akira-sam2702 Akira Sam

Uma história cheia de mistério e romance vivida em um mundo distante, onde Alfas, Betas e ômegas convivem em meio a guerras e intrigas, e onde um jovem ômega se vê obrigado a ajudar sua vila, ficando ao lado de um alfa prepotente, porém muito bonito. Sasuke terá que fazer uma escolha que mudará sua vida para sempre.


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#Naruto #Sasuke
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O começo da transformação.

A lenda do guerreiro ômega.

Autor(es): akirasam946


Sinopse

Uma lenda começa a nascer, do desespero de um povo que descobriu o valor de seus ômegas, um jovem guerreiro vai tentar mudar a visão preconceituosa de um clã forte forjado nos seus alfas sempre tão orgulhosos, será que esse jovem guerreiro ômega herdeiro do clã Uchiha vai conseguir mudar a visão de Naruto Uzumaki, o mais teimoso e valente guerreiro de seu clã?
Venham comigo torcer muito por Sasuke Uchiha e Naruto Uzumaki, prometo que teremos aventura, tensão, lutas, e muito amor. Quero deixar bem claro que embora os personagens não me pertençam, toda a estória é exlusivamente minha, nasceu de minha imaginação sempre cheia de curiosidade que está sempre gritando em minha mente por mais uma nova estória envolvente. Boa leitura!


Aviso Legal
Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos criada de fã e para fã sem comprometer a obra original.


Índice



1. O começo da transformação.

Notas do Autor
Voltei com uma fanfic que espero que muitos gostem e curtam bastante, por isso peço aos meus leitores que me ajudem a divulga-la por favor, e espero que adorem ver meu lindo Sasuke guerreiro, um ômega diferente e seu belo oponente Naruto, altivo e difícil de dobrar, um alfa forte e teimoso.
Vamos começar a saga? Peço que leiam com atenção o começo, é importante para o andamento da estória, vão ver logo neste primeiro capítulo como Madara tomou o poder, e qual seu maior sonho.

A lenda do guerreiro ômega.

Está breve lenda surgiu quando o mundo como o conhecemos era bem diferente, um tempo onde os ômegas não tinham mais nenhuma esperança, eram escravizados e vendidos, ou trocados por favores comerciais, ou ainda oferecidos em casamentos arranjados pelas famílias mais ricas por favores políticos ou alianças que trariam força e poder aos clãs. Essa era uma época triste, todas as crianças tinham muito medo de chegar aos quinze ou aos dezesseis anos, época em que seus hormônios despertavam e eles se tornavam alfas o que era maravilhoso, ou betas o que era muito bom também, ou então ômegas, e isso era o fim de suas vidas.

No começo ninguém notou a diferença, os ômegas nem eram considerados pessoas, eram objetos de prazer, e eram muitos, homens e mulheres, ainda jovens em sua maioria, mas então as mortes começaram, no princípio foi levada como uma infeliz coincidência, um ômega morre, outro vem em seu lugar, mas então muitos começaram a morrer. Eles descobriram um modo terrível de se livrar do cativeiro imposto pelos pais e pela sociedade em geral, simplesmente cometiam suicídio, cortavam a garganta com uma kunai afiada, embebida em óleo de prímula, uma planta que para os ômegas é um poderoso anestésico, e quando impedidos de faze-lo simplesmente deixavam de comer e beber e como eram mais frágeis que os betas e alfas logo desfaleciam e morriam.

Em menos de três anos centenas morreram, e assim o mundo inteiro os viu como seres vivos, como humanos valiosos, mas como mudar uma nação inteira? Como recuperar a dignidade perdida de uma parcela tão negligenciada da população? Uma parcela da qual ninguém conhecia muita coisa, não foram estudados como os alfas e betas, nem mesmo tinham rémedios próprios para suas necessidades, tinham sido tão negligenciados por tantos anos que o mundo notou o quão pouco os conhecia...

Um homem se levantou em favor dessa parcela importante da sociedade das vilas, um homem gentil e extremamente forte, um general que sabia lutar com punhos de ferro, odiado e temido pelos inimigos e amado e respeitado pelos seu exercito, esse homem que conhecia a dor da perda como ninguém, resolver mudar seu destino e mudando o seu mudou o mundo todo, uma vila de cada vez, seu nome é Madara Uchiha, o líder do clã Uchiha, e essa estória começa em sua posse, em um dia ensolarado e belo, um dia de mudanças...

-Tio, a cerimônia já vai começar, o conselho está reunido, todos os senadores já estão em seus lugares, os hokages das vilas estão todos lá, e tem uma multidão do lado de fora.

-Obrigado Obito, fique calmo, tudo vai dar certo, eu sei que você é o melhor em organizar eventos, por isso eu te chamei, me ajuda com esse colar horroroso que sou obrigado a usar.

O garoto sorriu, era ainda muito jovem, adorava o tio como se fosse seu próprio pai, ou mais ainda como um herói, e fazia tudo por ele, tanto tinha se esforçado que agora aos dezesseis anos era seu secretário para eventos, uma mera formalidade é claro, mas que ele levava muito a sério, afinal organizar um evento desses era algo incrível, é claro que ele contava com um exército de auxiliares, mesmo assim ninguém do conselho suspeitava que tudo tinha sido organizado por um garoto beta tão jovem. Obito sorriu, seu largo e fácil sorriso o deixava ainda mais bonito, seus cabelos e olhos negros entravam em contraste com sua pele branca, característica marcante de seu clã, sua estatura mediana o tinha preocupado desesperadamente nas últimas semanas, antes de perceber que era um beta e poder respirar, tinha certeza que o tio mudaria tudo, mas isso levaria ainda algum tempo e ele tinha medo, muito medo, como todos os jovens tinham, do conselho, dos pais, de tudo, mas graças aos deuses ele foi abençoado.

-Tio, por favor lute muito pelos ômegas, mas tenha cuidado, eu não confio no conselho...

Madara sorriu para o afilhado que tanto amava, ele também não confiava naquele bando de velhos degenerados, que tinham recebido tantos ômegas em suas asas decrépitas e os tinham destruído, quando a população soubesse a verdade tudo mudaria.

-Está tudo bem, hoje as coisas vão ferver, espere apenas e confie, e lembre-se de ficar perto de seu irmão, ele está naquela idade complicada, ainda não temos nenhum indício, e mesmo sendo um pouco cedo, fique com ele. E dizendo isso o homem se olhou no espelho uma última vez e com seu andar altivo entrou na sala de comando.

O conselho estava presente em massa, cada um deles, nem imaginavam que nas mãos do novo líder estava a sua completa aniquilação, toda a cerimonia correu como esperado, e a posse foi feita com toda a honra possível, enfim como seu primeiro ato devia ser público e assistido por testemunhas, todos estavam ansiosos para saber qual seria sua primeira lei oficial, e então Madara se levantou e ordenou que seus empregados passassem de mesa em mesa distribuindo uma pasta com documentos oficiais, revisados e com selo de conduta, o que garantia que o mesmo havia sido pesquisado minuciosamente pelos agentes em campo dele.

A reação de todos ao ver as fotos e ler os relatos foi de puro horror, haviam páginas e páginas contando em detalhes a morte de dezenas, centenas de ômegas que haviam sido entregues por suas famílias aos conselhereiros por muitos anos, filhos e filhas rejeitados, comprados a preços baixos pelos senhores poderosos que diziam poder dar a eles um pequeno futuro digno, é claro que nenhuma família questionou que futuro era esse, eram pobres em sua maioria, era bom vender um ômega e se livrar do peso de protege-lo em seus cios, ou de achar um casamento viável. Depois de alguns minutos de horror, onde até alguns alfas já tinham os olhos vermelhos, o líder se levantou, notando a indignação do conselho e a revolta nos olhos dos outros.

-Eu, Madara Uchiha, o líder do clã Uchiha declaro o fim do conselho neste clã, e deposito minha vontade sobre todos os aqui presentes, alguém questiona meu voto?

Um rumor subiu de todos, e ele foi apaludido de pé, enquanto o conselho era preso e levado para as masmorras aguardando julgamento.

Naquele mesmo dia a sede do conselho foi desfeita e suas habitações invadidas, infelizmente somente quatro ômegas foram resgatados com vida, embora muito feridos e cansados, debilitados e famintos, e a masmorra mostrou-se um circo de horrores, aqueles homens que se diziam dignos de ajudar o líder e por vezes o contestar, brincavam com os ômegas até os matar, aproveitavam de suas vidas e de seus corpos e depois os deixavam em celas sujas e minúsculas até morrer na escuridão.

Isso foi fácil, desmantelar o conselho levou três longos anos de pesquisa e apenas alguns minutos de exposição pública, mas mudar a mente das pessoas e a forma como ainda viam os ômegas era outra batalha, que começou rapidamente, o tempo passou em seu ritmo próprio.

Já haviam se passado seis meses em seu governo, e Madara contava com o filho mais velho Itachi para comandar o exército em seu lugar e treinar os novatos, tinha seu próprio circulo de homens e mulheres confiáveis, e fazia progresso em cada vila, já tinha conseguido a adesão de todas, menos a da areia e da folha, o clã Uzumaki era particularmente difícil, isso porque ele tinha dois lideres fortes e incomuns, dois alfas no comando.

-Tio, venha logo, recebemos a confirmação urgente da chegada dos integrantes da vila da areia, mas parece que eles tiveram um grave problema no caminho e pedem sua ajuda, um mensageiro o aguarda na sala, e diz que só falara a sós com o líder!

Madara se apressou e foi até a grande sala que antes pertencia ao conselho, e ao entrar notou o cheiro delicioso e fraco de um ômega no cio, a julgar pelo aroma leve mas intenso, provavelmente o primeiro cio, olhou em volta alarmado, mas não viu nada, além de um homem parado a sua frente e ele era sem sombra de dúvidas um beta.

-Senhor Madara, é uma honra conhece-lo, mas venho pedir auxílio urgente, recebemos seu convite para a reunião e nosso líder como está adoentado mandou seus filhos como representantes, infelizmente Sabaku Gaara tem quinze anos, ao que tudo indicava seria um beta...

Madara pode entender aonde o homem queria chegar, o filho do líder da areia tinha começado seu primeiro cio de ômega no meio do caminho!

_Senhor, eles estão perto, o que fazemos? Mal conseguimos conter os alfas do nosso próprio regimento, os betas lutaram para proteger o menino desesperadamente, sem matar nossos soldados, mas eles estão feridos e precisando de cuidados...

Madara lançou ordens e ele mesmo saiu em disparada, levando consigo trinta betas treinados em combate, alcançando os homens da areia antes de chegarem a vila. Avistaram o grupo correndo desesperados, dois betas cercavam um garoto ruivo que corria com eles, aparentemente bem controlado, se bem que apavorado, perto dele uma bela jovem lutava com um alfa.

O regimento estava esfacelado, muitos alfas brigavam agora com betas, seus gritos ecoavam na planície, era uma batalha feroz, e nenhum deles tinha culpa, eles lutavam pela posse do ômega, seus instintos ardendo em desejo.

Os betas do clã Uchiha terminaram a batalha rapidamente, e socorreram os feridos com cuidado, enquanto outro grupo de betas escoltava o pequeno ômega para a segurança da casa do líder Uchiha, o levando para um dos quartos mais afastados, onde guardas armados e treinados se colocaram em prontidão na porta da entrada.

-Senhor, obrigada por defender meu irmão, ele não tem culpa, foi de repente, ninguém esperava isso, os estudos indicavam que ele seria um beta, eu não entendo! Disse a beta, a irmã mais velha do jovem ômega da areia.

Madara se adiantou e estendeu a mão para a guerreira de um modo confiante.

-Qual seu nome?

-Temari, me perdoe, eu esqueci a etiqueta ao ver meu irmão mais jovem se transformar em um... Em um...Oh pelos deuses...Ela finalmente desabou, segurando a mão estendida, rompeu em lágrimas e foi subitamente consolada pelo grande líder.

-Não é o fim do mundo, ele ainda é seu irmãozinho, ainda te ama, nada mudou, vai deixar de ama-lo porque ele é um ômega?

-Não, nós estavámos vindo aceitar a proposta, em minha vila as coisas não foram tão graves como no resto do mundo, a maioria dos ômegas é rapidamente levada a se casar, mas nem sempre dá certo e temos ainda muitas mortes e suicídios, eu não sei como Gaara vai suportar isso, ele é valente e forte, foi treinado para ser um guerreiro, e agora isso...

-Ele ainda pode ser um guerreiro, estamos trabalhando em uma formula que vai possibilitar isso, inibindo o cheiro mais forte dos ômegas, e isso vai permitir que sejam integrados na sociedade como merecem, tenha calma.

-Mas ele está sofrendo agora, não é? E não vai aceitar nenhum dos nossos alfas, ele conhece a todos, nunca se permitiria fazer sexo com eles, morreria primeiro, oh céus! O que posso fazer? Perguntou a si mesma a jovem Temari, torcendo as mãos desesperada.

Madara pensou um pouco e então chamou Itachi, conversou com ele e o dispensou rapidamente, voltando a atenção a jovem.

-Meu filho mais velho é um alfa, ele vai até seu irmão, vamos torcer para que tudo dê certo...

No quarto amplo e grande o pequeno ômega chorava de dor, de medo e raiva, ele o filho do líder Chiyo e da senhora Karuna era um maldito ômega, queria morrer, por isso estava procurando pelo quarto por algo cortante, uma faca, uma kunai, qualquer coisa, ele era uma vergonha! Mas parou se encolhendo, a dor vinha chegando, o calor ardendo por dentro, o desejo insano de ser possuído por alguém, de ser...Não!

-Não! Não! Gritou Gaara deitando na cama e rolando desesperado, o cheiro pulgente subindo em ondas pelo seu corpo, sentindo a secreção molhar seu intimo, o calor insuportável...

-Não!!! Gritou com todas as forças.

Nesse instante Itachi abriu a porta, viu o pequeno gemendo na cama, e sentiu seu cheiro forte e delicioso, era primeira vez que tinha um ômega nas mãos, estava inebriado, e o garoto era lindo, ruivo e pálido, e o aroma dele era frutal, chegava até Itachi em ondas cada vez mais fortes, ele o inalou como se inala uma droga viciante e se aproximou devagar, medindo os passos, quase perdendo o pouco controle que ainda tinha, e o garoto o viu, os olhos muito verdes desesperados, mais ainda lúcidos, assustados, e ele contrariou todos os instintos se encolhendo na cama, tentando manter o máximo de espaço entre eles.

-F-fique longe de mim! S-seu, seu pervertido!

Itachi riu, um ômega com um controle daqueles devia ser muito forte mesmo, qualquer outro pelo que ouviu falar estaria gemendo e implorando para ser fodido, mas aquele o repelia bravamente, apesar de estar sofrendo tanto, interessante...

-Calma Sabaku Gaara, foi meu pai, Madara Uchiha quem me mandou, seus irmãos concordaram, eles estão bem, só quero te ajudar, está bem? O cio não é uma vergonha, é uma coisa natural de todos nós, alfas e ômegas. Enquanto falava, Itachi tentava se aproximar, notando o olhar do garoto. Gaara o olhava o tempo todo, o analisando apesar do desejo que ardia em seu corpo jovem.

-E-eu estou bem, vai embora! Mas assim que falou gemeu de dor se encolhendo na cama, e isto foi o que bastou, o mais velho se adiantou e o tomou nos braços, sentindo seu sangue alfa arder e usou seu controle para desmontar as defesas do outro.

-Se entregue a mim, Gaara. Exigiu Itachi.

Gaara tremia nos braços dele, as lágrimas rolando, o corpo ardendo, a maldita secreção o molhando tanto que tinha certeza que suas roupas estavam encharcadas.

-M-me solta, eu não obedeço nenhum alfa, senão meu pai, e-eu...E-eu prefiro morrer, me mate! Gaara se agarrou a roupa de Itachi e o olhou suplicando.

-Me mate, por favor, eu sou uma vergonha para meu clã...

-Nunca...

Itachi o beijou, apertando seus corpos ardentes e o beijo bastou para romper o resto de controle que o pequeno ainda tinha, ele gemeu alto e esfregou seu corpo magro de encontro ao do outro, e ambos se perderam, rapidamente as roupas foram arrancadas, os corpos se colaram, suados e perfumados pelo cheiro intenso do ômega. O belo alfa deslizava as mãos pelo corpo todo do pequeno, o sentindo derreter em suas mãos, abriu suas pernas e inalou o perfume, tocando seu intimo com a ponta dos dedos, sentindo o calor e umidade da primeira secreção dele, enfiando o dedo médio e o fazendo arquear o corpo, implorando por mais, desceu até o membro e o tomou, enfiando tudo na boca, queria prova-lo, senti-lo, e o sugou como se ele fosse feito de puro mel, e como era doce e gostoso!

Enquanto o sugava, suas mãos abriam as nádegas branquinhas, e seus dedos entravam na cavidade virgem, o estocando gradativamente, embora o sentisse muito molhado, ainda assim queria ser gentil, ele podia não sentir dor agora, mas depois era outra estória.

-Me ajuda! Gritou Gaara.

-Faz passar, tá doendo, tá doendo!

Itachi o estimulou e continuou sua carícia, até que ele sem conseguir se conter se derramou em sua boca ávida, e ele o sorveu, logo em seguida aproveitando o leve estado do menino, entrou nele, o que o fez gritar, tentou entrar devagar, mas era impossível, ambos ardiam em desejos, e Gaara segurou o corpo de Itachi e o puxou ainda mais para si, o fazendo entrar mais fundo, gritando e gritando, o arranhando inteiro, mordendo seu pescoço, se prendendo nele.

Itachi também o mordia, lambia e cheirava, como era gostoso finalmente provar um ômega, se perdeu nele, o apertou contra o corpo, provavelmente nunca mais o deixaria ir, aquilo era insano, mas nem podia imaginar agora não estar com ele. Estocou furiosamente e então ambos caíram juntos na cama, cansados e perdidos num orgasmo intenso.

Itachi puxou o garoto para seus braços e o enlaçou junto a si, ele tremeu e começou a chorar.

-E-eu não me reconheço mais...E-eu nem te conheço, nem sei seu nome! Soluçava o pequeno, escondendo o rosto em seu peito.

-Meu nome é Itachi Uchiha, e eu não quero que chore, não fizemos nada errado.

-Todos lá fora já sabem que eu estou aqui, com você, transando...Nunca mais posso encarar os outros, não sou mais digno, não tenho mais nada, quero morrer...

-Todos lá fora ou são alfas ou betas, os alfas tem cios, sabem bem como é, e os betas embora não tenham podem compreender muito bem, a maioria já se deitou com um alfa para ajuda-lo nos cios, qual a diferença? Eu já me deitei com alguns dos meus soldados, confesso, quando precisei, eu os respeito e eles me respeitam, nada mudou.

-Mas você, você...É um alfa, eu sou só um ômega, eu sofro mais, eu quero me entregar, eu preciso, é vergonhoso!

-Um alfa precisa também, sofre também, ele precisa de alguém, seja ômega ou beta, homem ou mulher, não é vergonhoso, é natural, é isso que você veio aqui ouvir, é para isso o tratado, para essa visão sobre os ômegas mudar.

O pequeno parou de chorar, seu corpo se aquecendo de novo, e ele beijou o outro com uma boca macia e quase inocente, tão doce e lindo.

-Faz comigo de novo? Por favor...Pediu o ruivo fazendo bico.

-Faço, faço tudo que quiser, meu pequeno ômega, só não sei se depois posso te deixar ir...

-Talvez eu não queira ir...

Longe dali Sasuke Uchiha ouvia toda a estória da boca do próprio pai, estava feliz no final das contas, a areia depois dessa tinha uma divida enorme com eles, assinariam o tratado e se empenhariam em mante-lo, era uma grande sorte, agora só faltava o clã Uzumaki, e esse era osso duro de roer.

-Dois alfas no comando, tenho medo disso, me disseram que Minato é forte, mas que sua esposa é ainda mais assustadora, eles tem um filho, um alfa claro, tem dezesseis anos, é o mais jovem guerreiro a ganhar o torneio das vilas, e isso no ano passado! Falava Madara.

-Ele deve ser mesmo forte, filho de dois alfas, mas como pode? Eu não entendo, um não tinha que ser beta pelo menos? Isso não é impossível meu pai?

-Não, não é, é raro, mas não impossível, Kuchina é uma mulher, embora seja uma alfa temida e extremamente forte, pelo que dizem.

-Que sorte a desse garoto, nunca teve medo na vida de se tornar um ômega...Falou Sasuke, isso porque ele tinha medo, já estava para fazer dezesseis anos, iria acontecer logo, ele seria um alfa, um beta ou talvez um ômega e isso ele temia profundamente.

Madara o conhecia muito bem, podia sentir o medo do caçula invadir a sala, nunca disse nada, mas tinha quase certeza que ele seria um ômega, ele era forte e lutava muito bem, tinha uma leveza e desenvoltura que faziam os outros guerreiros invejar sua estrutura física leve e ágil, ninguém duvidava de sua destreza, sua coragem e força, e ele era inteligente, um bom estrategista, mais de uma vez deu conselhos valiosos ao pai, mas era muito parecido com a mãe, seus mesmos olhos na cor ônix tão linda, era pequeno ainda para sua idade, seus ossos eram mais finos, seu rosto sereno e macio, suas mãos de dedos longos e finos, exatamente iguais a ela, sua linda esposa, a ômega mais bela que já conheceu e a que perdeu tão rapidamente. O pai suspirou, tinha certeza que o dia estava próximo, graças aos deuses tinha conseguido quase unificar o povo e já via nas vilas vizinhas a diferença, só precisava do remédio que Obito e Shisui estavam fazendo para suprimir o aroma ômega e todos poderiam viver em paz, alfas, ômegas e betas, como iguais.

-Sasuke, como vai a diferença pelas ruas, o meu povo tem se adaptado as novas regras? Os suicídios em diminuído?

-Sim, embora ainda aconteçam, mas as famílias tem recebido a visita dos monges, adaptando em suas casas um refúgio para seus ômegas no cio, tem uma rede de contatos de alfas solteiros que podem ajudar nesses momentos, e na próxima primavera teremos o primeiro casamento oficial ente um ômega fêmea e um alfa, e eles vão se casar porque desejam, não por obrigação da família, parece que os monges já tem uma lista em mãos dos casamentos pedidos, a maioria é de ômegas e alfas, mas também de betas que se apaixonaram por ômegas que foram proteger.

-Isso é bom, com o remédio, todos os ômegas poderam participar do exército se quiserem, e de outras atividades, medicina, estratégia, todas as diversas áreas e logo o medo vai acabar.

Sasuke abaixou a cabeça.

-Eu ainda tenho medo, pai...Será que sou um beta? Quando saberei?

-Se nada acontecer até seu próximo aniversário, será um beta mas não tenha medo, eu te amo meu filho, você é um grande guerreiro, nada vai mudar isso, não é por isso que lutamos?

-É sim, mas ainda temos um longo caminho, e eu tenho medo, o remédio ainda não está pronto, e eu...Se eu me tornar um...Um ômega, terei que deixar o exército até...Nem posso pensar nisso!

-Então não pense, mais tarde mande um beta levar alimentos para o refúgio da casa, seu irmão e o nosso hospede vão estar famintos, depois vamos conversar, eu recebi um comunicado da vila da folha, eles enfim querem negociar, vou saber dos detalhes hoje a noite, quero você comigo, juntamente com Obito e Shisui.

Notas finais
Ok, Eu espero que tenham gostado mesmo, e me avisem tá bom? comentem por favor gente, preciso saber se gostaram. beijos de Akira-san.





2. Um acordo definitivo.

Notas do Autor
Espero que estejam gostando da fanfic, me contem tá gente, adoro os comentários, devo esclarecer algumas coisas, para quem não é familiarizado com o termo Alfas, betas e ômegas, os alfas tem um forte apelo pela força, são geralmente mais altos e fortes, tem um cio que acontece a cada seis meses mais ou menos, e ficam completamente perdidos nesse período, os betas são como nós, simples mortais, que não são guiados pelos hormônios(será mesmo?) e os ômegas fofos, são uma parcela menor da população, são mais frágeis, ágeis, muito bonitos e exalam um cheiro muito gostoso, cada um tem seu aroma único, tem seus cios a cada quatro meses, e sofrem muito com ele, se não tiverem um parceiro, quando um alfa morde um ômega, eles se tornam um casal, é como um casamento, só que mais forte.
Enfim, é isso...Boa leitura!

Naruto acordou feliz, era hoje, o dia da viagem para o acordo com o clã Uchiha, ele nem estava interessado no acordo em si, embora devesse é claro, queria mesmo era conhecer algumas garotas bonitas, aqueles cabelos negros, pele branquinha e lábios rosados...Ah que loucura!

Pensando nisso pulou da cama, tomou um banho muito rápido e vestiu sua roupa para longas corridas que ele adorava, um traje confortável, branco e laranja, e desceu a escada de dois em dois degraus, correndo para a sala do café da manhã, dando um grande abraço em sua mãe, Kushina e a rodopiando no ar, ela riu alto e se virou em seus braços.

-Naruto, que coisa, eu podia ter te jogado longe! Tenha mais cuidado moleque!

E a verdade é que ela podia mesmo, embora fossem do mesmo tamanho, a mulher alfa era bem mais forte que o próprio filho, por isso mesmo ela se soltou facilmente dele e o ergueu no ar, pela gola da camisa, rindo muito ao ver o espanto em seus olhos, e depois o colocou no chão, dando um beijo estalado em sua bochecha, só porque saia que ele detestava isso.

-Ah mãe, para! Já sou um adulto sabia?

Ela apenas riu e voltou para o seu café da manhã. sendo seguida pelo filho que começou a devorar os pães doces como se o mundo fosse acabar dali alguns instantes.

-Filho, não me faz passar vergonha lá no clã Uchiha, come devagar, senão vai parecer que passa fome em casa, por favor viu, modos!

-Tá bom, desculpe, vou mais devagar, é que o pai está me esperando, vamos hoje.

-Eu sei, seu pai foi inspecionar pela décima vez os preparativos, logo vou lá me despedir daquele teimoso que amo.

Naruto sorriu para a mãe, quem sabe um dia ele amasse alguém assim, claro que preferia não derrubar a própria casa em cada cio, como eles faziam a cada seis meses, mas era um amor bonito o dos dois, dolorido e cheio de hematomas, mas bonito.

Terminou o café e correu para fora, mas foi barrado por uma beta muito zangada logo na entrada, uma das suas namoradas de final de semana, como ele costumava falar, claro que ela não tinha gostado da ideia e veio tirar alguma satisfação.

-Droga! Alguém pode ir buscar o Naruto pra mim, estamos no horário, odeio atrasos! Reclamou Minato, e sua esposa sorriu, dando um beijo nele e voltando para dentro de casa.

-Cuide de nosso filho, não deixe ele atacar as meninas bonitas, ouviu? Kushina falou antes de desaparecer dentro da casa.

Enfim Naruto veio, com um roxo do lado direito do olho, e um sorriso debochado na cara loira.

-Nem quero saber o que ouve, mas se alguma serva aparecer grávida eu juro, arranco sua cabeça!

-Credo pai, foi só um namorico, sabe que não me apaixonei por ninguém não é? Não achei ninguém a minha altura ainda.

-Hum, e quem poderia ser a sua altura? Teimosa, difícil, obstinada e forte, para te aguentar!

-Não, pai, linda, cheirosa, cabelos negros, olhos escuros, pele branquinha...

Minato olhou para o filho a sua frente e suspirou resignado.

-To vendo que terei problemas no clã Uchiha, está indo junto para procurar uma noiva?Não me arrume encrenca, as mulheres de lá são bem obstinadas, acho que você é jovem para se casar.

-Não quero me casar ainda, não posso imaginar como ela deve ser? Juro solenemente que não pegarei ninguém a força! Falou com a mão no coração o jovem loiro, rindo de canto para o pai.

-Sei...Juro solenemente que arranco suas bolas se tentar! Respondeu o pai, embora estivesse rindo.

Correram por três horas seguidas e descansaram por meia hora, não tiveram problemas no caminho, as próximas cinco horas foram igualmente calmas, e por fim estavam chegando ao clã Uchiha, onde seu pai, Minato o líder do clã Uzumaki assinaria o tratado e se comprometeria a unificar os ômegas a população lhes dando todos os direitos e deveres dos outros cidadãos.

No clã Uchiha Sasuke acordou com calor, seu corpo parecia quente demais, podia estar com febre, mas não se sentia doente, por isso tomou um banho demorado e desceu para o café da manhã, como sempre, encontrou Obito e Shisui conversando com o pai, mostravam os avanços na pesquisa sobre os ômegas.

-Tio, foi um sucesso, testei em dois ômegas, aqueles resgatados dos conselheiros, e o cheiro praticamente sumiu, eles podem ter uma vida normal, somente no cio não funciona, mas as famílias estão recebendo os monges muito bem, adaptando um dos cômodos de suas casas para os ômegas, e já existe uma lista , bem grande na verdade, de alfas dispostos a ajudar qualquer ômega solteiro que quiser, basta entrar em acordo, quanto ao chá nada mudou, a folha de prímula é calmante, anestésica e eficiente para evitar a gravidez no período do cio, acho que tudo correu muito bem. Falou Obito, realmente feliz.

Madara sorriu satisfeito, e como Shisui estava mais perto dele, acabou pousando a mão na cabeça do garoto, bagunçando seus cabelos negros.

-Meninos, estou orgulhoso de vocês dois!

Shisui ficou completamente corado, e Sasuke percebeu achando isso engraçado, então o amor secreto do primo era ...

Foram interrompidos por um mensageiro que chegou afobado, informando que o clã Uzumaki havia chegado um pouco mais cedo do que o esperado, Sasuke olhou para o pai e os primos, e todos se dirigiram até a porta, para recepcionar seus convidados, a casa já estava cheia, tinham ali a delegação completa da areia, muitos ainda no hospital, devido ao incidente com o menino Gaara, e por conta disso ele não via o irmão a três longos dias. Mas enfim, tinham muito espaço, por isso embora estivesse com fome seguiu o pai.

O clã Uzumaki tinha enviado o alfa Minato, e seu filho Naruto, e pelo menos trinta homens e vinte mulheres, em sua maioria alfas, tinham no máximo entre eles uns dez betas, eram todos loiros, altos e muito bonitos, observou o jovem Sasuke, e pareciam muito fortes e bem intimidadores, depois das apresentações formais, todos entraram. Sasuke e os primos ficaram encarregados, juntamente com alguns empregados, de promover acomodações para todos, e alguns servos foram preparar os banhos, por um acaso Naruto acabou sendo guiado por Sasuke pelo longo corredor da casa principal, onde estariam hospedados os membros mais importantes do clã.

Sasuke ia na frente, e Naruto o observava, achou o garoto incrivelmente bonito, a pele clarinha, cabelos ainda molhados que estavam nos ombros, olhos na cor ônix, uma cor que ele nunca tinha visto em ninguém, e tinha aquele perfume inebriante que o estava deixando louco, um misto de mel e flores selvagens, que pairava no ar, somente ao redor do menor.

-Senhor Naruto, fique a vontade, logo alguns servos viram para preparar seu banho. Falou educadamente o jovem Sasuke.

-Porque não prepara para mim? Estou morto de cansado, e com fome, foram oito horas de corrida, com apenas uma pausa.

Sasuke se irritou, tinha cara de servo por acaso? Era o filho do líder, o mínimo que aquele loiro devia fazer era ter um pouquinho de respeito, mas para não desagradar o pai e começar uma briga antes da hora, resolveu ceder, dessa vez, claro a contra gosto.

Entrou e foi até o banheiro, abriu a torneira na banheira enorme e jogou uma quantidade mais do que suficiente de espuma dentro, torcendo para transbordar, depois levou algumas toalhas e as colocou ao lado da banheira, pendurou um robe branco em um gancho, e saiu do banheiro, olhando feio para o loiro.

-Mais alguma coisa? Perguntou agora já se mordendo de raiva.

-Já que perguntou...Pode me fazer uma massagem nas costas? Falou o loiro, já arrancando a camisa, deixando a mostra o tronco firme e bem delineado.

Sasuke corou na hora, o que aquele loiro estava querendo afinal de contas?

-Sinto muito, vou chamar uma serva para isso, agora com licença, preciso ver se meu pai precisa de mim. Fez uma leve reverência e saiu, deixando no ar aquele perfume, que Naruto tratou de inalar, e que o deixou arrepiado.

-Mas o que foi isso? Porque estou tão interessado em um garoto?

Não pensou mais no assunto, entrou na banheira e tomou um longo banho, dispensando a serva que veio mesmo para lhe fazer uma massagem, não queria ninguém, só se fosse o moreno...

Logo mais era hora do almoço, e com todos descansados, foi servido um banquete, um mesa grande foi posta no lado externo a casa, em um local todo arborizado, um local bonito e tranquilo, que dava o espaço necessário para abrigar todas as pessoas e os empregados que deveriam servi-los, os convidados iam chegando aos poucos, alguns alfas da areia, e do clã Uzumaki começaram uma calorosa conversa e pareciam se dar bem no final das contas, ate´que Naruto entrou e avistou Sasuke perto de uma arvore no espaço aberto, ele tomava um suco, e parecia distraído, estava de tirar o fôlego na opinião do loiro, usava um quimono branco e azul, que descia suave até quase tocar o chão, e era amarrado por uma faixa na altura da cintura, de uma modo folgado, e como o loiro desejou puxar aquela faixa!

Só para ver o que o outro podia fazer, resolveu provoca-lo, chegou de mansinho, pelas costas do moreno, sua intenção era realmente puxar a faixa, mas ao sentir o doce perfume se aproximou mais, como um gato e acabou dando uma longa fungada no pescoço dele, o que o fez saltar assustado, é claro que todos na mesa olharam a cena, inclusive Minato e Madara.

-Oh pelos deuses, é Naruto...Resmungou Minato, já se levantando para ir até lá, mas foi parado pela mão firme de Madara, que o olhou sorrindo.

-Deixe, vamos ver como meu filho se saí com o seu.

Minato se sentou, e observou a cena, imaginando no que aquilo podia dar.

-Ei, o que pensa que está fazendo Naruto Uzumaki? Gritou Sasuke, passando a mão pelo local no pescoço onde o outro fungou a poucos instantes e ainda estava quente.

-Nada, gostei do seu cheiro, só isso, porque? A florzinha não gostou? Provocou o loiro, andando na direção do moreno com um sorriso no mínimo sádico.

-Claro que não! Fica longe, ou eu...

-Eu o que? Vai me bater! Vem, vamos ver o que você sabe fazer...Desafiou Naruto, já ficando em posição de luta.

Sasuke olhou para a mesa e viu seu pai, que apenas acenou para ele, o que dizia claramente vai lá e bate nele!

Nestas circunstâncias era melhor bater mesmo, já que todo mundo na mesa olhava para eles, analisou o oponente com calma, ele era mais forte com certeza, mas força não era o problema, desde que não deixasse o loiro o imobilizar, podia usar a sua agilidade, por isso se posicionou e aguardou o ataque que veio logo e muito rápido, mas conseguiu desviar do golpe, e notou que o seu oponente era ágil, forte, mas apressado, por isso tinha uma chance grande de vence-lo. Novamente esperou o golpe, antecipando os passos dele, enquanto Naruto o atacava diretamente levando vantagem em sua força, Sasuke se desviava dos golpes facilmente, atacando as laterais do mais velho com golpes certeiros que logo o desestabilizaram, e pronto, Naruto gritou e partiu para um ataque direto, de curto alcance, o que teria dado certo, não fosse o fato de ter sido acertado muitas vezes nos flancos, o que o deixou mais lento, e Sasuke o derrubou com um golpe certeiro no meio da barriga, fazendo o loiro rolar de dor no chão coberto de grama.

-Muito bem, chega! Gritou Madara, satisfeito em ver o filho ser tão inteligente em uma luta daquelas, principalmente em se tratando de um oponente que ganhou o campeonato inter vilas no ano passado, e era claramente mais forte.

-Naruto, espero que peça desculpas ao filho de nosso anfitrião!

E só então o loiro percebeu que Sasuke era filho de Madara, é claro que na hora das apresentações estivera distraído pela beleza estonteante do moreno e não havia notado esse detalhe importante. Se levantou e engoliu o orgulho ferido, batendo as mãos na roupa para se livrar das folhas e foi até Sasuke que ainda se mantinha alerta, mas sorriu para ele.

-Desculpe Sasuke, e parabéns por ter me vencido, foi realmente um bom adversário, é claro que na próxima não serei tão bonzinho.

Sasuke apenas ficou em silêncio, aquele loiro o deixava meio sem graça, e por alguma razão que ele desconhecia totalmente.

O resto do almoço correu quase sem incidentes, a não ser por aqueles olhares muito penetrantes de Naruto em direção a Sasuke, coisa que não passou despercebida de Madara e Minato, e nem de Obito.

O tratado seria assinado a noite, depois de uma reunião, caso Minato concordasse com tudo, caso contrário seria no outro dia.

Enquanto isso, Gaara acordava, procurando por Itachi no quarto, que estava ao seu lado, já acordado, comendo uma maça.

-Dormiu bem ruivinho?

Gaara queria ter um local para se esconder, pois estava totalmente desconcertado, tinha feito sexo com aquele homem por três dias seguidos, de todas as maneiras possíveis, e olha que o outro tinha muitas ideias, cada uma mais pervertida que a anterior, e o pior é que ele, no auge do cio aceitava tudo e pior ainda, gostava e muito!

-D-dormi sim...

Itachi viu o desconforto nos olhos muito verdes do garoto e achou engraçado, mas notou que ele parecia agora mais envergonhado do que antes, provavelmente por terem feito sexo, mas a verdade é que nestes três dias ele tinha acabado se apaixonando perdidamente por ele, e não tinha a menor intenção de deixa-lo ir embora, só precisava saber a opinião dele, agora que o cio tinha acabado.

-Vamos sair e dar uma volta, eu te mostro minha vila, está bonita nessa época do ano.

-Acho que não quero sair, não tenho coragem de olhar nos olhos de mais ninguém...Respondeu o ruivo, encolhido na cama.

-Ué, porque não? Meu noivo deve conhecer a minha casa, meu pai, meus primos e meu irmão caçula...

Gaara se sentou e olhou direto nos olhos negros do outro.

-S-seu noivo?

-Claro, adorei te conhecer, eu só não te mordi porque queria saber sua opinião, mas estou adorando ter você do meu lado, nunca estive tão feliz na vida, foi muita sorte ter te encontrado, Gaara.

O ruivo ficou pasmo, estaria ouvindo direito? É claro que tinha adorado tudo, e agora não sabia como encarar seus irmãos, e nem como voltaria para a aldeia da areia, provavelmente seria consultado para algum casamento, coisa que ele não queria, a não ser que fosse com Itachi.

-É sério? Quer se casar comigo?

Itachi riu, e se aproximou dele, todo feliz.

-Eu quero te morder primeiro, posso ruivinho? Pense bem, seremos um do outro a vida toda.

Gaara sorriu, sempre tinha imaginado que amor a primeira vista era coisa de contos de fada, e nunca em sua vida podia ter imaginado que se tornaria ômega, apesar de todas as expectativas contrárias, e ainda por cima no meio do caminho, e seria salvo por um Uchiha, por quem agora se via perdidamente apaixonado, por isso apenas se deitou na cama.

-Me morde.

O jantar estava sendo servido quando Itachi desceu, ao seu lado, segurando sua mão estava Gaara, ambos vestiam quimonos vermelhos, amarados com uma faixa negra, estavam lindos e felizes.

-Não solte minha mão, e não abaixe a cabeça. Falou Itachi, apertando os dedos leves do noivo nos seus.

Gaara olhou para todos, serenamente, inclusive para seus irmãos, que o observavam de boca aberta, e logo foram até Madara, que o recebeu com um grande sorriso no rosto.

-Vejo que já mordeu ele não é? Perguntou o líder.

Itachi sorriu, confirmando.

-Muito bem, marcaremos o casamento tão logo a tribo da areia seja avisada, faremos uma grande festa, eu me sinto honrado em ter junto ao meu filho um ômega tão encantador e pelo que sei um grande guerreiro, seja bem vindo Gaara do deserto.

-Não, meu pai, agora é Gaara Uchiha.

Todos acharam a união maravilhosa, as duas vilas estariam unidas pelos herdeiros valorosos de cada uma, melhor impossível, com certeza as negociações seriam melhores.

Naruto observou aturdido, o irmão mais velho do Sasuke iria se casar com um garoto da areia que tinha acabado de conhecer?

Como se tivesse lido seus pensamento, seu pai o puxou de lado e explicou.

-Ele teve muita sorte, nestes tempos sombrios achar um ômega lindo daqueles, e ainda por cima, filho e herdeiro do líder da aldeia da areia, um dos mais importantes postos de negociação, e como pode ver estão apaixonados, quando um alfa se apaixona por um ômega não tem jeito, ele precisa morde-lo.

-Ainda assim, é estranho, três dias e um cio não pode definir uma vida toda. Respondeu Naruto.

Mas então Sasuke surgiu, vestindo uma roupa simples, branca, e Naruto inalou o inconfundível aroma dele, mel e flores selvagens, ainda mais intenso para ele agora, e se arrepiou inteiro.

"Droga! O que aquele moleque tem que me deixa assim!"

Já Sasuke tentou não olhar na direção do loiro, mas sentiu o olhar dele o queimando, foi até o primo Obito.

-Oi, o que achou sobre a decisão de Itachi?

-Ele tem sorte...

Sasuke riu do primo, e foram se sentar, mas Obito percebeu o olhar lançado na direção deles, daquele lado Naruto rosnava de ciúmes do moreno, contrariado por não te-lo ali perto dele, foi quando teve uma ideia louca e logo a colocou em prática.

-Pai, precisamos de alguém do clã Uchiha conosco na implantação das novas leis em nossa vila, vamos levar o filho de Madara, todas as outras vilas terão inveja de nossa boa relação com eles, seremos bem vistos por todos, a vila que realmente quer implementar o plano de salvar os ômegas.

-Preciso dizer que gostei da ideia, na verdade eu estive pensando nisso, é claro que levando um Uchiha nosso conselho deve aceitar mais tranquilamente as novas regras, mas pode ser alguém menos importante, quem sabe aquele garoto ali, acho que ele se chama Obito.

-Não! Vamos levar o filho dele, Sasuke, assim de qualquer forma eles terão que manter boas relações conosco, receberemos mais rapidamente todos os remédios dos ômegas, tudo para que a coisas deem certo.

Minato olhou para o filho desconfiado, desde de quando ele tinha tanto interesse nos ômegas? Mas resolveu pensar no assunto, quando foi interrompido pelo filho novamente.

-Pai, se não levar o Sasuke por bem, vou leva-lo por mal mesmo...

-O que? Como assim! Naruto, o que pretende fazer!

-Me diz que vai fazer tudo para leva-lo conosco. Insistiu o loiro.

-Não precisamos de uma guerra, fique calmo, mas depois a gente vai conversar direitinho...

Naruto riu, satisfeito, teria aquele moreno nas mãos mais cedo do que imaginava e logo poderia entender o que queria tanto nele, e porque o queria tanto por perto.

Com um sorriso nos lábios se levantou e caminhou até Sasuke, fingindo que não via Obito ao lado.

-Em minha vila está bem frio nessa época do ano, é melhor usar roupas mais quentes...

Sasuke olhou para o loiro e achou que ele estava ficando maluco, como assim em sua vila, desde de quando ele iria para a vila Uzumaki? Mas Naruto apenas saiu e voltou ao seu lugar.

-Não estou gostando desse cara, ele me assusta! Não conta isso pra ninguém tá, primo. Falou Sasuke, inseguro.

-Hum, acho que posso ter uma leve ideia do que ele quer...

-Bom, mas me fala como está o Shisui, não vi ele hoje de manhã, e nem agora a noite, ele está bem?

-Não sei, deixei um beta cuidando dele, está com febre, volto logo para ver ele, mas não deve ser nada sério, pode ser é claro o primeiro cio...

-Acha que ele é um ômega? Perguntou Sasuke preocupado.

-Bom, ele acordou com calor, ficou indisposto o dia todo e agora está com febre, é bem parecido.

Sasuke levou um susto, ele acordou com calor, estivera indisposto o dia todo, só faltava a febre, ficou tão assustado que deu uma desculpa e fugiu rapidamente para o jardim dos fundos, pensar com calma, é claro que Naruto o viu e o seguiu, o encontrando sentado num banco perto de uma cascatinha de águas, rodeado de flores que cresciam desordenadamente.

-Está fugindo do que? Perguntou Naruto, rindo do pulo que o outro deu.

-E-eu não estou fugindo de ninguém, muito menos de você! Respondeu Sasuke, já em alerta.

-Sei, se não está fugindo de mim, posso ficar aqui?

Sasuke quase teve um ataque de raiva de si mesmo, mas concordou, e o outro se sentou, muito perto dele, quando o moreno fez sinal de que ia se levantar, o outro o puxou rapidamente, e colou seus lábios aos dele, o puxando com força para seu colo, apertando sua cintura em um abraço que não dava espaço para a fuga, até que soltou os lábios dele.

-M-me, me solta! O que pensa que está fazendo Naruto!

-Eu solto, se me beijar de verdade.

Sasuke tentou se soltar a todo custo, mas o outro era muito forte, era impossível, por isso acabou parando de tentar, e para piorar seu corpo estava ficando quente.

-Me solta Naruto, por favor...

-Eu solto, me beija que eu solto.

Sasuke suspirou e olhou em volta, depois juntou seus lábios aos dele, num beijo manso e doce, que o outro bem mais experiente tratou de aprofundar, então o soltou e o garoto correu, fugindo dele.

-Nossa, que delícia! Falou o loiro tocando nos lábios, ainda sentindo o gosto dele, impregnado em sua boca.

Notas finais
Bom, e daí gostando, me contem tá bom, preciso saber!!! Beijos.
obs: Já sacaram que o Sasuke vai entrar no cio não é?





3. Estou com medo!

Notas do Autor
Boa leitura! Adorei esse capítulo, espero que gostem, amanhã tem mais...

Sasuke fugiu, o coração aos pulos, entrou em casa como um raio e se refugiou em seu quarto, trancando a porta, para só então parar e tentar conter seu coração, aos mãos ainda nos lábios.

"O que ele quer de mim? Porque me beijou?"

Escorregou para o chão e ficou ali tremendo, do que tinha mais medo? De ser um ômega? Ou de se apaixonar? Difícil saber, provavelmente tinha medo de se entregar a alguém, fosse ela ou ele, tinha medo de partir seu frágil coração, podia lutar com sua agilidade e velocidade, tinha força suficiente para se defender na maioria das vezes, mas não sabia como cuidar de seu coração. Fechou os olhos e chorou, porque sabia que estava sozinho e ninguém podia ver sua fraqueza.

Naruto voltou para dentro saltitando, amou aquele beijo mais que tudo na vida, tinha que ter o garoto, já não ligava para o fato de ele ser...Bom, ele ser ele! Que confusão!

"Eu gostei dele, eu gostei dele mesmo!"

Passou o dedo nos lábios, como queria sentir de novo aquele beijo, rodopiou entre as flores de cerejeira que caiam a sua volta, o coração saltando no peito, batendo tão alto que qualquer um podia ouvir, e na verdade foi seu pai quem o viu, rodopiando feito um idiota entre as flores.

-Juro que posso estar vendo um fantasma, o que meu filho alfa está fazendo rodopiando entre as flores? Perguntou Minato rindo alto.

-Ué, não posso estar feliz? É pecado?

-Não, eu só estou te achando diferente meu filho...

Naruto riu e mudou de assunto na hora, jogando algumas flores na cabeça do pai.

-Já pensou em como vai convencer o Madara?

-Já, pensei sim.

-Vamos entrar, eu vou falar com ele agora, vá para seu quarto e durma, amanhã partimos, mas me escute bem, você será responsável pelo bem estar do garoto, não toque nele se ele não quiser, me ouviu? Um Uzumaki nunca faria isso.

-Não quero toca-lo, que ideia a sua? Eu só quero entender umas coisas...Respondeu Naruto envergonhado.

-Sei...Me prometa meu filho, respeite o garoto.

Naruto concordou e foi dormir, tinha uma enorme confusão em seus pensamentos e não sabia como resolver isso.

Minato entrou e foi ver Madara, rumou para seu escritório e pediu licença, como um bom líder, o que tinha a falar era importante e podia ser que nada se resolvesse ali, mas tentaria.

-Madara, quero levar seu filho Sasuke comigo, por algum tempo, quero que ele seja a voz dos Uchihas em minha vila, que possa despertar em meu povo o desejo sincero de ajudar os ômegas.

-Porque Sasuke? Perguntou Madara, já sabendo a resposta.

-Porque meu filho Naruto pediu, confio nele.

-Minato, meu filho tem quinze anos, ainda não sabemos se ele pode ser um beta, ou um ômega, os estudos ainda são muito incertos, e eu para ser sincero, acho que ele é um ômega, pode imaginar a minha preocupação? Tivemos muitas mortes aqui, foi um desastre, o medo de ser um ômega ainda é grande, por isso a pressa em mudar a sociedade, é uma tarefa gigante e leva tempo, mas meu filho não tem tanto tempo, preciso protege-lo agora.

-Eu posso entender isso, mas eu posso cuidar dele também, pode imaginar, por um momento que eles estão apaixonados?

Madara suspirou, já tinha visto isso, mas Sasuke com certeza não entendia isso, era bom guerreiro, mas inocente demais, seria prudente deixa-lo longe de seu parentes, aqueles que podiam cuidar dele de verdade caso ele se tornasse um ômega? E como ele reagiria se isso acontecesse?

-Podemos encontrar outra forma? Pelo menos até sabermos se ele vai ser um beta ou um ômega? Aqui temos meios de protege-lo, de cuidar dele, e eu certamente posso ficar tranquilo de que ele não vai se machucar ou pior ainda, ser machucado.

-Madara, eu o respeito, mas então terei que usar de algo que não queria usar, se não permitir que Sasuke vá conosco, não assinarei o tratado e ainda falarei com as vilas menores e mudarei seus votos, eu vou incomoda-lo mais do que imagina, posso fazer mesmo a vila da névoa abandonar o tratado, isso é bem fácil.

-Prejudicaria muito todos os ômegas, mas mortes aconteceriam, pode arcar com elas? Perguntou Madara irritado.

-Você pode? E em falar nisso, aquele belo menino, o Shisui é um ômega, eu o vi agorinha, ele definitivamente tem o melhor cheiro do mundo, se eu não fosse casado, certamente pediria a mão dele, no entanto posso fazer isso, sem o tratado os casamentos arranjados ainda podem acontecer, encontrarei alguém para ele, e forçarei você a cede-lo. Respondeu Minato.

Madara o ouviu irritado, o coração saltando, Shisui tinha finalmente se tornado um ômega, como ele e Obito imaginavam, precisava cuidar do garoto, ele o amava muito, mais do que só a um parente, diante disso não podia argumentar, sem o tratado até mesmo Sasuke estava em perigo, ele mesmo sendo o líder dos Uchihas teria uma hora ou outra que fazer negócios, e a moeda corrente sem o tratado eram frequentemente os ômegas.

-Certo Minato, conversarei com Sasuke, prometa para mim que não deixará que ninguém toque em meu filho contra a sua vontade, e que ele estará protegido caso venha a se tornar um ômega em suas terras, mesmo agora ainda acontecem casos de estupros contra ômegas, prometa por sua honra que cuidará dele.

-Eu prometo, ninguém tocará nele, eu o defenderei se for preciso, e assinarei o tratado, convencendo as vilas menores a fazer o mesmo. Respondeu Minato, não gostava de ter que recorrer a esses argumentos, sentia-se mal.

-Minato, as coisas mudam, pode ser que um dia seu filho esteja em minhas mãos, cuidado...

O loiro engoliu em seco, ele sabia bem que isso era possível, tudo muda nessa vida, mesmo assim por hora a vitória era sua.

Madara chamou Sasuke e contou a ele toda a estória, foi direto, sem rodeios, e esperou a resposta do filho caçula.

-Pai, Shisui é um ômega, sem minha presença na terra dos Uzumaki ele pode ser negociado como uma coisa, não poderemos protege-lo, é claro que eu vou, posso me cuidar muito bem.

-Filho, são oito horas de corrida, o máximo que já correu foram cinco, estará cercado de estranhos, a maioria alfas, fortes e treinados, não posso protege-lo...

-Eu sei, meu pai, eu entendo, e aceito o risco.

Madara sorriu, tinha muito orgulho de seu jovem filho, por isso o puxou para um abraço apertado e sentiu o leve aroma adocicado, deixou uma lágrima descer dos olhos e a limpou antes que o filho visse.

-Mandarei Obito cuidar de sua bagagem, vá dormir, amanhã partirá cedo.

-Sim, meu pai. Sasuke saiu e foi para o quarto, seu coração estava apertado, ele estava apavorado, ficaria sozinho entre estranhos, quase todos alfas, em um território diferente, com costumes estranhos, e com Naruto Uzumaki por perto, tremeu ao pensar nele.

A manhã chegou suave, e Sasuke recebeu Obito em seu quarto, ele parecia abatido e cansado, mas trouxe uma pequena mochila.

-Primo, aqui dentro tem um pote de creme, folhas para chá, alguns saquinhos de prímula, e algumas frutas secas, uma muda de roupa leve, eu quero que me escute bem, pois sou agradecido a você do fundo do meu coração, se a febre vier, tome o chá de folhas brancas e coma as folhas de prímula, aguente por favor, por mim, seja forte.

Sasuke queria chorar, estava com medo, ele já sabia que era um ômega, tinha certeza e o primo também, mesmo assim iria seguir um bando de alfas que poderiam ataca-lo no caminho, porque era a coisa certa a ser feita, porque era preciso, pelo tratado, por todos os ômegas.

-Obito, me dê uma kunai, se eu for atacado, se forem muitos e eu não puder me defender...Por favor...

-Dentro do bolso interno, a lâmina tem óleo de prímula, mas por favor não use, eu imploro, viva e volte para nós!

Sasuke não conseguiu mais falar, abraçou o primo que amava como um irmão e beijou seu rosto, deixando as lágrimas pingarem em seu rosto.

-Primo, faça meu pai ir até Shisui, ele o ama, mas por causa da diferença de idade tem medo, faça ele ver que o Sui o quer muito, faça ele ser feliz, por mim!

Obito sorriu e deixou Sasuke sozinho, ele olhou o interior da mochila e sorriu, tomou naquele momento o desejo mais intenso de viver que tinha, enxugou as lágrimas e saiu, não queria ver Itachi, porque se ele soubesse não o deixaria ir, não podia ver Sui, ou iria chorar de verdade, e não queria ver o pai, ou desmoronaria de vez. Por isso foi até Minato e ficou a sua frente, esperando suas ordens.

Minato ao ver o jovem Sasuke sorriu, tinha aprendido a respeitar o pequeno moreno, ele era tudo que o filho desejava, obstinado, teimoso e valente, e muito lindo.

-O caminho é longo, mas faremos duas pausas, se não conseguir nos acompanhar meu filho vai carrega-lo, mas não iremos mais devagar por sua causa, precisamos chegar em casa logo, e o caminho pode ser perigoso, não fique longe de meus homens.

"Nem muito perto..." Pensou Sasuke com desgosto.

-De agora em diante obedecerá as minhas ordens, fui claro!

-Sim, senhor, foi claro! Respondeu o garoto, olhando em seus olhos.

-Vamos!

Sasuke o acompanhou e se arrepiou ao ver a tropa pronta, eles o cercaram, eram muitos, quase todos alfas, e no centro deles estava Naruto, que o olhou sorridente.

-Muito bem, florzinha, parece que vamos passear no campo, se estiver cansadinha eu te carrego no colo!

-Meu nome é Sasuke, e não florzinha...

-Mas você tem cheiro de flor, sabia? Falou Naruto cheirando o ar, atiçando a curiosidade dos outros alfas sem querer, o que fez Sasuke corar, e o medo aumentar, o que era ainda mais perigoso, pois um ômega com medo aumenta ainda mais o odor.

O moreno tremeu, mas se controlou, fechou os olhos por um instante e olhou para Naruto diretamente.

-Sou seu prisioneiro? Se eu fizer algo impensado seu pai pode romper o tratado?

-Claro que não, será nosso hospede! Respondeu Naruto rindo da pergunta, mas se arrependendo em seguida, pois levou um soco direto no rosto, que o acertou em cheio, fazendo os outros alfas rirem.

-Então me chame de Sasuke!

-Ai! Garoto dos infernos! Vou te fazer pagar por isso, eu juro...Falou Naruto guspindo sangue, mas mesmo assim sorrindo, impressionado com a força do outro.

E a jornada começou...

Notas finais
Muito bem, que comecem as apostas! Ele vai virar ômega no meio do caminho? Lá na vila? Onde?





4. Tenho medo parte 2.

Notas do Autor
Tadinho do Sasuke! Ele já sabe que se tornará um ômega, mas para salvar o tratado e seu primo Shisui concordou em seguir até o clã Uzumaki, cercado de alfas desconhecidos e do temperamental Naruto. O que pode rolar agora no meio do caminho?

Sasuke logo percebeu que estava em desvantagem, os alfas e betas do clã Uzumaki corriam muito rápido, eram extremamente resistentes, isto devido ao fato de fazerem missões fora, e ele embora treinasse todos os dias rigorosamente era mais frágil fisicamente e não tinha experiência em longas corridas, depois de duas horas estava muito cansado, graças ao primo Obito sua mochila era leve, o que ajudava, as roupas que o primo escolheu também eram finas e de algodão, não pesavam e nem incomodavam, mesmo assim se não parassem logo provavelmente acabaria desmaiando de cansaço. Mas graças aos deuses, depois de três longas e cansativas horas eles pararam em um espaço repleto de árvores, o moreno praticamente caiu aos pés de uma árvore, quase sem fôlego, um pouco afastado dos outros, e se concentrou em orar para a deusa da vida, pedindo forças para continuar, pois as próximas horas seriam ainda piores, estava faminto e com sede, mas não tinha coragem de ir até os outros alfas e pedir um pouco de água.

Naruto logo pegou uma garrafa de água e foi até o pequeno, que parecia tranquilo aos pés de uma árvore frondosa, ele orava em silêncio, com as mãos postas, parecia a imagem da pureza, o que o fez parar para admirar toda aquela beleza, em silêncio ele era doce, mas quando abria a boca era terrível, se ele fosse assim sempre...

-E ai, florzinha, ops! Sasuke, aguentando a corrida? Quer um pouco de água?

Sasuke abriu os olhos, levemente envergonhado por ter sido pego em suas orações, estava morrendo de sede, por isso levou a mão para pegar a garrafa, mas o loiro diabólico puxou no último instante, fazendo um sinal negativo com a cabeça.

-Te dou a água, se me der um beijo.

-Aqui? Na frente de todo mundo? Esquece, prefiro ficar com sede...

-Sei que quer água, não vai aguentar até o final, vamos, um beijinho...

Sasuke queria bater nele de novo, pelo visto iria bater muito, mas não naquele momento, precisa guardar todas as energias que tinha, por isso apenas virou o rosto e lhe deu desprezo, claro que nisso acabou fazendo bico, o que o outro achou super divertido.

-Você que sabe...Respondeu Naruto, rindo e levando a preciosa água embora.

Logo, alguns alfas se sentaram perto dele, e começaram a conversar sobre o tratado com total desprezo.

-Olha, lembra daquele ômega gostoso que pegamos nos arredores da vila? Um dia antes de a gente partir? Hum... em outros tempos ninguém iria questionar, com esse tratado teremos que ter cuidado...Começou um alfa mais baixo, só que bem forte, já com alguns cabelos brancos.

-Hum, mas ele era tão perfeito! Temos que repetir a dose! Falou um dos alfas, o mais forte deles, eram um grupinho de cinco, cinco alfas, que pegaram um único ômega!

-Acho que se estiver no cio a gente se saí bem, podemos alegar que não pudemos resistir aos hormônios, quem pode nos julgar alegando algo assim?

Sasuke não podia acreditar naquilo, era uma barbaridade, um estupro coletivo!

-Ei! Vocês não pensaram no medo que esse ômega sentiu, no nojo e desespero dele? Sozinho, no cio, cercado por cinco alfas fortes? Que chances ele tinha? Falou alto o moreno, completamente indignado.

-Hora essa! Ele estava no cio, deveria agradecer, nós podíamos nos revezar, foi bom para todos...

-Ele pediu por isso? Ou implorou para que soltassem? Perguntou já tremendo de ódio, o que infelizmente alimentava o seu cheiro, que gradativamente já vinha surgindo.

-Olha, ele gritou muito, esperneou, implorou, mas era só um ômega, eles são feitos para isso, servem somente para uma boa transa, tenho certeza que ele se recuperou, nós o deixamos onde estava, alguém deve ter encontrado ele, com certeza!

Agora o moreno tremia mesmo, eles tinham estuprado um ômega e deixado ele abandonado, ferido e sozinho, era demais para ele, queria gritar, correr, fugir dali, não podia mais aguentar aquela maldita conversa.

-Um ômega é uma pessoa, ele sofre, sente dor, sangra, ama e sente medo, como qualquer um, e vocês o usaram, machucaram e abandonaram, ele deve ter morrido sozinho...Sem perceber ao dizer tudo isso, lágrimas desceram de seus olhos, a emoção o tomou completamente, e para seu desespero Naruto e Minato o ouviam, próximos a eles.

-Quem fez isso, e onde? Perguntou Minato em um tom tão forte que todos os outros alfas, inclusive Naruto tremeram de medo, a aura alfa de um líder raivoso era dolorosa, imagine isso em Sasuke?

Os homens acabaram confessando o crime e claro, colocando a culpa no ômega e nos seus hormônios.

-Quando chegarmos próximos ao local quero uma varredura completa, encontrem o ômega, e sua família, vou tentar minimizar isso, e vocês estão suspensos até segunda ordem, em nossa vila procurarei um castigo adequado para todos os cinco, torçam muito para que o ômega tenha sobrevivido. Dizendo isso Minato se voltou para Sasuke, que estava abraçado ao próprio corpo, tremendo, segurando as lágrimas, o rosto vermelho.

-Você está bem? Perguntou Minato, abaixando sua aura de macho alfa, e caminhando lentamente até o garoto, que se encolheu, mas se manteve no lugar.

-Desculpe, eu tenho um primo, pensei nele...Foi só que, eu fiquei indignado...

-Eu entendo, também fiquei, e com vergonha de que algo assim tenha acontecido debaixo do meu nariz, sinto muito Sasuke, já bebeu água?

-Aceitarei um pouco. Respondeu Sasuke, suspirando aliviado, mas acabou assustado de novo quando Minato suspirou levemente, aspirando o ar.

-Nossa, que cheiro bom, devemos estar perto de alguma campina florida...

Naruto trouxe a água e esperou seu pai sair de perto, para de novo oferecer ao garoto.

-Certo, já vi que não vai rolar um beijo, mas terá que pedir com educação, bem gentilmente...

Sasuke queria matar o outro, mas não tinha escolha, por isso se aproximou dele e o encarou, seus olhos ônix brilhando muito ao faze-lo, o que acabou desconcertando completamente o jovem loiro.

-Naruto, por favor pode me dar água?

O loiro passou a garrafa de água no mesmo instante para suas mãos, completamente aturdido, como queria beijar ele! Olhou em volta e o puxou pela mão, o arrastando perto de uma árvore frondosa que os escondia completamente, segurou na nuca do moreno, enfiando os dedos em seus cabelos macios e negros e o puxou para selar seus lábios, com o susto Sasuke cedeu, e acabou achando aquele toque novo gostoso, sentiu a língua do outro em sua boca e acabou soltando o corpo nos braços dele, por um momento apenas se rendeu, mas logo se recuperou, o empurrou e bufou de raiva.

-Me larga! O que pensa, o que pensa que está fazendo comigo?

-Nem eu sei...Respondeu sinceramente Naruto, os olhos nublados, o corpo quente, aquele doce perfume o impregnando inteiro.

-Vem Sasuke, deixa eu te beijar direito, sou bom nisso, você vai gostar...

Com certeza ele era bom, isso tinha percebido, mas ele não era nenhum garotinho abandonado, precisando de carinho, ele era Sasuke Uchiha, o filho mais novo de Madara, o líder do clã Uchiha, certamente não iria ficar de namorico com um garoto daqueles.

-Deve estar acostumado a pegar garotas e garotos por aí, que devem cair de amores por sua beleza e seu charme, mas eu não! Pode ir parando com isso, larga do meu pé!

E saiu rapidamente, deixando o outro sorrindo sozinho.

"Ele me acha bonito e charmoso é? Posso usar isso..." Pensou Naruto todo feliz, seguindo o moreno por entre as árvores.

Sasuke se sentou a sombra e tentou acalmar o coração, porque estava tão agitado? Foi só um beijo afinal de contas!

"Maldito loiro! Eu odeio ele, odeio, odeio..." Pensou Sasuke, mas mesmo assim seus lábios queriam mais, por isso bebeu toda a água de um gole só, para aplacar a sede que sentiu e o calor que o tomou de repente.

-Florzinha...Ainda vou te pegar de jeito, guarde minhas palavras...Falou Naruto ao passar por ele, sorrindo.

-Meu nome é Sasuke, e não florzinha! Gritou o moreno, irritado.

Notas finais
Gostando? Odiando? O que estão achando?





5. Calor, perfume e muitos beijos.

Notas do Autor
E o calor explodiu entre eles, mas espera! Eles não estão sozinhos! E agora meus lindos?
Boa leitura!

Correram por horas, as pernas de Sasuke já quase não o obedeciam, se não fossem as frutas secas que Obito colocou em sua mochila, e que eram bem nutritivas, certamente ele já teria desmaiado, mas mesmo assim suas forças já estavam no fim, imaginar que se desmaiasse seria levado nos braços por aquele maldito loiro o dava ainda um pouco de forças, mas muito pouco. Finalmente Minato os fez parar, estavam perto da vila, onde os alfas haviam cercado e machucado o pobre ômega antes de sair em viagem, a ordem era procurar esse ômega, antes de voltar, nada de descanso até encontra-lo.

Haviam muitas casas simples pela região, afastadas umas das outras, e Minato separou os grupos, de dois em dois, menos é claro os próprios culpados, que ficaram sob a vigilância atenta do próprio líder, é claro que Sasuke ficou com Naruto.

-Naruto leve Sasuke, procure nas redondezas, sem descanso até achar o ômega, talvez ele precise de nossos médicos, não voltaremos até eu saber o que ouve, já!

Como Sasuke estava muito pálido, o loiro o puxou pela mão, imaginando que fosse medo das ordens diretas de seu pai que deixaram o pequeno assim, na verdade ele não conseguia mais andar, foi arrastado por um pequeno trecho e caiu de joelhos no chão, sentindo o corpo tremer.

"Não! Pelos deuses, não agora, só mais um pouco!" Pensou Sasuke, sabendo perfeitamente que ardia em febre, o último sinal do primeiro cio, o mais difícil de todos.

Naruto o olhou surpreso e tocou seu rosto, sentindo que ele estava muito quente, ardendo em febre, ofegante e muito pálido, o que o preocupou um pouco.

-Nunca correu tanto não é? Imagino que deve estar cansado agora, quer colinho?

Sasuke realmente queria bater nele, mas não tinha forças mais, apenas olhou para ele, e notou como ele era bonito, olhos tão azuis! E a boca carnuda e gostosa! Sem falar naquele corpo dos deuses, tão forte e convidativo...

"Oh deuses...Não vou me deitar com ele, eu juro!"

-E-eu não me sinto bem, você tem razão...N-nunca corri tanto...Falou Sasuke só para distrair a atenção do outro, e a sua também, mas ficou em pé e mesmo um tanto vacilante caminhou ao lado do loiro, que agora parecia mais sério.

-Seu cheiro é tão gostoso, como pode? Tem certeza que é um beta? Perguntou Naruto inalando o aroma doce.

-E-eu nunca...Nunca disse que sou um beta... Falou ofegante o moreno, antes de quase cair de novo e ser amparado pelo loiro que desta vez o segurou nos braços, bem firme.

-Como assim? Você é um ômega? E não contou nada a meu pai!

-Se está com nojo de mim pode me soltar, eu ainda posso andar e não sei...Ainda não sei se sou um ômega...Mas acredite em mim, continuo dono de mim! Empurrou fracamente o outro, dessa vez com suas bochechas coradas.

Naruto riu sarcástico, passando os dedos no rosto quente e corado, completamente inebriado com a simples possibilidade, o que causou uma onda de pânico em Sasuke.

-Me solta! E-eu não sou uma coisa, sou uma pessoa, e mesmo que eu seja um ômega, ainda assim não vai se aproveitar de mim, não vou deixar...

-Quando seu cio começar vai me implorar para te comer, vai ser fácil, qualquer um pode servir, talvez eu te divida com algum amigo, o que acha? Naruto estava brincando só para assustar o garoto, mas escolheu mal as palavras, pois levou um soco no ombro, que embora fraco o fez se desequilibrar e cair sentado, e Sasuke saiu correndo, com o resto de suas forças, desaparecendo nas arvores logo a frente.

-Ei! Eu to brincando florzinha, só eu vou te comer, juro! E caiu na gargalhada, nem pensou no que dizia, era apenas uma maneira de irritar o outro.

-Quem você vai comer Naruto e cadê o Sasuke? Perguntou Minato, de braços cruzados, é claro que ele tinha ouvido a conversa inteira pela cara que fazia.

-Me ferrei não é? Perguntou Naruto, coçando a cabeça, envergonhado.

-A culpa é do Sasuke, acredita que ele pode ser um ômega, pai?

-Estou ciente disso, e prometi ao líder Madara que cuidaria do filho dele, com minha própria vida, caso ele tivesse seu cio no caminho, parece que fiz uma promessa falsa, já que meu filho fez o garoto fugir, e esse garoto pode estar entrando no cio, no meio de um local estranho, com tantos outros alfas por perto.

Naruto pulou na hora, não tinha pensado nisso! Olhou para o pai de olhos muito assustados.

-Me perdoe, pai, vou traze-lo de volta, juro!

-Filho, não o assuste, deve ser muito difícil para ele, tenha um pouco de compaixão. Pediu Minato.

Naruto correu por entre as arvores, seguindo o aroma fresco e doce do jovem Sasuke e acabou em uma casinha simples, ouviu o choro a distancia, seus pelos do corpo se arrepiaram todos, quem chorava era o moreno, havia dor naquele som, correu e bateu na porta desesperado, uma beta muito bonita atendeu a porta, estava com grandes olheiras e aparentava um cansaço absurdo, como se não dormisse a dias, ela apenas o deixou entrar, todos conheciam o filho do líder.

Naruto entrou devagar, seguindo o doce aroma de Sasuke, misturado a outro, mais leve e cítrico, e viu o moreno ajoelhado ao lado da cama de um garoto loirinho a quem segurava a mão, ele chorava e tremia, enquanto o loirinho parecia desacordado, seu rosto tão cheio de hematomas que era difícil distinguir se era belo, o peito nu estava cheio de marcas de mordidas, um lençol fino cobria seu corpo frágil e mesmo assim seu aroma era inconfundível, um ômega ainda no finalzinho do cio.

Aquele era o garoto que eles procuravam, estava muito ferido, o loiro entendeu então a tristeza de Sasuke, que neste momento o olhou cheio de lágrimas, ainda segurando as mãos do pequeno nas suas, que tremiam sem controle.

-E-ele é só uma criança...Olhe para ele Naruto! Como puderam fazer isso, como?

Sasuke deitou a cabeça no peito do menino e chorou, a mulher veio e pousou a mão nos ombros dele carinhosamente, depois afagou seus cabelos negros, tentando consolar em vão, foi nesse momento que Naruto saiu e procurou seu pai, para contar o que tinha acontecido, em poucos minutos Minato entrou e a beta se assustou, afinal aquele era o líder do seu clã.

-Senhor Minato, perdoe meu filho, ele não sabia que era um ômega, estava apenas pegando frutas silvestres quando aconteceu, eu não ouvi seus gritos, sinto muito...Por favor meu senhor ele não teve culpa! Não o castigue, prometo mante-lo longe de todos...Se ele sobreviver...

Minato percebeu ali o que Madara lhe tinha falado, os ômegas precisavam sobreviver, ser vistos e respeitados novamente, ele não sabia porque os ômegas tinham começado os suicídios, agora sabia bem porque, eles tinham medo, exatamente daquilo, de ser apenas uma coisa para ser usada, sem valor algum. O belo líder se ajoelhou ao lado de Sasuke e chorou com ele.

Os médicos particulares do clã Uzumaki foram convocados, e o pequeno ômega e sua mãe foram transferidos para a casa do líder, onde Kushina iria supervisionar a sua recuperação, Sasuke seguiu com eles, ao lado do pequeno, ainda segurando sua mão, ninguém conseguiu tira-lo dali, foi somente dentro da enorme casa que o garoto acabou cedendo.

-Sasuke, sinta-se a vontade, fique no primeiro quarto a direita, descanse, depois conversaremos. Falou Minato, ainda abalado.

O garoto subiu as escadas, muito cansado, entrou no quarto e jogou a mochila na cama, se arrastou até o banheiro e encheu a banheira, jogando nela algumas folhas que Obito mandou, elas iriam diminuir um pouco o aroma, mas era inevitável, em no máximo mais duas horas seria impossível esconder dos outros, ele já ardia em febre, seu corpo tremia sem controle, e ele já tinha sentido a secreção molhar seu corpo, entrou na água e deixou seu corpo relaxar por alguns momentos.

Foi quando saiu do banheiro, vestindo um roupão que percebeu Naruto sentado em sua cama, parou segurando o roupão mais junto do corpo, desejando ter trancado a porta.

-Você é um ômega. Não era uma pergunta, era uma afirmação feita de forma rude por aquele loiro alfa.

-Sim, eu sou. Respondeu Sasuke, de maneira altiva.

-Então se eu quiser agora te pegar e jogar nessa cama, aposto que não vai me deter, não é? O loiro se levantou e deu dois passos em sua direção, o fazendo tremer dos pés a cabeça.

-E-eu não quero você, vá embora, a não ser que queira me ferir como os seus colegas fizeram aquele menino, sabia que o nome dele é Luca? E que ele é filho único?

-Mas eu não quero te machucar...Eu nunca te machucaria, não me compare a eles! Naruto deu mais um passo, ficando mais perto ainda, podia sentir as ondas de perfume que irrompiam do corpo do outro, bem como podia ver seu corpo tremendo.

-Depois do que me disse, eu te acho exatamente igual... Respondeu Sasuke, e pensava mesmo assim, estava assustado pelo que viu, com medo do que viria logo a seguir, sozinho entre estranhos.

-P-por favor, vá embora. Pediu Sasuke.

-E se eu não for? Vai me bater de novo? Dessa vez Naruto o alcançou, encostando sua testa na do menino, e sentindo seu calor emanar em ondas.

-N-não tenho mais forças...Não posso te impedir. Respondeu sinceramente Sasuke, que tremia, mas se mantinha em pé, o rosto sereno, os olhos fixos em Naruto.

-Eu não vou possuir você a força, quero te ver implorar para ser fodido, e certamente vai faze-lo, vou esperar...Falou o loiro e saiu do quarto batendo a porta, deixando o moreno ali, tremendo de medo e desejos, a secreção já descendo por suas pernas, seu aroma explodindo finalmente, seu corpo doendo, ardendo em calor, caiu no chão e se arrastou chorando até a porta, queria tranca-la, mas não conseguia ficar em pé, por isso se encostou na porta e chorou, procurando na mochila ao lado, sabia que seu pai nunca o perdoaria, mas era demais, não podia sofrer tanto, talvez sua morte fosse tudo que faltava para acordar a população do descaso com os ômegas, procurou e achou a kunai embalada em uma fina malha de lã, embebida em óleo de prímula.

-Perdão meu pai...Eu te verei de novo, do outro lado, cuide de Itachi, de Obito e Shisui por mim...

Chorando e se contorcendo em agonia o jovem Sasuke segurou a kunai afiada sobre o coração e fechou os olhos.

Naruto saiu do quarto e parou, se deixou escorregar no chão, encostando o corpo na porta, estava apaixonado por um garoto teimoso e valente, um ômega lindo e sensível, que sofria com a dor dos seus semelhantes, mesmo que não os conhecesse, acabou ouvindo o outro se arrastar até a porta, e escutou atentamente, ouvindo o choro dele, que cortou seu coração, não podia acreditar em como foi mal com o garoto, em como o queria dominar, porque? Porque essa necessidade de maltratar ele? Seu coração pulou no peito, sabia bem porque, ele era um alfa orgulhoso, não queria acreditar que estava tão apaixonado assim...

Ouviu os soluços do outro, e escutou ele mexendo em algo, colou o ouvido a porta e então se assustou.

-Perdão meu pai...Eu te verei de novo, cuide de Itachi, de Obito e Shisui por mim...

Com um salto Naruto empurrou a porta, e viu o brilho da lâmina que desceu cortando o ar, o sangue espirrou quente, e Sasuke gemeu baixinho, tendo sua mão presa na de Naruto, e vendo o sangue pingar na ponta da arma, que havia perfurado o braço do loiro, só mais um instante e seria tarde demais.

Naruto jogou a arma longe e prendeu Sasuke em seus braços, ouvindo o gemido baixo dele, seu corpo solto em seus braços, o cio intensificado pelo alfa que o envolvia, e com carinho uniu seus lábios, sedento de vontade de provar aquele garoto lindo, o ergueu nos braços e o levou até a cama, deitando ele com cuidado ali, fitou seus olhos nublados, e beijou seu rosto todo, enquanto acariciava seus cabelos molhados e macios.

-Sasuke, me aceite, eu juro que vou fazer você melhorar, eu posso fazer amor com você?

O moreno lutava para ter controle sobre sua mente, enquanto o corpo desejava ser possuído, e ainda sentia um medo terrível que o fazia se encolher na cama, as bochechas ardendo de vergonha.

-E-eu não sou, não sou um brinquedo, eu sou, sou uma pessoa! Conseguiu falar o moreno, embora tenha fechado os olhos logo em seguida, tentando controlar o impulso de se jogar nos braços dele.

Naruto acariciou o rosto belo, sentindo o calor na ponta dos dedos, e beijou a boca macia, sentindo os braços dele em seu pescoço e seu doce gemido que se desdobrava baixinho, como um ronronar de um gato, o corpo leve se esfregou ao seu, o deixando profundamente excitado, então era assim amar um ômega, se perder nele completamente? Sentir seu cheiro como uma droga potente e inebriante, mas tinha certeza que não era qualquer ômega que faria isso com ele, era apenas aquele ômega, o que ele tinha escolhido para amar por toda a vida, isso porque agora tudo que queria era amar aquele garoto a vida inteira, protege-lo de tudo e de todos.

-Sasuke, estou apaixonado por você...Sussurrou, acreditando que o cio tinha tirado a consciência do pequeno por alguns momentos, mas viu os olhos antes distantes dele se focar, tão vivos que o fizeram corar intensamente.

-Naruto, eu...nunca fiz antes...eu estou com medo...

O loiro o beijou nos olhos, e puxou seu roupão, o deixando nu na cama, e apreciou a beleza exposta a sua frente, seu corpo belo e ofegante, firme e muito lisinho.

-Feche os olhos...Falou Naruto, selando os lábios aos dele, que obedeceu.

Naruto observou o corpo lindo, beijou suavemente o pescoço macio, desceu pelo ombro, mordeu de leve e sorriu ao ver a pele se arrepiar, e os gemidos aumentarem, desceu ainda com beijos molhados até os mamilos rosados, que beijou um a um, circulando a língua com carinho em cada um deles, ouvindo o arfar do outro como a mais bela música.

-Sasuke, você é lindo, vou ser muito gentil minha florzinha selvagem.

-N-não sou...Não sou sua florzinha, sou Sasuke Uchiha...Seu bobo! Reclamou o moreno, ainda de olhos fechados, ofegante e corado, fazendo o loiro rir muito disso.

-Tá bom...Você é lindo Sasuke Uchiha.

-E-eu gostei, Naruto Uzumaki!

Com beijos lentos o loiro desceu até encontrar o membro ereto e pulsante dele, era a primeira vez que fazia algo assim, nunca tinha se deitado com um garoto, embora não tenha faltado oportunidade, nenhum garoto antes tinha chamado sua atenção, nenhum garoto ou garota tinha o deixado tão excitado assim, por isso tomou o membro na boca, e ouviu o outro gritar, o sugou e lambeu, fazendo uma leve masturbação junto, o que deixava o outro completamente louco, gemendo na cama. O loiro intensificou os movimentos e sentiu o corpo do mais jovem se retesar e depois se derramar em sua boca, sentiu o gosto tão doce e maravilhoso dele melando seu rosto, e lambeu satisfeito.

Percebendo o corpo do outro levemente mais solto, aproveitou para tocar no pequeno orifício e o sentiu molhado, o aroma maravilhoso preenchendo o ar, forte e intenso, sem se conter enfiou um dedo, e Sasuke gemeu desconfortável, mas rebolou nele mesmo assim, que acabou colocando outro dedo, tentando ir com calma, lembrando que era o primeiro cio dele, e embora estivesse molhado poderia machuca-lo sem querer.

Depois de um tempo, abriu as pernas dele, ergueu levemente seu quadril, e entrou suavemente, o sentindo tremer sob seu peso, e chamar seu nome tão languidamente que o fez dessa vez gemer alto, quase gritando de prazer.

-Naruto!

-Ah, Sasuke!

Entrou e saiu, se moveu rapidamente, indo mais fundo, buscando aquele ponto mais íntimo que podia faze-lo ter tanto prazer quanto ele estava tendo, e logo o encontrou, gemeram juntos, os braços de Sasuke envolvendo o pescoço de Naruto, sua boca em seus ombros, mordendo, suas unhas curtas o arranhando, o corpo quente, convidativo e delicioso dele se jogando contra o seu, até que num momento de puro prazer se entregaram um ao outro, seus aromas misturados, se tornando apenas um, seus corpos arqueados juntos, até cederem ao cansaço.

-Sasuke, você está bem?

O moreno se acomodou junto a ele, enrolado como um gatinho manso.

-Estou...

-Está doendo?

-Hum...Um pouquinho...Mas estou feliz e meu corpo não está mais quente, por enquanto...Pode ficar comigo?

Naruto o apertou nos braços com carinho.

-Para onde eu iria, se minha vida está aqui, em meus braços?

Notas finais
Oh gente, me fala ficou legal né? Ufa!





6. Entre os alfas.

Notas do Autor
Arigato! Estou assim muito feliz por terem gostado do primeiro lemon dos dois lindos, agradeço os comentários super fofos e engraçadinhos que eu amo responder, e espero que gostem desse novo capítulo, estou amando escrever essa fanfic.

Um raio de sol se infiltrou pela janela, passando pelas cortinas finas, e acabou acordando o garoto, que se sentiu cansado e um tanto dolorido, ele se moveu, estava imobilizado, abriu os olhos e viu que Naruto o tinha nos braços, estavam deitados juntos na cama, sem roupas, o que o fez corar na hora ao sentir por inteiro a pele macia do outro em contato direto com a sua, se moveu lentamente e conseguiu se libertar, lembrando em seguida de tudo com riqueza de detalhes.

-Oh, pelos deuses...E agora? Pensou alto o moreno, se encolhendo um pouco na cama, puxando junto o lençol macio sobre seu corpo nu.

-Como assim, e agora? Você é meu ômega, simples assim...

Sasuke tremeu, o outro o ouviu e se sentou na cama, o fitando sorridente, divertido em ver o moreno meio encolhido e segurando o lençol até o pescoço.

-Ué, ficou calado de repente? Não quer me perguntar alguma coisa, ou várias? Perguntou Naruto, disposto a saber se o outro se lembrava de tudo.

-Se está pensando que eu não me lembro do que aconteceu no cio, está enganado, eu me lembro, mas...

-Hum, mas o que florzinha...

-Mas você disse que gosta de mim e que queria me proteger, é verdade? E para sua informação meu nome é Sa-su-ke! E não florzinha!

-Eu não disse que gosto de você! Retrucou Naruto, e viu os olhos ônix subitamente se encherem de lágrimas.

-Ei! Eu disse que estou perdidamente apaixonado por você, que quero protege-lo de tudo e de todos, se você me aceitar, e eu não te mordi, porque precisava ter certeza disso. explicou rápido o loiro, já se aproximando do outro e o puxando para seu abraço, sentindo o coração dele bater muito alto.

-Desculpe, eu sou um idiota, preciso melhorar isso em mim, é difícil...Você mexeu comigo de um jeito que nem sei explicar! E agora eu nem posso pensar em te soltar, mas já que seu cio acabou...Aliás como é que já passou? Não são três dias pelo menos?

-Bom, só que você me satisfez logo na primeira vez...Então o cio acabou...E sobre isso, obrigado, eu realmente achei que morrer era mais fácil do que viver assim...Falou tristemente o moreno, segurando os ombros do outro e olhando em seus olhos azuis, sua sinceridade tocou o coração de Naruto.

-Mas, eu preciso continuar e fazer o que vim fazer aqui, e pelo que vi ontem, vocês tem mais problemas do que na minha vila, aqui provavelmente tem muitos ômegas vivendo escondidos, presos por suas famílias, escravizados, e sabe-se lá mais o que, eu preciso ajudar de alguma forma.

-Mas Sasuke, se você é um ômega, como vai andar por aí? Seu aroma é tão bom, tão gostoso, todos vão saber e será perigoso, minha vila tem muitos alfas, é a vila com o maior número de alfas de todas as vilas, nem eu vou ser capaz de te proteger.

-Mas eu posso passar despercebido, foi por isso que começamos essa revolução, para viver a luz, para sair da escuridão, para poder andar entre os outros, sejam betas ou alfas, sem ser alvos de ataques e estupros, sem precisar viver a sombra de um protetor o tempo todo, eu posso te mostrar, mas primeiro me diz, quem já sabe que sou um ômega?

-Só meu pai, você andou o tempo todo segurando a mão do menino, todos acharam que o perfume que sentiam era dele, ninguém imaginou que era o seu, mas o que isso tem a ver...

Sasuke levou um dedo a sua boca o calando e se levantou, indo ao banheiro, levando consigo a mochila pequena, Naruto se preocupou e fez que ia levantar, mas o moreno o olhou tranquilo.

-Tá tudo bem, não vou me ferir, espere um pouco, tá bom?

Naruto concordou, mas manteve os sentidos alerta, se ouvisse qualquer som diferente, um arfar qualquer pularia da cama, no entanto ouviu o som da água, e se perdeu na imagem do outro tomando banho, ouviu o som da toalha no corpo macio e sentiu o cheiro maravilhoso dele, e depois...Depois mais nada, o cheiro de Sasuke sumiu completamente, e ele pulou correndo para o banheiro, mas chegando lá viu seu ômega tranquilo passando um creme no corpo, ainda molhado, com uma toalha enrolada na cintura.

-Como? Não sinto mais seu cheiro, o que fez? Perguntou Naruto, indo se sentar perto dele, e cheirando a pele do pescoço, bem na curva, o que fez o moreno dar um leve suspiro.

-Ainda pode dizer que eu sou um ômega, se me visse agora?

-Não! Incrível, sinto seu cheiro só se eu cheirar sua pele bem de pertinho. Respondeu Naruto, dando uma mordidinha ali, só para provar seu sabor.

Sasuke riu, e se encolheu, o que fez o loiro quase perder o controle.

-Seu sorriso é lindo! Devia sorrir mais...

-Eu não tinha muitos motivos para sorrir, mas agora, talvez eu tenha muito mais...Ele respondeu, se virando para o loiro, quase o fazendo perder o fôlego, enquanto selava seus lábios aos dele suavemente, quase relutante, e depois o soltar de mansinho.

-Desculpe, não tenho experiência com beijos...

-Está se saindo muito bem, pode acreditar! Com cheiro ou sem cheiro, posso te levar pra cama de novo?

Sasuke riu, mas colocou a mão sobre o peito dele, ouvindo o som do seu coração.

-Me ajude Naruto, quero fazer a diferença em sua vila, quero falar com seu pai, me leve a ele.

Naruto entendeu, ele queria ver o menino Luca, e queria começar a trabalhar pelos ômegas, e a julgar pelo que viram, isso era mesmo urgente.

-Espere! Disse o loiro, e puxou o moreno para seus braços, olhou em seus olhos por um instante e desceu beijando seu braço direito, até chegar ao seu pulso, onde o mordeu.

-Ai! Reclamou o outro, olhando para a pequena marca de dentes no pulso.

-Não sinto seu cheiro e acho que está bem protegido, mas não custa ajudar, assim fica ainda mais difícil de te identificar.

-Obrigado, Naru. Respondeu Sasuke, e quando viu que falou assim, acabou ficando corado.

-Adorei isso, pode me chamar sempre assim, Sasu...

-É melhor que florzinha, pelo menos. Disse Sasuke, revirando os olhos e ganhando um beijo.

-Vem, vá se trocar, vou tomar um banho rápido e vamos falar com meu pai, e claro que você tem que conhecer minha mãe, mas já vou avisando, ela é alfa, é super difícil, e vai te deixar envergonhado em menos de dois minutos, sem dizer que vai me fazer ficar também com certeza! E vamos colocar um curativo na mordida, tá bom!

-Tá bom...

Lá do quarto, Sasuke olhou as roupas no armário, quimonos brancos, brancos e mais brancos, não tinha nada colorido ali, porque será?

-Naru, só tem quimonos brancos aqui?

Naruto riu, ele tinha escolhido os quimonos, isso porque quando viu o garoto de branco ainda lá na vila Uchiha ficou de boca aberta com sua beleza, por isso decidiu deixar somente essa cor ali.

-Pois é, só temos essa cor no seu tamanho, posso falar com as costureiras depois se quiser e pode escolher outras cores.

Sasuke vestiu um lindo quimono branco, simples, próprio para ficar em casa e esperou o loiro que saiu e quando o viu quase teve um infarto, ele estava ainda mais lindo depois do cio, sua pele parecia cremosa, seus olhos ainda mais escuros e brilhantes, um sorriso brincando nos lábios rosados e aquele corpo curvilíneo e pequeno tão lindo.

-Nossa! Que delícia, acho que preciso te morder de novo, é tentação demais...

Sasuke riu, tinha arrumado um namorado ciumento...Um namorado?

Enquanto Naruto vestia seu quimono laranja, cor que amava, percebia o outro o olhando, claramente querendo perguntar algo.

-Pergunte logo, tó curioso.

-Somos namorados agora? Perguntou de mansinho o moreno, um pouco sem jeito.

Naruto se virou, fez cara de indignado.

-Lógico! Q que pensa de mim? Que saiu por ai dormindo com todo mundo?

-Isso me passou pela cabeça...

Naruto fez um bico fingido e terminou de se vestir, depois pegou na mão do moreno, levou aos lábios e beijou seus dedos.

-Quero que conheça minha mãe.

Saíram do quarto, e soltaram as mãos, melhor esperar para contar depois que as coisas estivessem mais calmas, foram até a sala do café da manhã e encontraram uma cena peculiar. Kushina tinha imobilizado Minato sobre a mesa do café, prendendo seus braços no alto da cabeça, e mordia seu pescoço com afinco, ao ver isso Sasuke corou inteiro.

-Nossa mãe! Temos convidados, podia fazer isso no quarto né?

-Oh, desculpe por isso filho, e finalmente vou conhecer esse lindo garoto do clã Uchiha, ouvi falar muito dele, não é Minato? Disse a alfa ruiva soltando o marido, que tratou de se recompor, recolocando o quimono no lugar, não sem antes dar para ver marcas bem roxas ali em seu pescoço.

-Uau! Filho, como ele é lindo! Ela cercou Sasuke, que ficou um tanto assustado com o jeito da mulher, que era linda, feroz e a alfa mais vibrante que já tinha visto.

-Senhora Kushina, muito prazer, eu sou Sasuke Uchiha. Falou educadamente o moreno, oferecendo a mão, e sendo puxado para um abraço muito apertado, sufocante, e para seu espanto levou um monte de beijos no rosto e nos cabelos.

-Mãe! Solta ele, que coisa? Reclamou Naruto, puxando o garoto para junto de si, quase possessivo.

Ela rosnou para o filho, e puxou de volta Sasuke.

-Naruto, respeite sua mãe! Se eu quiser dar um beijos nele eu dou e pronto, posso não é bonitinho?

Minato se aproximou e puxou Sasuke para seu lado, rosnando para a esposa.

-Eu prometi cuidar dele, então ele vai sentar ao meu lado na mesa, seus dois doidos, o que ele vai pensar de nossa família?

Sasuke estava meio tonto, tantos comandos alfas o deixaram perdido, por isso agradeceu aos deuses por ter sido puxado até uma cadeira, mas percebeu o olhar indagador de Minato sobre ele.

-Muito bem, agora que todos já estão familiarizados uns com os outros, quero saber como um ômega conseguiu enganar até minha esposa...

-O que! Gritou a alfa, pulando e indo até o menino, pegando seu braço e o cheirando longamente.

-Sinto o cheiro bem fraquinho...Que estranho? Você sabia Minato? Naruto?

-Desculpe, não tive tempo de explicar, sim, eu sou um ômega, e estou usando um creme criado por meu primo, Obito Uchiha, que inibe o cheiro de um ômega, isso foi criado para poder libertar os ômegas de uma vida de escravidão...

-Nossos ômegas não são escravos! Reclamou a alfa.

-Eles podem andar sozinhos? Viver onde quiserem? Escolher com quem casar?Perguntou Sasuke.

-Podem andar sem medo de serem estuprados na rua, pelo simples fato de terem um perfume único que os destaca na multidão? Podem participar do exército ou de qualquer outra coisa, como a medicina?

-Não, mas não são escravos...Ela disse meio sem convicção agora.

-Como vivem seus ômegas? Perguntou Sasuke, implacável.

-Tem razão jovem Sasuke...me perdoe...

-Usando esse creme, eles podem viver realmente, mas para isso acontecer o tratado deve ser mantido, e suas leis devem ser levadas a sério, uma casa de apoio deve ser construída, para abrigar ômegas no cio, quando suas famílias não puderem ter um local apropriado e confortável para eles, devem ser consultados caso queriam um alfa ou um beta nesses dias, de preferência alguém que eles gostem ou confiem, principalmente no primeiro cio.

-Nós amamos, sofremos, somos inteligentes e ágeis, podemos dar uma grande contribuição ao exército e em todas as outras áreas, em minha vila nossos melhores estrategistas são ômegas.

Kushina ouviu atentamente e sorriu, pegando na mão do garoto.

-Faremos tudo que achar correto, já está mais do que na hora de sermos todos iguais nesta nossa sociedade, mas vamos começar punindo aqueles homens pelo que fizeram ao pequeno Luca, e se quiser ver o menino, ele já está acordado e passa bem.

-Sim, eu quero e obrigado.

Minato sorriu e serviu uma xícara de chá doce e quentinho para Sasuke, enquanto Kushina lhe oferecia bolinhos de canela e cravo, e Naruto cortava um pedaço de pão para ele.

-Vou ficar mau acostumado...

Minato sorriu.

-Você vai mudar o mundo pequeno guerreiro ômega, precisa estar bem alimentado, e sua condição de ômega será um segredo, quero te apresentar ao nosso conselho, ao exército e a população e somente depois informar que você é um ômega, assim eles vão entender do que um ômega é capaz, e agora me diga, cinquenta chicotadas e o afastamento do exército é um bom castigo?

Sasuke pensou um pouco, nada podia fazer aquele mal ser curado, mas tinha uma ideia boa sobre isso.

-Cinquenta chicotadas, o afastamento do exército e a construção do centro de apoio para os ômegas me parece melhor.

-Eles trabalharam duro, sob a supervisão de alguém de minha confiança, o que acha Kushina?

-Vou adorar mandar e desmandar neles, estão perdidos na minha mão!

Depois do café, Naruto e Sasuke seguiram para os fundos da casa, até um quarto espaçoso, onde estava se recuperando o jovem Luca, acordado e comendo seu café da manhã.

-Bom dia, Luca. Falou Sasuke, e viu o pequeno o olhar com medo por um instante e pousar os olhos em sua mãe e no médico que estava ali, um beta tranquilo chamado Ritsuka.

-Tudo bem filho, esse é o guerreiro que veio te ajudar, lá em casa, se não fosse ele o senhor Minato não teria nos trazido até aqui e não sei se você teria sobrevivido.

O garoto sorriu e estendeu a mão pequena, enfaixada para Sasuke, que se aproximou devagarinho e sentou na cama, pegando a mão oferecida com todo cuidado do mundo.

-Sente-se melhor agora?

-Sim, estou bem melhor, o senhor Ritsuka cuidou de mim, e meu cio já acabou, vou ficar bem...

-Luca, eu vou mudar as coisas, vou mudar tudo, vai chegar o dia em que poderá sair as ruas sem medo, vai poder estudar se formar, trabalhar e ter uma vida boa, eu prometo!

O menino abaixou a cabeça triste.

-Eu sou só um ômega, terei sorte se alguém quiser casar comigo, depois do que ouve...

Naruto ouviu a mãe dele sair do quarto soluçando e a seguiu em silêncio para consolar a mulher, deixando Sasuke, Luca e Ritsuka sozinhos.

-Vou te dar um presente, logo ele será fabricado aqui em sua vila, se recupere e depois me procure, vou te ajudar em tudo que precisar, se essa vila não for o melhor para você, te levarei comigo, mas prometo que terá uma boa vida, e se depender de mim será feliz.

O médico veio até Sasuke e chamou sua atenção.

-Senhor Sasuke, eu vou cuidar deles, dou a minha palavra.

O moreno sorriu, nem tudo é sempre tão ruim, as vezes no meio da escuridão o amor pode achar o seu caminho.

Ficou um tempo a mais ali e depois saiu com Naruto, ainda se sentia triste ao pensar em Luca, mas pelo menos evitaria que isso acontecesse de novo, estavam do lado de fora, andando por um espaço florido, indo até um bosque grande, que daria até na praça, onde os homens seriam punidos severamente.

-Naruto, acho que não quero ver isso, sei que eles merecem, mas na verdade não sei se quero ver.

-Meu pai mandou te levar, sinto muito...

-Estaremos na arquibancada, pode segurar minha mão se quiser, ninguém vai ver.

-Quem será o carrasco? Perguntou Sasuke.

-Adivinha?

Subiram na arquibancada, muita gente veio ver a punição, a maioria devia ter na família pelo menos um ômega, pois os ânimos estavam agitados, e então lá no meio surge a figura imponente de Kushina, toda de vermelho, com o chicote nas mãos, a imagem perfeita de uma beleza sanguinária e cruel, estalou o chicote no chão e o povo gritou.

-Pelos deuses, sua mãe me assusta muito!

-É, ela é forte mesmo, põe medo até no meu pai.

-Imagino...

O terrível espetáculo durou três longas horas, e Kushina não parou para descansar, por fim, todos foram embora, e Sasuke voltou com Naruto para a casa principal, ao passarem pelo bosque o loiro o puxou para um canto mais escondido e selou seus lábios.

-Depois de tudo, eu só quero um beijo seu. Falou Naruto.

-Só um? Reclamou Sasuke fazendo bico.

E se jogou nos braços quentes que o envolviam com carinho.

Notas finais
Espero que tenham gostado, beijos de Akira-san.





7. Entre as cerejeiras.

Notas do Autor
Entre as cerejeiras ficou lindo, adorei, espero que curtam bastante, foi feito ao som das músicas de um dos meus animes favoritos Junjou romântica.

Naruto puxou Sasuke para junto das árvores, a primavera estava chegando, então algumas cerejeiras já tinham flores, suas pequenas pétalas enchiam o mundo a volta deles de pura beleza, e deixavam um clima romântico no ar, antes desse improvável relacionamento o loiro nunca se preocupou com essas coisas, nunca foi romântico, nem carinhoso, muito menos ciumento, mas tudo estava diferente agora, ele via no moreno muito mais que um namorado.

-Me dá um beijo? Falou Naruto, encostando Sasuke em uma cerejeira florida, encantado com as pétalas caindo sobre seus cabelos negros.

-Porque está me pedindo um beijo? Já me beijou antes...Respondeu Sasuke um pouco envergonhado- Eu não sei porque está fazendo isso, é para me deixar com vergonha?

Naruto riu, observando o rosto corado do moreno, e o jeito como ele olhava para o chão, mas também notou que seu quimono estava um pouco desalinhado, mostrando um pedacinho a mais de seu corpo bonito.

-Eu quero um beijo seu, é pedir muito?

-Pra mim é...Não estou no cio, não sei fazer isso, e você está me deixando sem graça.

-Vamos lá bonitinho, me beije...

Sasuke viu que não podia vencer ali, e acabou cedendo bem devagar, primeiro olhou nos olhos muito azuis, eles eram como o céu limpo em uma manhã de primavera, depois observou o rosto todo, a boca carnuda e convidativa, os cabelos loiros caindo sobre o rosto, realmente não podia dizer que não o queria, ele era lindo, perfeito em cada detalhe, e mesmo assim tinha vergonha, preferia brigar e lutar, porque era mais fácil que se entregar assim, mas acabou se aproximando devagarinho, um pouco inseguro e levou as duas mãos ao pescoço dele, depois se aproximou lentamente, fechou os olhos e tocou gentilmente seus lábios nos dele, fazendo uma leve pressão, e sentiu um som profundo, como um ronronar vindo do loiro, que apertou sua cintura e o puxou para mais perto, aquecendo seu corpo por inteiro apenas com esse leve movimento, o deixando todo arrepiado e levemente trêmulo. Com movimentos muito calmos e carinhosos o loiro abriu a boca e buscou com a língua o interior da boca alheia, o tomando em um beijo mais profundo, que era ao mesmo tempo doce e sedutor, se soltaram porque precisavam respirar, mas ambos tinham as respirações descompassadas, e Sasuke ainda mantinha seus braços em volta do outro.

Naruto sorriu, seu rosto muito perto do outro, quase o tocando, ouvindo sua respiração ofegante e sentindo seu coração acelerado.

-Era isso que eu queria, te ver assim...

Sasuke se irritou e tentou se soltar dele, mas isso só serviu para deixa-lo ainda mais interessado.

-Me solta, se queria se divertir com meus sentimentos, já conseguiu, pronto! Deixou o pobrezinho do ômega indefeso todo excitado, era isso que queria? Me mostrar o quanto fico vulnerável quando estou com você, ou me mostrar que meu sonho de ver todos os ômegas vivendo livres é loucura? Que sempre precisamos viver assim, acuados, sendo manipulados pelos alfas?

-Bobinho, eu queria só saber se podia mexer com você, tanto quanto você mexe comigo, acho que quando os alfas notarem o quanto os ômegas são fascinantes esse mundo pode realmente mudar.

Sasuke o olhou intrigado, ainda presso em seus braços fortes, sentindo seu coração acelerado.

-É verdade? Eu mexo com você? Como?

-De todas as maneiras, o simples fato de te ver caminhando a minha frente, de te ver sorrindo ou falando, tudo em você é tão erótico e tem um apelo tão profundo que meus pensamentos frequentemente são sacanas e totalmente pervertidos, por isso eu quero dormir com você hoje, em sua cama, e fazer amor bem devagar, só pra te fazer gemer.

-Ah, não fala assim! Como pode?

A risada de Naruto era linda, cristalina, e fez o moreno rir também.

-Sasu, quero te ver sempre sorrindo assim...

-Vamos, ainda tenho que falar com seu pai...

-O que? Não sou eu que tenho que pedir sua mão em casamento? Perguntou Naruto se fingindo de indignado.

-Bobo! Francamente...Preciso falar com seu pai, sobre muitas coisas, não sobre o nosso casamento...E sim, é você que tem que pedir, eu sou só um ômega...

-Um ômega que me deixa de quatro...

-Hum...Me parece uma visão interessante...Respondeu brincando Sasuke, e riu de novo ao ser rodopiado no ar pelo outro.

-Preciso ir...É sério...Vamos!

Os dois entrelaçaram os dedos e voltaram a caminhar, até estar perto de novo do centro e então soltarem as mãos, cúmplices e felizes com seu romance secreto, foram direto até a casa do maior, falar com Minato e Kushina.

Naruto abriu a porta para Sasuke e deu passagem, sorrindo, claro que isto foi visto por sua mãe que não perdia nada nesse mundo, muito menos observar que os dois pareciam muito próximos.

-Vejo que estão bem, como está o menino? Melhor espero...

-Sim, ele está bem melhor, espero que nunca mais algo assim aconteça, tadinho, deve ter sido horrível...Falou Sasuke, sem querer nem ao menos imaginar tal coisa.

-Bom, por isso mesmo quero veja o nosso projeto da casa de apoio, e nos dê uma orientação sobre os futuros funcionários, devem ser todos betas não é?Perguntou a alfa, com grande interesse.

-Sim, médicos, enfermeiros, educadores, e claro administração, também precisaram pelo menos no começo de guerreiros sempre a postos, afinal, provavelmente haverá sempre um grande número de ômegas no cio, também precisam levar em consideração melhorar o efeito dos chás e do creme que trouxe, os chãs podem aliviar os desconfortos do cio caso um ômega não queira um parceiro ou ainda não se sinta pronto para isso, e o creme deve ser usado todos os dias, pois inibe o cheiro de um ômega quase completamente. E não devem esquecer que os ômegas que ficarem grávidos precisam de tratamento especial, pois são bem mais vulneráveis nesse período, e muito mais no parto, que pode ser na maioria das vezes arriscado.

-Minato, anotou tudo? Não quero deixar nenhum detalhe de fora, nosso belo garoto Uchiha faz jus ao nome do seu clã, precisamos fazer muito para que nosso clã seja pioneiro nesse tipo de tratamento.

-Claro amor, estou anotando tudo, e lógico que Sasuke deve ficar até que tudo esteja pronto, aliás, eu marquei uma reunião com o conselho, eles devem ouvi-lo antes de votar a favor das novas leis, mas não se preocupe, eles morrem de medo de minha esposa, vão concordar com o que ela concordar.

Sasuke riu, realmente a senhora Kushina era uma alfa primorosa, forte e altiva, ninguém em sã consciência podia negar nada a ela, mas uma preocupação lhe passou pela cabeça, e se ela não aprovasse o relacionamento do filho? Uma coisa era falar sobre os ômegas, outra bem diferente era ter um como namorado do próprio filho.

Mas ela parecia bem tranquila com ele, pelo menos por enquanto, mas ter uma reunião com o conselho não era algo que ele queria, odiava o conselho de sua vila, será que ali as coisas eram diferentes? Ou piores?

Antes de poder pensar mais a respeito, Minato se levantou e chamou o garoto, o puxando pelas mãos.

-Vamos, está quase na hora, o conselho já está reunido.

Naruto se levantou, mas sua mãe o puxou de volta.

-Você não, deve ir treinar agora, já faltou a manhã toda, isso não pode acontecer, meu filho deve dar um bom exemplo para os guerreiros, depois Sasuke deve ir te encontrar, ele será treinado junto com você, nada de favoritismos aqui, suor e força, quero ver os dois cansados no jantar!

Sasuke não falou nada, mas ficou apreensivo, mesmo assim seguiu Minato, andaram por um longo trajeto, até uma grande construção que mais parecia um templo, entraram por uma porta toda trabalhada, e logo deram com um guarda armado e mal humorado mas que assim que viu o senhor Minato se curvou e os deixou passar, fazendo uma pequena reverencia.

Em uma sala bem iluminada, com cadeiras ao redor de toda a sala que era redonda, os membros do conselho esperavam, eram homens mais velhos, porém com semblantes amenos, não pareciam maus como os de sua vila, mas tinham um ar solene e eram todos alfas, para variar...

-Então senhor Sasuke Uchiha do clã Uchiha, filho do senhor comandante Madara, agora o líder do clã, lemos o tratado e temos algumas dúvidas, é verdade que um ômega pode ser útil? Pode servir o exército ou estudar para ser um médico por exemplo? Não acha que é demais para a capacidade frágil deles? Poderiam ser livre para escolher seus companheiros, já estaria de bom tamanho, ter liberdade vigiada para andar na rua por exemplo...Mas acho que estaria exagerando um pouco, nunca vi um ômega lutando, nem mesmo para se defender, olhe o ocorrido com um jovem ômega a poucos dias, saiu de casa no cio, foi atacado por outro alfa e acabou ferido, sem falar que esse alfa foi punido, pelo que sabemos somente por ter tocado no menino, um absurdo, todos sabemos que os ômegas nem pensam quando estão no cio!

Sasuke quis muito bater no homem a sua frente, mas se controlou, olhando para Minato.

-Em primeiro lugar, era o primeiro cio do menino, ele não sabia, e não era um alfa, mas sim cinco alfas adultos, que não só tocaram nele, mas abusaram do menino sem dó, seu castigo foi merecido, e pode acreditar apesar do cio, eles pensam, sofrem e sentem dor!

-Senhor conselheiro, esse tratado foi escrito por um ômega, os remédios que trouxe aqui foram criados por outro ômega, os melhores estrategistas de meu clã são ômegas, e o fato de terem tantos suicídios a ponto de quase levar a extinção dessa parte da sociedade é esse preconceito ridículo de que um ômega é apenas um objeto de decoração, ou um brinquedo para a cama.

-Senhor Sasuke, vejo que é um grande guerreiro, mas tenho certeza que não conviveu ativamente com um ômega, temos muitos aqui trabalhando para nós, servem realmente como bons cozinheiros, podem cuidar da casa, nada mais...

Minato se irritou profundamente, por isso fez algo inesperado.

-Senhor conselheiro, anda treinando muito como pude perceber...Que tal um combate amigável com nosso jovem guerreiro, para acalmar os ânimos?

O conselheiro era um bom lutador, por isso se levantou e se adiantou.

-Claro! Se você ganhar pode me mostrar um ômega inteligente a ponto de criar formulas como as que nos trouxe e poderei acreditar em você, quem sabe pode me trazer um guerreiro verdadeiro que seja um ômega, e poderemos ver ele lutando, talvez com uma garota iniciante não é?

Sasuke riu desse comentário, e teve uma ótima ideia.

-Se eu ganhar posso pedir a libertação de todos os ômegas que tem sob seus cuidados? Seria bem melhor assim...

O conselheiro riu e se colocou a frente de Sasuke, ele já o tinha observado atentamente, já tinha percebido que o homem era mesmo muito forte, alto e pesado, um ataque direto seria impossível, mas vários ataques rápidos poderiam cansa-lo rapidamente e então apenas um bom golpe para desequilibra-lo daria cabo da luta, só não podia se deixar encurralar ou ser pego.

Com um leve bater de palmas a luta começou, Sasuke se esquivou do homem facilmente, era fácil prever seus movimentos, ele estava ágil e leve, tinha certeza de todos os movimentos do outro, e podia antecipar cada um deles, nem mesmo era um desafio, e por fim ao cabo de quinze minutos extenuantes derrubou o adversário com uma rasteira e Minato encerrou a luta, os outros aplaudiram de pé, e Sasuke estendeu a mão ao homem caído a seus pés.

-Senhor conselheiro, eu não posso dizer que foi um desafio essa luta, por isso acho que não preciso lutar com uma garota iniciante para provar que um ômega consegue ser um guerreiro...

Saíram de lá levando trinta e oito ômegas, todos muito assustados, a maioria não via a luz do sol a pelo menos dois anos, período em que o conselho começou a ajudar as famílias a se desfazer de seus filhos que podiam ser um incomodo grande demais para gente mais pobre, prometendo arrumar uma ocupação e até mesmo casamento, mas na verdade os mantinha pressos lá, servindo como empregados, cozinhando, limpando e dando atenção na cama deles, sem esperanças.

Minato ia na frente, sua atenção focada em caminhar e cuidar de todos os que estavam próximos dele, e Sasuke ia logo atras cuidando dos outros, logo que estivessem na mansão poderiam ser alojados e todos teriam a sua disposição o creme que permitiria o anulamento do cheiro deles, e claro que seriam bem cuidados.

Quando a noite chegou e Naruto pode finalmente ver seu namorado, o encontrou tomando um banho de espumas no quarto.

-Sasuke, eu ouvi tudo, meus pais me contaram, eu sinto muito, nós não fazíamos ideia do que acontecia lá...

-Eu sei Naru, eu sei...Mas é tão triste! Todos aqueles garotos, assustados e sem esperanças, abandonados pela própria família por serem um estorvo no cio...

-Sim, mas também fiquei sabendo que deu uma surra em um dos conselheiros...

Sasuke sorriu, aquilo foi muito bom na verdade.

-Agora eles sabem, logo todos saberão que sou um ômega...

-Acho que depois de hoje ninguém vai se importar mais...

E Naruto trouxe algo escondido nas mãos, mais precisamente em uma cesta.

-Vou te esperar na cama meu lindo, venha logo...Falou Naruto sorridente.

Sasuke ficou corado e logo saiu da banheira e se enrolou numa toalha, indo até a cama, e o que viu o deixou sem fôlego.

Naruto havia trazido centenas de flores de cerejeira e as espalhado na cama, no chão, por todos os lugares.

-Eu queria ter feito amor hoje naquele bosque, por isso trouxe o bosque para seu quarto...

Sasuke deixou a toalha cair e caminhou suavemente, embora muito envergonhado até a cama, se podia lutar com um conselheiro alto e forte, podia ter coragem de se deitar com o loiro, mesmo sem o calor do cio, isso porque já estava muito apaixonado por ele e seu coração o mandava ir, beijar, se deixar levar...E seu corpo desejava acima de tudo aquele contato delicioso.

-Naru, me ame, como nunca amou ninguém antes.

-Isso é fácil...Pois nunca amei assim antes...Respondeu Naruto estendendo os braços para ele.

Notas finais
E então, gostando? Já deu pra ver que vai ter lemon não é?





8. Flores, beijos e morangos.

Notas do Autor
Adoro morangos, adoro flores e adoro beijos, por isso uni minhas coisas favoritas em um lemon adorável, quer dizer, eu achei adorável, me digam depois se gostaram ok?

Sasuke se aproximou dos braços estendidos, sentia seu cheiro de alfa como uma droga inebriante, seu corpo respondia com leves tremores e arrepios que o percorriam inteiro, seu coração se acelerou e sua respiração se tornou rápida, todas as células de seu corpo jovem gritavam desesperadas por carinho e atenção, neste momento ele pensou que isso com certeza era culpa de ser um ômega.

Mas Naruto o puxou levemente, o fazendo sentar em seu colo, e colou sua boca quente na sua, e ele pode sentir as batidas descompassadas do alfa, sua respiração tão alterada e sua pele arrepiada e muito quente, ele também estava naquele mesmo estado, então devia ser outra coisa não é? Paixão talvez? Puro tesão? Ou talvez amor...

-Naru, eu te deixo perturbado?

-Muito meu pequeno guerreiro ômega, você me deixa terrivelmente perturbado, com seu sorriso, seus lindos olhos, seu jeito, tudo em você me perturba...

-Isso, isso é porque sou um ômega não é? E você um alfa...Então é por isso que se sente assim não é? Poderia ser qualquer outro ômega...

Mas Naruto o calou com um beijo profundo e quente, depois o soltou e segurou seu queixo com as mãos, o fazendo olhar em seus olhos, estavam deitados sobre flores, enroscados como gatos.

-Eu amo você, não porque é um ômega, mas porque é você, não senti nada ao ver tantos ômegas pela casa, só sinto com você.

Sasuke se arrepiou com essa resposta, mas era exatamente o que precisava ouvir, o que desejava ouvir, porque tinha medo, muito medo de amar e não ser correspondido plenamente, isso ele não poderia suportar.

Beijou Naruto com paixão, e sentiu suas mãos em sua pele, foi quando se lembrou que estava completamente nu e acabou corado até as orelhas, embora fosse tarde para ficar com vergonha, mesmo assim seus olhos ônix devem ter deixado transparecer sua situação pois o loiro o apertou mais nos braços sorrindo.

-Você é incrível, é capaz de lutar e derrotar um grande e forte alfa e depois ficar constrangido ao estar na cama comigo, é uma gracinha mesmo! Deve ser por isso que te amo tanto...

Beijou o pescoço alvo, e mordeu levemente todo seu contorno, sem contudo aprofundar a mordida, isso ele faria na hora certa, por enquanto essas doces mordidas apenas deixavam a ambos excitados e perturbados, por isso desceu mordiscando até alcançar um dos mamilos já todo eriçado e o tomou na boca com vontade, beijando e lambendo, puxando de leve só para ouvir o gemido suave que ele emitia ao ser tocado ali. E fez novamente no outro, desta vez se demorando no contato, enquanto sua mão buscava cada pedacinho de pele alheia, contornando aquele corpo leve com seus dedos atrevidos até chegar a curva da cintura e se apertar ali, o que provocou uma onda de desejos tão intensa que Sasuke se arqueou em seu colo, expondo o corpo alvo, o que deixou o loiro enlouquecido.

-Nossa, como é sensível aqui...Falou Naruto o deitando na cama e se encaixando entre suas pernas.

-Não fala assim, é que eu...Nunca senti essas coisas antes...Respondeu Sasuke, e subitamente o apertou nos braços, o puxando mais, esfregando sua ereção nele, gemendo levemente, com o rosto quente, os lábios entreabertos, os cílios grandes e negros tremendo na entrega irresistível.

Não era possível pensar depois disso, ele também se esfregou mais, sentindo o prazer em ondas, ergueu as mãos do moreno até o alto da cabeça e o lambeu, sua ereção rosada era uma delícia, ele tinha o mesmo sabor das frutas doces da primavera, especialmente morangos, doces, vermelhos e maravilhosos naquele sabor único e delicioso, o lambeu por toda a extensão, se demorando em suga-lo, saboreando, explorando, e adorando os gemidos dele, que enchiam o quarto de pura música.

-Ahan...N-não faz...N-não faz assim, se não eu vou...

-Hum, eu adoro seu sabor...

Com essa carícia tão íntima e essas palavras tão doces Sasuke acabou se derramando na boca do loiro que passou a língua nos lábios todo sedutor, e aproveitou para se encaixar novamente entre as pernas macias do namorado, levou dois dedos a boca e os molhou, depois levemente colocou um em Sasuke e riu ao ver o jeito que ele corava.

-Bobinho...

-É preciso mesmo fazer isso? É tão constrangedor!

-Não quero te machucar, vamos me deixe te preparar...

Sasuke revirou os olhos, porque na verdade estava gostando, fora do cio seu corpo também se lubrificava, mas nem tanto, por isso aquele carinho era bem vindo, mesmo assim gemeu ao sentir o segundo dedo o penetrando, era tão constrangedor, isso sem falar no que viria depois, não tinha percebido na noite anterior, mas agora queria ver o tamanho dele. Por isso se contorceu e se livrou dele, o fazendo cair de costa na cama, ficando por cima com alguma dificuldade, se ele podia o tocar tão intimamente porque ele não podia?

Naruto sorriu e se deixou levar, viu o outro direcionar olhar para aquele ponto, e riu mais ainda.

-Isso tudo ai entrou em mim? Nossa, ainda bem que eu estava no cio!

-Bobinho...Vou prepara-lo melhor então...

Naruto o jogou na cama de novo, e desta vez o fez abrir as pernas ao máximo, o deixando mais do que constrangido, se isso é possível, mas piorou muito mais quando ele o tocou naquele ponto íntimo com sua língua voraz, aplicando um beijo grego que lhe tirou o fôlego completamente, e depois entrou nele com muita vontade, o que o fez gritar pelo susto e pela sensação de ser penetrado tão subitamente, não era muito doloroso, estava bem molhado, mas era um pouco desconfortável, só que logo a sensação mudou e o prazer veio em ondas profundas, a cada nova estocada atrevida do loiro que o observava despudoradamente, só para ver seu rosto todo vermelho.

Já Naruto se deliciava com o rosto corado, com as expressões tão interessantes, com o modo como seus olhos se fechavam e seu corpo se contorcia sob o seu, aquele aroma subindo cada vez mais forte, enlouquecendo a ambos, e se surpreendeu ao notar o olhar do moreno tão focado em seus olhos, desesperado.

-M-me beija...Ordenou o ômega e Naruto o obedeceu prontamente.

O beijo foi dado exatamente no momento em que ambos chegaram ao orgasmo mais incrível de suas jovens vidas, seus corpos pulsaram juntos, se arqueando na cama, se enroscando, pressos no prazer que os consumiu por inteiro, e por fim se deixaram cair entrelaçados, cansados.

-Ahan...Que coisa mais gostosa...Exclamou Naruto.

-Hum, verdade...

Naruto se jogou de lado na cama e puxou Sasuke para repousar em seu peito, acariciando seus cabelos negros e macios.

-Doeu dessa vez?

-Na verdade não, apesar de eu achar que você é grande e ter ficado com um pouquinho de medo...Parece que cumpriu a promessa de me preparar não é? Mas na próxima vez me avise se for fazer algo tão embaraçoso como aquele...Aquele beijo que me deu...Quase morri de vergonha, como pode?

-Ué, seu corpo é todo gostoso, porque seria estranho enfiar minha língua...

-Ah!! não fale assim! Que coisa! Reclamou Sasuke, o que fez Naruto rir mais ainda.

-Bobinho delicioso...

-Pervertido...

Mas mesmo assim, Sasuke estava sorrindo, com o rosto escondido no peito largo de seu namorado terrivelmente pervertido e gostoso e dormiu sentindo o perfume das flores que se espalhavam por todo seu corpo.

Notas finais
Gostaram do lemon?





9. A traição.

Notas do Autor
Naruto fala demais, é impulsivo demais, por isso vai acabar fazendo o lindo Sasuke sofrer, será que poderá ser perdoado?

Sasuke acordou com um barulho incomum no quarto, vozes alteradas e um inconfundível comando forte alfa rondando o ar a sua volta, abriu os olhos e percebeu Kushina gritando com o filho, parada ali em frente a eles que por acaso ainda estavam na cama, pelados!

Com o susto o moreno que estava parcialmente coberto com o lençol tratou de puxa-lo com rapidez e se esconder o melhor possível, para então prestar atenção na briga dos dois.

-Naruto, seu teimoso, eu falei pra não envolver ninguém do clã Uchiha! Eu te avisei para não pegar nenhuma garota de lá! Porque nunca me escuta seu moleque?

-Mãe, eu não peguei nenhuma garota, e estou com o Sasuke que por acaso é um garoto e um ômega! Que coisa!

-Dá na mesma, garota ou garoto, tanto faz, eu te avisei que era pra ficar longe, depois se você enjoar dele vamos ter um problema nas mãos, ele é filho de Madara! De madara, o líder do clã, pelos deuses filho, não podia deixar seu pênis fora disso ao menos dessa vez? Lembra da Ino, do clã vizinho? Seu pai e eu tivemos que conversar muito para resolver aquele impasse, por sorte tudo deu certo, porque ela não estava interessada assim em se casar tão jovem, mas foi sorte, e agora filho, Sasuke é um ômega, ele se machuca fácil!

Só então Kushina e Naruto perceberam que Sasuke estava acordado e ouvia atentamente toda a conversa, pudera! Do jeito que gritavam teriam acordado até mesmo os mortos!

-Desculpe querido, não tenho nada contra você, nem contra seu clã, muito menos pelo fato de ser um garoto ômega, é que meu filho é um irresponsável...

Sasuke estava em choque, envergonhado de ser pego na cama com Naruto, e mais ainda por ser a mãe dele quem estava ali, os vendo naquela situação, mas o que mais o deixava chocado é que ela parecia chateada com o relacionamento deles, como se Naruto já tivesse feito isso muitas vezes, sem na verdade estar realmente apaixonado.

-Sasuke, escute, minha mãe tem razão de falar tudo isso, antes de te conhecer eu era mesmo um safado, andava com qualquer uma que piscasse pra mim, mas nunca menti pra ninguém, não prometi casamento, nem nada! Eu juro!

O moreno estava desconfiado e assustado, tinha entregado seu coração e sua alma para aquele alfa e estava agora ouvindo coisas que nem sonhava serem possíveis, será que o loiro o estava enganando? Saiu da cama enrolado no lençol e foi ao banheiro, deixando os dois discutindo no quarto, era impossível não ouvir a conversa, mas tentava não prestar atenção.

-Filho, um ômega quando se apaixona é pra valer, pra vida toda, eles podem morrer de desgosto se são abandonados, é claro que é difícil isso acontecer, mas você sempre foi tão vira lata que me preocupa...

-Mãe! Chega! Sai daqui, eu amo o Sasuke, só não mordi ele porque quero deixar ele terminar o trabalho que prometeu ao pai, só por isso, caso contrário você já estaria preocupada em fazer roupa nova pro casamento!

Kushina se assustou com isso, será que seu filho tinha tomado juízo? Resolveu esperar para ver no que aquilo ia dar, mas se Naruto machucasse aquele menino ela iria faze-lo se arrepender amargamente.

-Sasu? Tá tudo bem? To entrando amor...

Naruto viu seu namorado na banheiro, com uma carinha triste, fingindo que estava tudo bem, ele sempre queria se fazer de forte, mas agora não estava conseguindo.

-Ei...Eu te amo, juro que não é brincadeira, eu nunca te magoaria...

-Sério? Sua mãe parece que discorda de você.

-Não, com você é diferente mesmo, vem, vamos voltar pra cama...

Sasuke se levantou e pegou uma toalha, se enxugando rapidamente e vestindo a roupa com a qual veio até o clã Uzumaki.

-Não, vou treinar hoje cedo, como falei para seu pai, quero descobrir se o tal conselheiro acabou contando para todo mundo que sou um ômega, preciso encarar isso, e quanto mais cedo melhor!

Naruto viu que não podia mudar a opinião do namorado e acabou tomando uma ducha rápido e desceu com ele para a sala do café da manhã. encontraram Kushina e Minato conversando, assim que o pai de Naruto os viu fez sinal para que se sentassem ali, perto dele.

-Meninos, uma boa notícia, o conselheiro não falou nada, teve vergonha de dizer que perdeu para você Sasuke e que claro acabou perdendo todos os ômegas sob seu controle, podemos continuar com o plano.

-E os ômegas, como estão hoje? Já estão usando o creme? Perguntou Sasuke.

-Sim, nossos pesquisadores já o estão fabricando em grande escala, ainda bem, são trinta e oito ômegas, mais da metade são meninas, o resto meninos, estão entre 14 e 17 anos, mas vão levar um tempo até se recuperarem e perceber que estão livres, preciso lhe agradecer por isso, nem imaginava que tal coisa acontecia bem debaixo do meu nariz, de agora em diante o conselho está sob investigação pesada e correndo o risco de ser dissolvido. Respondeu Minato.

-Hoje, vou treinar então senhor Minato?

-Me chame de Minato, e pelo que minha esposa falou é melhor deixar as formalidades de lado não é meninos?

-Desculpe...Falou Sasuke, abaixando a cabeça envergonhado.

-Ei, está tudo bem, gosto de você, tenho certeza que já vejo mudanças no meu filho, quero a felicidade dos dois, mas agora comer e depois treinar, porque a tarde vamos sair em missão.

-Qual meu pai? Perguntou Naruto que tinha ficado quieto até aquele momento.

-Vamos sair de porta em porta, quero descobrir todos os ômegas que estão escondidos pelas famílias por medo, e aqueles que foram vendidos e escravizados, eu quero minha nação vivendo em paz e com igualdade para todos, depois de ver aqueles meninos e meninas vivendo daquele modo na sede dos meus conselheiros posso imaginar o horror que se esconde por aí, nossa missão é resgatar e dar uma vida digna a todos.

Sasuke se segurou para não chorar, aquilo era maravilhoso! Mas tinha um problema nesse plano ousado.

-Minato, e se os donos se revoltarem? E caso isso não aconteça onde vamos alojar tantos ômegas? A sede ainda está nas fundações!

-Bom, essa mansão não é a única que temos, na verdade já estou preparando mais uma, e se não for suficiente prepararei outra, quanto aos donos acho que alguns castigos merecidos oferecidos por minha linda esposa devem dar cabo de qualquer problema.

-Oba! Estou precisando de exercício mesmo! Respondeu toda feliz a alfa.

Terminaram o café da manhã e foram treinar, era um treinamento duro, corrida, lutas entre eles, mas Sasuke aguentou tudo com calma, não era tão diferente do treino de sua casa, a não ser claro que naquela época ele ainda não sabia que era um ômega e não tinha tanto medo dos alfas, é claro que ele escondia isso! Mas estar cercado de alfas suados exalando o odor de comando o deixava meio desorientado, mesmo assim venceu a maioria das lutas, empatando as demais, por volta da hora do almoço todos foram para o alojamento, hora do banho e de um almoço gostoso, para depois receber as ordens sobre a missão.

-Essa não! Banho coletivo, é sério? Perguntou Sasuke, agora assustado de verdade, ia ter que ficar sem roupa na frente daqueles estranhos?

-Nem pensar! Não vou deixar! Como vamos fazer quando a água levar embora o creme? Respondeu Naruto irritado.

-Pensei que podia estar preocupado em me ver pelado na frente deles? O creme fica no meu corpo, só saí mesmo se eu mergulhar na água de uma banheira e me esfregar ou ficar lá um tempo, uma ducha não vai fazer diferença. mas já que não tem ciúmes...Falou meio irritado o moreno, já tirando a camisa suada.

-Espera! Ia reclamar Naruto, mas daí o banheiro se encheu de gente e ele percebeu que não podia fazer nada ali.

-Droga! Como pude me esquecer disso? Que ódio! Resmungou sozinho, quando foi chamado por seu amigo e instrutor Kakashi sensei.

-Minha deusa protetora dos leitores de BL, quem é aquele menino lindo ali? Aquele moreno com corpo perfeito, de cabelos negros que está tomando banho?

Naruto revirou os olhos, mas percebeu que o banheiro inteiro tinha parado para ver seu namorado pelado, tomando banho, e que visão era aquela? Queria matar o outro naquele momento! Sasuke estava de olhos fechados, deixando a água cair em seu belo corpo, tinha levantado os braços acima da cabeça, e se divertia em sentir a água morna escorrer por seu corpo todo, cantarolava baixinho, e deixava todos babando.

Claro que na verdade, Sasuke tinha ficado decepcionado com o namorado, ele nem tinha ficado com ciúmes, por isso se forçou a tirar a roupa no meio daqueles alfas todos, e correr para o box, ligando o chuveiro e fechando os olhos, para se distrair e conseguir tomar banho, cantarolava baixinho uma canção, sem perceber que todos o observavam.

-Uau! Que bunda é aquela, minha nossa, sem nenhum pelo, lisinho como um bebê! Estou passando mal...

Naruto se virou para ver quem era o desgraçado que tinha falado isso de seu namorado, mas na verdade se fosse bater em alguém tinha que ser em todos, haviam olhares arregalados para todo lado, e ele fungou irritado.

-Vamos lá Narutinho, me apresenta o bonitinho ali! Eu falo pra Ino que você está em campo, ela veio treinar hoje, e pelo que sei ainda gosta de você...

-O que? Nem pensar, minha estória com a Ino já passou, estou em outra agora.

-É, quem será a bela da vez? Perguntou Kakashi rindo.

-Hum, é aquele ali, o nome dele é Sasuke Uchicha, e estamos namorando a uma semana, por isso tira o olho dele! Seu sensei tarado!

Kakashi riu muito, dando um tapa forte que quase jogou o loiro longe.

-Você não perde tempo garoto, mas agora até eu me surpreendi, pensei que só gostasse de mulheres, mesmo que aquele ali seja um deus, ainda é um garoto, o que deu em você? Vai me conta!

Naruto adorava se gabar, e ainda mais com aquele ali, seu sensei era um safado, adorava contar vantagens, por isso não resistiu.

-Não conte pra ninguém, promete? Perguntou Naruto, olhando seu namorado se enxugar e vestir as roupas.

-Claro, pode confiar! Respondeu Kakashi, cruzando os dedos.

-Ele é um ômega, está usando um creme que inibe seu aroma, e pode acreditar o perfume dele é divino, nunca senti nada igual!

-Ele é bom na cama? Me fala!

-Hum, uma delícia, sua primeira vez foi comigo, imagina ele todo envergonhado e corado? Uma gracinha! E ainda por cima estava no cio, foi uma loucura, mas ele é gostoso de todo jeito.

Kakashi quase morreu com essa revelação, ficou doido para provar o menino, em sua cabeça já tinha imaginado um jeito de fazer isso, e tratou de seguir seu plano.

-Bom, já vou indo, minha missão me permite sair mais cedo que os demais, até mais tarde Naruto!

-Tchau, sensei...

Sasuke veio até Naruto.

-Vamos sair daqui? Ué, ainda não tomou banho?

-Me espera lá fora, eu já vou tá bom, e por favor me lembre que quando a gente treinar devemos ir embora para a casa tomar banho, não gostei de te ver pelado ali, nem um pouquinho!

Agora Sasuke ficou contente! E foi para fora esperar o namorado.

-Ei, seu nome é Sasuke não é?

-Sim, e o seu?

-Kakashi sensei...

Sasuke olhou meio desconfiado para o outro, de cara não confiou nele, mas estendeu a mão mesmo assim.

Notas finais
Ah Kakashi safado, querendo aprontar pra cima do Sasuke, mas também o Naruto podia ficar de boca fechada não é?





10. Da traição ao medo.

Notas do Autor
Então agora Naruto vai ter que arcar com seus erros, será que ele vai conseguir convencer o moreno a perdoa-lo?
Ou dessa vez o perdeu? Ou pode ser pior ainda, será que poderá salvar o lindo Sasuke?

Kakashi sorriu para o ômega, tinha certeza que ele era perfeito, precisava prova-lo como se prova um doce, ele parecia tão lindo e delicado, e ao mesmo tempo forte e ágil, podia ser uma experiencia maravilhosa na cama, mas primeiro tinha que tirar Naruto da jogada, por isso depois de se apresentar tratou de ir até Ino, que já tinha tomado banho e estava comendo algo na cantina.

-Olá Ino, sempre tão linda!

-Oi, Sensei, como vai? Respondeu a bela garota, ela era uma beta voluntariosa e muito guerreira.

-Tenho um recado de Naruto, quer ouvir? Parece que ele não te esqueceu ainda não é? O que fez com o coitadinho menina?

-Naruto! Me diz o que ele quer?

-Hum...Ele quer te encontrar no bosque de cerejeiras daqui meia hora, perto da ponte no lago, preciso levar sua resposta até ele.

-Eu vou estar lá, diga que eu estou com saudades, tá bom! Respondeu rindo a jovem.

Kakashi sorriu malicioso, depois seguiu até o refeitório, onde encontrou Naruto comendo tranquilamente junto com Sasuke, os dois riam de alguma coisa e trocavam olhares vez por outra.

-Naruto, tive um problema com uma família perto do bosque, pode vir comigo, quem sabe a presença do filho do líder possa ajudar, Será que posso contar com você?

-Claro Kakashi sensei, vamos Sasuke...

-Na verdade eu iria pedir pra você ir sozinho, parece que tem um ômega muito assustado ali, se chegar muita gente pode ser muito pior, pode deixar que eu fico aqui com Sasuke, fica no bosque das cerejeiras, na ponte perto do lago. Falou Kakashi tranquilo.

-Ok, eu já volto, ainda temos que sair a tarde, temos pelos menos umas quatro casas para visitar ainda hoje, até mais Sasuke.

-Tá, tchau! Respondeu Sasuke.

Assim que Kakashi percebeu que Naruto tinha sumido de vista, colocou o resto do plano em ação.

-Então Sasuke, vamos dar uma volta, tem uma senhora aqui perto que faz doces deliciosos, podemos comprar alguns, tenho certeza que o Naruto vai adorar!

-Sério? Achei que ele não gostava muito de doces...

-Ele adora! Vem, eu mostro onde fica, a não ser que esteja com medo de ficar a sós comigo!

Sasuke achou isso estranho, mas é claro que não tinha medo dele, porque teria? Já tinha visto todo tipo de alfas, ele era só mais um, nada demais.

Se levantou e seguiu Kakashi, que contornou habilmente o acampamento, saindo justamente na frente do lago, do outro lado da ponte no bosque das cerejeiras.

-Nossa, peguei o caminho errado...Desculpe garoto, mas olha ali, aquele não é o Naruto? Danadinho, veio aqui só para dar uns pegas na Ino, a ex namorada dele.

Isso fez Sasuke olhar para a direção de Naruto, que naquele momento teve o pescoço enlaçado pela bela jovem, que o beijou na boca apaixonadamente, foi só o que o moreno viu, as lágrimas desceram e embaçaram sua visão, deixou um soluço escapar e então Naruto o ouviu, soltando a menina.

-Sasuke! Espera, não é isso que está pensando! Gritou Naruto do outro lado da ponte, mas Sasuke se virou e correu para dentro do bosque, sendo seguido por Kakashi, que estava mais do que feliz.

No meio do desespero de ter visto seu namorado aos beijos com aquela menina, não pensou para onde corria, só queria estar longe dele, por isso correu dentro do bosque florido e perfumado, seu coração acelerado, sua respiração descompassada e seu coração de ômega aos pedaços, uma dor profunda o tomou no peito, queria parar e chorar, mas ao mesmo tempo queria fugir, queria correr até sua vila e pular no colo do pai, que ele tinha certeza que o abraçaria naquele momento, queria ser confortado, estar entre aqueles que amava tanto, seu irmão Itachi, seus primos Obito e Shisui. Mas estava ali, no clã Uzumaki, e tinha se entregado a um garoto alfa que tinha mentido para ele, mentido que o amava.

Parou quando chegou as margens de um grande rio, e se encostou em uma arvore, cansado e se sentindo traído e derrotado, foi quando ouviu passos e se virou achando que seria Naruto, com alguma desculpa esfarrapada sobre aquilo, mas era apenas Kakashi sensei.

-Nossa, como você corre, me deixou sem fôlego, é bem forte para um ômega.

Sasuke gelou, ele sabia? Como? Será que o conselheiro acabou falando afinal de contas?

-Como soube? Perguntou já dando alguns passos para traz.

-Naruto me contou, ele me disse que você é um ômega muito gostoso, que seu cheiro é perfeito, e que você gritou igual uma putinha ao dar esse rabinho safado pra ele, que pediu por mais, mesmo depois que ele estava exausto de tanto te comer.

-Não! Ele nunca faria isso comigo, eu...Eu não acredito em você!

-Ah...Então como eu sei que foi sua primeira vez, e que você fica todo corado quando está sendo fodido? Me diz, como eu saberia isso?

Sasuke tremeu dos pés a cabeça, isso só mesmo Naruto podia saber, o que queria dizer que todo o resto era verdade, o loiro o usou da pior maneira possível e ainda contou para os amigos, provavelmente se gabando em ter transado com o ômega estrangeiro, deve ter contado tudo sobre isso, e só de pensar, suas pernas perderam as forças e ele precisou se segurar na arvore para se manter em pé.

-Eu posso te levar para um lugar seguro, agora todos estão interessados no gostoso ômega que dormiu com o filho do líder, venha comigo, posso te esconder por alguns dias, depois pode fugir para o seu clã e ficar por lá, fazendo isso todos os outros ômegas vão saber exatamente para que servem, e vamos deixar essa bobeira de igualdade de lado, porque nós alfas sabemos que um ômega só serve para ser um brinquedo interessante na cama, não é pessoal? Perguntou Kakashi, e logo saíram mais alguns alfas, três deles eram aqueles que foram punidos por Kushina e queriam se vingar do moreno Uchiha, e outros dois apenas uns vagabundos trabalhando por alguns trocados.

Sasuke percebeu o perigo, a sua frente seis alfas, sendo que o mais forte era o Kakashi sensei, e pelo que ele tinha ouvido falar, era um guerreiro perigoso e muito forte, os outros três agiam por vingança, por isso eram ainda mais perigosos e os outros dois por dinheiro, o que não era simples também, ele sabia que podia derrotar todos, mas um de cada vez, e jogando limpo, mas quanto a Kakashi tinha suas dúvidas, aquele ali era um adversário para seu irmão Itachi, mas é claro, ele estava sozinho, sem falar que seu corpo tremia da cabeça aos pés pelo desespero de ter sido traído e a tristeza que invadia seu coração apaixonado.

-Me deixe em paz! Gritou Sasuke, tentando ganhar tempo, para pensar em um jeito de fugir deles.

-Para onde vai? Sabe nadar ômega, ou prefere lutar com todos nós? O que deseja? Quem sabe uma festinha te faria bem, tenho alguns homens que adorariam por as mãos em você, mas claro só depois de mim! Eles ainda tem as marcas do chicote de Kushina nas costas, talvez a gente possa ver como são os gritos de um ômega ao ser chicoteado...

Isso fez o pequeno moreno se encolher, estava com medo, eles eram seis contra um e o que queriam com ele era abominável, preferia morrer, por isso andou mais alguns passos e pulou no rio, mas não foi muito rápido, um dos homens agarrou seu pulso direito e mesmo esperneando e chutando foi puxado de volta e jogado no chão, cercado por aqueles homens horríveis.

Kakashi se abaixou e puxou os cabelos de Sasuke dolorosamente, o fazendo gemer, e ser obrigado a olhar para ele.

-Eu te ordeno, tire as roupas agora pequeno e vou te bater menos! Usou a voz de comando de um alfa em seu pequeno guerreiro ômega aprisionado.

-Nunca! Jamais! Eu não obedeço aos comandos alfas, eu sou livre! Falou o moreno, mesmo sentindo a dor que queimava em seu corpo por sentir o comando forte do alfa, trincou os dentes e olhou firme nos olhos do homem.

-Eu te odeio! Tenho nojo de você! Gritou Sasuke, se soltando das mãos dele e ficando em sua frente, em posição de defesa.

-Quer lutar comigo pequeno? Pois bem, vai ser divertido lutar antes de te comer todinho!

Sasuke plantou os dois pés no chão, firmou sua base, e prestou atenção no adversário, lembrando das lições de Itachi.

"Uma boa base firme pode te salvar, plante os dois pés no chão e não caia! Use a força do inimigo contra ele, seja ágil!"

E foi o que ele fez, recebeu o primeiro golpe e saltou, depois desviou de muitos outros, até ter certeza que podia golpear, e então rodopiando no ar acertou o peito do homem o fazendo cair de cara no chão, mas ele jogava sujo, pois dois dos homens atacaram o pequeno guerreiro, ambos com facas afiadas, embora Sasuke fosse rápido era impossível desviar de duas facas afiadas assim, uma delas cortou seu ombro e a outra passou de leve em sua cintura, cortando o tecido da roupa e sua pele fina. Quando seu sangue escorreu, seu aroma explodiu, o cheiro do ômega também estava no sangue e ele desceu quente na lateral do corpo bonito, fazendo os outros alfas se desesperarem em desejos, e deixando o pequeno apavorado.

Nunca teve tanto medo na vida, ver aqueles olhos famintos olhando em sua direção o deixaram perdido e sem ação, será que foi assim que o pequeno Luca se sentiu? Assustado e perdido, sozinho e acuado?

Sasuke se arrastou no chão, olhando para os homens que pareciam animais avançando em sua direção, e notou Kakashi que tinha mais controle sorrindo para ele, limpando o sangue de um corte na boca. O menino sabia o que viria a seguir, estava perdido, não tinha mais forças, seu sangue descia ensopando a roupa, suas pernas não o obedeciam, ele se sentia apavorado.

-Sasuke! Sasu! Gritou Naruto, vindo por entre as árvores de cerejeiras, seu rosto vermelho, lágrimas nos olhos.

Mas quando o loiro avistou a cena a sua frente, seu namorado caído no chão sangrando, sendo quase estuprado por um bando de alfas seu semblante mudou, e ele rosnou baixo, encarando Kakashi sensei.

-Eu confiei em você! Me fez uma cilada, porque?

-Eu queria esse ômega, só isso! Respondeu o homem rindo.

Naruto avançou e começou a lutar com ele, os socos e pontapés eram tão rápidos que mal podiam ser vistos, mas os outros homens nem ligavam, um deles puxou as pernas de Sasuke, que desesperado chutou o homem, e se colocou em pé com suas últimas forças, encarando aqueles idiotas a sua frente.

"Deuses por favor, me ajudem! Me ajudem agora, provem para mim e para todos que um ômega tem valor!"

Um sopro de força parece que atravessou seu corpo e ele lutou com um, com dois, com todos aqueles homens miseráveis que por serem alfas tinham a pretensão de escravizar e machucar os ômegas, estuprar e matar, sem achar que estavam errados, sem remorsos.

Kakashi era forte e agora lutava com todas as forças, pois precisava vencer, mas Naruto apesar de mais jovem e menos experiente era também forte, e o que lhe faltava em técnica ele compensava em resistência, mesmo assim o loiro via com o canto dos olhos seu namorado lutando desesperado com os outros guerreiros, que apesar de serem mais fracos que Kakashi eram cinco contra um, e ele estava ferido a julgar pelo sangue em sua roupa, se empenhou ainda mais, lutou com todas as suas forças e por fim conseguiu derrubar e deixar o sensei desmaiado na grama. Voltou-se para Sasuke, que naquele momento tinha derrubado o último dos homens com um golpe no ar que atingiu o pescoço do inimigo e o deixou totalmente desacordado, Naruto sorriu orgulhoso mas notou o olhar meio perdido do moreno e correu para ampara-lo, o sentindo mole em seus braços, o rosto lívido, ele estava muito ferido mesmo.

Naruto correu de volta té sua casa, e entrou desesperado com o garoto nos braços.

-Pai, mãe, socorro! Onde estão? Me ajudem!

Minato que estava ali com alguns ômegas, explicando sobre estratégia correu para junto do filho, se assustando ao ver Sasuke todo ensanguentado em seus braços.

-Não pergunte agora, mas mande guardas ao bosque para prender kakashi sensei e mais cinco homens, e por favor eu te imploro chame todos os médicos, preciso que salvem meu namorado!

Minato em alguns segundos executou ambas as tarefas, e ajudou Naruto a deitar Sasuke em cima da mesa, os médicos chegaram e começaram a tentar estancar o sangue, mas os cortes eram fundos, o sangue não parava de jorrar, quente e perfumado, alguns médicos eram alfas e perdiam o foco facilmente, somente dois betas ficaram. Naruto se desesperava a cada minuto, até que ouviu uma voz miúda, baixinha perto dele, e olhando viu o ômega Luca, com algumas ervas na mão.

-Posso ajudar, minha mãe é uma ótima curandeira, ela saiu, foi ajudar uma amiga no vale, mas eu aprendi tudo com ela, posso salva-lo, se me deixarem...

Os betas se recusavam a sair, e Sasuke perdia cada vez mais sangue, então Naruto os colocou para fora e puxou Luca até o moreno.

-Eu confio em você, salve Sasuke!

Luca sorriu e amassou as plantas numa vasilha de vidro, usando um pouco de água para fazer uma pasta grossa e ver, que aplicou sobre os cortes e para espanto de todos o sangue parou, depois enfaixou o corpo de Sasuke e prendeu as faixas com pequenos laços.

-Pronto, agora vamos esperar ele acordar, daí podemos tratar dele para que se recupere da perda de sangue, se ele tiver um bom motivo para viver, com certeza vai conseguir.

Foi então que Naruto gemeu, olhando para Minato.

-Pai, o Sasuke me pegou beijando a Ino...

-Filho? Como pode?

-Pai, foi uma armadilha do Kakashi sensei, nem mesmo Ino tem culpa, mas agora o que faço?

Luca que ouvia tudo calado se aproximou de Naruto e colocou sua mão pequena em seu pulso, chamando sua atenção.

-Fale com ele, diga a verdade, ele pode ouvi-lo...Mas seja sincero, um ômega pode sentir a verdade...

Naruto se aproximou do outro e acariciou seus cabelos, enquanto sussurrava em seus ouvidos...

-Te amo Sasuke, acredite em mim, eu amo só você...

O rosto muito pálido se tornou levemente corado, e os olhos úmidos do jovem Uchiha se abriram por um momento, tentando focar a voz do outro.

-É...Verdade?

-Sim, eu te amo meu guerreiro ômega, mais que minha própria vida.

Sasuke sorriu de levinho e dormiu de novo, e então Naruto o levou para o quarto, iria cuidar dele com todo carinho do mundo.

Notas finais
Espero que tenham gostado! Até o próximo.





11. Reconquistar.

Notas do Autor
Impossível negar...Adoro os comentários!!!
Estou feliz com o andamento da fanfic, com os favoritos que já aumentaram bastante, e adorando ver que tem realmente muita gente seguindo, a todos um grande VALEU!
E agora vamos ver se Naruto consegue remediar a burrada que fez não é?

O quarto estava calmo, uma janela aberta deixava a brisa da tarde entrar, mexendo de leve na cortina de renda que amenizava a luz do sol, haviam flores em um bonito vaso perto da cama, eram rosas brancas que simbolizam a tranquilidade e sempre são enviadas a quem está se recuperando, além disso Naruto estava sentado em uma poltrona, lendo um livro, as vezes parava e observava o rosto sereno do namorado dormindo, neste breves momentos queria poder voltar no tempo, e não ter deixado ele sozinho no refeitório, muito menos ter contado sobre ele a Kakashi sensei, estava arrependido de ter ido até o bosque, mesmo sabendo que não fazia ideia de que iria ver ali Ino, e muito menos que ela iria se pendurar nele e acabar lhe dando um beijo, bem na hora que Sasuke apareceu do outro lado do lago.

O pior foi ter visto o rosto lindo cheio de lágrimas, ter percebido o quanto ele ficou magoado, e depois que conseguiu finalmente o encontrar ver que estava cercado e ferido, e mesmo assim lutou tão bravamente, com cinco guerreiros alfas, teve que admitir que sentiu muito orgulho naquele momento e um pânico assustador de perde-lo para sempre.

Sasuke se mexeu na cama, gemendo levemente, e o loiro pulou, indo até ele, pousou a mão em sua testa sentindo que ele estava quente, provavelmente febre, devido aos ferimentos, isso o deixou preocupado e saiu indo buscar Luca, que estava a sua disposição.

-Luca, ele está com febre, pode ser infecção?

-Vamos lá ver, mas eu troquei as bandagens a pouco e o ferimento estava limpo, pode ser outra coisa...

-Como o que? Perguntou Naruto nervoso.

-Um ômega pode ser forte, e Sasuke é muito forte e obstinado com certeza, mas seu coração foi mais ferido que o corpo, a febre pode ser emocional, isso eu não posso curar. Respondeu Luca de uma maneira simples, sem julgamentos, era apenas um esclarecimento.

-Luca...O que faço?

-Não sei...Seja você...

Entraram no quarto e Luca colocou sua mão pequena na testa do outro ômega, sentindo sua temperatura, mordeu os lábios preocupado, e se virou para Naruto.

-Pode ir até o hospital e chamar Ritsuka pra mim...acho que preciso de uma opinião aqui...

-Hum, vocês ficaram bem amigos não é?

-M-mas do que amigos, eu acho...Ele, ele cuida de mim, me protege...E eu gosto dele, mas não tive coragem de contar ainda, sabe, depois de tudo que passei não me sinto inteiro...

Naruto olhou o pequeno que molhava um pedaço de tecido e colocava na testa de Sasuke, quem visse agora esse tranquilo e frágil ômega não podia imaginar o que o pobrezinho tinha passado, e essas lembranças ainda o consumiam, isso era tudo pelo que Sasuke queria lutar, tudo que ele desejava era ver os outros ômegas livres e seguros...

-Luca, cuide de Sasuke, eu já volto, vou buscar o Ritsuka.

O pequeno concordou e se sentou na cama, observando o paciente.

Naruto foi até o hospital que ficava a poucas quadras de sua casa e procurou pelo doutor Ritsuka, e o achou cuidando de um ômega, na verdade se surpreendeu ao ver tantos ômegas ali, alguns ajudando nas tarefas do hospital, outros atendendo, e alguns sendo atendidos, mas a conversa geral era bem clara, todos falavam de Sasuke Uchiha.

Enquanto esperava que o doutor fizesse uma sutura, ele percebeu o que tinha acontecido, naquele dia no bosque um grupo de aspirantes a guerreiros viu e ouviu tudo que aconteceu, isso incluía a briga de Sasuke com os cinco alfas, e agora todos sabiam que ele era um ômega, no entanto esse não era o ponto das conversas e sim o fato de que ele mesmo sendo um ômega e estar em clara desvantagem lutou bravamente, e ainda por cima ferido, mesmo assim lutou com aqueles alfas, vencendo a todos. Surgia ali a lenda do guerreiro ômega, e uma nova esperança nascia no coração de todos os ômegas, eles se inspiraram nele, e por isso começaram a sair de casa, querendo ser úteis, voltar a sociedade, e aquele hospital gerenciado por betas era perfeito!

-Naruto, o que ouve? Aconteceu alguma coisa com Luca?

-Luca está muito bem, na verdade acho que ele acabou de ganhar o cargo de curandeiro favorito de minha mãe, talvez o senhor possa ensinar a medicina tradicional para ele, isso seria muito bom, mas no momento é ele que está chamando, Sasuke está com febre, e ele não consegue achar o motivo.

Ritsuka suspirou, se voltou a um ômega e lhe passou algumas recomendações, depois seguiu Naruto até a mansão, enquanto caminhavam ele contou sobre como os ômegas estavam ansiosos para voltar a viver em sociedade, ali mesmo em seu hospital atendeu tantos que foi preciso ir buscar novo estoque do creme que inibia o cheiro de um ômega, e mesmo este novo estoque já estava no fim, infelizmente ele não tinha tudo que precisava para atender a tantos.

-Falarei com meu pai, ele vai ajudar, se quiser podemos expandir o hospital, e lhe enviar mais alguns betas de total confiança.

-Eu ficarei grato, mas gostaria de saber se posso realmente chamar Luca para trabalhar comigo no hospital, ele é um garoto tão talentoso, embora eu possa ensinar sobre a medicina tradicional, tenho certeza que posso aprender muito mais com ele, que conhece os segredos da medicina popular da vila, eu quero ajuda-lo a esquecer...Falou o médico de cabeça baixa.

-Se gosta dele...Deveria falar.

-Eu gosto muito, desde o instante em que o vi...Mas ele sofreu tanto! Passar por aquele terrível abuso o deixou vulnerável, não sou capaz de me declarar agora...

Naruto sorriu de levinho, antes de tocar no ombro do homem que caminhava ao seu lado.

-Acho que justamente porque ele sofreu tanto deveria contar, e tentar faze-lo feliz de agora em diante.

Ritsuka sorriu, um tanto relutante.

-Vou tentar...Obrigado Naruto.

Entraram no quarto e Luca sorriu abertamente, dando espaço para o médico examinar Sasuke, ele abriu levemente seu quimono e viu que as bandagens estavam bem colocadas, abriu as mesmas e notou que tudo estava bem, os ferimentos cicatrizavam bem, a febre com certeza era de origem emocional, por isso o homem se virou para Naruto e sorriu.

-Você me deu um bom conselho, eu te darei um também...Converse com ele, faça ele entender que o ama, só assim ele vai melhorar.

-Venha Luca, vamos deixar o Naruto cuidando de tudo...

E Ritsuka tomou a mão pequena nas suas, dando um beijo leve ali, o que fez o garoto corar, mas manter a mão entre as suas, e saíram do quarto juntos.

Naruto se sentou na beira da cama, e começou a acariciar os cabelos negros, enquanto molhava a testa do namorado com água fria.

-Sasuke, por favor, acorde, estou com saudades...Volte pra mim meu amor.

Mas nada mudou, mesmo assim o loiro resolveu continuar, precisava pedir perdão, falar, dizer o quanto sentia muito...

-Eu não fiz por mal, sou um idiota meu amor, me perdoe...Florzinha acorde!

Os cílios longos e negros tremeram, e os grandes olhos ônix se abriram, se fixando em Naruto.

-E-eu...Eu não sou uma florzinha...S-sou Sasuke Uchiha...Falou com uma voz fraquinha o belo ômega.

-Sasuke! Sasuke! Meu amor!

E Naruto o abraçou, se esquecendo dos ferimentos, e fazendo ele gemer de dor.

-Desculpe, eu me empolguei, te machuquei amor?

O moreno fez que sim, e ficou olhando o loiro.

-Onde? Quer que eu te dê um remédio pra dor?

Sasuke fez que não, era difícil falar, ainda estava doendo...

-Sasuke, onde dói?

O moreno pegou a mão do loiro e a pousou em seu coração de leve.

-D-dói aqui...Porque me magoou tanto?

Naruto deixou lágrimas descerem pelo rosto.

-Porque sou um completo idiota, me perdoe...

-Mas Kakashi sabia...Sabia que foi minha primeira vez, ele sabia, você realmente contou? Contou que eu sou um ômega e que me levou para a cama?

-Me perdoe, eu queria me gabar com ele, deixar com inveja, porque tenho o namorado mais lindo do mundo, nunca pude imaginar que isso fosse acontecer...Respondeu Naruto infeliz.

-Mas e o beijo na Ino? Eu vi...

-Ela me beijou, desculpe...Eu não pretendia corresponder, nem tive tempo, foi uma cilada, me perdoe...

Sasuke suspirou com dificuldades, sentia o corpo todo dolorido, estava cansado, queria tanto um banho fresco.

-Eu vou pensar...Estou muito magoado, você me machucou mais do que os alfas.

-Sasuke, eu vou provar que estou arrependido...Faço o que quiser...

O moreno queria um banho, mas não tinha forças para isso, resolveu ver se o outro realmente falava a verdade.

-Quero um banho, pode me ajudar?

Naruto se levantou e deu um beijo em sua testa.

-Vou preparar a banheira meu amor, daqui a pouquinho volto pra te levar.

Em alguns minutos ele voltou e pegou o outro nos braços, sendo o mais gentil possível para não tocar em alguma parte machucada, o que era difícil já que ele estava todo ferido e cheio de arranhões e hematomas, sem falar nos cortes mais fundos. Naruto o sentou em um banquinho e tirou seu quimono devagar, sentindo a dor de ver o quanto ele estava machucado, por isso o colocou na água com cuidado e pegando uma esponja macia começou a dar banho nele.

-Feche os olhos, deixa eu cuidar de você, depois te farei um suco gostoso de laranja, e se quiser posso ler um livro...

Mas Sasuke adormeceu na água, embalado pelos cuidados do jovem Naruto, acordou ao ser colocado na cama, e deixou ele trocar as bandagens, notando a extrema gentileza, o modo como ele o tocava, seus olhos sempre úmidos, sentiu o amor invadir sua alma doce e sorriu, incapaz de manter a tristeza em seu coração.

-Naruto, quando eu melhorar me leve embora, acabou...

-O que? Não! Me de mais uma chance, por favor, eu te amo!

Sasuke sorriu, não tinha falado sobre eles, mas sobre sua missão.

-Estou falando de minha missão, eu falhei completamente, preciso pedir perdão ao meu pai, deixei que todos descobrissem que sou um ômega, perdi o respeito de todos...Provavelmente até de seu pai e de sua mãe...Eu falhei com os ômegas...

Foi a vez de Naruto sorrir, enquanto acariciava o rosto macio dele.

-Na verdade você se tornou uma lenda entre os ômegas, o primeiro que lutou por sua honra sozinho, e lutou bravamente contra cinco alfas, mesmo ferido, vencendo a todos...Eu nem entro na estória, ninguém fala de mim, só de você meu amor, e por isso os ômegas estão se apresentando, estão recebendo o creme, e parece que estamos tendo sucesso com a formula do chá, uma pequena dose por dia pode inibir o cheiro de um ômega por mais de doze horas.

Sasuke sorriu, era mesmo verdade?

-É a mais pura verdade meu amor, durma e se recupere, e posso te mostrar o quanto sua força e determinação estão salvando os ômegas dessa vila, e tenho certeza que essa bela estória vai correr as vilas, uma a uma em pouco tempo, cumpriu sua missão fielmente meu amor.

Naruto se aproximou dele e selou seus lábios num beijo doce e manso, delicado, colocou as duas mãos no rosto pálido do moreno e acariciou sua bochecha com dois dedos.

-Eu te amo demais...

Em seu coração ele sabia que amava também o loiro, com todas as suas forças

-Então suco ou morango? Perguntou Naruto.

-Morango e beijos...Respondeu Sasuke sorrindo.

-Seu desejo é uma ordem...

Notas finais
Espero que tenham gostado, no próximo teremos um lemon de reconciliação, e um lemon extra de Luca e Ritsuka...Uau!!!





12. Eu posso te amar?

Notas do Autor
Então esse capítulo vai ser doce, quem tiver problemas com açucar recomendo cuidado!!!

Ritsuka caminhava segurando a mão pequena de Luca entre a sua, seus dedos entrelaçados, haviam saído da casa do líder Minato e pegaram um caminho arborizado e florido que levava ao hospital próximo, mas o mais velho tinha outros planos, por isso desviou o seu trajeto normal e seguiu bosque a dentro, até que sentiu a mão do pequeno se tornar fria e úmida e levemente trêmula, parou e o encarou curioso.

-Ritsuka, onde estamos? Não é esse o caminho para o hospital...

O menino falava já com medo, seu rosto ficando pálido de repente, os cabelos castanhos caindo nos olhos, que eram cor de avelã, e agora estavam enormes e assustados, foi então que o médico se lembrou que foi no bosque mesmo que o pobrezinho havia sido pego pelos guerreiros.

-Luca...Eu quero te mostrar um lugar, mas não tenha medo, eu nunca seria capaz de te machucar.

-V-você promete? E-eu..Eu to com medo...

Ritsuka se aproximou levemente e tomou o rosto dele nas mãos, era tão delicado e frágil que o tocou com extrema gentileza, e o fez erguer a cabeça e encara-lo, o que o deixou pasmo ao ver a cor tão intensa e o seu brilho tão vivo.

-Confie em mim...Por favor!

-Tá...E-eu...Confio em você...

Ritsuka não tinha planejado beijar o menino ali, mas seu coração e sua mente haviam se misturado e ele acabou cedendo ao desejo quase louco de tocar aqueles lábios vermelhos que estavam tão próximos a ele, sentia o leve, muito leve aroma dele, provavelmente realçado pelo sabor do medo que tingia a pele de seu rosto, o deixando corado e irresistível, o beijou suavemente, apenas um toque mais longo nos lábios de seda, e o soltou, segurando de novo em sua mão fria.

-Venha comigo.

Luca o seguiu, ainda que estivesse muito assustado, as lágrimas a ponto de cair, pois estavam muito perto de sua antiga casa, muito perto de onde ele foi atacado, estuprado e abandonado a própria sorte, extremamente ferido, mas ao virar uma curva desviaram daquele terrível local e enveredaram em uma clareira linda, toda cercada de árvores floridas, uma pequena clareira repleta de flores silvestres e muitas, muitas borboletas coloridas, o menino suspirou ao ver o local, pois não o conhecia, embora tivesse vivido toda a sua vida ali perto.

-Nossa! Que lindo...Eu não sabia que um lugar assim existia, é tão belo!

Ritsuka o guiou até quase o centro da campina e se sentou na relva repleta de flores, puxando Luca para ficar ao seu lado, e observar as borboletas voando tranquilas naquele paraíso.

-Eu sempre venho aqui, é meu segredo, que agora compartilho com você.

-Porque me trouxe aqui? Perguntou Luca subitamente corado, sem coragem de olhar nos olhos dele.

-Porque você é especial pra mim...

Luca não conseguia olhar para cima, estava tão envergonhado que mal respirava, seu coração batia acelerado, sua respiração também havia acelerado e agora mal cabia no peito, sem falar que as borboletas pareciam estar voando ao seu redor e dentro dele, um sentimento novo que ele não conhecia o fazia ficar mais tímido e assustado, porque sua mão estava suando? Porque seu coração palpitava daquele jeito? E porque o toque dos dedos dele em sua pele era tão bom assim?

-E-eu...Eu não sou especial, sou tão comum...

-Pra mim você é especial, seus lindos olhos, seu cabelo castanho, sua pele clarinha, esse seu sorriso tímido que adoro ver, essas covinhas que surgem nos cantos da bochecha, que fica quase o tempo todo corada, como agora...

Luca se soltou dele e escondeu o rosto nas mãos, que vergonha!

-N-não fala assim...

-Porque não? Eu gosto de você.

Luca o olhou meio inseguro, mordendo o lábio inferior sem perceber.

-Sério? Eu...Eu...Gosto muito de você também...mas tenho tanto medo!

Ritsuka o puxou para seus braços, e o enlaçou junto ao peito, sentindo seu coração tão acelerado, voando como as asas de um beija-flor, e sorriu feliz.

-Se gosta de mim, do que tem medo meu anjo?

-Não sei...Tenho medo de sofrer, de me machucar...Eu sou só um ômega.

-Você é um lindo ômega, que tem uma mente brilhante, e será um grande médico um dia, tanto quanto é um grande curandeiro agora, e eu gostaria de estar ao seu lado para ver isso acontecer, se quiser é claro.

-Mas Ritsuka, depois do que ouve comigo...Ainda me quer?

O belo médico loiro o soltou de seus braços o encarando sem entender muito bem.

-Porque meu anjo, porque eu não iria te querer?

-Eles me feriram...me usaram, fizeram coisas comigo que eu...Eu não sei explicar, mas foi tão horrível, eu era tão inocente, queria ser puro até encontrar meu grande amor, e agora que achei...Eu estou tão sujo, me sentindo impuro...

Luca começou a chorar, suas lágrimas desciam sem se conter, seus soluços eram baixos e doces.

-Eles eram monstros meu anjo, para mim você é perfeito, não se culpe assim, a pureza vive no coração, me deixe te mostrar, me deixe te amar verdadeiramente.

Luca concordou suavemente, se sentindo ainda assustado, mas foi confortado com um beijo cálido e suave que o envolveu em uma onda estranha de calor, o fazendo ofegar e gemer baixinho dentro dos lábios daquele homem bonito e gentil.

-Eu moro aqui perto, posso te levar para minha casa?

De novo o menino concordou, e ambos se levantaram, caminhando entre as belas borboletas, até sair da campina e pegar um caminho limpo e quase escondido no meio das arvores, que levava a um chalé tranquilo, próximo de um riacho pequeno, onde nasciam flores por todos os lados, o chalé era muito bem cuidado, suas portas e janelas de madeira escura davam um contraste perfeito com o branco de suas paredes, e as flores coloridas que o cercavam davam uma atmosfera quase mágica ao cenário. O homem parou e tirou uma chave do bolso, abrindo a porta e sorrindo ao ver um grande gato malhado que veio todo manhoso se esfregar em suas pernas.

-Oi, tempestade, como vai? Perguntou Ritsuka se abaixando para acariciar o gato que ronronou feliz, e depois se dirigiu curioso até Luca, se enroscando em suas pernas também.

-Nossa, esse gato é terrível, gostar de você assim é quase um milagre...

-Tempestade? Sério?

-Bom, ele apareceu numa noite de tempestade, todo molhado e assustado, morrendo de fome, eu o acolhi e ele acabou me adotando! Vai quando quer e volta quando tem vontade, é um gato malandro e feliz.

O gato se espreguiçou e rumou sossegado para o bosque, sumindo entre as flores, e Ritsuka pegou a mão de Luca e o fez entrar, era uma casa simples e bonita, com aroma de canela, os poucos móveis estavam arrumados e limpos e havia uma mesa com frutas frescas, na sala uma lareira pequena já tinha lenha cortada ao lado, um sofá com aparência de ser confortável completava o ambiente, mas o homem o puxou por um corredor e abriu uma porta que dava em um quarto.

Luca parou na porta, assustado, mas Ritsuka o pegou no colo e o levou até a cama, o deitando com carinho ali.

-Ritsuka...Falou Luca, tremendo dos pés a cabeça.

-Calma, eu quero que se sinta bem, não tenha medo, essa é nossa primeira vez, vai ser especial...Eu prometo anjinho.

Apesar dessas palavras, o menino estava apavorado, tinha na mente as lembranças de suas roupas sendo rasgadas, seu corpo exposto a força, a dor de ser penetrado sem qualquer preparo, de mãos grossas e frias puxando seus cabelos, tocando em sua pele nua, sem querer fechou os olhos, mas o que sentiu era quente e doce.

Ritsuka beijava seu pescoço suavemente, enquanto desamarrava seu quimono simples, sua mão era macia e seus toques leves, acariciantes, eles não machucavam, faziam carinho, e então o menino foi se acalmando, imerso nos toques gostosos, na pele quentinha em contato com a sua.

O quimono foi solto e sua pele nua foi exposta, ele fechou de novo os olhos com vergonha, mas ouviu a voz macia em seus ouvidos.

-Olhe para mim, me deixe ver seus olhos lindos, não tenha medo de mim...

Luca abriu os olhos e se deparou com o rosto bonito que sorria para ele, tão perto que o podia tocar, e mesmo assustado ele o fez, ergueu seu rosto pequeno e colou seus lábios ao do homem a sua frente, enlaçando seus braços no pescoço dele, se entregando deliberadamente, tentando vencer o medo que ainda ardia em sua pele.

Ritsuka o apertou nos braços, e depois o soltou, para tirar suas próprias roupas, e sorriu ao ser observado pelo outro.

-Você é tão bonito! Falou Luca de um jeitinho tímido.

-E você é lindo... Respondeu Ritsuka, se abaixando para beijar o tórax, deslizando a língua até tocar num mamilo rosado e macio, naquela pele perfeita, sentindo aquele cheiro fresco e frutal que emanava suavemente e era delicioso.

Beijou o mamilo o deixando durinho e eriçado, circulando o mesmo com a língua esperta, se deliciando ao ouvir os gemidos baixinhos do jovenzinho que jogou a cabeça para traz perdido no prazer do contato, e fez o mesmo com todo cuidado no outro mamilo, só para ouvi-lo gemer mais, desceu na pele suave, lambendo sua extensão até o umbigo, que beijou e mordeu, depois seguiu lentamente até a virilha, agora ouvindo o outro gemer mais alto, ali se demorou em cada pedacinho dele, aproveitando seu sabor, roçando a boca em seu membro que já estava bem acordado, e então o tomou na boca inteiro, o fazendo gritar de prazer com o toque único.

Luca se contorcia de prazer ao sentir a língua passeando em seu membro, sentir a boca que o envolvia quente e sedutora, nunca imaginou que se fazia isso, mas estava adorando, estava completamente entregue nas mãos dele, e o sentia entre suas pernas com um desejo crescente que o deixava quente e excitado, e que para seu espanto crescia mais e mais, até o levar ao limite e então explodir em ondas e mais ondas de puro êxtase.

-Ahan...Gemeu o garoto ao se derramar na boca do médico que o sorveu feliz, adorando seu sabor doce, que lambeu até a última gota.

-Luca, me deixe ter você...

O menino apenas sorriu, entregue em suas mãos, e o homem abriu suas pernas com cuidado e colocou um dos dedos em sua entrada, que já estava bem molhada, mexeu um pouco e o sentiu tenso, mas logo o viu relaxar e acabou introduzindo outro dedo, com cuidado, esperando, até o sentir mais solto, só então se preparou e entrou nele, o sentindo arquear as costas e gemer, mas o confortou com beijos suaves e leves apertões em suas coxas macias, o acalmando, se segurando até que começou a estoca-lo devagar, o ouvindo gemer suavemente de prazer.

Avançou e entrou mais, aumentando o ritmo das investidas aos poucos, gemendo junto a ele, enlouquecendo no corpo quente, no espaço apertado que agora possuía tão deliciosamente, sem pressa, com todo carinho do mundo, entrava e saía até quase perder a noção de tudo, perdido no momento, até gozar dentro dele, e deixar seu corpo todo tremer de prazer, unindo seu gemido ao gemido languido dele que tinha novamente se derramado, e agora estava mole e corado, os cabelos castanhos grudados no rosto, colados de suor.

Os braços suaves e frágeis se envolveram ao redor do homem e foram amparados em um abraço quente e protetor.

-Meu anjo, está tudo bem?

-Sim, foi maravilhoso...Respondeu Luca, fechando os olhos e dormindo nos braços que o envolviam, na boca suave que beijava seus cabelos com carinho.

-Te amo...Sussurrou Ritsuka, imaginando que o outro já dormia, pensando em quanto tempo levaria para conquista-lo de vez e ouvir de seus lábios essas palavras também, mas acabou surpreso ao ouvir a leve resposta, suave e muito baixinha.

-Eu...Também te amo...Ritsuka...

Muitas coisas podem fazer um homem chorar, mas essa frase simples o fez não apenas derramar lágrimas, como deixar um sorriso se misturar a elas, e então adormeceu.

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Naruto ouviu o pedido do namorado e sorriu.

-Morangos e beijos meu amor....

Sasuke sorriu de levinho, o corpo machucado pedindo carinho, aconchego, amor.

Naruto trouxe uma bandejinha com morangos frescos e começou a dar ao namorado, apesar de ver ele todo ferido o desejava tanto que seu coração batia muito rápido, queria dar prazer a ele, sem machuca-lo, por isso se chegou um pouco mais, e deixou o morango cair no colo dele, que resmungou.

-Me dá outro amor...

-Não posso desperdiçar um morango tão gostoso assim...Respondeu o loiro sorrindo travesso.

Desceu a boca até o moranguinho doce e quando o mordeu, aproveitou para abrir o quimono branco, expondo a barriguinha, e desceu dando lambidinhas até o sexo dele, o sentindo se retesar ao contato.

-Ah...Estou muito machucado amor...

-Não tenha medo, não vou fazer nada para machucar você meu lindinho, apenas feche os olhos e aproveite.

Sasuke obedeceu e relaxou o corpo, por pouco tempo, pois logo o loiro o tomou na boca, sugando seu membro com vontade, era uma carícia deliciosa, tão gostosa de sentir que ele mesmo ferido se mexeu, querendo ainda mais daquilo, e recebendo muito mais em troca, pois o namorado o tomou ainda mais, lambendo e sugando, deliciosamente.

-Sasuke, meu amor, meu ômega...

E no auge do prazer oferecido, o moreno se desfez em sua boca, gemendo alto e sendo abraçado em seguida, mas logo ficou envergonhado com o ato.

-Naruto, que vergonha!

O loiro riu e ofereceu outro morango macio e doce, que ele aceitou feliz, enquanto Naruto ajeitava suas roupas no lugar de novo.

-Depois que descansar bastante eu preparou outro banho meu amor.

Sasuke sorriu, podia se acostumar com tanto carinho assim...

-Naru, vai me tratar sempre com carinho assim? Perguntou Sasuke fazendo uma carinha linda e fofa.

-Sasu, sempre e mais ainda, você merece meu guerreiro ômega...Mas quando estiver melhor eu vou te mostrar como o desejo de verdade, quero fazer amor com você de todas as maneiras possíveis, te deixar envergonhado até a raiz dos cabelos, e te fazer gemer em meu corpo...

-Ai...Para com isso, já estou envergonhado só de pensar...

Naruto riu feliz, e abraçou o namorado acariciando seus cabelos negros.

-Logo, logo meu amor...

Notas finais
Espero que tenham gostado, me contem tá, eu achei bem romântico a primeira vez dos dois pombinhos...





13. Longe de você.

Notas do Autor
Hoje vou postar um capítulo curtinho, mas é essencial para a fanfic, boa leitura!

-Ele precisa dormir bastante, o remédio vai ajudar a diminuir a dor, mas nada de movimentos bruscos, não o deixe se levantar, a não ser que seja essencial, ele tem ferimentos internos, e os cortes estão ainda muito abertos, troque as ataduras a cada vez que ele tomar banho. Explicou calmamente Luca, colocando um frasquinho de remédio ao lado da cama.

-Vou ficar mimado...Reclamou Sasuke, fazendo bico.

-Prefiro te mimar e te ver recuperado, agora escute o que nosso curandeiro disse, nada de se levantar, deixa que eu cuido de você, tá bom? Respondeu Naruto rindo, e dando um beijo na testa do namorado.

-Vem, vamos embora, hoje vai trabalhar comigo no hospital.

-Tem certeza, Ritsuka? Perguntou Luca, olhando para o homem mais velho a sua frente, ainda meio inseguro.

-Tenho, claro que tenho, vamos? Ofereceu a mão a ele, e sorriu ao ver como ele corava.

Naruto e Sasuke nada disseram, mas estava felizes, era bom ver o pequeno Luca voltando a viver, trabalhando com aquilo que mais gosta e sendo amado de verdade, ele com certeza merece ser feliz.

Os dois saíram do quarto, deixando Sasuke com Naruto, que o ajudava a tomar uma sopa, tendo o encostado a dois travesseiros macios.

-Meu pai acabou chamando o seu, e contou todo o ocorrido, sinto muito, mas ele disse que depois do que ouve seria terrível não contar tudo e explicar que está bem, também quer pedir desculpas por não ter conseguido te proteger como o prometido

-Hum, vai ser difícil...Meu pai vai ficar uma fera, nem quero ver...

-Bom, eles que se entendam, apesar que sou culpado nisso também, vou levar uma bronca merecida meu amor.

Sasuke sorriu fraquinho, estava sonolento, o remédio tinha um efeito rápido, e ele acabou fechando os olhos e dormindo antes de terminar a sopa, o loiro abaixou os travesseiros e saiu fechando a porta e deixando um guarda na entrada, não tinha contado ao outro que Kakashi tinha sumido, achou melhor não preocupa-lo, mas tinha certeza que ali o moreno estava muito seguro, é claro que ele estava redondamente enganado.

-Cuide dessa porta, ninguém entra, me ouviu?

-Sim, senhor!

Naruto deixou o guerreiro ninja a postos, ele usava uma máscara tradicional e mantinha uma postura rígida, era o guarda perfeito para cuidar de seu amado, e enquanto isso ele foi para seu treino matinal, mas saiu o homem abriu a porta e entrou sorrateiro no quarto, indo se sentar ao lado do menino adormecido, tirou a máscara e deixou seu rosto bonito a mostra.

-Então pequeno ômega, agora você é meu, prometo que vou te esconder bem debaixo do nariz de seu amado Naruto, mas mesmo assim ele não vai acha-lo, e eu vou me divertir com você.

A risada baixa e sombria acabou acordando Sasuke, que se assustou ao abrir os olhos e ver Kakashi sensei o observando e mexendo em suas mãos.

-C-como entrou aqui?

O homem riu enquanto amarrava os pulsos do garoto e prendia bem apertado a fina corda, para depois seguir aos tornozelos que também prendeu com segurança, sempre olhando os olhos do pequeno, antes de mostrar um tecido qualquer a ele e amordaça-lo firmemente.

-Sei que está fraco e dificilmente alguém poderia ouvi-lo se gritasse, é só uma precaução pequeno, quando sairmos daqui eu tiro, agora relaxe, temos um bom caminho pela frente, não é longe, mas tenho que desviar de muitos guardas até lá, poupe as energias.

E dizendo isso o pegou no colo e saiu pela porta calmamente, levando Sasuke com ele, passou sorrateiro pela cozinha, e saiu por uma porta quase escondida na adega de vinhos, dando em um beco de onde pulou um muro alto e começou seu caminho, eliminando os obstáculos a frente, com saltos, o que fazia o pequeno ômega gemer de dor.

Sasuke sentia dor a cada salto, seu corpo ferido sofria com isso, e ele acabou deixando lágrimas desceram pela face, mesmo sem querer, suas mãos pressas se agarraram ao tecido da roupa de seu sequestrador, e ele o olhou desesperado, o homem percebeu e soltou sua mordaça por um instante, ainda sorrindo.

-P-por favor, pare, está doendo...

-Feche os olhos e se segure em mim, ainda irei saltar por um bom tempo, tente aguentar pequeno, mas vejo que está mais dócil agora, isso será interessante.

E novamente o amordaçou, indiferente a dor que causava e as lágrimas que via.

Notas finais
O site vai entrar em manutenção, então só mais tarde para continuar, beijos meus lindos!





14. Longe de você parte 2.

Notas do Autor
Eu amo escrever e só por isso me dedico a escrever, entreter e me divertir tanto com isso, espero que gostem deste capítulo, obrigada a todos que favoritaram e aqueles que comentam sempre, beijos!
Obs: estou tendo problemas no meu notebook, se der alguma coisa estranha no capítulo desconsiderem, talvez eu até tenha que mexer nele mais tarde, apagar sei lá...enfim...tá avisado.

"As vezes temos que fingir, lutar e chorar por aquilo que queremos, mesmo sem ter certeza dos resultados, isso faz parte da vida, é o que um guerreiro faz..."

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto, seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e ainda por cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os brinquedinhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o Sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifício para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ver o guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupação.

-Estou sabendo disso agora...Respondeu Minato completamente aturdido.

Kushina tomou a dianteira, e explicou rapidamente ao líder Madara tudo que ouve, enquanto o encaminhava para dentro, junto com o filho e o marido, que estava em pânico total, depois deu ordens para todos os homens disponíveis para procurar pelo jovem Uchiha, mandou chamar os ninjas espiões e os despachou imediatamente.

-Bem, é tudo que posso fazer por enquanto senhor Madara, novamente sinto muito. A bela alfa se inclinou em reverência ao outro alfa, e esse gesto era realmente muito significativo, pois ela jamais o fizera em toda a sua vida.

Madara estava nervoso, mas tinha que admitir, a mulher sabia mandar e com certeza se fosse ele teria feito exatamente o mesmo, em meio a isso puxou Naruto pela roupa e o fez encara-lo.

-Agora me diga, o que você tem com meu filho?

-Bom, eu...Eu e seu filho...Nós dois...

-Fale logo moleque, estou perdendo minha paciência...

-Ele é meu namorado! Respondeu Naruto e fechou os olhos, caso levasse um soco.

-Quais sua intenções com ele? Perguntou Madara, soltando a roupa do loiro.

-Eu...Eu quero morde-lo, e me casar com ele!

Minato suspirou aliviado, pelo menos o filho tinha decência, e Kushina sorriu feliz.

-Ótimo, namorar meu filho tem que ser a sério, ele é gentil e valente, mas tem um coração frágil, não quero ver meu caçula sofrer, agora me diz quando vamos resgata-lo? Não acha mesmo que ficarei aqui parado não é?

Ao falar isso Madara foi gentilmente tocado no braço por Shisui, que até então estava em silêncio.

-Acho que tem um jeito de achar Sasuke mais rápido...Falou o jovem tímido, meio desconfortável ao ver os olhos de todos a observa-lo.

Minato se adiantou e olhou fixo para o pequeno.

-Quem é o jovenzinho Madara? Irmão de Sasuke?

Kushina revirou os olhos, pois ela já tinha notado o jeito protetor do líder dos Uchihas com aquele lindo garoto.

-Não, é meu ômega, e meu sobrinho também, caso queira saber, e sim, é estranho, temos uma diferença de idade, sou o líder do meu clã e não ligo em nada para o que os outros pensam a respeito, ele é o amor da minha vida.

Diante dessa resposta Minato sorriu.

-Calma, eu ia dizer que ele é lindo, e que tem sorte...

Foi a vez de Madara sorrir, mas logo voltou sua atenção ao que Shisui tinha a dizer sobre achar o filho caçula.

-Bom, o sequestrado não levou o creme e nem os chás não é?

Todos concordaram, as plantas e o creme estavam no quarto, e como Sasuke estivera sob tratamento nos últimos dois dias, eles nem tinham usado o creme, o que dizia que ele estava com seu aroma de ômega livre de qualquer interferência.

-Podemos rastrear ele, pelo menos se algum alfa estiver a poucos metros do esconderijo...É difícil, mas é uma idéia...

Madara sorriu, e chamou os dois alfas a sua frente, logo em seguida pedindo para Kushina vir também.

-Chamem todos os seus alfas e os mande procurar por meu filho, tragam alguma roupa com o cheiro dele, vamos rastrea-lo, e eu vou também!

"Ás vezes é fácil desistir...Difícil é lutar...Mas seu amor me faz mais forte!"

Sasuke acordou dolorido, e olhou em volta, teve vontade de chorar, não era um pesadelo, era real, ele nem fazia idéia de onde estava, mas sabia que era no subsolo, pois sentia o ar pesado, e tinha aquele cheiro de raízes de arvores pelas paredes nuas, olhou ao seu lado e o pequeno Sai dormia profundamente, todo encolhido, era mais magro que ele, mais frágil e parecia bem assustado e ferido, uma raiva o tomou inteiro, raiva por estar ferido e incapaz de proteger aquele pequeno indefeso. Ouviu o ranger de metal e viu o homem com quem lutou no dia em que veio ao conselho, era ele, vestido de preto, as cores do conselho, trazia uma bandeja nas mãos com frutas e pães e uma jarra de suco.

-Você? Mas...não entendo...Perguntou Sasuke confuso.

-O conselho tem muitos espaços secretos, esse é um deles, infelizmente para você esse lugar não é conhecido de muitos. Respondeu o homem, e se dirigiu até Sasuke, que se encolheu sem perceber.

-Você me venceu em uma luta justa, as ainda assim é um ômega, e foi você o responsável por perdermos todos os nossos queridos garotos e muitas garotas também, você está mudando a vida desse povoado, e provavelmente do mundo, mas não verá a mudança, será um escravo aqui e eu vou e usar como fiz com os outros antes de você, te deixarei tão dócil como o pequeno Sai...

-Como pode fazer isso, somos iguais! Retrucou Sasuke, mas sentiu um tapa forte que o fez cair de costas, acordando o menino que assustado se encolheu no chão.

-Eu mando, você obedece! Eu falo, você escuta! Gritou o homem, puxando Sasuke pelos cabelos, o trazendo para perto dele com violência, já passando sua mão asquerosa em todo o corpo bonito do garoto, e dando uma mordida leve em suas coxas que havia despido, erguendo o tecido leve do quimono branco.

Sasuke gemeu de dor, mas não fez nada para impedi-lo, sabia que não estava em condições de lutar contra ele, se machucaria ainda mais.

-É fácil tomar alguém que está ferido, que não pode se defender, você é um covarde!

Outro tapa, desta vez mais forte, o deixou tonto, seu quimono foi sendo retirado, mãos sujas tocando sua pele nua e ferida, passeando pelos cortes cobertos apertando a cintura cheia de hematomas, descendo pelas pernas macias e roliças, que tocou com volúpia e desejo, abrindo as pernas dele para observar aquele orifício pequeno que iria violar.

-Sumo sensei, pensei que estava longe daqui...Vejo que quer provar meu ômega, mesmo depois de ter aproveitado de Sai em minha ausência de novo. Falou Kakashi, mãos na cintura, com uma péssima expressão no rosto.

-Ora essa, só uma casquinha...Respondeu o homem soltando de Sasuke.

-Eu te respeito muito, mas não vou deixar tocar no que é meu, sem minha permissão, por isso saia daqui agora!

O homem saiu, sem dizer palavra alguma, pelo visto o próprio Kakashi era mais temido ali que os conselheiros.

Sasuke puxou o quimono, atrapalhando-se com os laço, assustado, muito assustado mesmo, e ficou ainda mais quando sentiu os dedos macios e gelados do outro o tocando nas pernas expostas, se enrijeceu e fechou os olhos, pressentindo o que viria a seguir.

-Seus ferimentos parecem melhores não é? Perguntou sem esperar resposta o sensei.

Puxou Sasuke pelas mãos e o fez ficar de joelhos na sua frente, abrindo a calça que usava, mostrando o pênis já duro ao outro, que desviou o rosto, enojado, mas foi forçado a olhar de novo para cima.

-Ou você me chupa ou eu pego o menino ali, escolha agora!

Com dedos vacilantes Sasuke pegou no membro e o colocou na boca, se engasgando com o volume e a forma como ele enfiou o mesmo em sua boca, agarrando em seus cabelos e o fazendo aumentar o ritmo.

-Se me morder vou bater nos dois com muita vontade, entendeu?

Sasuke não tinha escolhas, fez o que tinha que ser feito, até sentir o gosto metálico na boca, era como provar algo inominável, guspiu tudo fora, e levou um tapa por ter feito isso, mas não se importou, sentiu o outro o prendendo no chão frio e roçando seu rosto com mãos frias e ásperas.

-Vai aprender logo, logo...

Puxou o pequeno ômega até a parede e ergueu suas mãos até em cima, prendendo as mesmas em grilhões na parede, o deixando bem esticado, o que fazia cada ponto dolorido em seu corpo doer ainda mais, os ferimentos reclamando, o sangue descendo fresco, molhando as ataduras novas.

-Vai ficar aí, até aprender a me respeitar. Falou o homem irritado, e se dirigiu ao menino que estava encolhido no chão, o arrastando pelos pés, o jogando na cama improvisada e arrancando as roupas dele, sem nenhum preparo abriu suas pernas e meteu nele, o fazendo gritar alto, e olhando para Sasuke que arfava ao ver aquilo.

-Gosta disso né cadelinha! Um pouco mais fundo!

Sai gritava, e os gritos dele faziam o homem gemer de tesão, até que por fim gozou e se livrou do corpo que tinha acabado de possuir o jogando de lado, como se não fosse nada, rindo ao ver o menino se encolher num cantinho, chorando muito.

-Seu monstro! Seu...Como pode? Gritou Sasuke, se debatendo nas correntes.

-Sabe, esse rabinho dele é uma delícia, vou descanar aqui mais um pouco e depois vou tomar ele e você, vou meter em um e depois no outro, nem ligo se seus ferimentos abrirem, vai me obedecer hoje!

Sasuke sentiu o corpo todo tremer, mas nesse momento, nascido de seu desespero teve uma ideia, usaria o lado ômega pela primeira vez na vida, tinha que funcionar! Por isso deixou as lágrimas descerem sem controle, sentiu seu corpo tremer e se soltar, soluçou, e logo sentiu o alfa em sua frente, sabia que ao ficar vulnerável assim ele não resistiria, e ainda por cima ao se deixar levar pelas emoções seu cheiro ficava mais intenso, excitando os sentidos daquele sádico.

-Enfim te vejo com medo! Que delícia, chore meu lindo, quero te ver implorando hoje, implore pra mim, vamos Sasuke, você é só um ômega, está sozinho comigo, sabe que vou te foder logo, logo, e vou ser violento, vou te machucar muito, implore para que eu seja mais gentil...Kakashi falava e deslizava a mão pelas pernas dele, erguendo o quimono, analisando o corpo bonito, por fim rasgou a roupa dele, atiçado pelo cheiro delicioso, e enfiou o dedo no ânus pequeno, que escorria uma fina secreção típica dos ômegas, ao ficarem excitados ou muito assustados.

-P-por favor, não me machuque...Kakashi sensei...

-Oh, sim, implore meu lindo escravo, me chame de mestre e talvez eu te solte daí, para te tomar naquele macio colchão ali, juntinho do seu amiguinho assustado.

-Por favor, me solte mestre, estou...Estou com medo...Eu e Naruto ainda não fizemos, eu sou...Sou...

Kakashi caiu na mentira direitinho, pegar um ômega virgem era uma de suas fantasias mais gostosas.

-O que? Ainda não fizeram? Mas ele me disse que teve sua primeira vez com ele!

-Ele queria se gabar, eu estava com medo e ele resolveu esperar, depois eu fiquei muito ferido, não fizemos até o final, só...Só carinhos...Por favor, estou com medo! Me solte...A voz chorosa do belo ômega mexia com os sentidos do alfa de um jeito incrível, seu aroma doce e fresco o estava deixando louco, queria meter nele, estava louco de vontade, por isso soltou as mãos trêmulas do menino.

Mal Sasuke se viu solto, deu um golpe com todas as suas forças no homem, e outro logo em seguida, sabia que estava fraco, mas conhecia os pontos fracos de qualquer corpo humano, por isso atingiu pontos vitais, e usou tudo que tinha, sentiu a dor o tomar, mas não parou, esquivou de um golpe que passou a centímetros dele, não podia se deixar acertar nem mesmo uma única vez, não tinha forças para se reerguer, continuou atacando, pensando em Naruto, em seu pai, no jovenzinho encolhido no chão chorando, sabia que seu cheiro inebriava o outro, o deixando mais vulnerável, por isso lutou como nunca, e por fim com um golpe certeiro que atingiu a cabeça do adversário o deixou desmaiado no chão, se arrastou e o puxou até a parede, pedindo ajuda ao pequeno que se levantou vacilante e o ajudou a prender as mãos do sádico nas correntes.

-Sai...Vamos sair daqui...Vem...Falou ofegante Sasuke, tentando vestir os farrapos de seu quimono, e vendo o menino fazer o mesmo, depois saíram pelos corredores escuros e foi Sai quem o puxou pela mão, indicando o caminho, desviavam as vozes, das salas ocupadas, até que por fim sentiram a claridade e viram a luz do sol entrando pelas poucas janelas que agora se viam pelos corredores.

-Vamos pela sala dos empregados, é mais seguro...Falou Sai arrastando Sasuke que sangrava muito, e mantinha seu olhar quase perdido a frente, tentando ser forte para chegar a saída.

Em um instante saíram ao ar livre, mas estavam longe de se ver realmente em segurança, ali eram os domínios do conselho ainda, por isso correram aos tropeções até perto da floresta, por onde entraram, já ouvindo soldados em seu encalço, até que Sasuke caiu.

-Vai Sai, foge! Foge daqui!

-Não! Gritou Sai, puxando o outro pela mão, inutilmente.

Foram cercados, estava acabado, e Sasuke abraçou o pequeno de encontro a si.

-Desculpe Sai...Eu tentei...l

Antes de sentir as mãos do inimigo ouviu gritos que vinham da floresta, era uma voz conhecida que ouvia, um grito de arrepiar os pelos do corpo, a voz de Madara Uchiha.

-Estou delirando...Pensou Sasuke, e mãos fortes tentavam arrancar Sai de seus braços, ele lutou, até sentir o cheiro conhecido.

-Naruto! Gritou abrindo os olhos.

-Sasu! Segure em mim, eu te levo daqui.

-Naru, pega o Sai, ajude ele amor!

-Tudo bem Sasuke, eu ajudo.

O moreno viu com espanto seu primo Shisui erguendo Sai no colo e levando ele, e então se deixou levar nos braços quentes e confortáveis de seu amado, fechando os olhos em seguida.

" Se eu estiver sonhando não me acorde..." Pensou Sasuke e perdeu os sentidos.

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e aind apor cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os utensílhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no

momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifíco para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ve ro guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupaçãoLonge de você parte 2.

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e aind apor cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os utensílhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no

momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifíco para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ve ro guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupaçãoLonge de você parte 2.

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e aind apor cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os utensílhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no

momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifíco para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ve ro guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupaçãoLonge de você parte 2.

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e aind apor cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os utensílhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no

momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifíco para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ve ro guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupaçãoLonge de você parte 2.

Enquanto o homem corria e saltava por entre muros, grades e passava por becos escondidos e estranhos, o corpo pequeno do ômega ferido sofria a cada novo salto seus ferimentos doíam, seu corpo todo reclamava, lágrimas desciam pelo rosto, mas ele não podia fazer nada, estava amarrado e amordaçado, e aind apor cima ferido demais para sequer tentar se defender, ao final de quase dez minutos suas forças cederam e ele desmaiou, largando seu peso totalmente, e o outro percebeu, porém não se importou, já estava onde queria estar, na sede do conselho, sua casa desde de que se conhecia por gente, entrou por uma porta lateral e foi caminhando até uma cela longa, onde deitou o pequeno desfalecido em uma cama improvisada no chão.

Um garoto tão pequeno quanto Sasuke estava ali, encolhido por perto, suas poucas roupas pareciam gastas e meio rasgadas, ele estava chorando, e seus soluços ecoavam no enorme ambiente vazio, ao ouvir isso Kakashi se aproximou dele, que por instinto se afastou, ficando encostado relutante na parede fria, de olhos fechados, o rosto molhado ainda das lágrimas que desciam sem controle.

-Olá, Sai, está chorando porque sentiu minha falta? Ou será que foi porque o conselheiro Igor veio te ver? Aquele velho malvado sempre aproveita quando eu dou uma saída para aproveitar de você não é? Tudo bem, eu te trouxe companhia, dê uma olhadinha, um outro ômega para partilhar com você das delícias de viver para mim.

O menino chorou ainda mais, se encolhendo no canto, como se pudesse fugir dali, o que só serviu para deixar o homem ainda mais feliz, ele adorava ver lágrimas e tristeza nos outros, era um sádico perverso e achava que os ômegas nada mais eram do que brinquedinhos sexuais, e era exatamente isso que fazia com aquele pobre garoto, brincava com ele, de todos os modos possíveis, com correntes e todos os utensílhos que dispunha naquele local, as vezes apenas gostava de ver ele chorando, por isso o assustava, amarrava e batia, para depois o deixar em paz por algum tempo.

-Quando aquele ali acordar cuide dele, se eu souber que me desobedeceu te entrego para o sumo sensei por um mês inteiro, ouviu? Falou Kakashi para o pequeno Sai, que concordou ainda chorando.

-D-deixa ele, deixa ele em paz...Era a voz fraca e um tanto vacilante de Sasuke que tinha acordado e tentava se soltar das amarras.

-Ora essa, mal acordou e já quer me enfrentar? Conseguiu se livrar da mordaça, garoto esperto, mas está fraco demais para se soltar não é? Quer ajudar seu amiguinho ômega, mesmo sem conhece-lo, um verdadeiro herói, pena que não poderá fazer nada...

E Kakashi rasgou as roupas do garoto que chorava sem parar e o jogou no chão, bem em frente ao assustado Sasuke.

-Quer ver o que vou fazer com você? Perguntou o homem, desliando a mão pelas costas do menino em prantos, enfiando dois dedos na entrada dele e os tirando em seguida, cobertos de sangue.

-Está vendo? Ele já foi usado hoje, deve estar doendo bastante, mas eu não ligo, vou enfiar nele até ficar satisfeito, nem ligo para o que um ômega sente ou deixa de sentir.

-Não! Pare, por favor, ele está ferido, tenha compaixão! Pediu Sasuke, se sentando com muito esforço, gemendo de dor com a força que realizou para conseguir fazer somente isso.

-Certo, eu paro, se me der um beijo, um beijo profundo, como se eu fosse seu adorado namorado, se conseguir fazer isso, eu deixo Sai quietinho por enquanto...

Sasuke não esperava isso, beijar aquele maldito era algo impensado para ele, mas olhou para o desespero do menor, tremendo ali no chão, ferido, sangrando e não pode negar, fingiria, enganaria sua própria mente para salvar o pequeno e indefeso ômega.

-Certo, eu faço, mas me solte, por favor...

Kakashi lambeu os lábios com desejo e soltou o pequeno Sai, indo em direção ao menino ferido, deitado a sua frente, soltou as cordas de seus pulsos e tornozelos e o puxou para junto dele, notou as bandagens olhadas de sangue fresco, toda a movimentação tinham abertos os machucados, mas no

momento tudo que queria era um beijo verdadeiro, perfeito, dado sem ter sido roubado.

-Me prove que pode fazer isso e deixo Sai descansar, talvez até traga algo para ambos comerem, depende de você...

Sasuke jogou os braços ao redor do pescoço do homem, sentindo uma terrível repulsa em faze-lo, mas ao olhar uma última vez para o menino que se arrastava dolorido para um canto, não teve mais dúvidas, se fosse Naruto em seu lugar, certamente faria isso, um sacrifíco para salvar um inocente, fechou os olhos e invocou a imagem de Naruto em sua mente, sua docilidade, sua bondade, seu amor carinhoso e então tocou os lábios a sua frente, e o beijou como se estivesse beijando seu namorado, deixou sua língua descer para a boca alheia e a explorar com calma e graça, ronronou nele, acariciando seu pescoço enlaçado, imaginando que tocava os fios loiros amados, e depois o soltou, olhando em seus olhos, e deixou lágrimas descerem agora, tão tristes e cintilantes que por um momento desconcertaram seu sequestrador sem coração.

-Muito bem, por ora descanse junto do meu escravo, trate de se recuperar logo, quero te possuir em breve, Sasuke Uchiha...

E dizendo isso o homem saiu da cela, deixando os dois ali, Sasuke se arrastou penosamente até o menino encolhido e o cobriu com o lençol que tinha em sua cama improvisada.

-Calma, tenha calma, pare de chorar, eu vou te proteger, eu prometo, logo estarei recuperado, prometo lutar com todas as minhas forças para nós libertar daqui.

O menino parou de chorar e puxou o lençol para mais perto do corpo, olhando para o outro com olhos tristes e desconfiados.

-C-como é...Como é seu nome?

-Sasuke Uchiha, e o seu?

-Sai...Me chamo Sai.

-Está muito machucado? Perguntou Sasuke, avaliando o outro.

-Um pouco...Mas e você? Também está ferido não é? Posso fazer uns curativos, tenho água e bandagens, e alguns unguentos medicinais, se quiser posso te ajudar a tomar um banho, daí podemos trocar as bandagens.

-Você consegue me ajudar a fazer isso? Perguntou Sasuke, meio em dúvida.

-Sim, consigo, e...Obrigado por me ajudar, eu sinto muito pelo que ouve...Muito mesmo...Respondeu o menino de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu vou sobreviver a ele, vou tirar nós dois daqui, é uma promessa.

Sai se levantou devagar e foi até uma porta lateral que abriu, mostrando um banheiro pequeno e simples, mas que tinha água, e ajudou Sasuke a entrar no chuveiro e se banhar, a água desceu rubra com o sangue perdido, mas amenizou a dor e o desconforto, e depois o menino usou os unguentos e enfaixou seus ferimentos novamente, lhe oferendo um copo de água fresca para beber.

-Desculpe, é tudo que tenho na cela hoje, ainda não fui alimentado, talvez a tarde o mestre se lembre de nos trazer alguma comida.

O menino entregou o copo e foi ele mesmo tomar um banho, parecia fraco e cansado, por isso quando voltou deitou ao lado de Sasuke e dormiu profundamente, ambos precisavam recuperar suas forças.

Longe dali, Naruto voltou do treino e estranhou não ve ro guarda na porta do quarto de Sasuke, entrou correndo e para seu total desespero o menino não estava ali, a cama estava desarrumada e algumas tiras de tecido indicavam que ele podia ter sido raptado.

-Kakashi sensei! Oh, pelos deuses!

E Naruto saiu desesperado avisar os guardas, seu pai e sua mãe, que naquele momento estavam indo recepcionar a comitiva que trazia o líder do clã Uchiha, o senhor Madara.

-Pai, mãe! Levaram Sasuke, alguém levou ele! Gritou Naruto, sem perceber a figura imponente que estava parado na frente de seu pai, com um belo garoto ao seu lado.

-Quem levou meu filho? E o que significa isso Minato? Perguntou Madara, apertando a mão de Shisui entre as suas com carinho e preocupação

Notas finais
Por hoje é só...espero que tenham gostado, comentem tá. Beijos de Akira-san.
Atenção!!! Deu um problema no meu notebook e o capítulo foi quadriplicado, socorro!!! Desconsiderem, eu conserto logo, logo!





15. Casamento?

Notas do Autor
Novamente venho me desculpar pelo último capítulo, que foi postado triplicado e que não estou conseguindo consertar, foi mal...
Prometo que esse tá inteiro e bem legal...Nossa fiquei mal com isso, quase desisti da fanfic e me escondi num cantinho!

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena..."

Ouvia os sons a sua volta, sentia mãos macias a tocar-lhe o corpo, e ás vezes sentia um pouco de dor, nada muito grande, era um desconforto passageiro, não conseguia abrir os olhos, eles pesavam demais, seu corpo todo pesava, o sono o tomava a todo instante, as conversas eram entrecortadas, desconexas, nada fazia sentido, foi quando ouviu a voz macia e doce o chamando...

-Amor, acorde...Eu estou aqui, esperando por você, seu pai está muito preocupado, seu primo também...Volte meu amor, nós vamos nos casar sabia? Seu pai quer um casamento simples, e minha mãe uma festa que dure três dias, precisa me ajudar aqui...Volte por mim...

Aquela voz mansa, sussurrando em seu ouvido, tão perto que podia sentir seu calor, queria poder levantar a mão e sentir a maciez daquele cabelo loiro que tinha certeza caia agora sob seu rosto lindo, fez um esforço imenso e conseguiu abrir os olhos lentamente, fitando o rosto do outro coberto de lágrimas.

-O que ouve...Naru...P-porque tá chorando?

Ao ver o namorado de olhos abertos depois de quatro dias em coma o jovem guerreiro chorou, sem medo de ser pego nessa situação vulnerável, e abraçou o outro com todo carinho do mundo, com cuidado para não apertar seus inúmeros machucados.

-Sasu, precisa me deixar salva-lo de vez em quando, e não lutar desse jeito, todo ferido com um guerreiro daqueles, eu sei que venceu, nós o achamos preso as correntes, mas você ficou muito ferido, passou quatro dias em coma, eu queria morde-lo para ajudar, mas ninguém deixou, eles tinham plena certeza de sua recuperação, mas eu...Eu morria de medo...

-Desculpa amor, mas eu tinha que lutar, ele iria machucar de novo o Sai...Como, como ele está agora?Perguntou Sasuke tentando se sentar e sendo empurrado de novo para a cama.

-Sasu, fica quietinho, ele está bem, Luca está cuidando dele, eles podem trocar confidencias sobre o que sofreram, serão grandes amigos e tenho certeza que o pequeno vai se recuperar, mas fica quietinho, quer comer alguma coisa?

Sasuke pensou um pouco e pediu uma maça, que Naruto cortou e deu ao namorado um pedacinho por vez, enquanto ele comia se lembrava da conversa que ouviu.

-Meu pai quer mesmo que a gente se case? Perguntou o moreno sorrindo.

-Ele quer sim, claro que seu pai e minha mãe tem ideias diferentes, mas acho que podem se entender, tudo que querem é te ver bem agora...Assim como eu.

-Eu estou bem, vou me recuperar logo, sou um ômega forte, sabia?

-Eu sei...Mas eu te quero inteiro, pode me perdoar? Eu não consegui te proteger como deveria, eu falhei...Respondeu Naruto de cabeça baixa.

-Ei...Você não tem culpa, ninguém tem, o homem é louco, fazer o que? Mas confesso que tenho medo dele...

Lembrar de tudo o fez se arrepiar, e ele procurou a mão de Naruto que apertou fraquinho, olhando em seus olhos, o brilho do amor refletido neles, tão belo e perfeito como sempre, e o loiro o beijou de mansinho, um beijo de puro carinho.

Logo Shisui entrou e sorriu ao ver o primo acordado, pediu a Naruto para buscar Madara, tinha um assunto para tratar com Sasuke antes.

-Sasu, preciso te contar uma coisa...Mas não sei por onde começar...É meio embaraçoso...

-Me deu banho? É isso? Mas você já me viu pelado antes, nadamos no rio todo o verão! Respondeu brincando o moreno, já desconfiando qual era o assunto.

-Não seu bobo! É outra coisa...Eu e o seu pai...Nós...Bom, eu sou ômega né...Shisui se enrolava nas palavras, corado e sem graça, fazendo Sasuke rir.

-Meu pai e você estão namorando? Eu já desconfiava, que bom que o orgulhoso Madara se rendeu finalmente, achei que ele iria manter o papel bonzinho de seu tutor por mais um tempo...

-Ah, como sabia? Perguntou Shisui apertando as mãos.

-O jeito que olhava para ele, o modo como ele tocava em seus cabelos...Pequenas coisas meu priminho.

-Está chateado comigo? Pode falar!

-Bobinho, você é meu primo querido e ele meu amado pai, os dois juntos me fazem muito feliz!

-Fico feliz em ouvir isso, meu filho! Respondeu Madara que entrara na sala em silêncio ouvindo a conversa toda.

-Pai! Pai! Gritou Sasuke, que foi abraçado pelo pai com carinho.

-Ah meu pequeno guerreiro ômega, eu tenho tanto orgulho de você!

Sasuke chorou abraçado ao pai, foi acariciado e mimado, e dormiu logo em seguida, vencido pela fraqueza, sua recuperação seria lenta, mas total, então o líder saiu do quarto e foi conversar com Minato e Kushina, a execução de Kakashi sensei já estava marcada para aquela tarde, mas o líder sentia que isso não era o bastante.

-Eu quero que cancelem a execução! Exclamou o líder com determinação.

-O que? Vai poupar aquele monstro mesmo depois do que ele fez ao seu filho? Como pode? Perguntou Minato irritado.

-Acho que ele merece um castigo a altura, morrer é muito pouco...

A mulher alfa se arrepiou e pousou a mão no ombro de Minato, pedindo para ele ouvir o que o líder Uchiha tinha em mente, podia jurar que ela iria adorar! O homem sorriu malicioso antes de prosseguir.

-Eu tenho amigos na aldeia da névoa, como sabem ninguém foge de lá, é impossível achar o caminho sem um dos samurais a escoltar o forasteiro, e lá dentro tenho um amigo antigo, seu nome é Orochimaru, é um alquimista muito requisitado, e um grande pesquisador.

-O que tem isso a ver com Kakashi? Perguntou ainda irritado Minato.

-Algumas vilas mandam seus criminosos até ele, para serem suas cobaias vivas, seres para serem tratados como escravos, merecem bem o que ele faz com eles, quero mandar Kakashi sensei de presente para Orochimaru, o homem é um mestre e vai adorar o belo ninja, provavelmente será seu favorito e vai entender bem agora o que é ser um escravo e um brinquedinho nas mãos de alguém.

Madara finalizou o pedido e ouviu a resposta em silêncio, sorrindo intimamente por isso, depois foi até a cela de Kakashi e o viu sentado tranquilo num canto, esperando a morte.

-Parece tranquilo Kakashi, não teme a morte? Perguntou Madara.

-Não, viver e morrer, eu não ligo, aproveitei bastante, inclusive de seu lindo filho ômega e daquele jovenzinho o Sai.

-Hum, imagino...Mas não vai morrer ainda, vou te mandar para a vila da névoa, para meu amigo Orochimaru, já ouviu falar dele? Mandarei recomendações especiais para que aprenda a ser um bom e dócil escravo e quando estiver bem treinado eu mesmo vou ver como anda sua vida...

Isso fez o ninja pular na cela, é claro que ele sabia quem era Orochimaru, um sádico tão perverso que seu nome era uma lenda entre os alfas, mas ele não podia pegar um alfa, podia?

-Mas eu sou um alfa!

-Um alfa lindo e bem comível na minha opinião, eu mesmo fiquei tentado a te provar, para vingar meu filho, mas já tenho compromisso e depois Orochimaru é bem mais adequado quando falamos em sadismo, sodomia e outras coisinhas...

-Não! Não! Não! Eu sou um alfa! Mereço uma morte digna!

-Pois eu acho que você merece uma vida longa nas mãos sádicas e competentes dele! E dizendo isso o belo Madara saiu, deixando o outro gritando na cela, um sorriso vitorioso de instalou em seus lábios rubros, agora só queria abraçar seu lindo namorado e lhe morder o pescoço, o tornando seu finalmente!

Chegou na casa e entrou, indo direto aos aposentos que partilhava com o menino lindo, e o viu deitado na cama, adormecido.

-Sui...Sui...

-Mada? Onde esteve?

-Pensando em você meu lindo...

Shisui gemeu e lançou os braços para tocar o pescoço dele, sendo totalmente presso em seus braços quentes e fortes, que o apertaram carinhosamente, já abrindo sua blusa branca, expondo o corpo magro e firme, perfumado e delicioso, quando enfim desnudou o corpo todo, o apreciou longamente, fazendo o jovem arfar de vergonha, e o beijando em seguida.

-Mada...Me ame...Me ame...

-Sempre, meu lindo ômega.

Deitou o pequeno na cama e o virou de bruços, arrepiando a pele nua ao morder de leve a bundinha empinada e toda arrepiada, e subir as mordidas leves, até por fim cravar os dentes no pescoço dele, sentindo o sangue leve e doce a tocar-lhe a língua e então se sentir inebriar completamente.

-Mada! Eu...Eu...Eu te amo!

Agora Madara sentia o doce gosto dele, o amor que partilhavam tão intimamente, o medo, a dor, e a alegria alheia, ele o sentia plenamente em seu coração, eram apenas um, por isso lambeu a ferida e o virou de novo, beijando seus mamilos arrepiados, se eriçando com o toque quente, provocando e sendo provocado, desceu os beijos até o umbigo que tomou como seu, enfiando a língua nele, gemendo, e chegou ao pênis acordado, pleno de desejo, o tomando na boca, adorando o fato de que podia engolir ele inteiro, sem dó, fazendo o outro arquear o corpo em busca de ar, perdido naquele delicioso carinho, o tomou até sentir o gozo inundar sua boca, o gosto doce e levemente cítrico, o sabor único o deixava louco. Abriu as pernas macias, tocou o espaço pequeno com um dedo melado em sêmen e saliva e começou a entrar devagar, o sentindo se abrir para ele, gemendo, logo colocou outro dedo, o movendo por um tempo, acostumando o ânus a ser penetrado, até que por fim puxou o corpinho leve sobre o seu, o fazendo sentar em seu colo, e o penetrando finalmente.

Shisui gemia entre a dor leve e o desejo insano, cavalgava por instinto, olhos fechados, mãos arranhando as costa do outro, deixando marcas de meia lua na pele firme, até gritar de prazer ao ter seu pênis tomado de novo entre os dedos cobiçosos do mais velho, que o masturbava intensamente.

-Sui...Rebola pra mim...

-Eu...rebolo sim...

Sem receio o jovem rebolou no colo do outro, o levando a ponto de gozar, o sentindo muito firme dentro dele, as estocadas cada vez mais fortes e mais intensas e por fim gemeram juntos, explodindo no prazer compartilhado, no perfume dos seus corpos, no calor de suas mãos entrelaçadas.

-Sui, adoro amar você!

-Adoro ser amado por você, Mada.

-Somos um...Eu te mordi.

-Vai casar comigo amor?

Madara riu divertido da voz mansinha do outro.

-Casaremos em breve, numa bela festa, com todos os nossos amigos e parentes, e seremos felizes juntos, isso é muito piegas meu amor?

-Não, é lindo...

Se abraçaram cansados e dormiram envolvidos um no outro.

Notas finais
Ah...O amor é lindo!! Comentem, e por favor digam que me perdoaram pelo capítulo desastroso anterior!!! Sou carente gente!





16. Mais emoções...

Notas do Autor
Olá, o capítulo está bem fofo, tem partes mais sinistras, e acho que vocês vão curtir...
obs: Eu revisei bastante, mas se tiver uns errinhos desculpem...

Os dias estavam tranquilos agora, depois que Madara se acomodou tranquilamente a espera da melhora do filho, e conseguiu falar com Orochimaru, a execução de Kakashi foi suspensa, eles apenas aguardavam os dois samurais da vila da névoa para levar o prisioneiro embora, que seria escoltado pelo próprio líder Uchiha.

-Eu posso enviar alguns homens junto, não precisa ir, fique aqui e espere, cuide de Sasuke, ele ainda está debilitado. Falou Minato.

-Não, faz tempo que não vejo Orochimaru, crescemos juntos, ele é difícil, tem uns gostos estranhos, é totalmente sádico com seus escravos, mas é um bom amigo, e depois eu quero ver pessoalmente o medo nos olhos daquele ninja infeliz que tentou estuprar meu filho. Respondeu Madara.

-Então está bem, mas ainda acho desnecessário, e quanto a Shisui?

-Eu vou leva-lo comigo é claro! Acho que essa viagem vai ser boa para ele.

-Quer alguns cavalos, o local é distante, quatro dias de corrida com poucas pausas, ou oito com pausas regulares, será que o menino aguenta?

-Eu vou leva-lo no colo, adoro carregar Sui...

Minato sorriu, o homem estava tão apaixonado! Era bom ver aquele carinho todo que ele tinha com Shisui, na verdade era fofo, quando estavam a mesa sempre cortava a carne do prato, ou picava frutas pra ele, dava sempre a mão para o pequeno, beijava seus rosto a todo instante e sorria feito bobo.

-Quem dera eu pudesse ser tão carinhoso assim com minha esposa, mas ela é uma alfa altiva e super forte, é mais fácil ela me pegar no colo! Reclamou Minato, mas estava sorrindo.

-Vocês foram feitos um para o outro, não há dúvidas, e quanto ao casamento, já falou com Naruto?

-Já, ele prefere esperar Sasuke estar mais forte para realizar a cerimônia, pensei em deixar para daqui umas três semanas, o que acha?

-Hum, quatro é melhor, assim já voltei da vila da névoa e terei tempo para descansar, deixei minhas medidas e as de Shisui com uma costureira e teremos quimonos novos para a ocasião, mas preciso da data para enviar um mensageiro, muitos Uchihas viram até sua vila, uma verdadeira enchente de parentes e amigos...

-Estaremos preparados! Palavra de líder!

Madara riu, era bom conversar com Minato, ele era forte e decidido, e se tornou um bom amigo.

-Certo, vamos marcar a data hoje no jantar, pode viajar tranquilo, eu mesmo mando um mensageiro para sua vila, quando voltar se preocupe apenas em se divertir e se emocionar!

-Certo, vou chamar Shisui, ele está se despedindo dos meninos, partiremos logo, cuide de todos meu amigo, e mande um beijo em Kushina, vou trazer muitos presentes para ela e talvez um para você. Falou Madara sorrindo.

-Que maldade, quero a mesma quantia, vou contar viu!!

O homem seguiu pelo corredor e encontrou seu amado já voltando, sorridente.

-Eles estão tão felizes! E Sasuke está se recuperando bem, mais alguns dias e pode andar por ai de novo, é um alívio ter o Luca e o Ritsuka por perto.

-Verdade meu amor, agora vamos, sua bagagem já está pronta? Conseguiu colocar tudo numa única mochila como pedi?

Shisui ficou na pontinha dos pés e deu um selinho na boca de Madara.

-Hum, claro! Ficou levinha...

-Bom menino, merece um beijo...

-Só um? Reclamou fazendo biquinho.

-Menino levado...

E com rapidez o homem pegou o pequeno nos braços e entrou em um dos quartos, suas risadas foram ouvidas por um tempinho, depois os sons eram bem diferentes...

Longe dali, guardas retiravam Kakashi de sua cela, acorrentado, e ele parecia atento a cada movimento, pretendia escapar daqueles ninjas patéticos que o guiavam agora, mas logo viu dois enormes samurais, eram da vila da névoa, isso o encheu de raiva e medo. Estes samurais usavam uma armadura leve e brilhante, e carregavam espadas longas e muito afiadas, eles tomaram as correntes nas mãos e colocaram o ninja no meio deles, impossível fugir assim.

Logo Madara chegou, trazia junto de si o pequeno Shisui, um tanto corado, e então começaram a jornada, em pouco tempo Kakashi percebeu que correr acorrentado era horrível, seus pulsos doíam, suas pernas travavam a todo momento, foi quando Madara passou pertinho dele.

-Posso mandar um dos samurais te levar no colo, assim já vai acostumando a ser submisso...

Kakashi nem respondeu, mas em seu íntimo se arrepiou, não imaginava o que Orochimaru teria guardado para ele, mas certamente não era nada bom, ainda assim não estava arrependido, se tivesse tido tempo teria aproveitado do jovem Sasuke, sem pena alguma.

Madara e Shisui correram por duas longas horas e enfim o jovem mostrou cansaço, ele não era forte e nem tinha muito preparo, embora treinasse também, mas sempre de forma mais leve, por isso perdeu rapidamente as forças e parou sendo amparado por seu amado que nem precisou falar nada, o pegou no colo e sentiu o pequeno se acomodar em seus braços, encostando a cabeça em seu ombro, dormindo em seguida.

O trajeto todo foi tranquilo, levaram quatro dias para chegar, estavam exaustos, principalmente Kakashi que aguentou até o final, embora tivesse caído de joelhos assim que entraram nas névoas dos arredores da vila, ali esperaram os outros samurais que logo chegaram para recepciona-los e os levar pelo caminho íngreme até a vila.

-Nossa, é lindo aqui, olha só aquelas enormes estátuas! Mas dá um pouquinho de medo...São figuras de animais estranhos...Falou Sui, apertando a mão de Madara que sorriu para ele.

-Não tenha medo, essas estátuas são apenas representações de antigos seres poderosos que habitaram nosso mundo a muito tempo, aquela ali é a raposa, está vendo? Mas nossos antepassados perceberam que seu poder era grande demais e pararam de tentar prender e controlar esses seres míticos.

-Onde...Onde esses seres vivem hoje? Perguntou Sui, assustado ao ver o tamanho descomunal das bestas, entalhados em rocha vulcânica antiga.

-Ninguém mais sabe...No mar, nas montanhas, no vento, eles são livres agora, talvez sejam nossas divindades, ou não...

Shisui se encolheu e Madara o abraçou, dando um selinho em seus cabelos macios e perfumados.

-Essa vila é a mais antiga de que se tem notícia, eles guardam nossas velhas lendas, não tenha medo, esses seres não pretendem mais viver entre os humanos.

-Tá bom...

Chegaram a uma enorme porta talhada e entraram em um ambiente lindo, a sala era decorada ricamente, tapetes e madeira escura, belos arranjos de flores e muitos serviçais a seu dispor, e um homem alto, de longos cabelos negros, olhos profundos e penetrantes e pele pálida veio em sua direção.

-Meu amigo, faz tempo, sinta-se em casa...

-Orochimaru, como está bem! Andou treinando?

-Sempre, vamos lutar um pouco depois que descansar bem, mas por hora me mostre o motivo de sua vinda até mim.

Madara fez um sinal e Kakashi foi empurrado até o homem, que o cercou interessado, andando a sua volta como uma serpente prestes a dar o bote fatal, o sangue quente do ninja gelou nas veias ao se ver analisado assim, como uma mercadoria.

-Mada, ele é perfeito, adorei, vou aproveitar bem esse ai...

-Quero que faça dele seu escravo pessoal, se é que ainda faz isso, não se casou não é?

-Oh não...Mas tenho um favorito agora, é um loiro que veio até mim de um jeito inusitado, foi entregue pra mim como pagamento de uma dívida de sua família, o nome dele é Deidara.

-Se quiser pode apenas manter esse ai nas suas experiencias genéticas, mas eu adoraria ver ele sendo apreciado melhor, se é que me entende...

Orochimaru riu alto, dando um tapa forte na bunda do ninja acorrentado, o que deixou ele vermelho como um tomate.

-Eu tenho um favorito, mas não estou casado, esse ai vai para meu laboratório, me deitar com ele será uma boa experiencia para algo que estou fazendo, é uma pesquisa encomendada pela vila da areia.

-Que tipo de pesquisa? Perguntou curioso Madara.

-Se é possível transformar um alfa irritante e arrogante em um belo ômega.

-Impossível! Respondeu espantado Madara.

-Só diz isso porque não conhece minha pesquisa, ela vai mudar em muito a vida atual, mas acho que estou atrasado, seu filho já mudou muito a vida dos ômegas, não é? Deve ter orgulho dele.

-Eu tenho...mas agora vou descansar...A propósito esse é Shisui, meu amado e meu ômega.

-Muito prazer senhor Orochimaru...Falou gentil o pequeno, estendendo a mão frágil a ele.

-O prazer é todo meu, pequeno...

Orochimaru sorriu para o amigo, realmente ele tem bom gosto, muito bom gosto mesmo.

Os hospedes foram levados até seus aposentos e Kakashi permaneceu ali, em pé na frente do homem, que ainda o analisava curioso, dando voltas a seu redor, o que o estava deixando nervoso e irritado.

-Sabe eu não ligo para alfas e ômegas, eu sou um beta, eu ligo para gente interessante, meninos e meninas, homens e mulheres, eu os estudo, mas é claro adoro os maus, pervertidos e doentios, aqueles de coração negro, como você...

-Me deixe em paz! Eu não vou obedece-lo nunca! Falou o homem acorrentado, enojado com a conversa toda.

Orochimaru sorriu de leve e se aproximou dele, deu um tapa forte em seu rosto, deixando a marca dos dedos na pele clara, e o fazendo quase cair no chão, depois pegou em suas correntes e o arrastou para baixo, em um longo e escuro corredor que dava em uma sala grande, cheia de horríveis macas e tubos, e sem demora jogou o ninja ali, sobre uma maca, ele tentou lutar, mas foi facilmente imobilizado, em parte porque estava cansado demais e em parte porque aquele homem era extremamente forte, com movimentos firmes o atou a maca, prendendo seus pulsos e tornozelos, e sorriu malignamente, ou assim pareceu ao ninja que agora estava trincando os dentes de medo.

-Me solte seu monstro! Me desamarre seu...Seu louco, eu sou um alfa, exijo ser libertado!

-Eu não recebo ordens...De ninguém nessa vida...

E dizendo isso o belo e terrível homem pegou uma adaga pontuda e afiada e rasgou todas as roupas do ninja, o deixando nu a sua frente, depois pegou uma mangueira e jogou água fria nele, pacientemente.

-Vou te deixar limpinho...Para te comer melhor, Kakashi sensei...

Kakashi lutava com as cordas, ferindo os pulsos e tornozelos, mas era inútil, estava fraco e com medo, foi então que pensou em como o jovem Uchiha devia ter ficado assustado em suas mãos.

"Maldição! Vou sofrer nas mãos desse tarado infeliz, exatamente como eu fiz com meus ômegas..."

-Hum, limpinho e molhado...

Orochimaru deslizou a mão cobiçosa nas pernas molhadas e frias, e subiu a virilha, apertou o membro do outro e o fez gritar de dor, depois deslizou a mão pelo corpo todo, mostrando que era o dono da situação ali, com agilidade virou o corpo molhado na maca, o deixando de bruços, as cordas eram longas, esse movimento era fácil, mas uma vez tendo deixado sua presa como queria, apertou as cordas bastante, e depois deu uma lambida na bunda bonita, abriu as nádegas com as mãos, as afastando para ver o pequeno orifício pulsante, e sem nenhum tipo de aviso ou preparo enfiou seu grosso membro naquele ponto apertado e virgem, fazendo o ninja gritar horrorizado.

-Não! Não! Pare, tá doendo!!

-Que delícia belo ninja, nunca deu essa parte antes? Já era hora não é?

Depois de mais algumas investidas o homem saiu de dentro dele, sem gozar, e mexeu em algumas coisas em uma mesinha próxima, voltando com algumas coisas metálicas na mão, coisa redondas...

"Pelos deuses, o que pode ser isso? Socorro, alguém me salve!" Era o pensamento do ninja.

O homem voltou e sorrindo deixou o ninja ver algumas bolinhas em suas mãos, bolinhas grandes e negras de um metal estranho, e começou a enfiar uma por uma, dando uma pausa entre uma e outra, nessa hora apertava as nádegas durinhas nas mãos, e depois soltava, era uma agonia sem limites aquela dor, aquela humilhação.

-Só umas cinco, talvez seis, será que aguenta? Quero testar sua profundidade, está gostando ninja?

-N-Não! Pare, pare com isso, o que...Como pode fazer isso a um alfa? Falava gemendo de dor o pobre ninja, sentindo aquelas bolinhas o preencherem, quase o rasgando ao meio, sentia cada uma com desespero, ficava mais e mais cheio, era torturante, ele gritou quando sentiu a sexta bolinha, o deixando pleno de dor e desconforto.

-T-tira p-por favor...por favor...Gemeu alto, se contorcendo.

-É chegamos ao limite...Que pena, eu queria enfiar mais uma, seria um recorde.

Cantarolando enfiou a mão por baixo da barriga do ninja, apertando seu baixo ventre, o que fez as bolinhas começarem a sair sozinhas, causando dor e mais desconforto, mas principalmente vergonha.

-Uma, duas, seis...Pronto, saiu tudinho, e agora vamos colocar um pouquinho de gel...Odeio enfiar meu pau a seco...Falou tranquilamente o homem, pegando um tubo azul e jogando uma quantia enorme na bunda do ninja, massageando seu rabinho dolorido, que ardeu como fogo em brasa.

Um gel criado pelo próprio pesquisador alquímico, quente, muito quente, que deixava o local ardendo em febre.

-Não quero mais isso, pare por favor! Tira esse negócio quente de mim, tá ardendo, doendo...Choramingou o ninja, perdendo seu auto controle, sua arrogância.

-Me chame de mestre e eu tiro...

-Nunca!

-Você pode até gostar disso, um dia...E falando isso enfiou seu membro nele de novo, arrepiado com o calor excessivo e gostoso, deliciado com os gritos do outro, segurando as nádegas bem abertas nas mãos fortes.

Orochimaru era forte, tomou aquele rabinho duas vezes seguidas, enchendo o canal de sêmen, e se deliciando com os gritos e pedidos, mas ele não cedeu.

Soltou as pernas dele, e o virou de novo, abrindo suas pernas macias e adorando ver o espaço apertado machucado e sangrando, e mais uma vez o tomou, sussurrando obscenidades próximo de seus ouvidos, apertando sua cintura nas mãos com desejo absoluto.

-Eu sou seu mestre, eu te pego quando quiser, eu te dou comida e água, se eu quiser, me obedeça ou sofra, entendeu?

-Nunca...Nunca vou te chamar de mestre...

Orochimaru saiu dele, tinha gozado de novo, e então pegou um chicote bifurcado na sinistra bandeja e o mostrou ao outro, estalando em suas pernas.

-Pare! Pare Mestre!

-Hum, gostei...agora podemos nos entender mais lindo ninja...

Notas finais
Enfim...até fiquei com pena dele...As terríveis bolinhas...Não resisti a elas!!! Nem ao chicote bifurcado!!
Sou uma escritora muito má...





17. Experiências.

Notas do Autor
E as torturas continuam, sem falar de uma experiencia maluca que pode dar certo!

"A pior tortura é viver sem amor, passando pela vida sem toca-la, ao largo de suas emoções, não ver, não ouvir, não sentir...E ainda assim imaginar."

-O que causou essa cicatriz em seu olho? Um luta? Perguntou Orochimaru analisando o rosto bonito, tocando a pele macia, suada depois de ter submetido ele a algumas injeções de um fluído rosado, algo que ele estava criando.

-Foi em uma luta sim...Com um ômega, ele me feriu com uma faca de cozinha e tentou fugir...Mas eu o peguei logo.

-O que fez ao ômega?

-Eu...Machuquei ele...

Orochimaru passou as mãos pelos cabelos prateados do seu novo escravo, tinha gostado da textura dele, da cor e do brilho, agora estava fascinado literalmente por esse espécime raro, em especial pelos seus olhos bicolores.

-Mestre, solte minhas mãos...Por favor...

O homem o olhou sorrindo, estava achando interessante ele ter se rendido, era muito mais fácil, mas claro que não confiava nele, logo, logo quando a droga fizesse mais efeito o soltaria um pouquinho.

-Ainda não, fique quietinho ai, durma um pouco, mas tarde eu volto pra gente se divertir de novo meu pequeno...

Naquele momento tudo que o jovem ninja queria era sumir dali, fugir, mas seu corpo estava estranhamente quente, e muito cansado, dolorido e ferido, seu orgulho em frangalhos, e seus pulsos doendo por estarem a tantos dias pressos, naquele momento eram algemas curtas, nada mais, ele estava numa cela, deitado em um colchão, não havia nada ao seu redor, só um espaço vazio, sem janelas, apenas a porta de metal gradeado lhe dava a visão parcial de um corredor mal iluminado, estava com fome e tinha sede, nada ainda tinha lhe sido oferecido, devia ser para lhe manter fraco e submisso.

Submisso...Odiosa palavra que agora ele conhecia tão bem! Assim como a humilhação e a dor, e principalmente o medo, conhecia o medo agora, e lamentava seus dias passados, seu coração de pedra a maltratar tantos ômegas inocentes, se pudesse voltar no tempo jamais faria algo assim de novo, estava pensando nisso quando ouviu sons de passos no corredor, ficou apreensivo, imóvel no chão.

A figura alta e forte de Madara se avolumou na entrada, ele abriu as grades, soltando o cadeado com uma chave e entrou na cela, olhando para onde o jovem ninja se encontrava, ele parecia apenas uma sombra do que tinha sido um dia, estava sem roupas, sujo de sangue seco, magro e seus pulsos pareciam bem feridos.

-Espero que tenha entendido que fazer mal aos ômegas é errado, que eles são pessoas com sentimentos, espero que tenha entendido que somos todos iguais...

-V-você deve estar feliz agora...Me vendo assim...Pode rir...

-Não estou feliz, minha raiva já passou, não gosto disso, seu pulso está doendo muito? Perguntou Madara se aproximando dele, que se encolheu de medo, um reflexo que ele nunca teve antes, foi algo impensado, novo para ele, um medo estranho daquele alfa.

Madara percebeu e mesmo assim se aproximou, se abaixando e olhando no rosto cansado do ninja, não tinha mais raiva, nem rancor, no fundo tinha a impressão que o rapaz era o fruto de seu meio, foi criado para achar que os ômegas eram uma subespécie, sem valor, e foi o que fez.

-Avisarei Orochimaru para lhe dar comida e água, e pedirei que solte seus pulsos...Disse o homem mais velho tocando os pulsos feridos com a ponta dos dedos, e notando como a pele estava quente.

Saiu da cela, e foi até o laboratório do amigo, que estava mexendo em seus tubos de ensaio, com um jovenzinho loiro de cabelos compridos ao seu lado.

-Acabei de voltar da cela de Kakashi, pode dar comida e água para ele, caso contrário acho que ele não resistirá muito mais, e solte as mãos do rapaz, estão feridas demais, não tem sentido mais maltratar ele tanto, minha raiva já passou.

-Mada, você sempre foi o melhor de nós, tem um coração mole que aprecio muito, farei isso se é de seu agrado, na verdade acho que preciso mesmo alimentar ele, agora que o efeito dos hormônios começaram a agir em seu corpo.

-Do que está falando? Que hormônios? Perguntou Madara, observando o amigo.

-Olhe para esse lindo garoto aqui? Esse é Deidadra, ele está doando seus hormônios de ômega para minhas experiências em cobaias vivas, até agora todos morreram infelizmente, mas o ninja recebeu bem as duas doses, acho que ele será o primeiro caso de um alfa a se tornar ômega.

O líder observou o jeitinho doce do loiro, e ficou consternado, imaginando o amigo maltratando tão bela criatura.

-Orochimaru me diz que não está maltratando esse menino...

Foi Deidara quem respondeu, com uma voz muito doce e serena.

-Meu mestre é muito bom pra mim, nunca me machucou, mesmo quando tira meu sangue, faz isso com gentileza, eu o ajudo com muito prazer meu senhor. Respondeu o loirinho, olhando para ele com olhos de um verde profundo, ele não parecia assustado e nem machucado, na verdade estava corado e parecia bem feliz.

-Viu? Eu sou bom pra ele, já lhe disse que só faço experiências nos assassinos e estupradores que me mandam, como seu ninja, mas acho que posso recupera-lo, talvez...Isso te aborrece?

-Não, não me aborrece, estou indo embora hoje a tarde, sua vila continua linda e eu gostei de rever tudo, voltarei novamente com mais tempo, só para visitar mesmo, mas agora preciso cuidar de um casamento, e quero ver você lá, leve seu belo acompanhante, ele vai ser uma sensação...Madara riu ao ver o jovenzinho olhar divertido para o mestre, pedindo com os olhos para ir.

-Não prometo, mas verei o que será possível fazer, faça boa viagem meu amigo, que os deuses cuidem de tudo, e não se preocupe o manterei informado quanto ao seu ninja.

-Agora ele é seu ninja...

Os dois se despediram, pois Madara sabia que não veria o amigo mais tarde, ele sempre se enfurnava no laboratório quando tinha uma experiência em andamento e cobaias para usar, resolveu deixar tudo nas mãos dele e foi ver Shisui, ainda tinham tempo de ir a vila comprar presentes, muitos presentes...Sorriu ao pensar na alegria de Sui ao ver a enorme feira, repleta de coisas interessantes.

Na cela o ninja se contorcia, seu corpo estava quente, ardendo, sua pele estava doendo, um cheiro doce envolvia seus sentidos meio embotados, ele queria muito uma banheira enorme, cheia de água limpa e morna, se sentia sujo demais, e quando percebeu estava chorando, seus soluços o assustaram, ele nunca chorou na vida toda, e agora...

Nem mesmo ouviu os passos de Orochimaru que entrou na cela, trazendo água e uma sopa, e ficou um tempo o observando, antes de sentar ao seu lado, e tomar as correntes nas mãos, o que fez ele gemer de dor.

-Por favor pare, está doendo...Reclamou o ninja tremendo.

-Calma, vou soltar suas mãos, consegue se levantar?

O ninja tentou, mas não conseguiu, suas pernas não o obedeciam mais, seu corpo estava doendo muito.

-N-não consigo...

O outro se aproximou e o pegou nos braços, ele era forte e muito alto, pegar o ninja não era difícil, ele estava leve, o levou até um quarto e o depositou numa cama, depois foi até um banheiro e ligou a água, encheu uma banheira e voltou pegando ele de novo nos braços, o levando até a água, que estava morna.

-Fique ai, depois eu te pego, guardarei a sopa, depois do banho trago de volta.

-Tá...

Por uma razão que Kakashi não entendia um calor subiu por seu corpo, ele gostou de ser levado nos braços até ali, gostou do modo gentil que o outro o tratou, não iria mais contraria-lo, em nada, quem sabe ele pudesse se tornar mais gentil também na cama? Aproveitou a água quentinha, usou um sabonete perfumado que estava a lado e se sentiu bem melhor, claro que ainda estava com fome e sede, e seu corpo ainda estava doendo muito, mas o banho ajudou. Logo Orochimaru voltou, pegou o rapaz nos braços e o levou até a cama, lhe dando uma toalha para se secar, depois se sentou ao lado e o observou, o que deixou o outro nervoso, ele estava com medo agora.

-O que vai fazer comigo agora? Perguntou o ninja assustado, se encolhendo na cama.

-Observando o resultado do meu experimento...E gostando muito...

Orochimaru se aproximou e beijou os machucados nas mãos, nos pulsos, e viu a pele branca se arrepiar, o corpo se retesar na cama, com medo.

-Me deixe te tocar, é uma ordem!

-E-eu estou machucado...Por favor mestre...

-Eu não ligo para a sua dor, você é meu escravo agora.

Kakashi abaixou a cabeça e chorou, soltando a toalha e fechando os olhos, esperava sentir as mãos dele o virando na cama para abusar de novo de seu corpo ferido, mas o que sentiu foi quente, diferente, e gostoso, abriu os olhos e viu que o homem o abraçava, cheirando sua pele ainda molhada, e com gentileza o deitou na cama, distribuindo beijos em seu corpo todo, gemeu ao sentir tal toques, era bom...Diferente, algo novo para ele. Sentiu mãos deslizando por sua pele úmida, carinhosamente, arfou alto ao ter um dos mamilos presos na boca do seu mestre, que com maestria o sugava agora, e novamente gemeu.

"O que está havendo aqui? Porque ele está me tocando assim? E porque estou gostando?"

O outro lambeu um de seus mamilos e ele enlouqueceu, um arrepio o tomou inteiro e seu corpo tremeu, abriu os olhos bicolores e viu um sorriso enorme nos lábios finos do outro, um certo encantamento nas pupilas negras a observa-lo, como se ele fosse algo valioso.

-O que fez comigo? Porque, porque estou tão quente? Seu toque na minha pele está gostoso...Eu não entendo...

-Um ômega no cio acha mesmo um toque assim maravilhoso.

-M-mas eu sou um alfa!

-Era um alfa, agora é meu ômega...

E dizendo isso deitou sobre seu corpo beijando seu pescoço e mordendo de leve seu ombro, arrepiando e sendo arrepiado com os gemidos suaves que ouvia, tomou o membro dele nas mãos e o sentiu bem acordado, por isso sorriu o masturbando, e sorriu ainda mais ao ver como ele gostava disso.

-Kakashi, me toque, não vou abusar de você hoje, quero que melhore primeiro, depois posso te ensinar muitas coisas, posso ser muito gentil quando quero, se me obedecer será bem melhor para você.

-Mestre...Sussurrou o ninja totalmente entregue em suas mãos, gemendo no mesmo ritmo das mãos quentes que o tocavam, ele também tocou o homem, o imitando perfeitamente, e ambos acabaram chegando ao clímax juntos.

Orochimaru levantou-se e buscou a comida requentada que ofereceu ao seu experimento recente, estava bem interessado nele.

"Precisarei levar alguns presentes para Madara, graças a ele encontrei algo bem interessante...E muito bonito..." Pensou o belo homem, feliz em ver o outro comendo a sopa com vontade, tocou em seus cabelos prateados com leveza.

-Quem é seu mestre?

-Você é meu mestre, Orochimaru.

-Bom menino, muito bom...Sorriu o homem satisfeito.

Notas finais
Parece que o experimento deu certo, e que Kakashi gostou da coisa...
Até o próximo, com casamento, flores e lemon.





18. As vezes tudo dá certo.

Notas do Autor
Voltei, as vezes tudo dá certo, o amor rola solto no ar...Parentes distantes chegam para animar o clima da casa, velhos amigos se reencontram, escravo e mestre se apaixonam...devo estar boazinha mesmo...

-Amor, que tal almoçar com meus pais hoje, acho que já está melhor para sair um pouquinho do quarto, vou falar com Luca e Ritsuka, ver o que eles acham, tá bom? Falou Naruto, acariciando os cabelos negros do namorado lindo, que sorriu se entregando a carícia como se fosse um gatinho, encostando mais nele.

-Se quiser eu vou, mas terá que me ajudar na escadaria, tudo bem? Respondeu Sasu de olhos fechados.

-Por você...Se quiser te levo no colo...

-Que vergonha! Não, só me dê a mão...

Naruto sorriu e afagou mais um pouco os cabelos negros e lisos, eles tinham crescido bastante, mas estavam dando uma aparência ainda mais suave ao seu lindo ômega, que acabou dormindo com a carícia leve, ele ainda estava tão fraco, doía ver seu pequeno tão frágil, tinha perdido muito sangue, por isso a demora na recuperação, mas Luca jurou que repouso e muito amor seriam suficientes para ajuda-lo a se recuperar e voltar a ter a energia de sempre. Por isso foi falar com os dois, eles estavam empenhados na recuperação de Sasuke e de seu novo paciente, o jovem Sai, esse sim estava sendo um desafio, seus ferimentos eram leves no corpo, mas profundos na alma, para estar mais tempo com ele, o casal se mudou para um quarto na mansão, e assim podiam cuidar de ambos os pacientes em tempo quase integral.

O loiro bateu na porta e logo foi atendido por Ritsuka, que usava um avental branco, e luvas médicas, estava preparando medicamentos.

-Entre Naruto, como vai o Sasuke?

-Bem, ainda dorme muito e eu ainda me preocupo com isso, mas parece mais disposto, por isso vim perguntar se ele pode almoçar hoje na sala principal, junto comigo e meus pais, e claro vocês, quem sabe até mesmo o Sai?

-Nós com certeza estaremos lá, e acho que sair um pouco do quarto fará bem para Sasuke, sugiro que o leve aos jardins para passear um pouco e tomar um pouquinho de sol, mas quanto a Sai acho difícil, ele tem tanto medo que fica paralisado toda vez que sente a presença de um alfa, está bem difícil cuidar dele, é um trauma forte.

-Talvez receba ajuda logo, meu primo Castiel está vindo da vila da chuva, ele é muito bom com as pessoas, talvez ajude...Ele é meu primo por parte de mãe.

-Hum, mas ele é alfa ou ômega? Perguntou Ritsuka preocupado.

-Nenhum dos dois, é um beta, assim como Obito que chegará também amanhã.

O médico sorriu, quem sabe esses dois podiam fazer o jovenzinho se tornar mais receptivo? Era esperar para ver.

Naruto voltou até o quarto e encontrou Sasuke acordado, sentado na cama, com o rosto pálido.

-O que foi meu amor? Outro pesadelo?

Sasuke estremeceu confirmando, vinha tendo pesadelos horríveis com tudo que viveu em cativeiro, era difícil esquecer.

-Naru, me abraça? Por favor...

Sem mais nenhuma palavra o loiro o tomou nos braços, querendo tanto fazer esses pesadelos acabarem, tinha vontade de tomar o seu amado nos braços e possuir ele, mas ainda percebia o quanto ele estava frágil não só no corpo, mas principalmente na alma, não podia nem pensar em machuca-lo, é claro que havia outro jeito...Será?

-Sasu, vamos dar uma voltinha nos jardins dos fundos, está calmo agora, não tem ninguém lá, podemos ficar sozinhos entre as flores, vai te fazer bem.

-Tá bom, me ajuda?

Naruto o ajudou a levantar e o beijou na boca, ajeitando seu quimono branco e jogando seus cabelos que agora estavam na altura dos ombros para traz, deu o braço a ele e saíram devagar, o loiro observando cada passo do outro, pronto para ampara-lo caso fosse necessário, mas eles chegaram aos jardins, e eles estavam completamente floridos, e lindos, repletos de borboletas coloridas.

-Ah! Que lindo! Exclamou Sasuke, sorrindo, olhado para as borboletas que voavam ao seu redor, e deixou que o outro estendesse uma colcha no chão e o ajudasse a se deitar.

-Amor, estou com saudades...Saudades de nós dois, faz amor comigo?

-Não quero te machucar meu lindinho...Ainda está todo roxo, tem hematomas na cintura e nas coxas...Não quero te machucar

-Você...está me achando feio não é? Perguntou Sasu com os olhos cheios de lágrimas, escondendo o rosto nas mãos.

-Nunca! Só não quero te machucar...Eu te amo tanto! Olhe para mim...

Sasuke olhou, e Naruto enxugou suas lágrimas com a ponta dos dedos, carinhosamente, ele o amava tanto!

-Hoje faremos assim, feche seus lindos olhinhos e me deixe te amar, se sentir qualquer dor, qualquer uma paramos, entendeu?

Sasuke confirmou, ainda meio inseguro, tinha medo de o outro se incomodar com seus ferimentos, apesar de seus cortes já terem quase cicatrizado agora.

Naruto abriu seu quimono, delicadamente, dando beijinhos na pele que aparecia, fazia isso com tanta gentileza, tocava sua pele macia com carinho e assim abriu todo o seu quimono, o deixando completamente nu, observou os ferimentos agora já quase cicatrizados, os roxos ainda visíveis, pequenas marcas de mordidas nos ombros e teve ainda mais cuidado, o beijou na boca e foi correspondido, sendo presenteado com gemidos leves que nasciam de um desejo quase incontrolável do outro. Se beijaram mansamente por alguns minutos, depois o loiro desceu os lábios úmidos até um dos mamilos rosados e o tomou entre os lábios, adorando o cheiro da pele, aquele aroma que agora surgia, suave e doce, tão inebriante...

-Amo seu cheiro meu ômega lindo...Que bom que não usou seu creme hoje...

-Ah...Naru...

Os beijos leves ficaram mais atrevidos, e se tornaram mordidinhas leves, as mãos passeavam pelo corpo todo, o lendo devagar, deslizando as unhas curtas por sua cintura e pernas, e Sasuke começou a imita-lo, fazendo igualzinho, o que deixou o loiro quase a beira de um orgasmo, só com esses leves toques, era a saudade desse corpo amado que o deixava assim, novamente ele pensou, será?

-Sasu, quer me possuir hoje?Você nunca me pediu isso, sempre me aceita sem reclamar, oferece todo o seu amor e nunca pede nada, quer me possuir hoje?

-E-eu não sei se posso...É tão inesperado e eu sou um ômega...Você um alfa...Será que é certo?

Naruto riu da ingenuidade dele, e o beijou a boca tremula de desejos inconfessados.

-O que é certo e o que é errado? O que fazemos é apenas amor...

-Eu...Quero, mas pode me ajudar? Perguntou inseguro o jovem Uchiha.

O loiro beijou novamente o corpo todo do lindo moreno, o deixando muito excitado e depois se deitou na colcha, puxando o outro sob seu corpo, ele mesmo levou dois dedos a boca e os chupou, lambendo em seguida, rindo um pouquinho da carinha do outro, e então se auto preparou, nunca tinha feito desse jeito antes, mas queria muito, por isso aceitou os beijos vacilantes que Sasuke lhe dava e quando se sentiu mais receptivo, ajeitou o outro entre suas pernas e sorriu para ele, confiante.

Sasuke estava inseguro, mas queria muito isso, sempre teve vontade de possuir o companheiro assim, mas nunca teve coragem de perguntar, tinha medo da reação dele, e agora tinha medo de não corresponder a altura, mas com o incentivo que viu nos olhos do outro, se posicionou e entrou devagar, sentindo as paredes dele muito apertadas, era delicioso e estranho, nunca imaginou que seria assim, se forçou para dentro, ouvindo os gemidos de dor de seu amado e parou assustado, mas Naruto apenas sorriu para ele e segurando em suas nádegas o puxou para mais perto, o fez entrar ainda mais, até finalmente estar inteiro dentro dele, os olhos muito azuis se tornaram enormes e cintilantes, desfocados por um breve momento.

-Sasu, me tome agora, me faça seu!

-Sim, faço!

Sasuke era gentil, se movia com delicadeza se forçando sem machuca-lo, até que achou um ritmo constante e logo atingiu um ponto que fez Naruto delirar, como era bom! Gemeu alto, se contorcendo entre a dor e o prazer que sentia na mesma intensidade louca.

O moreno apertou a cintura do outro, e o beijou na boca repetidas vezes, em todas seus movimentos aumentavam de intensidade e força, seu corpo agia por instinto, envolvendo o outro em um abraço apertado e gostoso, e sendo retribuído por um generoso suspiro, sentia a ereção do namorado em sua pele nua e percebeu que Naruto se tocou, seguindo o ritmo delicioso que ele impunha aos dois, largou da cintura e pegou as coxas macias, abrindo mais as pernas do loiro e entrou mais fundo, gemendo de prazer e ouvindo o outro gritar, em uma última grande estocada se derramou dentro dele e sentiu o líquido quente do outro em sua barriga nua, gemeu de novo.

-Eu...Nossa! Falou meio tonto o jovem Uchiha.

Naruto riu e o abraçou apertado, beijando seus cabelos macios e agora suados, mas logo se ergueu para ver se o outro estava bem, tocou a barriguinha nua e percorreu com os dedos cada mancha roxa ou pequeno ferimento, fazendo o outro rir.

-Naru, eu estou bem, juro!

-Certeza amor? Eu te fiz ter todo o trabalho, sou um idiota mesmo...

-Eu adorei, nunca teria coragem de pedir, nunca mesmo, obrigado...

Naruto parou de analisar o moreno e sorriu ao ver que ele estava quase dormindo, por isso o pegou no colo, enrolado na manta e depois de se vestir voltou ao quarto, carregando seu lindo ômega nos braços, encontrou seu pai nas escadarias, e ele sorriu.

-Mas já? Pensei que dariam um tempo antes de fazer amor de novo, ainda mais ao ar livre.

-Não se preocupe pai, Sasuke foi incrível, e eu adorei.

Minato não entendeu de imediato, mas depois sorriu para o filho corado.

-Vocês estão apaixonados, isso é uma dádiva meu filho...Deixe ele descansar, mas depois venham para o almoço, está bem?

-Sim, meu pai, nós iremos.

Naruto deitou Sasuke na cama e ficou apreciando sua beleza exótica, estava levemente dolorido é verdade, mas ainda mais apaixonado!

Notas finais
Próximo, a chegada de Obito, e Castiel, a recuperação inusitada de Sai, e um casamento lindo!





19. A festa.

Notas do Autor
O casamento chegou! Viva!!

O tempo passou rápido, Madara e Shisui voltaram, cheios de presentes que agradaram a todos, menos os pobres soldados que carregaram tudo por quatro dias. Na casa de Minato os preparativos do casamento estavam a toda, carregadores levavam flores para o pátio interno, onde a festa seria realizada, era um enorme espaço aberto e ao ar livre, outros tantos empregados colocavam lindas luminárias brancas e vermelhas, enquanto as mesas eram postas, arranjos de velas e flores estavam sendo dispostos, uma banda ensaiava animadamente, e dentro da casa um nervoso Sasuke fazia os últimos ajustes em seu quimono para a cerimônia, que deveria ter a cor de seu clã original, enquanto a faixa obi seria da cor usada no clã Uzumaki, ao qual agora pertenceria.

-Posso entrar pra ver como ficou?

-Claro que não! Dá azar ver a roupa antes da festa, todo mundo sabe disso, Naru!

Naruto riu dessa superstição, estava louco para ver o amado usando a roupa do casamento, um quimono vermelho com uma faixa branca, ele devia estar lindo!

-Vamos, só uma espiadinha...Por favor, Sasu...Pediu com carinho o loiro que estava encostado na porta do quarto deles, tinha sido expulso a quase duas horas quando a costureira chegou e se instalou ali, a sua própria roupa ficaria por último, já que ele não se importava muito com isso.

-Não! Não! E não! Vá achar outra coisa pra fazer...Respondeu irritado o belo Sasuke, que estava super nervoso.

Suspirando o jovem loiro desistiu, decidiu ir ver se o primo tinha finalmente chegado, passou pela cozinha onde sua mãe enlouquecia as cozinheiras com milhares de ordens que as pobres moças tentavam executar a todo custo, tentou roubar um bolinho doce e levou um tapa dolorido na mão, seguido de um olhar quase assassino de sua mãe, o que o fez desistir também de comer algum docinho...

"Gente doida...O casamento é meu, podiam pelo menos me dar alguma coisa gostosa para comer, desse jeito vou desmaiar de fome durante o casamento!" Pensou irritado o loiro, roubando uma maça na mesa da sala de jantar e saindo furtivamente até a entrada, onde encontrou Obito com uma lista enorme nas mãos, muito atarefado.

-Naruto, graças aos céus! Me ajude aqui por favor, confirme quem chegou, quem entrou pra mim, tenho quatro carruagens de visitantes para receber e estou atolado, por favor! Pediu ou quase implorou o moreno que havia chegado a duas semanas e tinha se mostrado um ótimo administrador, bem melhor que Kushina e Minato, melhor até que Madara, o que resultou na sua imediata contratação como gerenciador do casamento do primo.

-Mas eu deveria descansar! Afinal eu vou me casar né? Reclamou o loiro, mas tomou a prancheta de suas mãos e começou a trabalhar.

Obito correu até a entrada da vila para receber uma das carruagens, estava meio cansado, mas imensamente feliz por poder ajudar e ser tratado com tanto respeito por Minato, Kushina e Madara, isto para ele era da maior importância, por isso faria de tudo para que os convidados fossem bem recebidos, todos os arranjos e cada pequeno detalhe estivesse em perfeita ordem. Viu a carruagem chegando, e se aproximou sorrindo, mostrou o espaço reservado para o cocheiro colocar a mesma e abriu a porta, estendendo a mão para ajudar o seu ocupante a descer, uma pequena mão branquinha e macia pegou a sua, e uma criatura linda saiu de dentro, cabelos loiros caindo até os ombros, iluminados de sol, olhos de um azul claro que quase o fizeram perder o folego e um sorriso suave a modelar todo o quadro já tão perfeito, não sabia dizer se era um garoto ou uma garota, só podia dizer que era belíssimo, um único detalhe lhe chamou a atenção naquele rosto tão belo, um curativo pequeno na bochecha direita.

-Olá...Sou Castiel, você é do clã Uchiha não é? Perguntou numa voz macia, com uma sonoridade inebriante.

-Em? Eu...Eu sou Obito...E sou do clã Uchiha sim, como adivinhou?

O outro riu, como se fosse uma pergunta óbvia demais, e fez um sinal mostrando o conjunto todo do jovem Obito a sua frente, que vestia as cores vermelhas e o simbolo do seu clã em alto relevo na camisa.

-Além da roupa é claro e do simbolo, você tem cabelos e olhos muito negros uma característica do seu clã, se bem que se fosse assim eu deveria ser ruivo...Mas enfim, eu devia ser tantas coisas...E não sou nenhuma delas, é a vida.

Obito notou uma certa tristeza na frase que foi dita tão casualmente, mas não quis perguntar, ainda estava curioso em saber se aquele ser lindo era ele ou ela, impossível descobrir pelas roupas, vestia um quimono branco com laranja, uma faixa obi larga e sandálias comuns, mas tinha um perfume de flores frescas que foram colhidas na madrugada, e isso também mexia muito com o jovem Uchiha.

-Bem, vamos entrar, um empregado levará suas malas até os aposentos superiores...Ia falando com tranquilidade quando foi interrompido por um grito que o assustou, era Naruto que vinha correndo em sua direção.

-Priminho lindo, como consegue ser ainda tão pequeno? E tão fofo! Gritou Naruto abraçando o primo e o rodopiando no ar, como se ele fosse feito de plumas, o garoto riu alto e feliz.

-Me larga Naru! Seu noivo vai ficar com ciúmes de mim, e eu ouvi dizer que não se deve deixa-lo irritado... Falou o jovenzinho rindo e dando tapinhas leves nos ombros do primo, que enfim o colocou no chão, apertando suas bochechas macias.

-Sasu vai te amar! Quem pode não amar você? E então é um beta não é? Fiquei sabendo...

O loirinho se encolheu constrangido nos braços do primo, e tentou disfarçar uma lágrima teimosa que veio sem querer.

-Foi o que meu pai disse? Acho que posso entende-lo um pouquinho, sou a decepção da família inteira, ele tem esperanças que eu encontre alguém por aqui e me case, e de preferência que seja alguém de uma vila bem distante da chuva, só assim poderá se esquecer que seu filho é um ômega.

Naruto observou o priminho com atenção, e sentiu o cheiro fresco de flores emanando suavemente de sua pele macia, com certeza um ômega, provavelmente seu cio tinha acabado já algum tempo, por isso o aroma fraco, então o apertou nos braços com carinho.

-Sua família, nossa família deveria ficar orgulhosa, é o primeiro ômega de nossa linhagem, sempre feita de alfas, veja meu pai e minha mãe.

-Bom, minha irmã é uma alfa, então a honra da família está parcialmente preservada, desde de que eu fique quietinho e longe, não posso mais voltar para casa Naru, fui enviado para ficar...Foi uma ordem do meu pai...Dizendo isso o menino chorou tristemente envolvido pelos braços protetores do primo, e o coração de Obito que via e ouvia tudo quase se partiu, tanto que suas palavras vieram sem que ele pudesse refrea-las a tempo.

-Desculpe, mas seu pai é um idiota, ele não vê as mudanças que estão acontecendo por todos os lados? Os ômegas podem agora viver como qualquer alfa ou beta, são livres! Assim que falou Obito se arrependeu, quem era ele para falar mal do pai do menino? No mínimo cometeu uma imprudência social entre seu clã e o clã Uzumaki.

-Desculpe, desculpe, eu não devia ofender seu pai...

-Ele é um idiota sim! Um velho idiota mesmo, eu sou tão inteligente quanto Karen, e até seis meses atras eu era seu filhinho querido, agora ele me manda embora de casa, porque sou um ômega? O que mudou? Tenho um perfume gostoso, e daí? Não sou tão forte? Eu nunca fui mesmo...e dizendo isso tocou o curativo na bochecha, como se lembrasse de algo ruim.

Naruto olhou para Obito e sorriu, como se quisesse dizer que estava tudo bem, depois entrou levando seu primo com ele, e deixando um vazio no coração do jovem Uchiha.

"Mas eu não sou um alfa, porque fiquei tão impressionado pelo menino? E que perfume delicioso que ele tem! Ah como eu queria provar só um pouquinho daquela boquinha rosada..."Pensou irritado Obito, e mesmo assim sorriu.

Já eram quase seis horas da tarde quando finalmente Sasuke deixou Naruto entrar, e a costureira saiu atarefada, deixando o quimono de Naruto pronto e em cima da cama, levando o de Sasuke com ela, bem escondido entre muitos tecidos.

-Eu nem preciso provar minha roupa? Mas que desprezo com o noivo! Reclamou Naruto, passeando os dedos pelo rosto corado de seu namorado, quase esposo.

-Desculpe amor...Ela é bem temperamental e queria que minha roupa ficasse perfeita...E quem é esse ai?

-Sasuke, esse é Castiel, meu primo querido e irmãozinho de coração...

Sasuke abriu um enorme sorriso e abraçou apertado o jovem tímido a sua frente.

-Como é bom finalmente te conhecer! Falou Sasuke sorrindo abertamente para o menino, que retribuiu o sorriso.

-Era verdade...

-O que era verdade, Castiel?

O jovenzinho loiro ficou corado e sorriu, totalmente encabulado agora.

-Me disseram que você é mais bonito que meu primo, e que todos acabam querendo agrada-lo, porque além de bonito é um grande guerreiro, tem tantas estórias a seu respeito! Um monte! Mas eu gosto muito daquela em que bateu em dez alfas mesmo ferido! Exclamou o garoto todo feliz.

-Dez alfas? Nossa! Minha reputação cresceu mesmo em amor! Mas na verdade foram apenas cinco, sinto decepciona-lo...Respondeu Sasuke rindo.

-Sério? Cinco alfas e estava ferido? Uau!

Naruto revirou os olhos.

-Ninguém lembra que eu estava lá? Que injustiça! Eu lutei com Kakashi sensei viu baixinho! E eu sou muito bonito ora essa! Não sou Sasuke?

Sasuke riu e foi abraçar seu lindo e enciumado guerreiro loiro, dando um beijo estalado em sua boca linda.

-Eu me lembro meu herói! E para mim você é lindo...

Castiel riu e resolveu sair do quarto, deixando o casalzinho a conversar um pouco, e provavelmente fazendo algo a mais...

O jovem caminhou pela linda mansão, tinha no bolso uma carta para sua tia Kushina, e ela queimava em sua pele, era uma carta que recomendava que cuidassem dele, e que encontrassem um casamento discreto e decente para ele, e que por favor o mantivessem longe da vila da chuva para sempre. Lembrar disso era revoltante e muito triste, diminuiu os passos, não queria um casamento arranjado, iria pedir para ficar, mas queria ser útil, trabalhar em algo e viver sozinho.

-Ei? Castiel, tem um tempinho?

O jovem se virou e sorriu ao ver Obito ali, com um arranjo de flores coloridas nos braços.

-Quer ver como está o pátio? Venha comigo! E dizendo isso estendeu a mão para o jovem, equilibrando as flores na outra.

Mesmo ainda triste o loirinho resolveu seguir aquele beta bonito até o pátio, e quando chegou lá ficou impressionado, estava tudo lindo demais!

-Uau! Quem preparou tudo isso? Está lindo!

Obito sorriu satisfeito, colocando o último arranjo de flores numa mesa longa, onde ficariam os pais dos noivos.

-Fui eu, com uma equipe enorme que me ajudou em tudo, mas organizei cada detalhe, até mesmo o cardápio do jantar, e olha que isso foi um desafio enorme, porque seu clã adora carnes assadas, enquanto o meu adora massas e legumes, e temos convidados que preferem peixes.

-E como resolveu tudo isso? Perguntou Castiel curioso.

-Bom, teremos carnes, peixes, massas e legumes...Respondeu dando de ombros Obito.

Castiel achou isso perfeito, se ele pudesse ser útil assim um dia...

-Quero poder ser útil assim um dia, mas não tenho muita certeza...Mas e você? Fora ser diretor de casamentos, o que faz? O que faz em sua vila?

-Eu sou um pesquisador de remédios e produtos para os ômegas.

-Nossa! Sério? Eu ouvi falar de um creme que inibe o cheiro de um ômega quase totalmente, e de chás que diminuem a dor nos cios...Mas eu não pude usar nada disso, foi uma tortura, quase me matei...Só não o fiz porque não tive coragem.

-Se vai vier aqui, terá acesso a tudo isso...Mas eu acabei aqui, a festa vai demorar, quer comer alguma coisa ou beber algo?

O loirinho estranhou tanta atenção, desde de que descobriu ser um ômega todos o ignoravam, era como ser invisível, e agora aquele rapaz conversava com ele e o chamava para comer algo? Gostou disso, e tinha que admitir que o beta a sua frente era muito bonitinho, na verdade ele o achou lindo! Mas tentou conter em seu coração essa nova informação.

-Estou com fome, e com sede também...Vamos a cozinha? Perguntou Castiel, acostumado a ficar longe dos outros, escondido na cozinha ou nos fundos da casa.

-Não, lá está uma loucura, vamos a uma lanchonete aqui pertinho mesmo.

-Ah...Mas eu não posso sair...Meu cheiro...Eu sou um ômega. Respondeu meio sem graça.

-Ué, o que tem? Temos um numero enorme de ômegas por aqui, você viu um monte deles por ai, ninguém vive trancado aqui nessa vila, nem na minha, e quanto ao seu cheiro gostoso, está fraquinho, parece perfume, e depois está comigo não é?

Obito estendeu a mão, para dar segurança ao jovem Castiel, e ele aceitou meio relutante.

-Vocês andam de mãos dadas aqui?

-Quando a gente gosta de alguém, sim...Respondeu Obito sorrindo, e pegando a pequena mão na sua.

-Vamos?

"Em minha vila tem um ditado popular bem conhecido...Se quiser algo realmente, vá e tome, mas primeiro veja se pode arcar com todas as consequências de seus atos. Mas eu acho que posso mudar o ditado agora...Se quiser algo, vá e conquiste, mas primeiro seja gentil." Pensou entre um sorriso e outro o jovem Obito, isso porque seu coração batia acelerado de um jeito que nunca bateu antes ao olhar para o rosto belo a sua frente.

Notas finais
E então estão gostando? Naruto enciumado com a atenção a "noiva", e o jovenzinho Castiel chegando para roubar o coração de Obito...Comentem tá! Beijos de Akira-san.





20. A festa, parte 02.

Notas do Autor
Estão gostando da festa? Deixa eu adivinhar? Querem lemon? Oba! Eu também, que coincidência né?
Enfim, hoje um gostoso lemon para esse domingo lindo!

O discurso do mestre da cerimônia foi mudado, antes das grandes e bem vindas mudanças para os ômegas, tudo que era dito numa cerimônia de casamento eram os deveres de um ômega para com seu mestre, uma sucessão enorme de coisas que não devia ou não podia fazer, uma humilhação que apenas mostrava o quanto eles eram insignificantes perante a sociedade, agora com o discurso refeito pelo líder Madara uma cerimônia de casamento não era algo triste e sim algo bonito e festivo, assim como os votos dos noivos.

-Naruto meu filho, como está lindo! Exclamou Kushina, ajeitando o longo quimono branco e laranja dele, e passando uma essência de sândalo em seu pescoço carinhosamente.

-Obrigado, mãe, mas estou nervoso, acha que Sasuke vai gostar dos nossos votos?

-Claro, foi o pai dele que escreveu, e ele não deixou ninguém além do mestre ler, vamos ouvir todos juntos pela primeira vez durante o casamento, que emoção, não é Minato?

O pai de Naruto disfarçava uma lágrima que tinha rolado ao ver o filho único preparado para mo seu casamento, e como sabia que se falasse algo seria embaraçoso, abraçou o filho com carinho em seu braços fortes.

-Oh...Pai, eu estou bem, vou me casar com quem amo...

-Hum...Eu sei...Fico feliz, mas sou emotivo né? Um alfa pode ser emotivo também...Respondeu Minato com a voz chorosa, e logo a esposa veio abraça-lo.

-Tudo pronto! Vamos entrar e esperar a noiva! Digo, o noivo! Falou a alfa sorrindo, e dando o braço para Naruto, que ficou no meio dos pais para entrar no pátio todo enfeitado, onde os convidados já esperavam, uma música linda se ouviu e as portas se abriram, e eles entraram, caminhando lentamente até o pequeno altar montado ali, onde Naruto ficou, esperando por Sasuke.

-Pai, to nervoso? Eu estou bem assim? Perguntou Sasuke, inseguro, se olhando num grande espelho, vestia um quimono vermelho com uma faixa de obi branca, era um tecido leve e muito belo, que realçava sua pele branquinha e seus olhos e cabelos muito negros, ele estava divino, para ser modesto.

-Meu irmãozinho...Você está deslumbrante! Respondeu Itachi, que tinha chegado naquela manhã, com seu amado Gaara, que estava encantado com tudo.

-Sim, perfeito, pode acreditar...Confirmou Gaara.

Mas Sasuke, embora amasse seu irmão do fundo do coração e agora também o jovem Gaara, queria uma resposta do pai, por isso o olhou esperando.

-Meu filho, você está lindo! Realmente lindo! Respondeu Madara, sorrindo.

-Ah...Obrigado a todos, muito, muito obrigado...E com lágrimas nos olhos abraçou a todos ali reunidos.

Então de braços dados com seu pai, caminhou até a pesada porta que estava fechada, e dava até o pátio, quando a música começou, a pesada porta se abriu, revelando um cenário de sonhos encantados, e ele caminhou vendo seu lindo noivo a espera-lo no altar, suspirou nervoso, e caminhou lentamente ouvindo sussurros de todos os lados.

-Nossa, como está lindo!

-Ai...O ômega mais lindo de todos os tempos!

-Como eu queria estar no lugar do Naruto!

-Perfeito, lindo...

Madara sorria ao ouvir os sussurros, eles diziam a mais pura verdade, Sasuke estava lindo, não só por sua aparência, mas pelo amor que deixava transparecer em seus olhos.

No altar, Madara entregou o filho nas mãos de Naruto, e sorriu satisfeito, voltando para junto de Shisui, que estava muito feliz, e logo segurou em sua mão, emocionado.

-Meus queridos, os clãs Uchiha e Uzumaki estão em festa hoje, seus filhos amados se unem no sagrado matrimônio, com base no amor que nutrem um pelo outro, unindo suas almas e corpos, vivendo um para o outro! Que todos os clãs sejam testemunhas desta união feita somente pelo amor.

-Naruto Uzumaki, aceita livremente Sasuke Uchiha com seu companheiro de hoje até o fim dos seus dias, prometendo amar e cuidar dele todos os dias de sua vida? Ampara-lo em cada uma de suas necessidades, e ajuda-lo sempre que preciso? Ainda que para isso coloque sua vida em risco?

-Sim, aceito! Respondeu feliz o loiro.

-Naruto Uzumaki, comprometa-se a zelar pela vida, pela alegria, pela saúde e pelo amor de seu ômega em todas as ocasiões de suas vidas, de agora até o fim de seus dias, jure pelos seus antepassados!

-Eu juro!

-Sasuke Uchiha, como ômega aceita livremente Naruto Uzumaki, e prometa amar seu companheiro até o fim de seus dias, prometendo amar e cuidar dele todos os dias de sua vida? Ampara-lo em cada uma de suas necessidades e ajuda-lo sempre que preciso? Ainda que para isso coloque sua vida em risco?

-Sim, aceito...Respondeu corado o belo Sasuke.

-Sasuke Uchiha, comprometa-se a zelar pela vida, pela alegria, pela saúde e pelo amor de seu alfa em todas as ocasiões de suas vidas, de agora até o fim de seus dias, jure pelos seus antepassados!

-Eu juro!

-Pelo amor que vejo em seus olhos e que transparece em seus corações, que a união sagrada entre um alfa e um ômega seja vista por todos como um sinal de que os tempos mudaram, que a justiça de uma vida digna e cheia de amor e felicidade seja estendida a todos que agora estão aqui, vendo com seus próprios olhos o amor desses jovens, e seu desejo de serem apenas um, nem mais alfa e nem mais ômega, mas apenas um no amor partilhado por ambos.

-Eu os declaro casados, que vivam felizes até que os deuses desejem levar embora suas almas, e que esse dia esteja bem longe, um viva para os noivos!!

Todos gritaram vivas! Os convidados enxugavam lágrimas e sorriam, o discurso foi breve e lindo, como devia ser, e cada um pensou nele com carinho depois, mesmo durante a festa, na razão máxima de duas pessoas se unirem, não pelo dinheiro, nem pela honra ou por qualquer outro motivo, além do mais puro amor.

-Naruto, pode beijar seu companheiro...

Naruto puxou um corado Sasuke para junto dele, enlaçando o mesmo pela cintura fina, e o apertando possessivo nos braços o beijou longamente, enquanto os convidados jogavam sobre eles uma chuva de pétalas de flores, para abençoar a união.

-Te amo, meu lindo ômega...Sussurrou Naruto no ouvido de Sasuke, vendo seus pelinhos de arrepiarem com a proximidade súbita.

-Eu...Eu também te amo...Respondeu baixinho o moreno, sentindo o cheiro gostoso na pele do companheiro.

Enquanto a festa rolava animada, e os noivos passeavam entre as mesas recebendo os parabéns de tantos, Obito se sentia realizado, tudo tinha corrido perfeitamente, agora podia relaxar, sua equipe daria conta do recado de agora em diante, pois ele tinha mais o que fazer, foi até o jovem e belo casal, e os abraçou muito, dando felicitações e depois saiu em busca de Castiel. Avistou Luca com Ritsuka, e um jovenzinho tímido com eles, um garoto chamado Sai, que parecia meio assustado, mas estava bem no meio do casal, que o cuidava com carinho, voltou a procurar e enfim avistou, em um cantinho mal iluminado o belo Castiel, que vestia um simples quimono branco, o que o deixava completamente lindo.

-Olá? Quer dançar comigo?

O menino o olhou meio perdido, antes de sorrir e estender a mão com certo receio.

-Podemos mesmo?

-Claro, adoro dançar! Venha.

Pegando nas mãos macias de Castiel, eles rodopiaram pelo salão, até ficarem cansados, e então Obito sorriu de leve ao ver que eram observados por Minato e Kushina, que estavam dançando também.

-E então, entregou a carta aos seus tios?

-Sim, pedi que me dessem algo para fazer, não quero um casamento arranjado...E eles concordaram, vão pensar em algo, depois da festa, é claro. Me deixaram viver aqui, graças aos deuses...

Obito olhava a pequena boca que se mexia, mas mal ouvia as palavras, estava ficando tonto de desejo, por isso não resistiu e se aproximou, beijando ele, apertando seus corpos, o enlaçando com carinho pela cintura, adorando seu aroma único, e quando o soltou olhou em sua face afogueada e bela.

-Posso dizer que estou apaixonado por você?

-Ah...Por mim? Eu...Eu...Nem sei o que dizer...

-Diga que me dá uma chance.

-Mas eu...Sou só um ômega...E fui expulso de minha casa, vou viver de favor na casa dos meus tios...

-Eu não ligo para nada disso, ligo para você, lindo Castiel...

Obito levou o menino pelos jardins, até uma pequena sala meio escondida e entraram, sem cerimônia o mais velho trancou a porta e se aproximou do trêmulo ômega, dando mais um beijo nele, e o levando mansamente até um sofá, onde o deitou com carinho, ficando sob ele, acariciando seu rosto enquanto o beijava com carinho.

-Castiel, posso tirar seu quimono?

-P-pode...

E Obito soltou a roupa, vendo o corpo branquinho dele surgir a sua frente, mas ficou espantado ao ver cicatrizes recentes, ainda rosadas na pele tão pálida, eram marcas finas, provavelmente feitas com um chicote, olhou para o jovem de um jeito interrogativo, e ele tentou se cobrir, mas o outro não deixou.

-Quem fez isso?

-Meu...Meu pai, quando eu entrei no cio...Ele me chicoteou por dois ou três dias, sempre que eu gritava pela dor do cio, dizia que era para aplacar meu desejo proibido e sujo...

Castiel se levantou e mostrou as costas, repletas de marcas rosadas, maculando a pele branquinha, deixou lágrimas descerem mansas.

-Eu sei que são feias...Se quiser pode ir embora, eu entendo...Falou num sussurro quase baixo demais.

-Pelos deuses, não! Fiquei chocado, sabia pelo que disse que ele tinha te machucado, mas não pensei que fosse assim, que bom que agora está aqui, com pessoas boas que nunca vão te machucar...Eu estou aqui, e nunca vou te machucar...

Obito deitou novamente o menino no sofá, notando seu nervosismo, e beijou o pescoço lentamente, enquanto brincava em seus mamilos com a ponta dos dedos e o ouvia gemer baixinho...

-Obito...Eu não tive ninguém no meu cio, nunca tive ninguém, estou assustado...

-Calma, vou te ensinar, é gostoso, não tenha vergonha de mim, nem medo...

O moreno beijou o corpinho todo dele, principalmente as cicatrizes sensíveis, e acariciou sua pele macia e cheirosa, o aroma se intensificava a cada novo beijo, a cada nova carícia, e o deixava louco, mesmo sendo ele um beta, era tão inebriante e bom!

Abriu as pernas do menino e lambeu seu sexo pulsante, o sentindo aumentar de tamanho em sua boca, excitado agora, e tocou sua entrada mansamente, molhada pelo fluído que descia, invadindo o quarto com aquele perfume maravilhoso, como estava molhado foi fácil introduzir um dedo, e ouvir ele gemer, entrou com mais um dedo e fez movimentos leves, estocando e saindo dele, fazendo ele se acostumar a ser invadido, até que sentindo sua própria ereção dolorida pelo desejo de possuir o garoto, colocou seu membro pulsante na entrada rosada do pequeno, e o sentiu quente e úmido, entrou lentamente, segurando as pernas do outro, gemendo junto a ele.

Castiel observava aturdido aquele pênis entrando nele, via pela posição que estava o membro sumir dentro de seu corpo e depois sair, molhado, gemia de prazer a cada nova entrada, e pedia por mais toda vez que ele saia, gemia e gemia, enlouquecido no prazer de ser possuído, de ter aquele membro quente dentro de seu corpo jovem, não sentia dor, sentia uma mistura de prazer e desejos tão intensos que a dor breve da primeira estocada tinha desaparecido de sua mente, deixando em seu lugar um prazer pulsante e louco, se mexeu no sofá, prendendo as pernas na cintura dele, e as mãos em seu pescoço, que passou a morder e chupar enquanto gemia baixinho.

-Castiel...Castiel...Repetia Obito, perdido no prazer de tomar aquele corpo gostoso, pequeno e quente para si.

-M-mais...Por favor...Entra mais...

Obito obedeceu, enfiou até o final, sentindo o pênis inteiro dentro do pequeno, que arfou com o ato, se perdendo em prazer, e agora em um pouco de dor, jogando a cabeça para traz no sofá, e fechando os olhos claros, o peito subindo e descendo em desespero por mais ar, mas seus mamilos rosados pareciam querer mais, precisavam de mais, e o moreno tomou nos lábios e sugou um, enquanto acariciava o outro, lambendo e chupando aqueles botões doces e deliciosos que o viciavam perdidamente.

Entrou e o sentiu inteiro, apertado, perfeito, sentiu a ereção roçando em sua barriga, tão dura quanto a sua própria, e pegou aquele pênis na mão, fazendo o menino delirar agora, o masturbou no ritmo exato das estocadas, cada vez mais rápidas, estava no seu limite, e sentia o pequeno em seu limite também, o pré gozo escorrendo em sua mão, e gemeu ao gozar no corpo quente, e sentir o líquido perolado e perfumado molhar toda a sua barriga, chegando ao seu peito, até que saiu dele, e se jogou ao seu lado no pequeno sofá, o puxando para ficar em cima.

-Nossa! Que delícia Cas...

-Tem razão, eu gostei...

Os dois riram, se abraçando mais, e logo Castiel dormiu, Obito se sentou e pegou o menino nos braços, ele era tão pequeno e frágil, tocou as cicatrizes com a ponta dos dedos, acariciando a pele, e beijou os lábios macios e muito rosados, o deixaria dormir um pouco mais, e depois retornariam a festa, tinha que falar com Madara, não iria embora sem Castiel, tinha encontrado sua alma gêmea e precisava cuidar bem desse lindo garoto.

Notas finais
Adoro lemons...Espero que tenham gostado. Beijos de Akira-san.





21. Alfas, ômegas e betas.

Notas do Autor
Leiam essas notas para entenderem onde se situa o capítulo, esse capítulo se passa logo depois que Madara saí da vila da névoa, antes do casamento de Sasuke e Naruto, mas é importante para o andamento da fanfic.
Obrigada a todos que estão acompanhando a fanfic, um beijo a todos que comentam ou favoritam e aos leitores fantasmas também...
Ah sim...Este capítulo é sobre Deidara, e tem um lemon surpresa e super fofo para os fãs.
Perdoem se tiver erros, estou postando a noite, e estou cansada, qualquer erro eu faço a correção amanhã. Beijos de akira-san.

-Mestre, por favor...Faça comigo! O senhor sempre foi tão bom pra mim...Choramingou Deidara, olhando para o homem alto a sua frente, que parecia indiferente ao seu desespero.

-Não, Deidara, se eu aplicar a solução em você e seu corpo rejeitar, vai morrer...Não posso aceitar isso, você é inocente, não é uma das minhas cobaias.

-Mas, o senhor já tem Kakashi e ele sobreviveu!

-Sim, mas antes dele, muitos morreram, e eu não quero correr o risco com você, me escute, eu te enviarei a vila Uzumaki, vai conhecer Sasuke, um ômega que está mudando a visão do mundo, lá terá oportunidades de viver feliz, eu tenho amigos lá, eles podem te acolher.

-Mestre, eu não quero mais viver sendo um ômega, é por causa disso que fui vendido, depois abusado e torturado, até ser dado ao senhor como o pagamento de uma dívida, meus irmãos me machucaram, e se eu os encontrar na rua ainda hoje, eles podem me ferir de novo, eu não quero mais viver como um ômega, prefiro me arriscar...

Orochimaru suspirou, entendia as razões do lindo rapaz, quando o recebeu como pagamento de uma dívida ele estava muito ferido, tinha passado por maus bocados nas mãos da família e depois de um homem inescrupuloso, mas a pesquisa tinha se mostrado falha, o único experimento vivo era Kakashi, e ele foi transformado de um alfa em um ômega, o inverso era um procedimento impossível, havia a possibilidade de chegar a um beta, com sorte, mas as chances eram mínimas.

-Certo, vamos tentar, apenas uma dose, se eu notar que reagiu mal, paramos o tratamento, está bem?

-Sim, mestre...Obrigado.

Orochimaru preparou a droga potente, observou suas medidas e injetou uma pequena dose em Deidara, o deixando para descansar logo em seguida, quando ele dormiu, resolveu ir ver como estava Kakashi, já fazia três noites que ele dormia em seu quarto, era dócil e extremamente atraente, na verdade mesmo contra a sua vontade o homem já tinha percebido o obvio, estava apaixonado pelo ninja de cabelos prateados, amava aquele corpo lindo e delicado, aqueles cabelos macios e perfumados, e amava o olhar dele, sempre tão límpido e doce, e a forma como se entregava sem reservas, obedecendo cada um de seus comandos.

Abriu a porta devagar e viu o ninja dormindo na cama, o corpo delicado encolhido, uma única corrente presa ao seu tornozelo direito ainda lembrava a ele o fato de que era um escravo, é claro que o homem já tinha decidido tirar aquela corrente, não podia mais ver o rapaz assim, era doloroso ver ele sofrendo, mesmo que fosse só por causa daquela corrente. Se aproximou de mansinho e olhou o tornozelo, um tanto machucado pelo atrito constante, e seu coração se apertou, por isso pegou a chave e soltou a corrente, vendo o corpo se mover, o ninja abrir os olhos devagar e permanecer quietinho na cama.

-Como se sente hoje?

-Bem, meu mestre...O ninja respondeu baixinho.

-Venha até mim, quero senti-lo em meus braços...

O ninja obedeceu mansamente, indo se enroscar no peito largo e abraçar o outro com carinho, adorava sentir seu cheiro, seu toque, já tinha percebido que tinha se apaixonado, não pelo torturador que o feriu, mas pelo homem gentil que o carregava no colo, que o afagava a noite, que lhe dava carinhos e beijos quentes, foi com esses pensamentos que deixou escapar uma frase.

-Te amo, mestre...

Essa frase dita com tanto carinho, naquela voz macia e suave, fez Orochimaru se render, é claro que ele não iria admitir ainda, mas jamais machucaria novamente aquele ninja, ele era seu, e cuidaria dele como um tesouro, por isso o beijou tranquilamente, e fez amor com ele com todo carinho possível, depois o deixou adormecido e voltou para ver o andamento da experiencia.

Mal entrou no laboratório e já notou diferença, embora Deidara ainda estivesse dormindo, seu cheiro sempre doce e forte tinha sumido, é claro que com uma pequena dose os efeitos ainda não eram permanentes, como de Kakashi, mas tudo indicava que sim, talvez por sua determinação em ser um beta, ele teria sucesso, por isso passou os próximos dois dias administrando o hormônio que mudaria a vida de Deidara para sempre, e no final do terceiro dia observou sua experiencia viva e feliz, andando pelo laboratório.

-Está feliz agora? É um beta nada mais pode mudar essa condição, os efeitos são permanentes, e mesmo assim quer ir embora?

-Sim, eu quero, aqui nesta vila, antes do senhor meu mestre, só conheci tristeza e dor, nunca mais quero ver essas ruas de novo, quero viver em outro lugar, longe daqui...Se meu mestre permitir...Eu sei que não sou mais seu favorito, está encantado pelo ninja ômega.

-É verdade, você sempre me surpreendeu por ser tão observador, eu permito, é claro, vou escrever para Madara e Minato, e te enviarei a tempo do casamento de Naruto e Sasuke, vai me representar lá, meu lindo Deidara, e se quiser poderá viver lá, é uma linda vila, com certeza acharam uma ocupação para você.

-Obrigado mestre, por tudo...Respondeu emocionado o jovem loiro.

Com a carta em mãos e uma carruagem a postos, deu seu último adeus a seu mestre, a quem amou profundamente e partiu para a vila Uzumaki, chegou exatamente duas horas antes do casamento, foi recebido por um rapaz chamado Obito, um beta muito gentil que recebeu a carta e a encaminhou a Minato e Madara, levando Deidara para sua acomodação. Uma vez no quarto o jovem beta sorriu, era tão bom ser livre! Tomou um banho e saiu do quarto para dar uma voltinha antes do casamento, com a confusão do evento só falaria com os líderes dali uns três dias, foi andando pelos corredores que viu Luca e Ritsuka e um jovenzinho muito lindo e assustado com eles.

-Vamos Sai, ninguém pode feri-lo aqui, vai estar no meio de nós dois, é o casamento de Sasuke, se não estiver lá ele ficará magoado...

-M-mas, mas eu não quero ir, vai ter tantos alfas lá! Resmungou quase chorando o pequeno ômega.

Deidara não suportou ver aquela linda criatura sofrendo, ele já tinha sido assim, assustado e ferido, conhecia bem a sensação, só de olhar para ele soube que aquele lindo menino já devia ter sofrido muito e por muito tempo, resolveu se aproximar, o fato de ser um beta agora o enchia de coragem, pois não era movido mais pelos hormônios, era completamente livre e comum.

-Olá, desculpem, não pude deixar de ouvir, ele está bem?

-Oh, sim, bom na verdade está indo...Nada bem, qual o seu nome mesmo? Perguntou Ritsuka ao ver o loiro a sua frente.

-Sou Deidara, vim da vila da névoa, represento Orochimaru o grande alquimista e pesquisador, e vocês?

-Eu sou Ritsuka, médico e este é meu companheiro Luca, aprendiz de médico e um grande curandeiro, e aquele rapazinho ali é Sai, infelizmente devido a sua estória triste ele é bem resistente a qualquer alfa, até mesmo Naruto, o filho do líder, já não sabemos mais o que fazer para ajuda-lo.

Luca olhou bem para Deidara e teve uma ideia.

-Sente-se conosco durante o casamento, tente conversar com Sai, como é um beta ele não vai ficar tão assustado, pode nos ajudar? Sei que acabamos de nós conhecer, mas já tentamos de tudo...

Deidara adorou ser chamado de beta, era uma satisfação, se aqueles dois soubessem que apenas alguns dias ele também era um ômega e que se submeteu a um procedimento quase fatal para se livrar de sua condição certamente ficariam encantados, já que eram médico e curandeiro, olhando para o jovem Sai sentiu seu coração bater forte.

-Eu adoraria ajudar, para mim ajudar um ômega é quase um dever sagrado, mas outro dia conto isso para vocês dois...

Luca sorriu e se aproximou de Sai bem devagarinho, pousando a mão em seu ombro magro.

-Sai, esse beta se chama Deidara, ele vai conosco para a festa, é mais um para te proteger, agora aceita ir?

O jovenzinho moreno olhou para o beta de cima a baixo e sorriu de mansinho, confiava nele, por uma estranha razão o sentiu como se fossem já conhecidos, então foi até ele e segurou em seu braço, o que surpreendeu aos dois médicos.

-E-eu vou...Vou ver Sasuke se casar...Respondeu o jovenzinho, olhando nos olhos muito claros do beta, e se encolhendo em seu braço.

Um calor percorreu o corpo jovem, aquele beta sentiu um estremecimento raro em suas veias, uma sensação de posse o tomou naquele momento, e apertou delicadamente a mão que segurava em seu braço, ele mesmo era pequeno, pois tinha sido um ômega, mas aquele jovenzinho era quase uma criança em tamanho e ingenuidade do olhar, ele o protegeria com sua vida se fosse necessária, e isso era novo, normalmente precisava ser protegido!

Como faltava pouco tempo para a cerimônia eles se dirigiram para o pátio, e ele estava lindo, todo enfeitado, durante a cerimônia, até mesmo alguns alfas choraram, e depois o baile começou, Luca e Ritsuka foram dançar, e ele ficou ali com Sai, foi quando avistou o rapaz que o recebeu a algumas horas mais cedo, Obito que vinha de braços dados com um lindo garoto de aparência tímida, um ômega com certeza.

-Sai, que bom te ver na festa, e vejo que tem companhia, como se conheceram? Perguntou Obito, puxando uma cadeira e acomodando gentilmente Castiel, para logo em seguida se sentar ao seu lado.

-Ah...foi pura sorte, eu conheci ele junto com aqueles médicos que estão dançando ali...Bem, que estão se beijando agora...

-Que indelicadeza a minha, Deidara esse é Castiel, meu namorado...Apresentou Obito, sorrindo ao ver como isso deixou um sorriso no rosto lindo de Castiel, e o fez ficar corado também.

Mas Obito olhou para o jovem Sai, que parecia meio deslocado ali, assustado até.

-Deidara...Porque não leva o Sai para dar uma volta nos jardins laterais, lá está bem iluminado e muito calmo, acho que ele vai gostar, pode deixar que aviso aqueles dois, quando eles pararem de se beijar...O que deve demorar...Falou Obito rindo da pegação dos dois na pista, claro que muita gente estava na mesma, então ninguém se importava.

Não foi preciso falar duas vezes, e ele pegou na mãozinha macia e puxou o ômega para junto de si, indo pelo caminho indicado por Obito, e saindo em um lindo jardim, iluminado e bem cuidado, caminharam um pouco e se sentaram perto de uma laguinho.

-Sai, alguém te machucou? É isso?

O pequeno ômega tremeu, se encostando nele, e confirmando com a cabeça, deixando lágrimas rolarem em sua pele alva.

-Já me machucaram também...Eu sei como é...

-Verdade? Achei que isso só acontecia com ômegas...Falou Sai, triste.

-Mas eu era um ômega...te explico melhor uma outra hora, mas agora eu quero te beijar, só que primeiro quero saber se você permite, eu nunca irei forca-lo, se não quiser voltamos até o baile.

Sai olhava para ele meio inseguro, mas depois de alguns segundos se aproximou dele, um tanto tímido e ergueu o rostinho lindo, esperando o beijo, que foi dado com delicadeza em seus lábios rosados e deliciosos como uma fruta doce.

Deidara tinha experimentado o amor com seu mestre, foi um ômega doce e gentil, agora queria entender como era ser um beta, nunca imaginou que se envolveria logo de cara com um lindo e frágil ômega, alguém tão perdido e necessitado de amor e proteção quanto Sai era, por isso o beijou suavemente, e beijou aquele pescoço alvo, os braços macios, os dedos longos e apetitosos, só começava a entender como era ser um beta e se via envolvido em desejos assim...

Conforme o lindo Sai se deixava levar pelas carícias doces em seu corpo, o sangue beta tão calmo e centrado ferveu em suas veias, ardendo em vontade de tomar aquele ser a sua frente, tão vulnerável e belo, por isso o pegou no colo e voltou a mansão, indo até seu próprio quarto e fechando a porta em seguida, ouvindo a música animada agora que tocava na festa depositou o pequeno ômega na cama e se deitou ao seu lado, sentindo o doce aroma que emanava dele, era sutil, mas estava lá, e ainda havia aquele medo inebriando seus sentidos, vindos da respiração ofegante e descompassada do jovenzinho a sua frente, se deu conta de que provavelmente ele estaria com medo.

-Sai, não farei nada para machuca-lo, se algo estiver ruim me fale e eu paro, está bem?

O menino concordou com a cabeça e ficou vermelho ao ver seu quimono ser retirado suavemente, deixando seu belo corpo nu sob os lenções na cama, sua respiração se acelerou e seu rosto queimou em vergonha, mas por uma razão que desconhecia queria aquilo, queria sentir um pouco de carinho, algo que nunca sentiu em toda sua jovem vida, por isso se deixou levar.

Deidara retirou as próprias roupas e deslizou sobre o corpo frágil, mordiscando de leve seu peito alvo, lambendo os mamilos pequenos, como botões de rosas, e vendo o corpinho tremer ao toque de sua língua, deslizava as mãos pelo corpo macio, desenhando sua forma pacificamente, sem presa, com delicadeza para não assusta-lo, até chegar na entrada dele, não foi preciso lubrifica-lo, ele já estava molhado, muito molhado, por isso a sensação de prepara-lo, como o mestre sempre fazia com ele era prazerosa. Seguiu os passos que aprendeu em seu próprio corpo, colocando um dedo de cada vez, até acostuma-lo, para só então tentar entrar, mesmo assim se colocou devagar, empurrando o pênis com delicadeza, sentindo as paredes dele se fecharem ao contato com aquela invasão, e parou para acostuma-lo, quando o sentiu mais tranquilo recomeçou, até estar todo dentro dele.

Se havia algo no mundo melhor que aquilo, ele definitivamente não conhecia, já tinha sentido muito prazer com o mestre, sendo possuído, mas estava adorando possuir, entrar e tomar aquela linda bunda, sentir aquele espaço apertado a sua volta, era maravilhoso.

-Deidara...Ah...

-Está doendo Sai...

-Hum, mais rápido, por favor, está...Está tão gostoso...Pediu entre gemidos o jovem Sai.

Deidara sorriu e entrou mais, estocando mais forte, e pegando na mão o pênis do pequeno, que ardia em vontade, lhe ofereceu carinho, lhe deu tudo que podia, e ambos gemiam juntos, movendo seus corpos no mesmo ritmo frenético e gostoso, até que juntos tremeram, chegando a um orgasmo delicioso. O loiro sorriu, saindo do corpo do menor, e puxando ele para junto de si, acariciando seus cabelos e seu rosto afogueado, e ainda ouviam a música doce que vinha da festa, e que acalentou a ambos em seus braços, os levando para o sono mais gostoso possível, depois de tanto amar um ao outro.

Notas finais
Novamente peço desculpas se encontrarem erros, estou cansada hoje, mas queria postar esse capítulo, se puderem comentem ok, eu queria um par para o doce Sai...Espero que tenham gostado.





22. Romance, calor e beijos.

Notas do Autor
Muitos beijos, muito romance, muitos arranjos...Boa leitura lindos e lindas.

Naruto deitou seu amado Sasuke na cama coberta de pétalas de rosas, mas o perfume mais gostoso vinha de seu corpo ômega, que sem os cremes e sem o chá, emanava aquele delicioso perfume que inebriava o loiro completamente, e para completar o jovem Uchiha estava completamente sensual naquele quimono vermelho, que durante toda a festa de casamento Naruto quis tanto arrancar.

Sasuke sorrindo pegou uma rosa que estava intacta num vaso ao lado da cama e a passou pelo rosto, lentamente, acariciando com suas pétalas seus lábios, tão lindos e rosados, esse gesto suave arrepiou os pelinhos do corpo todo do alfa que assistia atônito aquela cena pecaminosa e perfeita, ainda sorrindo o moreno enfiou a mão no quimono, o abrindo lentamente, até retirar a faixa de obi e abrir completamente a roupa vermelha, deixando seu corpo exposto, e desceu a rosa pelo peito, delineando um dos mamilos e gemendo com isso, o que quase fez o outro parar de respirar.

-Oh...Pelos deuses Sasuke...

Mas o moreno desceu ainda mais a rosa delicada, até tocar o próprio membro excitado e soltar suas pétalas uma a uma naquela região intima, gemendo ao faze-lo, abrindo as pernas bem devagar e molhando o dedo médio em sua boca rosada, que introduziu na própria entrada, já molhada.

-Ah...Sasuke, seu safadinho...Resmungou Naruto, mas sorriu, indo se deitar sobre o corpo quente do esposo.

-Vou morrer se não te possuir agora meu lindo...

-Então...Entra em mim Naruto, estou enlouquecendo aqui...

Naruto entrou, lentamente, sentindo as paredes apertadas dele o comprimindo, era deliciosa essa sensação de toma-lo, possuir aquele corpo quente, que agora era só seu, se ajustou ao corpo e entrou até o final, seguindo os gemidos de Sasuke com beijos roubados em sua boquinha semi aberta, estocou lentamente, acostumando seu corpo ao calor do seu e quando o sentiu mais quente, se soltou dele, o virando na cama, e o deixando de quatro, pernas bem abertas, nádegas branquinhas em suas mãos insanas, que abriram ambas, mostrando a entrada rosada e molhada dele, e entrou novamente, desta vez Sasuke gritou, e rebolou nele, perdido em um prazer que o tomava por inteiro, o enlouquecia, cada nova estocada atingia o ponto exato e perfeito que o deixava sem ar, maravilhado em desejos, por isso jogava seu corpo contra o dele, mesmo sabendo que ficaria dolorido depois, agora o queria mais e mais dentro dele.

Naruto agarrou o membro do outro na mão, e o movimentou num ritmo louco, o que fez Sasuke delirar, era muito ser atacado desse jeito em dois lugares, gemeu e gemeu, preso naquele prazer insano, mas o outro ainda queria mais, e novamente se moveu, fazendo ele se sentar em seu colo, e com rapidez o penetrou de novo, desta vez segurando em sua cintura e o ajudando a se mover, para cima e para baixo, o prazer quase explodia em seus corpos suados, no limite, e ainda assim se tocavam, as mãos correndo pelos corpos, sedentas por mais.

-Naruto, mais! Eu quero que me coma! Eu quero mais!

-Vem, meu moreno lindo, rebola em mim...

Sasuke rebolou e logo gritou, seu prazer jorrando quente na barriga lisinha de Naruto, e então como seu corpo tremeu e se contorceu, vibrando em contrações involuntárias fez Naruto chegar ao limite dentro dele, apertado e quente, e gozar loucamente, enchendo o outro com seu sêmen. O loiro apertou o moreno nos braços, ainda dentro dele, e o puxou para seu afago, dando beijinhos em seus cabelos, em seu rosto todo, até que o enlaçou apertado e sussurrou em seu ouvido...

-Te amo, Sasuke Uchiha mais que a própria vida.

-Naru, também te amo...

O moreno sentou na cama, e gemeu de dor, olhando para o loiro.

-Mas eu sempre acabo meio dolorido...

-A culpa é toda sua, sensualizando com aquela rosa, quase tive um enfarte! A visão dos deuses meu moreno lindo...

-Sério? Gostou mesmo? Perguntou Sasuke corado.

-Claro! Lindo demais...Respondeu Naruto o abraçando.

-Quer um banho quente meu amor, para ajudar a relaxar? Perguntou Naruto carinhoso.

-Quero sim...Respondeu Sasuke, quase dormindo, o que só o deixava mais fofo, e neste momento Naruto pensou no quanto estava feliz...

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Gaara não conseguia dormir, seu sono nunca foi muito bom, mas estar em uma casa diferente só piorava a situação, e naquele momento ele pensava numa forma de contar ao amado que estava grávido, e muito, muito assustado, nunca pensou nisso antes, é claro que sendo um ômega sabia que era possível, mas ele nunca na vida chegou a pensar nisso, por isso não lembrou das folhas de chá que deveria ter usado desde de o começo do cio. Agora com Itachi cheio de planos para a vila seu coração estava apertado, eles tinham muitas viagens marcadas, para fazer alianças com outras vilas, inclusive com a sua, a vila da areia, e ele podia acabar estragando tudo...

O ruivo andava de um lado para o outro, sem sono, preocupado, quando sentiu mãos quentes a tocar em seus ombros.

-Lindinho, o que o perturba? Perguntou Itachi que já vinha notando a inquietação de seu namorado.

-Nada...É que eu não consigo dormir bem fora de casa...Lembra como demorei a dormir bem em sua vila?

-Bom, tem um jeito não é?

-Tem...qual? Perguntou o ruivinho com carinha inocente, só para provocar.

Itachi pegou ele pela cintura e o ergueu, segurando em sua bunda, e ele riu, enlaçando as pernas na cintura do namorado safado, recebendo beijos molhados pelo pescoço e pela rosto todo, notou que andavam, mas estava perdido em carícias, só sentiu a cama ao ser deitado nos lenções macios, e sentir as mãos atrevidas já dentro de sua camisa, tocando seu corpo com agilidade, mas com aquela delicadeza que ele sempre tinha, fechou os olhos adorando aqueles toques, os dedos longos a roçar em suas coxas, indo até a virilha e a explorando gentilmente, tocando seu membro nu, acariciando, enquanto a outra mão já tocava sua entrada molhada, abrindo espaço até que dois dedos atrevidos o tomavam. Arqueou as costas na cama, enlouquecido, e gemeu o nome do namorado várias vezes, mordendo seus ombros, e arranhando suas costas nuas, até que gritou de prazer ao sentir o membro rijo e forte dentro de seu corpo, entrando devagar e sem pausas, até o preencher inteiro, e como era bom senti-lo ali...

Itachi o apertava com carinho, e segurava em suas coxas, as mantendo erguidas, guiados pelo desejo louco de possuir aquele corpinho delicioso, perfumado e muito quente, entrou e saiu, ás vezes indo até o fundo, e outras mal o tocando, torturando-se naquela gostosa sensação, até que sem mais suportar gemeu e gozou dentro dele.

-Desculpe meu lindo...Queria que fossemos juntos...

-itachi...Gemeu Gaara, e o moreno entendeu, descendo a boca até o membro e o tomando inteiro, o que fez o outro delirar de prazer, adorava dar prazer ao companheiro, ver seu rosto lindo mudar tanto, seus olhos se tornarem ainda mais claros e doces, ver seus lábios rubros e molhados, e o sentir tremendo em sua boca.

Itachi sorveu o líquido doce do seu ômega e lambeu os lábios, sorrindo ao ver como o outro se deixou ficar, largado na cama, já quase dormindo.

-O sono voltou meu lindinho?

-Hum...Voltou amor, eu posso te contar uma coisa?

-Claro! Pode me contar tudo.

-Você vai ser pai...Falou Gaara e dormiu em seguida, deixando Itachi estarrecido, até que um sorriso nasceu em seus lábios.

-Eu vou ser pai? Uau!

Itachi deitou ao lado do namorado e o abraçou, carinhosamente pousou a mão em sua barriguinha e dormiu, sonhando com risos e muita alegria...

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Kakashi estava meio inseguro, o mestre tinha trazido roupas novas e o mandou tomar um banho demorado, usando sais de banho e espumas, mandou uma beta vir até o quarto e deixar uma bandeja com as frutas que sabia que ele mais gostava, tudo isso o deixou assustado, afinal ele ainda era só um escravo, servia para as experiências do mestre, que na verdade tinham cessado nas últimas semanas.

"Será que ele enjoou de mim? Vai me vender a outro mestre? Por isso está me dando roupas novas e frutas frescas?"

Apenas o pensamento de tal coisa o horrorizava, não queria outro mestre, embora soubesse muito bem que não tinha escolhas, no entanto se isso fosse verdade, se fosse mesmo verdade preferia morrer com uma kunai no coração ao se ver nos braços de outro, sabia como conseguir a arma, não teria o privilégio de usar óleo de prímula para aliviar a dor e partir pacificamente, mas bastava partir dessa vida infeliz, que lhe dava o amor de sua vida, e o tirava depois.

Sem querer tinha ouvido quando ainda estava na cela sobre o destino de Deidara, os outros escravos diziam que ele fora o preferido do mestre, até o dia em que o mestre enjoou dele e o vendeu a um mercador de escravos do oriente, um homem cruel que adorava bater e maltratar seus escravos, tremeu ao pensar em Deidara, lindo e loiro, se ele que era tão lindo foi trocado, então...Então ele não tinha nenhuma chance...

Terminou seu banho e vestiu o quimono delicado de pura seda, calçou as sandálias macias de couro, penteou os cabelos prateados e olhou no espelho, vendo sua imagem, notou a diferença a algumas semanas, seu rosto mais delicado, seus olhos pequenos de cores diferentes mais brilhantes, sua pele macia, os cabelos mais longos...Até suas mãos estavam diferentes, dedos longos e mais frágeis, corpo delgado e esbelto, a ausência de pelos, e o cheiro suave e adocicado que emanava agora, ele tinha se tornado exatamente como os muitos ômegas que maltratou no passado, frágil e belo.

Uma empregada veio busca-lo, e o levou até o mestre, em uma sala bonita, onde vários homens o aguardavam, entrou suavemente, sem fazer qualquer barulho, olhando para o chão, estava assustado, afinal o que estava acontecendo ali?

-Senhores, este é Kakashi, um ninja que me foi dado por Madara Uchiha líder do clã Uchiha, ele era um alfa a apenas três semanas, vejam as fotos de quando ele chegou, e agora notem por si mesmos a diferença.

O ninja tremeu com essa declaração, estava sendo apresentado como uma cobaia de laboratório que deu certo, sendo observado por outros líderes de várias vilas, mas qual seria o propósito disso?

Um dos homens, um moreno de olhos prateados se aproximou dele, e ergueu seu rosto, analisando sua pele, o tocando na face com a ponta dos dedos, o que causou uma repulsa imediata, mas ele permaneceu firme no lugar, apesar de sentir lágrimas se formando nos olhos, outros homens o cercaram, alguns o observavam apenas, outros queriam toca-lo, pegar em suas mãos, até que um deles deslizou a mão por seu corpo, o que o fez recuar na hora, enojado e muito assustado.

Orochimaru se levantou e foi até ele, estava irritado, seu rosto amargurado, transparecia nervosismo, por isso Kakashi ficou tenso na hora, pegou em suas mãos e o puxou ao meio da sala, prendendo suas mãos em algemas fortes e depois se voltou aos homens que observavam sorrindo.

-Afirmo que embora a experiência tenha dado certo, não a farei novamente, esse é o único caso que funcionou em dezenas, por isso o método não é seguro, no entanto aprendi muito com essas experiências, posso criar um soro que permite apagar o odor de um ômega por até doze horas, com um remédio assim seus filhos e filhas estarão mais seguros.

Um dos homens que parecia interessado em outras aplicações para a experiência se aproximou deles.

-E quanto ao pequeno ômega aí? Quero ver como ele ficou, já vimos as fotos dele antes, queremos ver agora, ao vivo, se me mostrar eu posso financiar sua pesquisa sobre os ômegas novamente, não ligo se eles serão beneficiados ou não, mas isso me dará projeção na politica, estarei fazendo a coisa certa...E você também.

Kakashi estremeceu, como assim ver ele? Já não estava na frente deles? Eram cegos?

Orochimaru suspirou e olhou nos olhos de Kakashi, puxando sua faixa do quimono, vendo os olhos prateados se abrirem mais, completamente apavorados agora, para um ômega ser exposto assim na frente de outros alfas era muito assustador, seu aroma doce se espalhou pela sala, fruto do medo que emanava sem controle, e os alfas ali presentes sentiram o aroma ficando alertas na hora, com mais um puxão soltou o quimono leve, abrindo a roupa macia, e expondo o corpo nu do ninja, que abaixou a cabeça deixando lágrimas quentes escorrerem pelo seu belo rosto. Alguns desses homens se aproximaram, deixando o pequeno ninja cada vez mais assustado, mas Orochimaru ficou ao seu lado, sentindo seus tremores enquanto segurava seus pulsos presos nas algemas.

-Que belo espécime de ômega, é o primeiro então? Que criação maravilhosa! A pele dele é mesmo muito macia!

-Ele é único, senhores.

-Quanto quer por ele, Orochimaru? Quero compra-lo, ainda hoje...Falou um dos homens, tocando com sua mão asquerosa a pele lisinha do peito, desliando os dedos até o umbigo, o que fez Orochimaru rosnar baixinho.

-Ele não está a venda...Como eu disse ele é único, e então chegamos a questão que quero conversar com os senhores, como sabem ele veio na condição de escravo, um escravo alfa, perigoso e forte, os documentos estão ali, mas hoje ele é um ômega, frágil e doce, não representa perigo algum, quero solicitar ao clã da névoa a liberdade dele.

Kakashi tremia tanto que mal se mantinha em pé, mas ao ouvir isso ficou ainda mais confuso.

-Porque quer a liberdade dele? Perguntou outro dos homens, analisando ainda o corpo jovem a sua frente.

-Um escravo da vila da névoa pertence a vila da névoa, eu o quero para mim, sem o risco de ter que entrega-lo ao governo, podem assinar os documentos de sua liberdade?

-O que ganhamos com isso? Perguntou sarcasticamente um deles.

-Prestígio, libertaram um garoto de experiências genéticas, devolvendo sua liberdade...Isso vai soar muito bem nas próximas eleições da vila, não acham? E ainda podem dizer que com seus esforços estão produzindo remédios eficientes para os ômegas...É claro que se não concordarem, eu posso mudar de vila, levar minha pesquisa embora...

Um dos homens pegou uma prancheta e a preencheu entregando a ele, embora estivesse meio zangado.

-Certo, fique com seu ômega, mas ele é sua responsabilidade agora, pode faze o que quiser com ele, não é mais um escravo, mas sim um dos seus servos...Se ele fugir você será incriminado e punido.

Orochimaru fechou o quimono de Kakashi, e abriu suas algemas, chamando a empregada para leva-lo de volta ao quarto, enquanto terminava as negociações, viu com olhos preocupados o ninja sair amparado pelo corredor.

Já no quarto o jovem ninja tremia sem controle, sentado na cama, abraçando os joelhos, lágrimas rolando de seus olhos, até que se assustou ao ouvir a porta se abrindo, e Orochimaru entrando devagar, indo se sentar ao seu lado na cama.

-Desculpe meu lindo, eu precisava mostrar a eles que consegui transformar um alfa em ômega, era uma maneira de assusta-los e conseguir sua liberdade, eu o queria para mim...

-Eu...Eu achei que iria me vender...Fiquei assustado, não vou ser de outro...Prefiro morrer...

Orochimaru o abraçou e sentiu suas lágrimas nos ombros, e acariciou seus cabelos macios.

-Não percebeu ainda meu ninja? Eu estou perdidamente apaixonado por você...

Kakashi o olhou ainda chorando e enlaçou seu pescoço soluçando em seu abraço.

-Eu...Eu te amo...Mestre...

O homem o soltou e o fez olhar em seus olhos negros, segurando seu queixo.

-Eu sou seu namorado agora, seu amante...Não sou mais seu mestre...

-Posso...Te chamar de amor?

Orochimaru sorriu observando os olhos marejados do lindo ômega, e selou seus lábios num beijo doce, para só então o encarar novamente.

-Sim, me chame de amor...

Notas finais
Enfim acabei esse capítulo, achei que ficou fofo e gostoso, espero que tenham curtido, Gaara vai ter bebezinho, Kakashi ganhou a liberdade e Naruto e Sasuke estão cada vez mais apaixonados...





23. Vencendo os medos, graças a você.

Notas do Autor
Esse capítulo não ficou longo, mas gostei bastante. Boa leitura!
Obs: me deêm ideias para o nome do bebe do Gaara, tá bom!

As coisas estavam indo muito bem na vila Uzumaki com a instalação do centro de atendimento aos ômegas sem lar, e sua colocação na sociedade, por meio de ajuda psicológica, que contava com betas atuando para não assusta-los, e a ajuda médica, fornecendo remédios para amenizar o desconforto do cio e ainda novidades para diminuir seu aroma natural, finalmente eram livres para ir e vir, aprender uma profissão e viver em sociedade, sendo úteis e felizes, muitos pela primeira vez na vida tendo esperanças. Houve ainda muitos resgates de ômegas que viviam como escravos, em centenas de estabelecimentos, e em muitas casas também, principalmente dos mais ricos, esses eram os mais vulneráveis, pois tinham passado por situações tão traumáticas, que só com tempo e atenção podiam ser remediadas.

É claro que logo que os primeiros ômegas aprendiam a cuidar de algum setor, se tornavam perfeitos no que faziam, se lançavam de corpo e alma, e por isso em menos de dois meses, muitos ômegas, inclusive os resgatados já trabalhavam no próprio centro, ajudando outros, e o serviço militar dobrou seu contingente, já que agora admitia ômegas, no começo ouve alguma resistência por parte dos alfas e até de alguns betas, mas ficou claro logo que começaram que eram inestimáveis estrategistas, grandes guerreiros, o que faltava em força física era compensado grandemente por sua incrível agilidade e perseverança, tanto que o próprio comandante já acreditava que eles agora eram de imensa importância para todo o exército e toda a vila, cada um dos novos soldados ômegas se inspirava em Sasuke o guerreiro ômega mais famoso, e tinham verdadeira adoração por ele, tanta que quando era avisado que o gentil e bravo guerreiro treinaria com os novatos tinham lutas ferrenhas e incríveis, em que geralmente os alfas perdiam.

Madara voltou a vila Uchiha com Shisui, Itachi e Gaara, mas Obito permaneceu mais algum tempo, estava ajudando na recuperação de muitos ômegas, os mais maltratados e traumatizados, junto com Castiel, que estava estudando com Luca para ser um médico, embora sua área de atuação escolhida tenha sido a psicologia, enquanto a de Luca a clínica médica, ambos aprendiam na prática do hospital e do centro de reabilitação, e a cada vitória se sentiam mais felizes.

Ritsuka além da felicidade de ter um companheiro tão belo e gentil, tinha a satisfação de ser o professor dele no hospital, e algumas vezes seu aluno, quando trocava os remédios conhecidos por plantas e flores usados a tanto tempo pelos curandeiros e que agora faziam parte da medicina utilizada na vila por todos, isso enriqueceu em muito a vila, trazendo mais prosperidade a todos.

Somente Deidara ainda tentava recuperar Sai, sem grandes sucessos, o pequeno ainda tinha pesadelos e muito medo de sair do quarto, não se sentia livre e não confiava em alfa nenhum, nem mesmo Naruto, que tantas vezes tentou se aproximar sem sucesso, depois de longos dois meses o loiro já não sabia mais o que fazer, e resolveu escrever ao seu antigo mestre pedindo ajuda.

Na carta explicava que Sai foi um dos antigos escravos de Kakashi, e que ele apesar dos esforços de todos, de remédios e terapia não conseguia se sentir livre e feliz, e que se fosse possível gostaria de ajuda, enviou a carta e depois de dez dias obteve uma resposta inesperada que teve que levar ao líder Minato, já que Kushina estava viajando para a vila da areia junto com um grupo de betas e ômegas para expandir a ideia de incluir totalmente todos os ômegas e ajudar a resgatar os escravizados.

Deidara se aproximou de Minato que despachava importantes documentos e esperou, o líder deixou alguns papeis sobre a mesa e lhe dirigiu toda a atenção.

-Senhor Minato, como sabe eu estou tentando ajudar Sai a melhorar, mas ele não tem tido nenhuma melhora, está cada vez mais retraído e assustado, temo que se algo não for feito vou perde-lo, por isso pedi ajuda a meu mestre Orochimaru e ele enviou um pedido formal que deve ser lido somente pelo senhor.

Minato depois que descobriu o fato incrível sobre Deidara, passou a respeitar muito o grande pesquisador, conhecido por muitos como um verdadeiro alquimista, pois ele conseguiu transformar um ômega em beta e um alfa em ômega! Leu a carta com atenção, olhando de vez em quando para Deidara a sua frente.

-Orochimaru pede minha permissão para trazer Kakashi sensei a nossa vila, pois acredita que o único que pode libertar o jovem Sai desse terrível estado de medo, de seus traumas do passado não pode ser outro senão o próprio causador de tais males, já que agora ele é um ômega como Sai.

-O senhor acha que pode funcionar? E como fica Sasuke e Naruto nisso tudo?

-Eu acho que vale a pena tentar, eu mesmo ando curioso para saber como Kakashi está...Quanto a Sasuke e Naruto, eu me entendo com eles, vou responder e enviar eu mesmo a carta, cuide do seu pequeno namorado, tenho certeza que em breve ele estará melhor.

Contar isso a Sasuke foi fácil, pois o jovem guerreiro tinha autoconfiança suficiente para não se sentir intimidado mais pelo antigo alfa que o machucou tanto, agora falar isso para o Naruto já era outra estória...

-Nunca! Nunquinha mesmo! Eu não deixo o Kakashi chegar perto da vila, mato ele antes, arranco o coração dele e faço picadinho!

Sasuke revirava os olhos, vendo o ataque do esposo.

-Amor, é pelo bem do Sai...

-Como ver aquele maldito que o machucou tanto pode fazer algum bem a ele, ficou louco meu lindo? E quanto a você?

-Bom, na verdade eu to curioso, quero ver com meus olhos como ele ficou depois da mudança...Respondeu Sasuke se aproximando de Naruto, o que sempre o desarmava.

-Acha mesmo que pode fazer algum bem ao pequeno Sai? Eu nunca vi alguém tão assustado na vida...Quando me vê se esconde ao lado de Deidara, tremendo da cabeça aos pés, fico mortificado e morro de pena dele...

-Tá vendo? Precisamos tentar...

Deidara que ouvia a tudo quieto se manifestou.

-Por favor Naruto, Sai precisa muito romper esse trauma...

O loiro impulsivo era também um alfa de coração mole, por isso acabou cedendo, mas prometeu ficar de olho em Kakashi mesmo assim, e então a carta foi enviada...

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-Mas amor...Eu quero ajudar o Sai, sei que errei muito com ele, hoje eu entendo e morro de vergonha do que fiz...Mas eu tenho medo, eles vão querer me machucar...Resmungou Kakashi, encolhido na cama.

-Eu vou estar lá, ninguém vai te machucar, eu prometo meu lindinho...

Kakashi deixou lágrimas rolarem em seu rosto pálido, estava tão feliz ali, tinha tudo que queria na vida, amor, um lar, uma razão para existir, e agora teria que voltar ao seu passado? Não queria ir, tinha medo, muito medo...

-O Naruto nunca via me perdoar...Sasuke vai querer me machucar, eu sei! E ele é muito forte, quando eu era um alfa já era difícil lutar com ele, agora sendo um ômega e sem treino a tantos meses vai ser pior...E tem Kushina e Minato, talvez eles estejam apenas querendo me pegar e depois acabar comigo...

Desta vez Kakashi escondeu o rosto no travesseiro chorando, ele era muito sensível, mas aquela era mesmo um situação complicada, ele tinha razão em estar com medo, mas Orochimaru se aproximou dele e acariciou suas costas.

-Lindinho...Confia em mim? Mais uma vez?

-Eu...Eu confio...Só estou com medo...

-Porque está tão sensível ultimamente? Estarei com você o tempo todo, segurando em sua mão, prometo!

-Tá...Então vamos...Mas o que eu falo pro menino? Nem sei como começar...

-Acho que só sua presença já fará uma grande diferença meu amor...Mas agora pare de chorar, o que quer para o jantar?

O ômega se sentou rapidamente, os olhos brilhando de satisfação.

-Quero sorvete de morando com chocolate!

-De novo? Precisa comer de verdade meu pequeno...Pelo menos um pouquinho...

-Mas eu estou enjoado...Só quero sorvete...Por favor...Pediu fazendo biquinho o jovem ninja, seus cabelos prateados caindo mais longos agora, abaixo dos ombros.

-Tá bom...Sorvete de morango com chocolate...

Notas finais
Alguém imagina a confusão que vai ser quando Kakashi voltar a vila? Totalmente mudado? E esses desejos dele o que podem ser?
Desculpem, ainda estou aprendendo a usar um novo programa que baixei pra escrever meus textos, por isso ás vezes acaba indo um pedacinho do outro capítulo no final...desculpem, estou tentando consertar.





24. Nem tudo é o que parece.

Notas do Autor
Boa leitura a todos!!! Hoje o capítulo está uma delícia de ler, aproveitem...
E eu estou anotando os nomes, obrigada por me darem idéias, acho que tenho um favorito, dois no caso para os bebezinhos que viram. Beijos de Akira-san.

Já faziam aproximadamente quinze dias desde de a resposta de Orochimaru, e com certeza em breve ele iria chegar junto com Kakashi, uma leve ruga de preocupação apareceu na pele imaculada de Minato, sua preocupação? Bom, sua única preocupação sempre foi Naruto, tinha um certo medo de que o filho teimoso pudesse querer fazer algo contra o antigo ninja, e isso seria bem desastroso, já que agora como um ômega Kakashi estava livre de qualquer acusação e vinha em missão de paz, e pelo que ele entendeu o jovem era protegido do alquimista.

"Oh céus...Bem quando preciso tanto de ajuda Kushina ainda está na vila da areia..." Pensou Minato inquieto, foi bem nesse momento que um dos seus soldados se aproximou trazendo um recado.

-Senhor Minato, um mensageiro de Orochimaru acabou de chegar, está descansando no momento, ele informa que a comitiva deve chegar dentro de poucas horas a nossa vila, com aproximadamente dez betas, e mais Orochimaru e Kakashi sensei.

-Obrigado, por favor providencie acomodações, e chame aqui Naruto e Sasuke, depois está dispensado.

-Sim, senhor Logo, Naruto entrou na sala, seguido de Sasuke, estavam suados e cansados, tinham passado a manhã toda treinando os novos aspirantes a guerreiros, boa parte ômegas, e embora cansados pareciam muito felizes . -Muito bem, quero avisar de daqui a algumas horas Orochimaru estará chegando com Kakashi e uma comitiva, tenho certeza que não teremos problemas não é?

Ele conhecia tão bem o filho que tinha, e apesar de acreditar que Sasuke nunca tentaria ferir Kakashi o mesmo já não tinha certeza de Naruto, que era muito teimoso e quando colocava uma coisa na cabeça era difícil de tirar.

-Tudo bem pai, conversei com Sasuke, e embora eu não aceite muito bem isso, sei que é pelo bem do Sai, então...Vou ficar quietinho na minha, prometo! É claro que ele tinha cruzado os dedos nas costas...

Com tudo certo, os dois foram para o quarto tomar um banho e depois ir avisar Deidara e Sai, para receberem a comitiva junto com Minato, Obito e Castiel estavam no hospital, o pequeno ômega tinha uma bateria de exames de rotina para fazer, devido a descoberta recente de que teria um bebe, e claro que todos estavam empolgados, o jovenzinho era agora o centro das atenções, todos o paparicavam.

No horário marcado lá estavam todos, aguardando e a carruagem chegou, pontualmente, alguns betas já tinham chegado na frente, um pequeno contingente de homens e mulheres bem treinados e muito educados, assim que a carruagem parou e a porta se abriu, saiu Orochimaru de dentro, um homem alto e de cabelos negros, olhos intensos e curiosos que percorreram todo o local como se estivesse se certificando de que era seguro, foi Minato quem se aproximou primeiro, estendendo a mão cordialmente.

-Bem vindo, Orochimaru, não se preocupe com nada, eu sou Minato o líder da vila Uzumaki, e prometo que nada vai acontecer a Kakashi sob meu teto, tem minha palavra.

-E quanto ao fato de ele ser considerado um prisioneiro aqui?

-Já foi revogado, nosso prisioneiro era um alfa, pelo que sei ele é um ômega, nossa vila é a mais avançada em cuidados e inclusão ômega, não há nada contra ele aqui.

Orochimaru estendeu a mão e uma pequena mão pálida pousou na sua, os que observavam a cena mal respiravam, principalmente Naruto que só esperava uma oportunidade para atacar o ninja terrível que conheceu e que feriu seu amado, mas quem saiu de dentro da carruagem foi um ômega tímido de cabelos longos e prateados, olhos brilhantes e assustados, vestido com um quimono negro com estampas de flores de cerejeiras, era a mais pura imagem da doçura, ninguém em sua sã consciência poderia querer ferir alguém tão lindo e frágil. Por insistência de Orochimaru o pequeno ninja não usou nada para bloquear seu aroma de ômega, e por isso um cheiro doce e suave, como de flores colhidas na hora invadiu o ambiente.

Naruto estava de boca aberta, aquele a sua frente era um ômega perfeito, lindo e parecia muito assustado, principalmente quando os olhos deles se cruzaram aos seus, o fazendo de imediato abaixar o olhar, apertando a mão que segurava a sua em busca de apoio, já Sasuke parecia encantado com a total mudança do seu antigo inimigo, e por isso sorriu abertamente.

Orochimaru segurou firme na mão do jovem e caminhou até a casa, seguido pelos outros, o tempo todo Kakashi parecia muito assustado, olhando somente para o chão, quando entraram foram encaminhados a uma sala de visitas, onde foi servido alguns lanches leves e sucos de várias frutas da estação, bem refrescantes para atenuar o cansaço da viagem, foi quando finalmente começaram a conversar.

-Estou completamente abismado com essa transformação! Eu conheço Kakashi desde de pequeno, e não consigo acreditar em meus olhos, é claro que meu olfato de alfa me diz claramente que ele é mesmo um ômega, e sua aparência...Pelos deuses! Como mudou! Falou Minato, visivelmente impressionado, como todos.

O jovem Kakashi estava sentado ao lado de seu namorado alquimista, ainda segurando em sua mão, estava corado, tinha medo de encarar a todos ali presentes, tinha medo dos olhares deles, de sua reação, de como o tratariam, e ainda não tinha visto o ômega Sai, que era o motivo de sua terrível visita até sua antiga vila.

-Por favor sirvam-se de sucos e algum lanche, ficarei feliz se notar que estão se sentindo bem, como eu disse não tenham nenhum receio, sua visita é muito bem vinda. Reafirmou Minato, notando o modo como o jovem estava.

-Sim, aceito, na verdade estamos cansados da viagem que é bem longa, quer um suco meu amor? Perguntou o alquimista ao pequeno ômega ao seu lado, que o olhou e confirmou com um aceno da cabeça, por isso o homem pegou um copo de suco e ofereceu gentilmente a ele, cortando também uma fatia de bolo que também lhe deu.

-Então...Devo supor que estão juntos? Perguntou Naruto, olhando um tanto irritado para eles.

-Naru! Não seja indelicado! Reclamou Sasuke, dando um cutução no esposo sem modos.

-Desculpe esse loiro sem modos, eu estou feliz de te ver Kakashi...Não guardo mais mágoas de você, sei que é um homem diferente agora, que pode entender o que um ômega sente, por favor não tenha medo de mim...E dizendo isso Sasuke se levantou e foi até Kakashi, ficando em sua frente, o que causou um grande susto no pequeno, que ficou pálido e se encolheu no sofá, buscando fugir ao contato.

-Kakashi...Não vou machuca-lo...Falou Sasuke, completamente comovido com o medo do outro ômega, ele sempre teve esse senso de proteção muito forte, e agora que via o outro tão assustado seu instinto era apenas o de cuidar dele.

-V-você...Você jura? J-jura mesmo que não quer me machucar? Perguntou Kakashi com sua voz suave e macia, levemente trêmula, o que fez o outro tentar ser o mais gentil possível.

-Juro que não vou machuca-lo.

-Tá bom...Respondeu o ninja pegando na mão que lhe era oferecida e sorrindo timidamente para ele.

-Sasuke...Me perdoe por favor...Eu não entendia...Me perdoe...

-Claro que te perdoo, você é um ômega agora, é um irmão pra mim...

Kakashi ouviu essas palavras e elas tocaram fundo em seu coração, lágrimas brotaram em seus olhos e ele foi puxado para os braços de Sasuke, que o envolveu em um abraço carinhoso, e afagou seus cabelos prateados, ele correspondeu ao carinho e acabou deixando as lágrimas caírem mansas pela face bela.

-Obrigado...Falou suavemente e sorriu pela primeira vez desde de que começou aquela jornada.

Naruto assistiu a tudo com um bico enorme, primeiro porque detestava ver seu amado abraçando outra pessoa, mesmo essa pessoa sendo um ômega tão doce...Espera ai, ele pensou mesmo isso? O loiro se irritou, estava caindo na doçura dele como todos, Orochimaru era mesmo um mestre, foi enquanto isso acontecia que Deidara entrou na sala, trazendo pela mão um jovenzinho pequeno, o menor do grupo, era Sai que olhava para todos muito assustado, e quando viu Kakashi gemeu baixinho e tentou fugir, mas foi impedido facilmente por Deidara que o puxou para mais perto, o acalmando.

Quando Kakashi viu o pequeno também ficou tenso, não sabia o que fazer, como se comportar, tinha medo desse encontro, tinha medo de dizer algo errado, de fazer algo errado, mas mesmo assim percebeu as sequelas que deixou no menino, se lembrava de tudo, ainda que como se tivesse acontecido a outra pessoa, e se horrorizava a cada lembrança, ele tinha machucado e humilhado muito aquele ali, tinha sido um monstro...

-Sai...Eu sinto muito mesmo, eu fui um monstro com você, nada do que eu fizer pode fazer o tempo voltar, não sei se alguma coisa pode corrigir o que eu fiz, acho que não, mas eu sinto muito...Sinto muito mesmo, seja lá o que quiser que aconteça comigo, eu sei que mereço...

O menino olhou novamente para o homem a sua frente, farejou o ar de um jeito diferente, como um gato, e depois se aproximou dele, cautelosamente.

-Você é mesmo ele? É mesmo Kakashi? Mas...Mas você é um ômega!

-Sim...Eu sou um ômega, eu te entendo agora, não posso pedir perdão a você, eu sei disso...Mas posso dizer que eu te entendo, eu entendo o medo, porque sinto medo, entendo que quando estamos cercados de alfas é difícil se controlar, dá vontade de fugir para um local seguro para os braços de alguém que possa nos proteger...Eu fiquei com muito medo quando cheguei...Eu ainda estou com medo...

-Sério? Você também tem medo? Assim...Assim como eu?

-Sim, eu tenho...Eu te entendo Sai...

O menino chegou pertinho de Kakashi e cheirou o ar novamente, tentando entender aquela mudança, quantas vezes aquele homem o machucou no passado, o tomando sem nenhum cuidado, batendo nele quando chorava, o jogando numa cela fria e vazia, ele realmente tinha sido um monstro, mas agora...Bom, agora ele era um ômega, ele entendia, e com certeza estava sendo sincero.

-Me diz então, Kakashi, como a gente faz para não ter medo mais...Para esquecer a dor e o sofrimento...

-Eu não sei...Eu também sofri...Sei exatamente como você se sentiu, eu ainda era um alfa quando...Quando entendi como você se sentia...E agora eu entendo mais, só que acho que o medo nunca vai embora, a gente só entende que pode confiar nos outros, naqueles que nos cercam, aqueles que podem cuidar da gente...

Kakashi olhou para Orochimaru buscando algo mais para dizer, mas ele apenas sorriu satisfeito, Sai também sorriu, era a primeira vez que ele sorria no meio de outras pessoas, era um grande avanço, seus olhos escuros procuraram Deidara e ele se aproximou abraçando o pequeno que parecia melhor.

Deidara olhou para Kakashi e agradeceu com o olhar, sabia que tinha sido muito difícil ele voltar até ali, enfrentar a todos, e tinha valido a pena. Depois de tudo isso, eles se recolheram para descansar, a noite teriam um jantar e conversariam mais, Naruto viu que eles foram para as fontes termais e achou que podia tirar proveito disso, quem sabe ficar sozinho com Kakashi para lhe dar uma lição merecida!

Notas finais
Ok, espero que tenham gostado, até o próximo!





25. Nem tudo é o que parece parte 2.

Notas do Autor
Pois é...Naruto cabeça de vento! Não machuca o Kakashi meu lindo, você não sabe que ele agora é um ômega e está esperando um bebezinho ou dois? Não, ele não sabe...Oh dificuldade, em "Nem tudo é o que parece parte 2" o nosso lindinho loiro teimoso vai fingir ser bonzinho só para pegar o Kakashi e machucar ele...Será que algo vai salvar o ômega?

As águas termais pareciam uma boa pedida depois de uma viagem cansativa e desgastante, e serviria para acalmar os músculos doloridos pela tensão que tinham vivenciado a pouco, é verdade que tudo parecia ter dado certo, mas nem sempre as coisas são exatamente como parecem...Mesmo assim Orochimaru e Kakashi foram para as águas termais, em um espaço mais reservado, onde poderiam relaxar e descansar em paz.

-Amor, acha que tudo deu certo?

-Sim meu lindinho...Eu acho, fiquei impressionado com a bondade de Sasuke Uchiha, quando ele te viu com medo não pensou duas vezes em querer te proteger, mesmo depois de tudo, ele é mesmo um grande guerreiro, pois tem a alma nobre.

Kakashi estava muito inquieto, voltar ali o deixava desconfortável, tinha medo até da sombra, a todo momento parecia que alguém sairia do escuro para pega-lo e condena-lo pelos crimes como alfa, só que agora ele era diferente, tinha sentimentos e arrependimentos, será que poderia um dia ser feliz? Esquecer o passado ou conviver com ele?

-O que ouve meu lindo? Ainda preocupado...Com Sai? Eu achei que ver você o ajudou.

-Não...Mas eu fiz tanto mal as pessoas...Eu não sei se mereço ser feliz...Tenho a impressão de que algo de ruim vai me acontecer.

Orochimaru se aproximou dele e tocou seu rosto devagar, o fazendo olhar em seus olhos negros.

-Todos nós temos nossos arrependimentos, eu tenho muitos, provavelmente bem mais que você, eu até mesmo te maltratei bastante, eu fui tão mal quanto você foi com Sasuke, mas como ele você me perdoou e eu estou aqui, e acho que merecemos ser felizes, então se acalme e relaxe, a água quentinha está uma delícia.

-Tá bom...Eu vou tentar...Responder mais tranquilo o ninja.

Foi nesse momento que um mensageiro entrou pedindo licença e entregou um bilhete a Orochimaru que o leu e depois saiu da água, um tanto desapontado.

-Fique ai e aproveite a água, vou atender um caso urgente a pedido de Minato, parece que uma ômega fêmea está em trabalho de parto e todos os médicos estão ocupados, como sou médico também fui convocado, talvez seja só um alarme falso, os ômegas ficam muito sensíveis quando perto de ganhar o bebe, eu volto logo, se quiser pode voltar ao quarto depois, é só seguir esse corredor e entrar no segundo quarto a direita.

-Volte logo...E se cuida...

O moreno vestiu um robe e calçou os chinelos, se encaminhando ao quarto para se vestir e pegar sua maleta que sempre carregava consigo, deixando o seu jovem namorado sozinho na piscina de água termal, ele se afundou mais e olhou as estrelas que naquela noite estavam muito brilhantes, depois de cinco minutos ouviu o som de passos e achou que seu namorado podia mesmo ter voltado, mas viu na verdade um sorriso debochado no rosto bonito de Naruto Uzumaki, que vinha andando devagar, até parar pertinho da piscina e olhar bem fixamente para o ninja na água.

-Não tem chamado algum, dei um endereço distante, pelo menos trinta minutos para ir e trinta para voltar, se ele correr, tempo suficiente para eu me vingar por ter sequestrado e machucado meu Sasuke, seu ninja infeliz...Falou Naruto cheio de ódio e rancor.

O belo ninja não tinha como se defender dele, sem treinar a muito tempo, e tendo sofrido aquela profunda transformação não tinha forças para lutar, nem mais habilidade, e ainda havia outro problema que estava tentando esconder, pelo menos até voltar para casa, tinha certeza que estava esperando um bebe.

-Naruto...Por favor...Não me bate, eu sei que mereço, mas não faz isso...Pediu o ninja se levantando e ficando do outro lado da piscina, buscando um robe para se vestir, tremia da cabeça aos pés.

-Eu não caiu nessa de ômega bonzinho, nada é o que parece nessa vida...Uma vez mau sempre mau! Falou o loiro avançando devagar, segurando uma kunai na mão, que ele movia com destreza calculada.

-Eu...Eu não consigo mais lutar, fiquei muito debilitado com a mudança...Por favor Naruto, até mesmo Sasuke me perdoou, por favor...

-Sasuke caiu direitinho nessa sua estorinha de bom moço...Eu não...Naruto parou, agora em frente ao ninja, que estava sem saída, encostado na parede de pedras, a respiração acelerada e entrecortada pelo medo.

Naruto ergueu a kunai e chegou mais perto, olhando os olhos claros e assustados a sua frente, ele escorregou e se ajoelhou no chão, e em vez de proteger o rosto, levou as duas mãos ao ventre, protegendo a barriga e fechando os olhos.

-Por favor não bate na minha barriga...

Tarde demais, um chute forte acertou suas mãos que protegiam a região, e ele caiu de lado, tossindo, mas novamente se encolheu como uma bolinha, pensando em proteger a todo custo aquela região, outros chutes e socos o acertaram, seus ombros doíam, suas pernas doíam, um calor atingiu seu olho esquerdo, e tudo ficou vermelho, ele fechou os olhos, chorava agora, encolhido no chão, quando sentiu mãos fortes puxar suas pernas, o arrastando pelo chão, puxando sem nenhuma dificuldade, enquanto ele esperneava, tentando se livrar.

-Porque está se encolhendo? Acha que tenho dó de você? Eu nem comecei ainda...

-Naruto...Por favor, por favor pare...

-Naruto! O que está fazendo? Naruto! Gritou Sasuke, que tinha estranhado a maneira como o companheiro tinha saído, furtivamente levando uma kunai escondido nas mangas do quimono, mas não podia acreditar no que via, no chão implorando estava Kakashi, um corte aberto marcava seu lindo rosto, onde o sangue descia fresco, suas mãos estavam feridas, suas pernas cheias de cortes finos que também sangravam, e ele se mantinha encolhido, protegendo a barriga...Protegendo a barriga?

Sasuke viu o ódio brilhar nos olhos muito azuis do companheiro, e a kunai ser levantada no ar com determinação.

-Sasuke, ele precisa pagar pelo que fez a você, eu não aceito isso, nunca aceitei...

-Não! Naruto ele está grávido!

Sasuke pulou na frente da lâmina que brilhou a centímetros de seu peito e parou, caindo com um som estridente no chão, e o silêncio que se fez era quebrado pelos soluços de Kakashi e seus gemidos de dor.

-O que? Como assim grávido? Como pode saber Sasu, é uma mentira que ouviu! Ele está fingindo ser fraco, deixa eu bater nele, logo ele se levanta e parte pra cima de mim, e você vai ver como ele está mentindo!

-Naru, olha pra ele! Olha o ômega em quem você está batendo, olha como ele está assustado, se encolhendo, e como protege a barriga...Como pode? Eu perdoei ele, eu que sofri, eu que chorei, eu perdoei Naruto, você não tem o direito de fazer isso!

Naruto voltou a realidade, seu ódio sumiu com as palavras de Sasuke, olhou para o jovem ômega e viu o que fez, se desesperou ao ver os cortes, o sangue e o modo como ele tremia e chorava.

-Sasuke, me ajuda...Tá doendo, tá doendo muito! Chama Orochimaru...

O moreno viu o sangue em primeiro lugar, que escorria pelas pernas brancas do pequeno ômega, não vinha dos cortes, era muito sangue, era uma hemorragia, o pegou no colo, ouvindo seus gemidos de dor, e percebendo como ele se contorcia em seus braços, passou por Naruto sem olhar para ele.

-Faça algo decente, chame seu pai, e busque Orochimaru, Luca e Ritsuka, precisamos de médicos, agora!

Naruto correu, suas pernas meio bambas agora ao ver o que fez, ao sentir a raiva na voz sempre tão doce de seu esposo, podia perde-lo por sua teimosia, não! Se perdesse Sasuke morreria...Correu o mais rápido que suas pernas permitiam, entrou no hospital aos trancos e sem fôlego, procurando por Luca ou Ritsuka e os avistou tomando um café na recepção.

-Venham, é urgente, é Kakashi...

Os dois o seguiram sem falar nada, e correram o mais rápido possível até chegar a mansão, enquanto eles iam ao quarto, Naruto corria até o pai, como desejou ter a mãe ali naquele momento, ela sempre consertava tudo, por isso era uma diplomata, como Orochimaru iria reagir a isso?

-Pai! Pai! Venha, eu fiz algo muito ruim, posso ter machucado muito o Kakashi...Ah...Pai, acho que ele está perdendo o bebe!

-O que? Naruto, pelos deuses filho, eu te pedi, porque não me ouviu? Porque não ouviu Sasuke?

Naruto abaixou a cabeça e Minato passou por ele, indo direto ao quarto de Orochimaru, ouviu os gritos na porta, e foi barrado por um segurança.

-Senhor Minato, me perdoe, mas o senhor Ritsuka disse para deixar somente o senhor Orochimaru entar, falou que é um procedimento difícil...Eu sinto muito...

-Está tudo bem, é o certo, vou esperar aqui...

Minato viu o filho vir de cabeça baixa e se sentar ao seu lado, e se encolher com os gritos que vinham do quarto, contou tudo ao pai, chorando depois, abraçado a ele.

-Pelos deuses meu filho...Como vamos contar isso a Orochimaru...

-Contar o que, Minato? Falou o alquimista muito nervoso olhando para os dois, mas quando ouviu a voz desesperada de Kakashi, os esqueceu e entrou no quarto quase jogando o guarda longe, a porta bateu com estrondo e se fechou, deixando os dois ali, sem saber o que fazer.

Orochimaru entrou no quarto e se assustou ao ver Kakashi sangrando e se contorcendo na cama, enquanto Luca tentava conter a hemorragia administrando um injeção de um líquido verde, mas mal conseguiam segurar o ômega que se debatia aflito.

-O que ouve aqui?

-Por favor, segura ele! Agora! Gritou Ritsuka, que prendia as pernas do ninja, enquanto Sasuke segurava seus braços, soluçando de tanto chorar, sem mais uma palavra ele segurou o corpo que tanto amava e viu a seringa finalmente injetar o líquido verde no braço de Kakashi que amoleceu rapidamente, fechando os olhos.

-Orochimaru, estou tentando conter a hemorragia, mas acho que ele perdeu o bebe...Sinto muito, é muito cedo para ter certeza, mas a julgar pela quantidade de sangue e pelos gritos dor...Bom, tenho quase certeza. Explicou Luca, enxugando a testa do ninja com uma toalha molhada.

-O que são todos esses cortes? Quem machucou ele? E eu nem sabia...Nem sabia que ele estava...

Orochimaru sempre tão forte chorou, sentou ao lado do menor e pegou em sua mão fria, suada, e chorou, apoiando a cabeça em seu peito que subia e descia de maneira mais regular agora.

Sasuke jogava fora uma bacia cheia de água suja com o sangue do ninja, e enchia outra para voltar a limpar o sangue que ainda descia mais lentamente agora, haviam também os outros cortes que embora superficiais mereciam cuidados.

-Foi Naruto, mas foi por minha causa, ele queria se vingar por mim, se quiser culpar alguém...Me culpe. Falou Sasuke, limpando os cortes nas pernas do ninja, de cabeça baixa.

-Sasuke, foi o ódio que criou o sentimento de vingança em seu companheiro, se eu fizer o mesmo, embora tenha vontade de faze-lo, o ciclo nunca termina, a vingança é como um vírus, ela pode cegar e mutilar um coração, apodrecendo até sua alma, eu não quero isso para mim, só quero meu Kakashi vivo em meus braços, ele já sofreu muito...

Sasuke chorou, e foi afagado nos ombros pelo homem, que tinha afinal de contas além de uma mente brilhante uma sabedoria infinita.

-Aquele loiro burro e inconsequente! O que faço com ele? Falou Sasuke soluçando.

-Ensine a ele que deve te ouvir, tenho certeza que ele pode aprender muito...Mas pode ser que eu de um soco nele...Só um...

-Acredite, ele merece, e vai levar um soco bem dado, de mim...Respondeu Sasuke.

Luca ainda ministrava remédios em Kakashi, que Ritsuka preparava sob uma mesinha.

-Orochimaru, puxe o lençol, veja se o sangramento parou...Pediu Ritsuka.

O alquimista fez o que pediram, não tinha feito nada para ajudar, porque eles já tinham feito tudo, se limitou a obedecer os dois, que uniram a medicina com os métodos dos curandeiros e tinham salvado seu amor, olhou para as pernas do menor e viu que o sangue já começava a secar, embora a cama estivesse encharcada, o sangramento parou.

-O sangramento parou, mas há muita sujeira no sangue, acho que ele perdeu mesmo o bebe, meu pobrezinho...

Ritsuka pediu ajuda a Sasuke e Luca e começaram a limpeza, Orochimaru pegou o ômega com muito cuidado nos braços, até que a cama ficasse limpa, e depois o ajeitou com cuidado, quando enfim ele estava dormindo tranquilo, saiu do quarto com Sasuke, vendo ali Minato e Naruto.

-Eu...Eu sinto muito, fiquei cego, só queria machuca-lo, eu achei que era fingimento, que ele podia mesmo se defender...

Sasuke se aproximou e deu um soco forte no rosto do companheiro loiro, que o jogou longe.

-Só volte a falar comigo quando puder me ouvir de verdade! E se Kakashi melhorar...

Naruto engoliu em seco, passando a mão no rosto dolorido.

-Espero que fique roxo! Falou Orochimaru e aplicou outro soco, no mesmo lugar, desta vez fazendo o loiro gemer de dor.

E o alquimista voltou ao quarto, para cuidar de seu amado, a noite passou tranquila, mas pela manhã a febre veio, intensa e forte, fazendo o ninja delirar e chorar, como se ainda estivesse sofrendo alguma agressão, foi durante a tarde que Sai veio, junto com Deidara.

-Podemos entrar?Peguntou Deidara a porta.

-Sim, ele ainda está com febre, mas parece que está cedendo...Pelo menos eu espero que sim...Respondeu o homem com olhar cansado de quem não dormiu nada.

Sai se aproximou de mansinho da cama, e tocou a mão estendida e quente de Kakashi, olhando para seu rosto pálido.

-Ei...Volte, eu preciso aprender a ser forte, quero que me ajude Kakashi...

Os olhos dele se abriram suavemente e focaram no pequeno Sai, e ele apertou fraquinho a mão que segurava a sua.

-E-eu...eu vou aprender com você...Sai...Ou aprendemos juntos...Obrigado...

Kakashi dormiu de novo, mas dessa vez um leve sorriso se abriu em seu rosto ferido, sua febre persistiu até a noite e depois cedeu, e ele dormiu profundamente, parecia que iria se recuperar, finalmente.

Com a notícia da melhora de Kakashi , Naruto procurou por Sasuke, muito arrependido.

-Sasu, me perdoe...Eu não sei viver sem você...

-Seu loiro idiota! Eu já te perdoei né...Mas de agora em diante me ouve tá, e nunca mais machuque Kakashi, temos uma divida com eles, nem sei dizer como você tem sorte por Orochimaru ser tão sábio, porque a julgar pelo que ouvi falar dele, se ele quisesse mesmo te pegar e acabar com você, ele teria feito isso...Idiota...

-Eu sei...Eu sei...Mas agora me abraça, eu preciso sentir seu calor em mim...

Sasuke suspirou e abraçou seu amado teimoso, irritante e idiota, mas mesmo assim amava aquele loiro, amava demais.

-As coisas vão melhorar...Amor, eu sei que vão...Falou Sasuke, beijando os cabelos de seu alfa.

Notas finais
Sim, eu sei, quase chorei escrevendo isso...Não me matem por isso...Mas precisava de emoção e tensão...Muitas revelações aguardam o próximo capítulo, será que Kakashi perdeu mesmo o bebe? Ele perdoará Naruto? Será que agora ele se sentirá finalmente livre de seu passado?
Bom, ainda temos uns 3 ou 4 capítulos até o final da fanfic, ficou mais longa do que imaginei. Beijos de Akira-san.





26. Vencendo a tristeza.

Notas do Autor
Gente, eu quero dizer que está fanfic é mesmo minha, tudo que escrevi veio da minha imaginação, não pretendo plagiar ninguém, até porque respeito imensamente todos que escrevem aqui no social, sim, meu personagem perdeu um bebe, e sim isso aconteceu em uma fanfic que eu li, mas ele não é um hibrido de vampiro e humano, é um ômega e não tem outro bebezinho não. Obrigada a todos que favoritaram e comentaram, e sim obrigada a quem me alertou pro fato da fanfic estar meio parecida com outras, talvez eu tenha perdido a mão e deva encerrar essa aqui...O que acham? Já deu gente? Eu ainda queria explorar um pouquinho ela, mas agora estou meio incerta.
Hoje estou meio cansada, dolorida demais, com dor de cabeça...Então perdoem se tiver algum errinho de português, tá difícil, eu que amo muito escrever mesmo por isso estou aqui postando...

O sol entrava pela janela, iluminando um pedacinho do quarto, quando Kakashi acordou, abriu os olhos devagar, piscando para se acostumar a luz do dia, e olhou em volta meio confuso, demorou um pouco para lembrar do que aconteceu, mas então as lembranças vieram com tudo, lembrou de Naruto e depois de estar no quarto gritando de dor e sendo socorrido por Luca, Ritsuka e Sasuke, mexeu um pouquinho o corpo e tentou se sentar, mas estava muito fraco, seu movimento acordou Orochimaru que estava sentado adormecido ali perto da cama.

-Oi, acordou? Espera que eu te ajudo, como se sente hoje meu amor?

-Acho que só estou dolorido, o que ouve depois? Perguntou Kakashi olhando para o namorado.

-Bom, depois que Sasuke te salvou do Naruto...Eu acho que você estava grávido, e por causa dos ferimentos perdeu o bebê, o nosso bebê...Respondeu o homem um tanto triste, mas tentando ser forte para consolar o outro.

-Eu mereci não é? Maltratei tantos ômegas e Sasuke foi um deles, na verdade nem posso culpar Naruto...Não posso culpar ninguém além de mim mesmo, só fico triste porque nosso bebê era inocente, eu devia sofrer, não ele...E dizendo isso começou a chorar, foi abraçado pelo namorado que acabou chorando junto.

-Ninguém merece isso meu amor, ninguém...E para mim você já pagou por todos os seus antigos crimes, é um novo ser, deve ser respeitado como tal, quando estiver melhor Minato quer te ver, para determinar um castigo adequado para o Naruto.

-Eu...Eu só quero descansar, só isso...

-Tá bom, só quando quiser, vou avisar os outros que já está acordado, Ritsuka quer te examinar.

Quando Kakashi finalmente parou de chorar se sentia melhor, fraco e muito dolorido, mas melhor, foi assim que recebeu o médico gentil, que com muito cuidado veio para examina-lo e ver se realmente ele tinha perdido o bebê, sempre havia uma esperança, ele trouxe um aparelho em que Obito esteve trabalhando nos últimos dias e que podia escutar o coração de um bebezinho dentro do corpo, isso provaria se ele perdeu ou não a criança.

-Como se sente hoje? Melhor?

-Sim, Ritsuka, obrigado por cuidar de mim, desculpe ter dado tanto trabalho.

O médico se sentou na cama, e pediu permissão para levantar sua blusa e escutar seu coração, depois pediu que ele se deitasse e colocou o aparelho em sua barriga, ficando bem quieto, ouvindo com atenção, e nada, não havia som algum além dos batimentos do próprio Kakashi, infelizmente.

-Sinto muito...Eu queria ter feito mais.

-Tudo bem, eu vou ficar bem, só estou triste agora, mas vai passar, acha que eu posso ter um bebê algum dia? Tentar de novo?

O médico sorriu, é claro que ele poderia ter outro bebê, era um ômega saudável e jovem, não teria problemas nenhum, só tinha que esperar seu corpo se recuperar.

-É claro, depois de pelo menos seis meses, para seu corpo se recuperar do trauma pode tentar ter outro bebezinho, vou cuidar bem de você e logo estará novinho em folha, eu prometo, e Luca vai trazer algumas ervas para ajudar na sua recuperação, eu sinto muito mesmo, de verdade, nunca pensei que Naruto pudesse fazer uma coisa dessas...

-Ele estava com raiva, agiu sem pensar nas consequências, mas eu sou um ex alfa, fiz coisas horríveis, não posso nem mesmo reclamar, ele é o filho do líder...Falou Kakashi com os olhos cheios de lágrimas.

-Todo mal acaba sendo punido com o mal não é? Perguntou para o médico inseguro.

-Kakashi, não pense assim, o que aconteceu aqui foi uma maldade, você não merecia isso, mas tudo vai passar, eu sei que vai...Agora descanse.

O ninja tomou o remédio que lhe foi oferecido e dormiu novamente, sob os cuidados de Orochimaru.

Já Naruto não pregou os olhos um minuto durante a noite toda, se arrependimento matasse estaria mortinho, se lembrava dos olhos assustados do jovem ômega, e da maneira como ele tentou proteger a barriga, mas como ele era um tapado não percebeu que esse ato tinha algum significado até ser tarde demais, até Sasuke gritar com ele, e agora vinha a parte pior de todas, seu esposo lindo o perdoou, mas não permitiu que dormisse em sua cama, estavam temporariamente em quartos separados. Sasuke disse que não era capaz de dormir com ele por enquanto, tinha que esperar a mágoa passar, por isso nada de amor, nada de sexo.

Havia ainda algo terrível para acontecer, sua mãe chegava hoje e ficaria a par de tudo, o que ela iria fazer só os deuses podiam dizer, mas ele estava tão arrependido como nunca ficará em toda sua vida, tinha imagens de Sasuke perdendo um bebe, como aconteceu com Kakashi e isso o arrepiava inteiro.

Minato entrou no quarto do filho e o encontrou triste e abatido, mas não era hora para ser bondoso, por isso foi direto ao assunto.

-Filho, se Kakashi decidir fazer uma queixa contra você, não terei alternativas além de bani-lo da vila, nossa vila é agora um exemplo para as outras em inclusão dos ômegas, um incidente desses pode por tudo pelo que trabalhamos a perder, sem falar que eu mesmo me sinto muito mal por tudo, o pobrezinho do ninja está tão triste.

-Ah pai...Eu queria muito voltar no tempo, mas não posso, eu estou arrependido! Sasuke me perdoou mas não quer dormir comigo, diz que a mágoa de saber que eu feri desse jeito um ômega não permite que ele volte a me amar como antes, eu o perdi? Eu perdi Sasuke?

Naruto abraçou o pai e chorou, choraram os dois, era difícil e complicado, e complicou mais ainda quando a porta se abriu num rompante e uma alfa muito, mas muito irritada entrou no quarto, dando um safanão nos dois homens a sua frente.

-Eu sai por algumas semanas e o que acontece? O mundo desmorona a minha volta? Naruto eu vou acabar com isso que você tem no meio das pernas para aprender a nunca mais machucar um ômega, ainda mais ele estando grávido!

-Calma, não faz isso! Eu sei que ele merece, mas ele é meu marido! Gritou Sasuke vindo desesperado e tentando segurar os braços da alfa muito zangada que vociferava para o filho como uma leoa prestes a pular no pescoço de sua vítima.

-Mãe, eu to arrependido, eu não sabia que ele estava grávido, eu juro!

-Kushina, o Naruto é um idiota, mas ele está arrependido mesmo. Falou Sasuke, ainda segurando ela.

-Vou falar com Kakashi agora, o que ele me pedir eu farei! Me ouviu? A alfa gritou para o filho que apenas concordou.

Sasuke quando ficou sozinho com Naruto deu um tapa no ombro dele.

-Idiota! Tudo estava tão bem!

Sasuke chorou também, e Naruto o abraçou com carinho, aninhando seu corpo macio em seus braços.

-Vamos superar isso, eu prometo.

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Sai achou que devia ir visitar Kakashi, mas Deidara tinha saído cedo, e ele nunca saía do quarto sozinho, nem mesmo dentro da mansão, só que a vontade de ver o outro era maior que o medo de sair do quarto, por isso tomou coragem e abriu a porta de mansinho, olhou para o corredor comprido e saiu, deu alguns passos e o pânico não veio, sentiu-se bem, por isso continuou e chegou aos aposentos do ninja, bateu na porta e foi Orochimaru quem atendeu, parecia cansado e abatido, mas ficou surpreso ao ver o pequeno ali.

-Entre, que bom que veio, posso pedir para fazer companhia a Kakashi por algum tempinho? Eu preciso dormir e não consigo deixar ele sozinho, está tão fraco ainda...

-Claro, pode ir descansar, eu fico, se precisar de algo chamo Luca ou Ritsuka, fique tranquilo...

Orochimaru levou Sai até perto da cama, onde Kakashi estava sentado, entre almofadas, muito pálido ainda.

-Amor, Sai vai ficar ai com você um pouquinho, está tudo bem?

-Claro, descanse tá.

Orochimaru saiu e Sai sentou em uma cadeira ao lado da cama, olhando fixamente para o ômega a sua frente.

-Sai, eu não sei o que posso fazer para me redimir, se ouver algo...

-Eu quero que melhore, o passado acabou, estou triste que tenha perdido seu bebe, mas vou te ajudar a se recuperar, tá bom?

-Tá bom...Sorriu Kakashi.

Foi somente mais tarde quando Deidara já tinha ido procurar Sai e o encontrou feliz ajudando o novo amigo que Kushina pode vir até o jovem ninja, queria ouvir dele cada detalhe, e punir o filho adequadamente.

-Me fale Kakashi, banimento? Chicotadas? O que quer?

-Nada, eu quero me recuperar e quero que Naruto seja feliz com Sasuke e cuide dos ômegas como todos tem feito em sua vila, eu o perdoo e não exijo nenhum castigo.

Kushina quase infartou, mas a vontade dele foi mantida, o assunto foi abafado e Naruto escapou dessa situação, pelo menos em parte, já que Sasuke ainda não o tinha aceitado em sua cama.

Mas o incidente serviu para unir a todos, e curar o jovem Sai, que devido ao tempo que ocupou em ajudar Kakashi foi perdendo seu medo aos poucos e agora já caminhava tranquilamente pela vila, mesmo sozinho, com os dias se passando, o ninja foi se recuperando e se sentindo mais forte novamente.

Naruto se empenhou em reconquistar a confiança de Sasuke e treinar os jovens ômegas para ingressar no exército da vila, sem dispensar a ajuda duas vezes na semana ao hospital ou ao centro de atendimento aos ômegas, as buscas acabaram, agora todos os ômegas eram livres, não haviam mais escravos e eles não viviam mais pressos em casa.

Kushina montou novas estratégias para implantar o modelo de adaptação dos ômegas para outras vilas e em breve todas receberiam os suprimentos de remédios e outras coisas que os ômegas necessitavam para uma vida mais digna no meio da sociedade, sua visita a vila da areia foi um sucesso, por isso eram agora aliados e amigos.

O tempo diria se apesar de tudo as coisas podiam finalmente se encaixar e acabar bem.

Notas finais
Enfim, foi isso...Verei se escrevo mais ainda hoje...Tem a reconciliação de Naruto e Sasuke...





27. Um novo começo agora...

Notas do Autor
Eu achei esse capítulo tão lindo...
Espero que gostem, beijos meus lindos e lindas.

“Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu.” Renato Russo.

A cada dia Naruto sentia mais a falta de Sasuke, do seu cheiro, do seu toque, do seu amor sempre tão doce e sensível, se pudesse voltar no tempo voltaria até aqueles poucos minutos antes de decidir tocar em Kakashi, de machuca-lo e ali então pensaria com calma, pensaria em Sasuke, em seu único e verdadeiro amor, porque agora ele estava tão frio e distante, havia uma barreira que parecia inquebrável entre eles, e essa barreira era o fato simples de que por sua culpa uma pequena vida inocente morreu, e isso não tem concerto, é o fim.

Mesmo trabalhando tanto, mesmo ajudando quantos ômegas pudesse nada mudaria mais sua vida, ele a desperdiçou, jogou fora, então hoje, caminhando sozinho, como fazia a duas longas e dolorosas semanas sentia-se miserável, e lágrimas desciam por seu rosto magro, sabia que tinha perdido peso, sabia disso sem nem mesmo se olhar no espelho, porque não podia nem mesmo se encarar ali, foi quando ouviu um leve ruído, um latidinho baixo e se virando viu dois filhotes de cachorro, um caramelo e um preto, ambos sujinhos e com cara de famintos, abanando os rabinhos para ele, perdidos na rua solitária, tão tristes quanto ele mesmo, olhar para os indefesos animais o fez sentir-se ainda mais triste, por isso voltou, pegou os bichinhos no colo e levou para casa, entrou pelos fundos e foi até a cozinha, os alimentou, depois deu banho e levou para seu quarto, provavelmente sua mãe iria ficar uma fera, mas aquela altura do campeonato nem ligava.

-Você será Kurama. Disse Naruto para o caramelo, com grandes olhos chocolate, e ele realmente pareceu gostar, pois o olhou firme e depois deu um breve latido.

-E você mocinho será...Amaterasu, gostou? O cãozinho abanou a cauda, e depois se juntou ao irmão e dormiu.

Naruto também dormiu, e sonhou com Sasuke, em outro quarto, o jovem ômega andava de um lado a outro, impaciente, cansado, aflito, já não conseguia mais fingir indiferença, sentia falta de seu alfa mais que tudo no mundo, mas se sentia responsável pela perda do bebê de Kakashi sempre que olhava para o loiro que tanto amava, sentia que a culpa era sua e não podia suportar isso, no entanto ficar sem ele era a mais completa tortura, e ele já não sabia o que fazer, por isso decidiu embora fosse tarde que iria conversar com Orochimaru, vestiu um robe e saiu pela casa escura, bateu levemente na porta do quarto do casal, e logo o homem mais velho abriu, surpreso ao ver ali Sasuke, todo encabulado parado na porta.

-Oi, Kaka está dormindo...

-Não, eu quero falar com você, tem uns minutos, por favor? Pediu Sasuke torcendo as mãos muito nervoso, e logo Orochimaru o mandou entrar, foram até uma salinha pequena que dava uma certa privacidade do quarto, assim não acordariam o jovem que dormia tranquilo entre os edredons.

-Eu...Eu quero perguntar...

-Eu sei o que quer perguntar, mas acho que já sabe minha resposta...

Sasuke abaixou a cabeça chorando, ele não sabia a resposta, naquele momento não sabia o que fazer realmente.

-Perdoe verdadeiramente Naruto, aceite o amor dele, viva e seja feliz, é o que eu estou fazendo, é o que Kakashi está tentando fazer, não torne esse terrível acontecimento em algo ainda pior, deixe que só uma vida se vá, salve seu amor...

Sasuke agradeceu com o olhar, e saiu do quarto, ainda em prantos, parou no corredor e caminhou até o quarto do amigo, namorado, amor de sua vida e bateu, ficou surpreso ao ouvir latidos e então abriu a porta, viu Naruto dormindo no chão, com duas lindas criaturinhas peludas a defende-lo, abriu um enorme sorriso, sempre quis ter um cachorro, ali tinham dois!

Naruto acordou com os latidos e quando abriu os olhos achou que sonhava de novo, seu lindo ômega estava fazendo carinho em Kurama e Amaterasu e eles faziam festa com ele, não se mexeu, pois acreditava que o sonho se desvaneceria logo, mas o jovem sorriu para ele, havia ainda o brilho das lágrimas em seus olhos e ele se aproximou de mansinho, tocou em seu rosto e o beijou na face.

-Está magro meu amor...

-Sinto sua falta Sasu...Sinto tanta falta que dói...

-Eu também...

Naruto o abraçou e beijou, se era um sonho não queria mais acordar, viveria para sempre nos braços de quem amava de verdade, e o resto podia simplesmente se apagar, se morresse neste sonho adorado seria feliz, passou os dedos nos cabelos negros e sentiu a seda de seus fios entre seus dedos, quase sorriu ao sentir o toque, era tão incrível e maravilhoso...Desceu os dedos pelo rosto pálido, talvez mais pálido do que de costume, sentiu os ossos sob a pele, ele também perdeu peso, que sonho estranho. Beijou a boca convidativa com ternura, num beijo de puro carinho, um beijo casto e sem maiores pretensões, mas sua mão buscou a pele sob a roupa e sentiu a maciez nua na palma, no toque, nos dedos e seu corpo sentiu o calor do desejo tão forte quanto antes ou talvez ainda mais, não havia nada no mundo além dele, e desse calor intenso e bom.

Retirou o robe e pousou os olhos no corpo nu a sua frente, tão lindo e tão seu, beijou a pele exposta do pescoço, cada curva, e cada pedacinho de pele que pode tocar, chegou aos mamilos turgidos e os sorveu com volúpia incansável, até senti-los eriçados e ouvir os gemidos claros em seu ouvido, gemidos de prazer que não ouvia a tanto tempo...

-Eu te amo, te amo, te amo, te amo...Repetia o loiro sem parar, enquanto beijava a barriga lisa, o umbigo macio, a virilha quente, até tocar aquele membro já desperto, e o abocanhar com saudade e vontade, lambendo e deslizando a língua felina, sentindo o tremer do corpo amado em suas mãos, e apertou a cintura pequena na alquimia do desejo, o sorvendo em altas doses, até senti-lo se dissolver em sua boca, derramando seu precioso líquido doce que ele tanto adorava. Foi então abrindo caminho com beijos até o ponto secreto, aquele espaço pequeno e rosado, que tanto queria tomar, e o sentiu úmido e já molhado na secreção ômega e ali com carinho o preparou, gentil e lentamente, até que não pode mais suportar e entrou nele, até se sentir completo de novo, dentro do corpo tão amado, sentindo suas pulsações apertando seu membro, todo aquele corpo quente que gemia e o abraçava, e estocou com toda a sua vontade, o levando a gritar de prazer, se contorcer em seus braços apertados nele, quase sem ar, quase loucos, até que por fim, explodiram juntos no prazer mais intenso que já experimentaram.

-Naru...Nunca mais vou te deixar seu cabeça de vento louco, porque sem você não posso viver, só me promete que vai me ouvir de agora em diante?

-Sasu, mesmo achando que vou acordar, eu prometo, eu prometo...

Dormiram abraçados como antes e a noite os enlaçou em um abraço maternal perfeito, foi só pela manhã quando os cães começaram a bagunçar tudo que o loiro acordou, sentindo o corpo dolorido por estar no chão, e então viu Sasuke enrolado nele, a pele nua tão linda, o rosto sereno no seu sono.

-Sasu? Não foi um sonho?

-Claro que não! Bom dia amor, eu to com fome, que horas são? Será que perdemos o café da manhã? Sua mãe vai ficar brava de novo...

Mas Naruto o apertou tão forte em seus braços que o pequeno ômega ficou vermelho.

-Amor, eu preciso respirar...Nossa!

Como se percebessem o clima feliz os dois cachorrinhos pularam sobre eles, fazendo festa.

-Naru, acha que eles notaram a gente fazendo amor ontem?

-Bom, se notaram parecem que aprovaram, mas precisamos ser mais cuidadosos não é amor, parece um bom treino antes de ter nossos filhos correndo pela casa...

-Amor, primeiro quero aproveitar bem...No caso, que tal por os cachorrinhos para comer alguma coisa na varanda e a gente aproveitar um pouquinho mais?

-Nem precisa falar de novo...

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Em outro canto da casa, Orochimaru sorria feliz ao ver Kakashi comendo seu café da manhã com vontade, pela primeira vez em dias.

-Está bom?

-Sim, está muito bom...Podemos passear hoje, Luca e Ritsuka acham que já posso dar pequenas caminhadas, quero ir até os jardins internos, ver as flores e borboletas, me leva lá?

-Kaka, eu te levo onde quiser, e era sobre isso que eu queria falar...Seria muito difícil ficar aqui na vila, acha que seria...Bom, eu não quero voltar a torturar e fazer experiências em pessoas, nem mesmo em assassinos, eu quero fazer pesquisa no hospital, criar remédios, melhorar a vida das pessoas, ser mais útil...O que acha?

-Fico feliz, eu posso ajudar, sei que não entendo nada de formulas, mas posso organizar a papelada, fazer alguma coisa, e gostaria de ter uma casinha, para poder fazer um belo jardim, podemos ter um gato?

Orochimaru riu divertido, do jeitinho alegre do outro.

-Um gato? De onde tirou isso meu amor?

-Sempre quis ter um gatinho...Podemos?

-Uma casa, um gato e um jardim...Flores na janela, uma lareira para nos aquecer no frio, uma varanda para olhar a lua no verão...Acho que posso me acostumar com isso.

Kakashi pulou no pescoço dele, o enchendo de beijos doces, melados do pão doce que ele comia, e depois o soltou rindo, pegando um guardanapo para limpar o rosto, quando foi puxado para o colo do homem mais velho que o tomou nos braços fortes, o fazendo ficar aninhado junto a ele.

-Kaka, escuta meu coração...Ele bate por você agora, esqueça todo o passado, vamos fazer nosso hoje, nosso amanhã juntos, sem mágoas, sem medos, vamos ser felizes, ter amigos, e nos amar muito, juntinhos...Por isso, quer casar comigo?

Se fosse possível ouvir o coração do ex ninja naquele momento ele estaria voando, e foi num sussurro feliz que ele respondeu...

-Sim, eu quero.

Um beijo selou o pedido, e começaram sua nova estória juntos...

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Notas finais
Estou feliz, acho que esse ficou legal, até o próximo capítulo, se puderem comentem!





28. Uma casa, uma lareira e um gatinho.

Notas do Autor
Um capítulo curtinho, só pra dizer...Oi, eu to aqui, só que meio sem tempo...Desculpem! Domingo posto um capítulo muito legal que to preparando. Beijos.
Boa leitura!

-Amor, acha que consigo mesmo isso? Acha que eles vão mesmo gostar, é só uma casinha simples no meio do bosque, tem certeza?

-É tudo que eles querem, hoje Orochimaru vai falar com seu pai e sua mãe, ele quer ficar e trabalhar com os ômegas, com sua experiência como pesquisador, qualquer vila ficaria feliz em ter ele por perto, seus pais vão aceitar, eu quero que fale com Kakashi, eu vou junto, senão ele pode se assustar...

-Eu não quero assustar ele Sasu, ele não merece...Fale com ele você, são ômegas, se entendem tão bem...

-É você quem precisa se redimir, Naru...

O loiro entendeu, ele sabia disso, mas realmente não se sentia capaz de chegar tão perto do ômega sem ficar passando mal, sentia tanta culpa ainda, e olhar naqueles olhos e ver a dor que causou era tão terrível, mas se era o que seu amado queria, ele faria, levantou e deu um beijo demorado em Sasuke, fez um carinho em seus cabelos e estendeu a mão.

-Vem comigo amor, vamos falar com Kakashi e Orochimaru...

Sasuke sorriu, esse era o Naruto que ele conhecia e amava, aquele que sabia enfrentar os problemas, que acreditava que mesmo nos erros podendo recomeçar, por isso pegou a mão dele e se colocou em pé, deu um leve selar nos lábios macios e sorriu.

-Vamos, amor...

Encontraram o casal no jardim interno da mansão, sentados embaixo de uma amoreira, o menor aninhado nos braços do outro, de olhos fechados, tranquilo e tão lindo de se ver.

-Orochimaru, podemos falar com vocês, só um pouquinho? Perguntou Sasuke, se aproximando e vendo o olhar assustado de Kakashi na direção de Naruto, que se aproximou mesmo assim, até ficar bem perto.

-Eu tenho uma casa no bosque, foi presente do meu pai quando eu fiz quinze anos, um local para treinar em silêncio, fica bem no meio do bosque de cerejeiras, tem um riacho pequeno bem perto, está bem cuidada, e já mobiliada, eu gostaria de dar para vocês dois, um presente, para agradecer pela grande honra de ter os dois na vila, ajudando no hospital e no centro de reabilitação de ômegas, por favor aceitem. Pediu Naruto, fazendo um pedido formal, com uma reverência longa.

-Isto é sério Naruto? Porque estou procurando mesmo um local para alugar.

-Eu estou dando a vocês, aqui está a documentação da casa, é pequena, no meio do bosque, meio afastada, mas se quiserem, ficarei muito feliz, é uma forma de pedir perdão, embora eu saiba que isto não ajeita as coisas, pode ser um pequeno começo, por favor!

Orochimaru olhou para Kakashi, que esse tempo todo estava em silêncio, como se pedisse um conselho, e o menor sorriu timidamente.

-Nós aceitamos.

Naruto sorriu e entregou nas mãos do homem mais velho as chaves, novamente olhou para Kakashi.

-Perdão Kakashi, eu sinto muito mesmo.

-Só faça Sasuke feliz, eu não tenho mais mágoa de você, mas ainda me assusto com sua presença, vai passar, eu sei...Só fica longe um tempo tá.

Naruto concordou e ambos foram embora, deixando o homem ali, junto de seu ômega.

-Me leva lá, eu quero ver nossa casinha. Pediu carinhoso o jovem ômega.

-Segure em meu pescoço, não posso permitir que ande até lá, é longe, e você ainda não pode caminhar tanto, tudo bem?

O jovem concordou e foi pego no colo, foram até o portão interno e logo depois estavam numa estradinha de pedras que dava no bosque de cerejeiras, andaram por um tempo entre as árvores, elas já não tinham mais flores, mas o lugar ainda era bonito, logo avistaram uma casinha simples, janelas com floreiras vazias, um pouco de mato crescendo por ali, mas parecia bonita e bem cuidada, Orochimaru colocou o pequeno no chão e ele sorriu, feliz, caminhou lentamente até a porta, e o outro a abriu. Era acolhedor ali, uma sala, uma lareira, uma pequena cozinha, com armários de madeira, um corredor pequeno que dava num quarto com banheiro, uma escada em espiral que levava ao andar superior, um outro quarto para visitas, com uma linda janela.

-É tão perfeito amor, nosso lar...

-Me diz o que quer e eu faço aqui, móveis, arrumação, apenas sente e me diga, eu farei tudo...

Kakashi sorriu e abraçou seu namorado, estava feliz.

Demorou uma semana, mas a casinha ficou aconchegante, cortinas nas janelas, flores coloridas nas floreiras do lado de fora, um grande tapete macio na sala, perto da lareira, que ardia com chamas bonitas na turfa, já estava ficando frio e o calor do fogo era bem vindo, os dois homens estavam sentados no chão, entre almofadas fofas, tomando chá e comendo biscoitos de nata.

-Está perfeito, quando eu melhorar vou trabalhar no hospital, e te esperarei para vir pra casa juntos, todos os dias, estou aprendendo a cozinhar, e logo estarei fazendo um jantar gostoso pra nós.

O homem mais velho sorriu, sua vida estava tão boa, ao lado do pequeno e lindo ômega, trabalhando com aquilo que mais ama, ao lado de amigos, em sua casinha aconchegante, o que mais podia querer?

-Um gatinho!

-Oi? O que disse Kakashi, não estava prestando atenção, desculpe.

-Quero um gatinho, pra me fazer companhia, já que só vou trabalhar a tarde, pode me dar um?

-De tudo que pode me pedir nessa vida, quer um gatinho?

Kakashi riu, indo até o colo do homem e se aconchegando nele, suspirando de contentamento.

-É, um gatinho lindo, fofo e preguiçoso.

-Tá bom, amanhã eu vejo isso, agora descansa meu amor...

O moreno fechou os olhos, feliz, sua vida tinha mudado tanto...

Longe dali na vila Uchicha, Itachi andava de um lado a outro, preocupado, afinal o médico tinha mandado ele sair, para dar mais privacidade a Gaara, veja só! Mas ouviu a porta se abrir e o arrogante médico (ele detestou o cara!) sair de lá tranquilo.

-Senhor Itachi, seu ômega está muito bem, a gravidez está indo bem, mesmo assim sugiro manter atenção de agora em diante, fique sempre perto dele, um parto de ômega masculino é sempre complicado.

-Obrigado, eu agradeço muito, mas meu primo já deve ter recebido a mensagem e está vindo para nós ajudar.

O médico saiu e Itachi correu até Gaara.

-Tudo bem meu amor?

-Sim, estou meio cansado, é só, será que Obito chega logo?

-Não se preocupe, tudo vai dar certo, ele está vindo com Castiel, ele também está grávido,

-Eu sei, é bom né? Terei alguém para conversar e tomar sorvete comigo.

Itachi riu, abraçando seu lindo ruivinho na cama e deitando sobre ele.

-Acho que podemos matar o tempo enquanto esperamos não é? Riu de forma pervertida, fazendo Gaara corar.

-Só, só se fizer amor comigo, Itachi Uchicha...Falou meio vacilante o ruivinho tímido, e foi prontamente atendido em cada pequeno pedido...

Notas finais
desculpem o capítulo curtinho, domingo tem mais...





29. E então, o fim, ou será um novo começo?

Notas do Autor
Desculpem a demora nos capítulos, foi simplesmente impossível nestes últimos dias escrever, coisas demais para uma única pessoa fazer, mas finalmente estou de volta, finalizando essa fanfic que curti muito escrever, e quem sabe em outro momento escrever de novo sobre esses personagens de amo de paixão. A todos que favoritaram, que comentaram ou mesmo aos leitores fantasmas meu muito obrigado de coração, amei ler os comentários, em muitos eu ri mesmo, super divertidos, beijos a todos! E aproveitem este último capítulo de A lenda do guerreiro ômega.
Lembrando que farei ainda duas oneshot dela, estou vendo quais serão os casais...lemon...

Dois anos se passaram desde de os últimos eventos narrados, a vila Uzumaki se tornou um centro importante em pesquisa sobre os ômegas, descobriu-se muito nestes anos, e suas habilidades foram surgindo, demostrando ao mundo como eles são importantes, inteligentes e podem sim fazer a diferença na sociedade, em pouco tempo com o incentivo certo vários ômegas se tornaram estrategistas requisitados e respeitados por seus superiores e pela população em geral, o exército ganhou muito quando aceitou em suas fileiras ômegas, tanto masculinos quanto femininos, com o mínimo de ajustes, já que tirando o período do cio, eles podiam participar de todas as situações, se saindo muito bem nelas. Quando Orochimaru se tornou um importante pesquisador de remédios e demais produtos voltados diretamente aos ômegas, como um chá que inibia completamente por até doze horas o aroma de um ômega, as demais vilas passaram a fazer pedidos desses produtos e assim se fez necessário muitas pessoas para fabrica-los, e os vários ômegas resgatados que estavam sem ter onde viver, passaram a trabalhar para o renomado pesquisador e logo puderam se estabelecer e recomeçar suas vidas, com isso a vila ganhou muito prestígio e claro, dinheiro.

O centro de acolhimento para ômegas se estendeu, uma vez que a maioria dos ômegas da vila conseguiu se recuperar e refazer a vida, o local passou a abrigar outros, vindos de outras vilas, para recuperação e tratamento, e em suas dependências foi feito o laboratório de pesquisas mais avançado de todos, onde Orochimaru passou a ensinar também a difícil arte da pesquisa para muitos ômegas, betas ou alfas que tivessem interesse em aprender. O hospital acabou sendo gerenciado por Ritsuka e Luca, que juntos tinham a capacidade de manter tudo em ordem e buscar sempre novas alternativas, muitas vezes trabalhando em conjunto com Orochimaru, Kakashi realizou um desejo seu e acabou criando algo novo na vila, um espaço voltado somente para crianças pequenas, onde elas podiam ser bem tratadas e cuidados quando seus pais estivessem trabalhando ou estivessem em missões caso os dois fossem do exército, assim nasceu o primeiro centro de atendimento infantil da vila, e foi muito bem recebido, sendo necessário contratar novos atendentes com o aumento e fluxo de crianças, em geral esses contratados eram ômegas que tinham uma paciência muito melhor que qualquer alfa ou beta para cuidar de crianças pequenas.

Sasuke se tornou o líder mais amado do exército, seus treinamentos eram super intensos e sempre lotados, tanto de ômegas quanto de alfas e betas, pois todos queriam poder dizer que receberam treinamento do famoso guerreiro ômega pessoalmente, Naruto também ensinava e seus alunos eram muito aplicados, quando os dois formavam um time e treinavam juntos aliando força e agilidade todos paravam para assistir, eram os treinos mais disputados de todos.

Obito vivia entre as duas vilas, adorava pesquisa e por isso trabalhava junto com Orochimaru, mas com o tempo deixou as formulas de lado e se especializou em criar máquinas para ajudar nos diagnósticos ou melhorar a saúde das pessoas, assim havia criado uma máquina que podia ver se o bebe dentro do corpo estava saudável, se era menino ou menina, e seus inventos estavam revolucionando o mundo todo, mas como amava sua vila, sempre voltava para casa, onde permanecia alguns meses, junto dele, sempre estava Castiel, seu lindo ômega e a filhinha linda deles, uma bela menininha cheia de vida chamada Ino que tinha puxado a delicadeza de Castiel e a curiosidade de Obito, com a maternidade o jovem ômega parou por algum tempo os seus estudos, mas já tinha retornado a aprender com Luca, sempre que ia a vila Uzumaki, o que era uma alegria para a pequenininha que adorava viajar, adorava os tios Sasuke e Naruto e os padrinhos, Orochimaru e Kakashi, que a mimavam até demais.

Gaara teve seu bebe, que decidiram chamar de Seiji, o único nome que os dois haviam realmente gostado, Itachi era um pai extremamente carinhoso, e como contavam com o carinho de Madara e Shisui era fácil manter os pequeno nos eixos, já que o menino mesmo tão pequeno era sapeca demais, ele puxou os cabelos ruivinhos de Gaara e os olhos negros de Itachi, sua beleza era clássica e ao mesmo tempo exótica, a mistura perfeita dos dois.

Madara e Shisui ainda não tinham filhos, porque o jovem ômega se cuidava, queria esperar mais um pouco, viajar mais com seu amado por muitas vilas, só depois pretendia realmente aceitar a maternidade e ter pelo menos dois filhos, quem sabe uma menina e um menino, e havia ainda a administração da vila que era um fardo e tanto e que ambos dividiam com prazer.

Deidara se estabeleceu na vila Uzumaki, se tornando rapidamente um conselheiro muito útil para Minato e Kushina, ele era o organizador de cada uma das viagens diplomáticas da grande líder, e era o diplomata responsável por cada um dos encontros entre líderes que queriam negociar com a vila, seja produtos voltados aos ômegas ou qualquer outro assunto, já Sai cuidava da casa que tinham adquirido a pouco tempo, e de um lindo jardim, onde cultivava as mais variadas flores, já estava no quinto mês de gravidez e graças a máquina criada por Obito sabia que daria a luz um menino, ao qual decidiram dar o nome de Neji, já não tinha mais medo de andar sozinho, gostava de visitar o centro de atendimento aos ômegas e o hospital e não raras vezes ajudava voluntariamente a algum paciente que como ele um dia, tinha medo até mesmo da própria sombra, esses casos embora raros agora ainda apareciam.

As vilas Uzumaki e Uchicha tinham agora laços estreitos de amizade, fraternidade e claro muitos negócios, e seus habitantes viviam em um período de grande paz e felicidade, e é neste clima de alegria que Sasuke resolve finalmente contar a Naruto a novidade, em grande estilo, é claro.

-Naru, pega pra mim uma toalha?

-Hum, você sempre esquece né amor...

Sasuke riu, tinha muitas toalhas no banheiro, era só um pretexto para trazer o loiro até seus braços. Naruto entrou resmungando quando viu o amante dentro da banheira, envolto em espumas perfumadas, com os longos cabelos que agora chegavam ao meio das costas molhados, e um sorriso safado no rosto.

-Sasu, não precisa da toalha, não é?

-Eu preciso de você, meu amor, vem aqui comigo, vem...Pediu com aquela voz sedutora que na maioria absoluta das vezes fazia o sangue do loiro ferver, isso quando não o deixava tão bobo que ele nem se mexia por alguns segundos, até se dar conta que deveria fazer algo, como se aproximar dele e beijar aquela boquinha linda.

-Nossa...Você está tão lindo assim, no meio das espumas, parece uma pintura...

O moreno riu, chamando o loiro com a ponta dos dedos, e os olhos suplicantes, é claro que ele foi, entrou na banheira de roupa e tudo, de tão empolgado que ficou, jogando água para fora, molhando o banheiro todo no processo, e fazendo Sasuke rir alto.

-Ah, Naru, de novo! Ainda bem que temos empregadas, você vive alagando o banheiro todo!

-A culpa é sua meu moreno, me chamando assim, me seduzindo desse jeito...

Sem mais palavras o loiro mordeu os lábios do moreno, e abraçou seu corpo molhado com carinho, o puxando para mais perto, saindo da banheira desajeitado, todo molhado, com Sasuke nos braços, cheio de espuma e se dirigiu desse jeito para a cama, caindo nela de qualquer maneira, e logo arrancando as roupas molhadas e incomodas, para enfim se ver livre e poder beijar o corpo adorado com carinho e paixão, gostava de fazer isso, beijar cada pedacinho do corpo de Sasuke, ouvir os gemidos dele, o contato de sua pele macia na ponta de sua língua, sentir as ondulações na pele de sua respiração cada vez mais descompassada e rápida, enquanto traçava um caminho de beijos e leves mordidas passando pelos mamilos eriçados e indo chegar ao membro já duro e excitado que tomou com volúpia na boca quente.

Amar seu pequeno ômega era o que mais gostava nesse mundo, seu cheiro, seu toque leve, tudo nele era erótico e sensual, cada suspiro, cada som que ele fazia, cada calor que ele emanava, tudo o seduzia profundamente, por isso cheirou seu pescoço, antes de se voltar ao que fazia, sugar o membro, lamber, mordiscar e enlouquecer de paixão.

-Sasu, como pode ser tão gostoso?

-Amor, eu...Ah...Adoro isso, faz mais...

Naruto sorriu, aprofundando a carícia, pegando o membro pulsante nas mãos firmes e o masturbando até sentir o gozo cristalino melar seus dedos, e com ele molhar a entrada do amante, iniciando aquele carinho gostoso de enfiar um dedo por vez, massageando e deixando ele mais molhado e preparado, só parou no terceiro dedo, quando o sentiu muito quente e ouviu seus gemidos por mais.

-Diz pra mim, meu amor, o que quer que eu faça?

-E-eu quero...Quero que entre em mim, Naruto! Por favor!

O loiro riu e abriu as pernas do menor, o sentindo enlouquecido de desejos, novamente excitado, e entrou nele, sentindo suas paredes se fecharem sob seu membro, uma sensação deliciosa e muito quente, que o fez entrar até o final num único gesto, o que arrancou um gemido contido do outro, que apenas enlaçou sua cintura com as pernas, gemendo mais alto, suas estocadas furiosas acertavam em cheio aquele ponto mágico no amado, que lhe arrancava gemidos nada contidos e suspiros longos e maravilhosos.

Em meio ao calor do momento, Naruto saiu de Sasuke e o virou na cama, adorando ver a bundinha dele, tão apetitosa, e entrou de novo, desta vez ainda com mais afinco, gemendo em cada estocada, até se sentir pleno dele, repleto de seu calor, e então o sentir tremendo e gozar enlouquecido dentro do corpo adorado, para então o puxar e o abraçar ofegante, enchendo seu rosto de beijos.

Sasuke riu, apertando os braços ao redor do outro, e aproveitou o momento íntimo para sussurrar em seu ouvido, aquilo que ele teve certeza somente depois de uma visitinha ao médico Ritsuka.

-Naru, acha que seremos bons pais? Que vamos saber educar bem nosso filho ou filha né?

-Ah...Como assim?Perguntou o loiro meio sonolento.

-Porque eu fui até o Ritsuka, eu queria ter certeza, então fiz um exame de sangue, e sim, estou esperando um bebe, nosso filho...

Naruto pulou da cama, o rosto pálido, e depois de olhar por um instante para o moreno lindo a sua frente, abriu um largo sorriso, quase em adoração.

-Sasu! Você está mesmo esperando um bebe? É sério?

-É, eu esqueci de tomar o chá no último cio, foi tão repentino...Comecei a ter desejos estranhos, então...Bom, ainda é cedo, devo estar esperando nosso bebezinho a apenas um mês, mas eu queria te contar...

Naruto o abraçou apertado, e beijou seu rosto todo, a felicidade transbordando de seu coração alfa, tanto quanto o amor que sentia.

-Sasuke, eu te amo!

-Ah...Eu também te amo...Está feliz?

-Claro meu amor...Claro...

O jovem loiro abraçou o pequeno com carinho, e novamente o puxou para a cama, disposto a mostrar o quanto seu amor era grande, e como queria ser sempre seu porto seguro, seu amante, seu companheiro e amigo, para tudo nessa vida.

-Naru, quero que Kakashi e Orochimaru sejam nossos padrinhos, podemos?

-Claro, acho perfeito...Será que Kakashi vai ter um bebe? Me enche de tristeza pensar que talvez por minha culpa...

-Pare com isso amor, Luca e Ritsuka acham que é só uma questão de tempo...

-Tá bem...

Naruto olhou nos olhos negros do moreno, e ele fitou seus olhos azuis, ali o amor era real, tão intenso quanto a luz das estrelas, tão belo quanto as cerejeiras em flor.

Os dois dormiram felizes, abraçados um ao outro.

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Na bela casa do meio do bosque, Kakashi sorria feliz, tinha acabado de fazer o teste de gravidez pela terceira vez, positivo!

Ouviu a porta se abrindo, era seu amado que chegava, ouviu o miadinho baixo de Miúdo, seu gato branco gordinho, que vinha saudar com um esfregadinha nas pernas o dono, e então escondeu tudo num cantinho do banheiro, saindo de lá com um sorriso nos lábios, indo abraçar o outro.

-Oi, como foi o dia amor?

-Oi, Kaká, foi bem, tenho ótimos alunos, e tenho uma novidade...Sasuke está esperando um bebe, foi Ritsuka quem me contou, já que o menino não pediu segredo.

-Nossa, que lindo! Estou tão feliz por eles, mas tenho uma novidade também...Estou esperando um bebe! Falou rindo o belo ômega, não se contendo em alegria.

Orochimaru então o apertou nos braços, sabia como isso era importante, desde de que ele perdeu o bebe naquele infeliz dia, tinha se mantido sempre tão quieto a respeito, mas ele sabia o quanto seu pequeno desejava isso, seria uma realização.

-Meu amor, seremos pais...Você só me faz feliz, e cada dia te amo mais...Falou o alfa acariciando os cabelos prateados que adorava tanto.

-Vamos reduzir um pouco o trabalho no centro infantil ok, te quero descansando mais, está bem?

-Tá, tudo bem, tenho um pessoal super bem organizado lá, vai ser fácil...Amor, o que acha de Naruto e Sasuke serem nossos padrinhos?

-Kaká, eu acho perfeito...Eu já disse que te amo?

O ex- ninja sorriu feliz, abraçando o alfa que amava de todo coração.

-Me diz de novo? Diz que me ama?

-Eu te amo, Kakashi, eu te amo...

O homem então pegou seu belo ômega nos braços, do jeito que ele tanto gostava e o levou para o quarto, fechando a porta em seguida, apesar dos protestos do gatinho manhoso que ficou sentado na porta esperando seus donos, que naquele momento queriam aproveitar o tempo juntos, o amor que sentiam um pelo outro, e unir seus corpos do mesmo modo que suas almas já estavam unidas, enlaçadas um ao outro para sempre.

Notas finais
Enfim, tudo que é bom um dia acaba, menos o amor lindo desses casais fofos...
Eu espero que comentem, que me digam o que acharam, não fiquem tristes, eu sempre escrevo mais e mais deles não é? Não resisto a NaruSasu ou SasuNaru...
Um beijo de chocolate com morango a todos, de Akira-san.
E por favor olhem mesmo que só um pouquinho minha fanfic original A luz do seu olhar...             
14. März 2018 12:15 4 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Akira Sam Buscando mais para ler e um local para escrever.

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Toliri Park Toliri Park
o que posso falar pra vc?! Hummmm....chorei, senti raiva, odiei o kaka...e depoiso amei e com ele chorei...quis muitas vezes docar o Naru...e depois o pegarno colo....amei cada cenario e cada personagem...o crescimento de cada um o trauma os castigos...uns mais assombrosos...e por fim amei tudo...teve de tudo na realidade. Só uma resalva...mas acredito q vc fara um extra ou um bonus...mas senti falta de um personagem...ou talvez ele tenha passado despercebido...mas acho q não. Queria saber o que aconteceu com aquele conselheiro que lutou com Sasuke....morreu?! Mas de resto vou esperar extra...quero vê os casais pedirem para serem padrinhos de seus filhos....tipo kakashi e Orotimaru e Sasuke e Naruto na casinha do kakashi no campo tomando chá da tarde e fazendo o pedido seria legal. bom sabe como sou minha imaginação passei...super bjs Akira-San te adoro
March 17, 2018, 06:56
Toliri Park Toliri Park
quase que Sasuke se mata hein!! Naruto tbm....está apaixonado e não se toca .... Mas pelo jeito as coisas melhoraram no final...vamos ver depois do cio o que acontece.... Akira...como vc está aqui no site e eu mal sei como manusear...tem como eu colocar os meus comentários em cada capitulo ou não?? Tentei achar aqui mas não obtive susseco.... Até logo mais...beijos e abraços carinhosos
March 15, 2018, 23:03
Toliri Park Toliri Park
Eu posso socar a cara desse Naruto...muito idiota...muito criança....ele não pensa em nada...quero pegar a cabeça dele e socar na parede...posso??!!! Bom acredito que até chegar no final eu possa adorar ele.....os seus alfas são fogo viu
March 15, 2018, 21:43
Toliri Park Toliri Park
Nossa já começou bem tenso....adorei E o Gaara passou o cio com Itachi...que amor...bom itachi sendo sempre um cavaleiro e lord...adorei esse casal....espero que eles apareçam mais vezes.
March 15, 2018, 21:32
~