boaswain uanine oliveira

O relacionamento de Jimin e Jungkook nunca foi mais complicado que o dos outros casais, eles tinham seus momentos de crise mas também os beijos de reconciliação, e assim estava tudo bem para o Jeon. Só que junto com o pacote "Jimin", vinham também as outras personalidades do loiro: Johnny, um badboy inconsequente, Chimchim, um garotinho gentil, Park, perfumado e com TOC, e Freddie, o homem mais tarado que Jungkook já conheceu na vida.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

#drama #fluffy #angst #jikook #tdi #romance #bangtan-boys #bts
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Johnny

— Amor, cheguei — Jungkook disse ao passar pela porta , jogando as chaves na estante ao lado e fazendo o mesmo com bolsa que carregava, postando-a no sofá de qualquer maneira. O capacete da sua moto colocou sobre o colchão da cama, esperando encontrar Jimin lá, mas apenas a desarrumação se fazia presente no cômodo. Aproveitou para tirar os sapatos. — Jimin?

Jungkook era assim, desorganizado. No seu trabalho (de antemão, é fotógrafo em uma agência de mini modelos), seus colegas sempre reclamam do quão estabanado e meio avoado o garoto é o tempo todo, está sempre esquecendo isso ou deixando aquilo cair, é uma dor de cabeça para qualquer um, ele mesmo se prejudicava sendo assim. Catou o celular no bolso e deitou-se apenas para ligar o wi-fi e deixá-lo ali, entre os lençóis, indo até o banheiro do quarto. Morava ali tinha uns três anos e alguma coisa, a casa os pais de Jimin tinham os dado de presente assim que o Jeon concluiu o ensino superior em Marketing e Publicidade, mas o moreno tinha entrado com uma parte da grana também. Ficava longe o suficiente da cidade para não se chatearem com carros e pessoas e vizinhos chatos e perto o suficiente de tudo o que eles precisavam: eram quinze minutos dali para o trabalho do Jeon e vinte dali para o hospital.

Os dois já namoravam há cinco anos, se conheceram quando a irmã de Jungkook tentou suicídio — hoje ela admite que foi um erro e agradece terem chegado a tempo, está se formando em Medicina semestre que vem. O moreno ao acompanhá-la até o consultório do psicólogo viu aquele baixinho de fios loiros em um topete de badboy, mascando chiclete e jogando no celular. Aquele ainda não era Jimin, era Johnny. Johnny era um pouco irritante, falava palavrões o tempo inteiro e soava arrogante até para responder um bom dia, mas tinha um cheiro de menta incrível e na época esse era o sabor favorito de Jungkook. Fazer o quê? O papo sobre motos o deixou interessado.

Marcaram de se encontrar na praça em frente ao shopping, na verdade, a curiosidade de porque o outro estar no psicólogo queimava na sua garganta e Jungkook estava louco para perguntar, mas foi surpreendido quando Johnny não apareceu e, ao invés dele, veio um tal de Park. Tinha uma franja caindo sobre os olhos, o sorriso mais lindo do mundo e estava tão bem arrumado que o Jeon sentiu o fôlego ser tirado de si. Não precisou mais perguntar sobre o motivo, mesmo assim não demorou a admitir que havia gostado do menino.

O Jimin, Jimin mesmo só apareceu uns dias depois, por mensagem ainda. Pediu desculpas, conversaram sobre tudo na vida e sobre uma possível pós-morte, o mais velho explicou sobre os outros dois e que ainda tinham alguns que Jungkook não conhecia: ChimChim e Freddie, que tudo bem estranhar e ter medo, era normal para si. Mas nem isso nem aquilo, Jungkook estava curioso, interessado, encantado. O nome do baixinho já estava na boca de todos os amigos do Jeon. Falou de Jimin para mãe, e de Johnny, e do Park também. A Sra. Jeon ficou hesitante com a amizade do filho, mas o filho a acalmou, ele já tinha passado a noite inteira na internet pesquisando sobre.

Transtorno Dissociativo de Identidade. Estava quase um expert, afinal, tinha se apaixonado por três caras em menos de uma semana. Foi na casa de Jimin, conheceu o Sr. e Sra. Park, eles eram ricos pelo tamanho da casa, Jungkook era só um aluno do primeiro semestre que odiava quando os melhores amigos fumavam perto de si e trabalhava em um posto de gasolina a noite para poder comprar uma moto, mas ficou feliz por todos serem extremamente educados e carinhoso e gentis consigo. Jimin o levou para o quarto, deu um beijo nele, riu e o entregou um caderninho pequeno.

O coração de Jungkook estava a mil por hora quando chegou em casa, ainda extasiado pela casa, pelo beijo (pelos beijos), pelo cheiro do loirinho que roubara seu coração e por ter ganhado aquele bloquinho. Deitou na sua cama e abriu, lendo página por página. Ali continham senão todas, as principais características de todas as personalidades de Jimin, era como um mapa para entender o mais velho e seus amiguinhos. Freddie gostava de muita putaria e dava em cima de qualquer coisa que se mexesse, tinha alergia à mel e odiava usar camisetas, seu forte era malhação e gostava de poemas também. Park sempre falava baixinho e andava arrumado, não gostava de desorganização, tinha um pouco de TOC com limpeza e gaguejava quando mentia, elogia muito a todos e sempre come maça de manhã. Chimchim chora por qualquer coisa e faz birra para ter o que quer, é um bebê gigante muito inteligente, adora falar sobre estrelas e filosofia, e cafuné, ele ama cafuné. Johnny é amargo e arrogante, está sempre de mau humor e fuma, uma cartela de cigarros por dia, provavelmente, faz tatuagens em excesso e já colocou um piercing, ainda bem que não em um lugar visível. No final também tinham algumas linhas falando sobre Jimin, puramente sobre ele, sobre como adquiriu cada personalidade e sobre como se sentia em relação ao transtorno. Jungkook mandou uma mensagem para o outro assim que terminou, já era noite. Começaram a namorar naquele dia, Jungkook e Jimin, apenas, essa era a condição imposta, Jimin não lembrava de muita coisa quando assumia suas outras personalidades então para ele era mais saudável assim.

No começo deu muito errado, porque Jungkook odiava Johnny e Park odiava Jungkook e era muito difícil tentar se controlar e não trair o namorado quando Freddie assumia, mais difícil do que cuidar de Chimchim, mas eles conseguiram. O próprio Jeon criou suas personalidades que se encaixassem com as do namorado, era muito mais paciente para Chimchim, muito mais atento para Park, muito mais calado para Johnny e muito mais rígido com Freddie. Valia a pena quando tinha a sorte de dormir com o Jimin.

Mas não eram sempre problemas com as personalidades, Jimin tinha ciúme até do vento e se irritava fácil por uma palavra mal colocada, enquanto o Jeon era orgulhoso e levava tudo na brincadeira. A primeira vez que repensou seus atos foi quando chegou na casa dos Park e achou rabiscos na parede do quarto do namorado, explicitando o quanto se odiava e que precisava de ajuda. Aquilo o assustou, tinha a ideia de que pelo tempo em que convivia com as outras personalidades, o loiro já tinha se acostumado, mas pelo que entalhava na parede, era justamente o contrário. Jungkook abraçou Jimin forte enquanto ele chorava, estava ali por ele, sempre estaria.

Sempre até hoje perdurava. Alguns desses rabiscos haviam passado para a mesa de trabalho do Jeon, em dias sombrios, mas ele se certificava de sempre salientar ao loiro o quão maravilhoso ele era, ele e o Park, e Freddie e Johnny e Chimchim. Jimin tinha consultas três vezes por mês, em uma delas Jungkook participava a pedido do psiquiatra, para poderem medir o desenvolvimento juntos.

Escutou os assobios da cozinha, rapidamente correndo para lá, estava faminto, e com saudade, tinha vontade de se enroscar em Jimin e receber carinho até dormir, porque estava casado do trabalho. Deu de cara com o loiro usando um gorro preto que cobria seus fios, uma calça preta apertada com rasgos nos joelhos e uma regata estraçalhada com a figura de um enforcamento, os pés descalços em cima do balcão enquanto ele se esticava confortavelmente no banco mais baixo, com o celular conectado no carregador.

Jungkook suspirou baixo. Sem carinhos para ele.

— Oi, Johnny — murmurou.

— E aí? — O badboy respondeu sem ao menos o olhar, levando a colher com cereal até a boca. O Jeon continuou analisando ele por um tempo, sem saber o que dizer. Um “Por favor, Jimin, volta” parecia atraente para si. — Tá olhando o quê? Quer que eu te pergunte como foi seu dia? Bem, eu não sou Jimin.

— Eu sei, hyung, eu sei. — Rolou os olhos, passando por ele para abrir o armário e fazer algo para comer. — Espera aí, você comeu o cereal todo?

Johnny respondeu com um resmungo desinteressado.

— Deixei um pouco para você na caixa — explicou.

O moreno esticou-se para alcançar a caixa de cereal no armário, abrindo-a para ver a quantidade duvidosa que o outro tinha deixado. Espremeu os olhos, furioso, notando apenas alguns grãos ali, uma brincadeira de mau gosto com sua barriga roncando. Respirou fundo para não começar a gritar, tinha que lembrar que Johnny só queria o irritar fazendo aquilo, e estava conseguindo, mas esperançosamente tinha alguma outra coisa para comer.

— Obrigado, Johnny, mas pode ficar — disse, jogando o resto sem piedade em cima do loiro que travou a mandíbula.

— Eu vou matar você, Jeon Jungkook — ameaçou, enraivecido, mas não se moveu um centímetro, apenas sacudindo os ombros para que o cereal caísse ao chão.

— De amor, só se for — o mais novo provocou, continuando a abrir os armários para procurar alimento.

Gostava da relação de gato e rato que tinham, se divertia com Johnny às vezes por isso, e era justamente o que o fazia aguentar um pouquinho o loirinho que cheirava à menta e cigarros, sabia que ele também gostava, apesar de fingir muito bem, pelo menos o mínimo que fosse, de si. Afinal, lembrava que tinha sido ele a marcar um encontro consigo. Mesmo assim, não conseguia superar a necessidade que sentia, naquele momento, de Jimin. Era como comprar um ingresso para os The Strokes e quem está se apresentando é o Ed Sheeran. Na situação, parecia exatamente o contrário. Apesar de já ter se acostumado com a mudança de personalidades, não deixava esquecidas as suas vontades. Jungkook queria carinho, o cafuné gostoso que Jimin o dava e os beijos atrás da orelha que o deixavam arrepiado.

Olhou para Johnny pelo canto do olho, sempre emburrado.

— Hoje no trabalho, a mãe da criança estava muito agitada e ficava o tempo todo...

— Não quero saber. — Foi interrompido pela voz rouca e firme do badboy.

— Olha pra minha cara, Johnny — pediu, virando-se para o mais velho e recebendo, mesmo que a contragosto, seu olhar desinteressado. — Eu estou cansado. Pode ao menos tentar fingir ser gentil?

— Não — Johnny sorriu de canto, se deliciando com a raiva que fazia Jungkook sentir.

— Você consegue ser mais infantil que o Chimchim, de vez em quando — resmungou o Jeon. — Aliás, faz tempo que ele não aparece.

— Ficou chateado comigo e ficou chorando no canto.

Jungkook revirou os olhos e suspirou, era uma boa oportunidade para botar as séries em dia, afinal Johnny não iria querer fazer nada consigo, nem carinho, nem conversar, nem assistir as séries. Assim que preparou bolachas e um copo de suco, se dirigiu à cozinha, vendo o loiro tirar um cigarro do bolso e o colocar nos lábios. No começo do namoro com Jimin, tinha tentado fazer Johnny parar de fumar, mas o psicólogo dizia que era bom deixar cada personalidade se sustentar em características próprias, pois quanto mais se parecessem, mais doeria para Jimin e para os outros.

Estava quase terminando a terceira temporada de Brooklyn 99, as pálpebras pesadas de sono e cansaço, mexendo no celular sem mesmo prestar atenção no que aparecia na tela. As pessoas com que mais falava eram os sogros, o psicólogo de Jimin, os melhores amigos, Taehyung e Namjoon, e sua irmã mais nova, mesmo assim, o assunto era quase sempre seu relacionamento. Não que o Jeon se importasse, amava falar do namorado, contar o que faziam juntos, esfregar na cara de todos os quanto eram felizes, mas não era isso que todo mundo queria saber. Sabia que Jimin o olhava irritado quando passava muito tempo no celular, como se pudesse sentir que o mais novo estava reclamando sobre suas inconstâncias.

Jungkook não reclamava, quer dizer, apenas de si para si. Não era como se Jimin não soubesse que o Jeon também tinha sentimentos e uma perspectiva sobre a situação toda.

— Vou usar seu computador, tá? — Johnny perguntou, aparecendo na sala por alguns segundos antes de Jungkook assentir.

Fez pipoca e tomou um banho, pegou a câmera fotográfica e foi analisando as fotos tiradas enquanto ouvia o noticiários das seis. O tempo passou rápido, estava pensando sobre como as mudanças de personalidades aconteciam de repente, de um minuto para o outro, ou ele simplesmente acordava com uma diferente, às vezes os outros quatros desapareciam por um tempo e deixavam só o Jimin mesmo no comando. Jungkook chamava de Período de Calmaria, adorava quando isso acontecia. Em contraposto, quando algo ruim ou agonizante acontecia, Jimin preferia dar um tempo e Jungkook tinha que lidar com os outros mais tempo que deveria. Já presenciou os cinco num dia só. Foi horrível.

Do seu jeito, amava os cinco. Claro que amava Jimin mais do que os outros, amava Jimin demais, chegava a doer no peito a sensação de não estar o dando o equivalente ao seu amor gigantesco; mas amava Chimchim como um pai, fazia de tudo para fazê-lo feliz e realizar todos os seus desejos. Amava Freddie como um melhor amigo, mesmo que esse desse em cima dele em qualquer oportunidade, podia contar com ele. Amava Park e nem sabia explicar como, chegava a mudar a sua própria personalidade só para agradar o mais velho, adorava ganhar sorrisos dele. Amava Johnny como um irmão, o observava de longe e tentava cuidar dele assim, distante.

Jungkook gostava de fotografar o namorado e seus amiguinhos — sua câmera, além de fotos de crianças, estava cheia de Jimins, Johnnys e todos os outros. O loiro era seu maior modelo, lindo e sorridente, mas conseguia também capturar a beleza da carinha curiosa e distraída de Chimchim, assim como a carranca habitual de Johnny. Lembrando deste, enviou uma rápida mensagem ao Sr. Jung, psicólogo, apenas para o lhe avisar que o badboy estava na área naquele dia, e foi ter com este na varanda da casa, onde era seu local de trabalho.

Preferia o notebook ali, em uma mesa de madeira, ao ar livre, ficava mais fácil editar as fotos com o clima quentinho demais ou por vezes frio demais do lado exterior da casa, e adorava quando o namorado saia para regar as plantas enquanto Jungkook trabalhava.

— Johnny? — chamou o outro, não encontrando ele no computador, apenas algumas canetas e papéis soltos sobre a mesa. A gaveta tinha sido deixada aberta, ele percebeu, e apressou-se em fecha-la, notando a falta de alguns objetos que estava ali dentro antes. Seu cérebro congelou.

Havia uma porta nos fundos que dava para a lavanderia da casa, então Jungkook só correu até ela, mais do que preocupado. Havia uma tesoura na gaveta, uma tesoura que não estava mais lá, que Johnny tinha pegado, ele não sabia há quanto tempo. A primeira vez que Johnny machucou Jimin, estava bêbado e Jungkook estava viajando com a irmã por um final de semana. Ele fez cortes nos tornozelos e nas coxas, Jimin até tentou esconder com band-aid’s mas estava claro que algo tinha acontecido. A partir desse dia, Johnny nunca ficou sozinho. Conseguia se machucar mesmo com Jungkook por perto, então o Jeon ficava sempre de olho. Todavia, estava cansado e carente, não devia ter se desleixado.

Quando chegou até a porta da lavanderia encontrou o loiro abaixado no canto, com a tesoura em mãos e os olhos lacrimejando.

— Que merda você fez? — gritou, puxando-o pelo braço.

— Sai daqui — Johnny gritou de volta, assustado com a presença do Jeon e guardando um papel no bolso do jeans.

— O que é isso?

— Não te interessa, me deixa em paz — o empurrou, ainda segurando a tesoura.

— Não vou te deixar machucar ele — Jungkook gritou ainda mais alto, encarando de frente o mais baixo que não vacilou pelo enfrentamento.

— Isso não é problema seu — Johnny falou entredentes.

— Você não vai machucar ele — berrou, empurrando o loiro para longe ao passo que puxava a tesoura de suas mãos.

Johnny cambaleou e suas costas bateram na parede, fazendo-o se curvar de dor.

— Ele está me machucando. — Foi meio um grito e um choro unidos de uma forma assustadora que fez Jungkook recuar ao ver a primeira lágrima descer no rosto do badboy. — Eu nunca machucaria Jimin — disse, mostrando os pulsos sem marcas.

O Jeon respirou fundo, fechando os olhos e balançando a cabeça, desacreditado, sobrecarregado, atordoado. Aquele lado de Johnny era raro e perturbador, ver o loiro chorar deixava Jungkook em pânico, não sabia como reagir, mas sabia menos a suposição de que era Jimin machucando a identidade, não o contrário. Seu peito subia e descia, um corte simples na palma sangrava, mas não doía. Não sabia quem estava vendo ali e aquilo o machucava mais do que qualquer corte, se Jimin ou Johnny, só queria que parasse.

— Eu sabia que namorar um desequilibrado não daria certo — resmungou, apoiando-se na parede para suspirar e perceber o olhar do outro sobre si. Um brilho de dias e noites com beijos e declarações que agora parecia muito mais temeroso e desapontado. — Jimin?

Aproximou-se hesitante, os lábios tremendo e o peito ainda dormente pelo empurrão forte, tentou enxergar seu companheiro naquele corpo — mesmo que odiasse a ideia de ter dito aquilo e a hipótese do outro ter escutado, afinal, ele poderia esquecer aquilo quando voltasse ao controle, como acontecia de costume —, mas ele desviou do seu olhar, cerrando os dentes e cuspindo no chão.

— Ele devia odiar você, seu filho da puta — xingou, correndo aos tropeços para fora dali ao ignorar os chamados do Jeon.

Sentia como se tivesse estragado tudo, não importava se o seu namorado não iria lembrar do que havia acontecido ali na lavanderia, ele estava lembrando, e se arrependo já! Não se envergonhava de namorar Jimin, ao contrário, admirava o hyung pela força e o amava muito, tinha falado da boca para fora, jurava, por Deus! Foi apenas no momento de tensão, não era verdade. Repetiu para si mesmo, diversas vezes, batendo contra a cabeça. Johnny estava certo, Jimin deveria odiá-lo, quatro vezes mais.

Fungou o nariz, limpando os olhos. Iria atrás do outro na casa, precisava se redimir, iria se sentir melhor se o fizesse. Johnny não estava na sala, nem na varanda, nem no quintal, mas tinha se enfurnado no quarto, até trancado a porta. O Jeon por um momento pensou que ele estivesse dormindo e deixando ele de fora, para o sofá, no frio, mas preferiu tentar.

— Johnny — Jungkook chamou, quieto, envergonhado, culpado, batendo de leve na porta. — Eu sinto muito. Não queria machucar você, e aposto que... Olha, o Jimin não te machucaria, certo? Eu disse aquilo porque estava irritado e foi estúpido, me desculpa. — murmurou, com a cabeça encostada na porta, desenhando linhas de uma forma abstrata com a ponta de seus dedos enquanto repassava alguns momentos bonitos seus com o namorado na memória. O outro não respondeu, mas Jeon sabia que ele estava lá. — Johnny?

Um click foi ouvido e a porta foi aberta, fazendo Jungkook tropeçar e quase cair para frente, mas o equilíbrio do outro estava perfeito quando ele passou quase como uma bala por ele, sem dizer nada.

— Johnny! — Ele ainda tentou. Falho.

Suspirou fundo, deixou a porta aberta, foi dormir, pedindo para acordar com Jimin ali, nos seus braços.


E aí, Jimin, qual é a boa?


Hoje o dia foi um saco, como todos os outros são, né. Jungkook é um porre, sério, eu sei que prometi ao Sr. Jung que ia tentar gostar dele, e às vezes, quando ele conta piadas que têm graça e falamos sobre motos, acho que realmente gosto, mas ele não colabora na maior parte do tempo. Mal me deixa sair de casa, a gente sempre briga por besteira, acho que a culpa é minha. Você é tão doce, eu sou tão fodido, eles não fuma, não bebe, é chato.

Mas, ei, ele gosta de você e eu também. Sabe o que é melhor? Fico tão distraído em deixar ele irritado que esqueço que me odeio e você também. Desculpa, Jimin, eu não me esforço o bastante, eu sei que por isso você não gosta de mim, mas tento fazer bem a você não pensando essas coisas sobre mim. Desculpe se te faço sentir mal ok? Eu sei, eu sou um merda.

Eu estou tentando, juro, dia após dia. Por você, porque cara, você é legal.


Johnny

28. Juni 2018 17:42 1 Bericht Einbetten Follow einer Story
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MG Milena G
Relendo porque gosto de sofrer. Pobre Johnny... Qmamos o Freddie. Mas acho que amo mais você...
January 08, 2019, 10:49
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