é nova demais para você, fique longe.” Joguei o guardanapo que estava em meu ombro nele, rimos.


“Mas você não.” Ele sorriu e eu senti meu rosto esquentar. “Podíamos sair para beber qualquer dia, o que acha? Falar mal do Byun, planejar uma possível vingança, algo assim.”


“Não parece uma ideia ruim.” Ponderei e acabei concordando.


“Sábado está bom para você? É um bom tempo para convencer sua mãe que eu não sou mais o traficante da rua.”


“Sábado é bom, é tempo suficiente para ela saber pelas fofoqueiras da rua que você mudou de negócio.”


Rimos de novo e pela primeira vez em meses, me senti leve em ter uma conversa com alguém que não fosse minha própria família, quando o sábado finalmente chegou Chanyeol fez questão de ficar um tempo em casa conversando com a minha mãe e contando abertamente sobre sua mudança de negócio, de que agora trabalhava como entregador para um restaurante e que não pretendia voltar a se envolver com as vendas das raves. Foram tantos sábados de Chanyeol, eu e os bares de Seul que sequer lembramos mais de Baekhyun e sua existência tóxica.


No fim, eu sabia que hora ou outra o Byun ressurgirá como a fênix que era para me atormentar, mas Chanyeol estava ali e, mesmo que não rotulássemos o que possuíamos eu tinha a grande certeza de que ele não seria meu novo causador de problemas, Chanyeol havia sido a solução.

1. September 2018 02:22 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Jess Sibia Perdida no meu labirinto de ideias

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