mylla Mylla

Baekhyun viu na oportunidade de um novo emprego a chance de levar uma vida de paz que sempre almejou. A mudança para uma nova cidade no interior o traria diversos desafios como professor recém formado e também como professor particular do filho de um emburrado cowboy chamado Park Chanyeol.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

#exo #red-velvet #chanbaek #258
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Capítulo 01 (Prólogo)

Quando Baekhyun colocou os pés na sala de aula daquele primeiro dia, não imaginava ser recebido por crianças tão educadas, em todo seu período de estágio sempre que abria a porta de alguma sala precisava desviar de objetos voadores e ignorar os gritos desesperados dos alunos.

As crianças sentiam o cheiro do medo que corria nas veias dos pobres estagiários e Baekhyun não se orgulhava em dizer que demorou muito para conseguir passar alguma impressão de autoridade.

Contudo, daquela vez era diferente. Todos estavam sentados em suas cadeirinhas e esperando somente o professor Byun, que estava atrasado, dar o ar da graça em seu primeiro dia de aula.

Baekhyun jamais se atrasava e nem tinha como morando em uma cidade tão pequena quanto aquela. O que aconteceu foi que como era de costume, precisava esperar a diretora para lhe acompanhar e apresentar aos alunos, todos crianças por volta dos seis anos.

Sentia-se nervoso como jamais antes. Depois de um ano terminado a faculdade de pedagogia conseguiu passar num concurso que o designou para uma escola no interior de Jinhae.

O vilarejo era tão pequeno que com poucos passos o Byun já tinha saído de seu apartamento alugado em cima do único bar do local e estava na escola que possuía classes do primeiro ao quinto ano somente:

— Classe, cumprimentem ao professor Byun. Ele será responsável por vocês a partir de hoje, espero que o tratem muito bem! – A diretora, uma animada senhora beirando os cinquenta anos, avisou a todos os pequenos recebendo um “sim” como resposta em coro.

Ficou admirado com a educação das crianças e as posições estáticas somadas aos sorrisos adoráveis. Sua pouca experiência lhe dizia que aquilo era somente pela presença da diretora e tinha medo, muito medo, quando tivesse que ficar sozinho.

— Deixo-os aos seus cuidados, passe na minha sala na hora do intervalo. – Olhou ao redor antes de prosseguir. — Qualquer problema, peça para o inspetor me chamar, tudo bem?

— Obrigada, senhora Kim. – Curvou-se em sinal de respeito e acompanhou a mais velha até a porta.

Quando voltou já tinha uma mão estendida lhe pedindo a palavra:

— Sim?

— Professor, a professora anterior nos levava no parquinho toda segunda-feira. Você vai nos levar nos parquinho hoje? – Uma garotinha da primeira fileira o questionou enquanto mexia em seus cabelos curtos e levemente crespos.

— O que acha de nos conhecermos melhor primeiro, ein? Ai na parte da tarde eu vejo se posso leva-los ao parquinho.

Obteve como um resposta um coral de exclamações insatisfeitas e reclamações. Com isso, Baekhyun sabia que tinha começado seu primeiro dia.

(...)

Ao alugar aquele apartamento imaginou que teria grandes problemas devido a ser em cima de um bar, mas pelo menos durante a semana quase não havia movimento, somente das mesmas poucas pessoas.

Alguns rostos, por mais que estivesse na cidade há menos de um mês, já lhe eram familiares. Senhores que passavam quase o dia inteiro no bar e pareciam ser movidos a cachaça.

Todos tratavam Baekhyun com educação e o cumprimentavam sempre que o via saindo da porta que dava acesso à escada ao lado do bar para subir até seu apartamento.

Apartamento era o modo carinhoso que Baekhyun chamava o local, que consistia somente de um cômodo grande, que dividiu em um quarto-sala e cozinha, e um banheiro. Só possuía janelas em direção à rua já que dividia o andar com outra pessoa, que nunca tinha visto, apesar de ouvir seus barulhos de vez em quando.

A cidadezinha era fria até mesmo no verão e Baekhyun adorava aquilo, somado a como organizou seu apartamento de modo que ficasse aconchegante, sentia-se em casa como nunca antes. Gostava de ficar sozinho e não se sentia solitário, passava as horas do seu dia em que não estava preparando aula assistindo qualquer coisa pela internet ou lendo algum livro.

Era aquela vida que sempre sonhou para si, uma vida de paz e calmaria. Coisa que nunca teve enquanto morava com seus pais e a sua avó.

Os pais de Baekhyun sempre perceberam que o menino era “diferente”, na concepção deles. Mas ignoravam o fato do pequeno Byun preferir “coisas de meninas” desde as brincadeiras de criança até a adolescência, quando começou a demonstrar interesse por meninos.

A partir da adolescência que tudo começou a mudar no relacionamento com seus pais, que até então ignoravam e não se mostravam preocupados com nada no comportamento do filho, que era exemplar em tudo que fazia.

Seus pais viviam sob o domínio da avó, que era dona da maior parte da renda da família, e mesmo que eles não vissem problema no filho gostar de homens também, se Byun Haesoo dissesse que era errado, eles tomariam aquilo como uma verdade absoluta.

Quando com treze anos sua avó encontrou dentro de seus pertences uma cartinha que fez para declarar seus sentimentos para o garoto de quem gostava, a vida de Baekhyun nunca mais foi a mesma. Somou a rejeição, educada, por parte do amigo que não compartilhava de seus sentimentos com a perseguição da família que constantemente o criticavam.

Eles nunca tocavam no assunto, nunca perguntavam nada com relação a orientação sexual do filho, mas também não ignoravam a sua existência como esperou que fizessem. A cobrança era muito maior do que Baekhyun imaginava que seria se eles não soubessem da verdade.

A exigência de que fosse sempre perfeito em tudo, com excelentes notas, nenhum amigo e uma rotina fixa consumia o jovem Byun. Viu-se livre somente quando a avó morreu.

Estava entrando no último ano da faculdade, e a senhora morreu na noite de ano novo. Não deu trabalho, não passou mal e quando a encontraram no quarto pela manhã, ninguém conseguia acreditar.

Baekhyun viu aquilo como uma benção divina, seria demais se tivesse ainda que cuidar de alguém que lhe fez tanto mal. Queria dizer que foi incapaz de chorar, mas era mentira.

Na hora do velório, chorou pelos poucos bons momentos que teve com a avó. Chorou por pensar que finalmente havia acabado, seria finalmente livre...

Seus pais o deixaram em paz e o permitiram viver uma vida longe deles, já estava na hora, quando informou que passou no concurso público e se mudaria para o interior, jurava ter visto um misto de tristeza em seus olhares e em suas palavras.

Mas seus pais sabiam, tanto quanto Baekhyun, que ele precisava daquilo. Precisava de um recomeço, da vida que sempre desejou, longe de tudo e de todos. Sendo quem ele realmente gostaria de ser...




Notas da autora:

Oi gente =) 

essa é a minha nova fanfic, um projeto que tenho há um tempinho mas que só agora que coloquei no "papel". Uma história que me lembra muito Harvest Love, mas que é em terceira pessoa, onde tenho uma facilidade maior para escrever e também se passa no "mundo real", onde vou abordar temas reais como a homofobia.

Lembrando que a fanfic não é +18, ou seja, não tem lemon.

Espero que gostem!

10. Juni 2018 22:34 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Fortsetzung folgt… Neues Kapitel Alle 15 Tage.

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