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Mariana Santos


A vida de Myoui Mina sempre foi complicada, aos quinze anos, após mudar-se do Japão e ir para um país no qual não estava familiarizada, Mina descobre que precisará enfrentar o tão amendrontador Ensino Médio. Enfrentando aventuras e até mesmo grandes micos para conseguir se adaptar nesse novo mundo que chegou-lhe de paraquedas.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

#twice #kpop
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Prólogo: Como não ter uma boa mudança

Sinceramente, eu desejaria ter uma história interessante para contar. Aquele tipo de história que se encontra em livros de fantasia, onde adolescentes da minha idade descobrem que não são totalmente humanos e vivem uma enorme aventura para resgatar algum objeto mágico e salvar reinos com poderes incríveis em um mundo encantando além do horizonte.

Não, sinto muito, se você abriu isso aqui na expectativa de ter uma bela história de fantasia onde eu salvo o mundo encantado de uma bruxa cruel e invejosa sinto lhe dizer você abriu o livro errado, caro leitor. Também sinto muito ressaltar que não sou uma jovem menina com poderes extraordinários e problemática para os olhos humanos, é bem que eu queria ser.

Na verdade, eu sou bem problemática, mas não porque tenho poderes mágicos e a capacidade de abrir portais. Sim, eu sei, isso é bem frustrante. E mesmo sendo bem piegas, aqui vou eu explicar melhor sobre quem sou…


Um carro da cor cinza azulado estacionou próximo a uma casa bem arrumada da cor amarelo claro. Não era bem o que eu consideraria uma casa ótima, mas até que dava para o gasto. Do carro saiu uma mulher de um pouquinho mais que trinta anos, e não, ela não sou eu.

A senhora agradeceu ao motorista que a ajudou a pegar algumas malas e levá-las até o pequeno jardim que havia em frente a casa. Duas garotas a seguiram enquanto discutiam pelo último salgadinho que havia no pacote. Se vocês acham que eu sou uma delas, posso dizer que estão enganados novamente. A mulher sorriu nervosamente para as duas meninas. De fato ela não apreciava as razões pelas quais se desentendiam tanto.

— Meninas, por favor! — Disse ela chamando a atenção das duas. — Momo, deixe o último salgadinho para Sana. Da próxima vez eu compro um para cada uma.

Certo, depois dessa breve apresentação agora posso explicar quem são elas três. A senhora que sorriu nervosamente observando as duas garotas se chama Keiko. Ela é a minha mãe e mesmo tendo quase quarenta anos eu a consideraria com vinte e dois se não soubesse sua idade real. As duas discutindo são minhas irmãs mais velhas, Momo e Sana, elas são gêmeas. Não daquelas que parecem uma com a outra, mas ainda assim são gêmeas.

Momo é a mais velha por dois minutos e meio e ela sempre vai se considerar a mamãe substituta por causa disso. Sana é a outra gêmea, ela tem uma grande facilidade de obrigar todo mundo a fazer o que ela quer somente com o seu sorriso fofo. Elas tem dezessete anos, mas vivem discutindo como se tivessem dez, acho que a idade mental de ambas seria isso. Dez anos.

E eu? Ah sim, eu sou a pessoa que ninguém notou no canto da pequena cerca que separava a nossa nova casa do quintal segurando três malas ao mesmo tempo, nas quais seriam a minha e a das minhas irmãs. Não me surpreendo de você não ter me notado mesmo sendo a protagonista eu sempre agi como personagem secundário. Como lidar? Realmente não sei.

— Mas mamãe, é injusto! — Momo disse com certa irritação. — O último salgadinho deveria ser meu!

Mamãe tentando escapar da situação somente respirou fundo e olhou para os lados em busca de algo que pudesse fazer elas calarem a boca e após tanto procurar conseguiu ver uma criatura quase esmagada por três malas.

— Se não querem cooperar então o último salgadinho fica para a Mina — Disse mamãe pegando o pacote da mão de Sana que a encarou de forma frustrada.

Deixei as malas caírem por ter ficado incrédula após ouvir minha mãe. Normalmente quando Sana e Momo brigam ela somente permite que uma delas fique com algo. Nunca tem essa de "Já que não se entendem a Mina fica". Quem que liga para a Mina? Ninguém liga para a Mina! A Mina é somente a filha mais nova e desastrada que não merece um pingo de atenção.

Ok, super estranho eu me referir a mim mesma em terceira pessoa, porém eu não menti quando disse que ninguém se importava comigo. Ás vezes lembravam que eu existia, isso quando precisavam que alguém lavasse os pratos já que eu tinha duas irmãs mais velhas ultra preguiçosas.

— Obrigada, mamãe, mas eu não quero. — Disse eu recolhendo as malas que agora estavam largadas no chão.

Minha mãe somente deu de ombros a minha resposta e observou o pacote de salgadinho em suas mãos.

— Se não querem existe pessoas que queiram. — E dizendo isso comeu o último salgadinho e saiu andando em direção a casa.

Sana e Momo a olharam de forma chocada e depois saíram irritadas. Eu não estava diferente das duas. Quer dizer, estava sim, só que no meu caso eu estava carregando três malas ao mesmo tempo enquanto tentava passar pela porta.


Era meio óbvio que outra discussão aconteceria assim que minha mãe começasse a ajudar os homens a descarregarem os móveis. Uma discussão sobre onde deveria ficar o sofá, outra em relação a geladeira e a discussão mais importantes de todas, é claro.

— Meninas, tenho que avisar uma coisa a vocês. — Mamãe começou a dizer e no fundo da minha alma eu sentia que essa conversa iria acarretar em outra discussão. — Bem, essa casa é um pouco menor em relação a que morávamos no Japão e ela só tem apenas dois quartos. Um para mim e o outro para vocês.

— O quê? — Sana e Momo bradaram ao mesmo tempo. Sabe aquela coisa de que gêmeos fazem coisas juntos? Pois é, Momo e Sana discutiam juntas.

— Mamãe, eu não posso dividir o quarto com ela! — Sana começou a dar o seu ataque de "princesinha da mamãe" como sempre fazia. — Eu posso ter um aneurisma se dormir no mesmo quarto que ela, sabia?! Talvez um infarte!

Momo revirou os olhos após ouvir Sana e preparou seu discurso para rebater tudo que ela havia dito.

— Eu que posso pegar algum tipo de doença se dormir no mesmo quarto que você. — Momo comentou sorrindo com desdém. — Talvez eu virasse uma lesada assim como você.

— Eu não sou lesada retira o que disse! — Comentou Sana claramente irritada.

— Rainha das lesadas. — Respondeu Momo ainda com o sorriso desdenhoso estampado nos lábios.

— Meninas! — Mamãe gritou fazendo as duas calarem-se e engolirem em seco.

Não vou mentir, até eu fiquei com medo e olha que ela nem estava reclamando comigo.

— As duas vão dormir juntas sim e ainda irão dividir o quarto com a Mina e não reclamem! — Mamãe advertiu. — Resolvam entre si quem vai dormir no beliche e quem ficará com a cama de solteiro.

— Espere um pouco. — Sana disse de forma pensativa. — Ainda tem a Mina? — Questionou. — Mamãe, isso é injusto! A última vez que dormimos no mesmo quarto que a Mina ela não conseguia passar uma noite sem chorar.

— Sana, meu bem, isso foi a quatorze anos atrás. — Mamãe disse respirando fundo. — Tenho certeza que vocês nem perceberão que a Mina está lá.

Nossa, mãe, obrigada por me lembrar que eu sou a excluída da família me sinto bem melhor agora, sabe?

Sana não pareceu convencida disso, mas não poderia discutir eu ficaria no mesmo quarto que elas. A não ser que elas colocassem a minha cama no corredor. Isso não seria uma boa ideia. Não vou nem mencionar…

— Eu tenho medo de dormir no mesmo quarto que ela. — Momo disse. — Uma vez eu achei uma página aberta no computador e nela dizia "como matar minha irmã mais velha".

Franzi as sobrancelhas em dúvida. Eu nunca tinha feito isso, nunca pensei em um assassinato ou algo do tipo, mas até que seria uma boa ideia. Talvez…

— Isso não foi ela que pesquisou. — Comentou Sana. — Fui eu!

Momo arregalou os olhos ao ouvir Sana e se afastou alguns poucos metros dela.

— Mamãe, ouviu isso? Ela estava planejando me matar! — Disse Momo com um drama mais exagerado que novela mexicana.

Minha mãe sorriu levemente e fez um leve carinho nos cabelos de Momo na tentativa de confortá-la.

— Tenho certeza que Sana somente pensou isso na hora que estava com raiva, não foi mesmo?

Sana sorriu diabólicamente por alguns poucos segundos, de forma que somente eu notei, mas logo suavizou sua expressão e assentiu.

— Viu, querida? — Mamãe falou olhando para Momo. — Ah, e mais uma coisa, Mina que vai ficar com a cama de cima do beliche.

Engoli em seco ao perceber que minhas duas irmãs me olhavam mortalmente. Tentei ignorar e esperar as reclamações, porém isso não aconteceu o que me deu mais medo. Não, mamãe, agora tenho certeza, foi uma péssima ideia virmos para a Coréia.

9. Juni 2018 04:45 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Fortsetzung folgt… Neues Kapitel Jeden Samstag.

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