ana-carolina-cypriano1603 Slythers

Depois de seu terceiro livro ter sido um fracasso, Temari aceita o desafio da sua editora para escrever uma história sobre os contos de fadas. O problema? Ela não tem a menor ideia por onde começar! A última vez que escreveu algo desse tema ainda tinha dez anos e achava que a fada dos dentes existia. Em busca de inspiração ou qualquer coisa que a ajude a escrever, sua opção foi aceitar a proposta de seu irmão mais novo e passar um tempo com ele na pequena cidade de Konoha, no interior do estado. Onde pode descobrir que os Contos de fadas estão mais próximos dela do que imagina.


Fan-Fiction Nur für über 18-Jährige.

#nejiten #naruhina #shikatema #naruto
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Prólogo

Era uma vez...

Aquelas três palavras no começo da folha amassada do meu caderno, para muitas adolescentes despertavam as mais loucas ideias, sonhos e fantasias. Para mim? Bagunçava completamente a cabeça. Eu simplesmente não conseguia continuar essa frase! Por mais que eu tentasse bolar uma história em cima disso, era como se minha criatividade tivesse tirado férias. Essa maldita sempre me abandonava na hora que eu mais precisava!

Infelizmente a única coisa que me vinha em mente, eram aqueles contos estilo Disney que minha mãe sempre contava para mim antes de dormir.
Naquela época eu me pegava escrevendo a minhas próprias versões daqueles desses clichês que o mundo tanto idolatrava. Minha mãe era a única pessoa que fazia questão de lê-las e estranhamente sempre dava risada de todos. Quando criança eu não entendia o porquê dessa reação estranha, posso ter até perdido a paciência algumas vezes e saído correndo dela, mas logo depois mamãe aparecia na porta disposta a ler de novo, dessa vez apenas com o rosto concentrado nas palavras grandes e gramaticalmente medonhas, que apenas eu e ela conseguimos decifrar.
Com o tempo eu comecei a entender. Não era por conta dos meus erros ortográficos, ou pela minha letra desastrosa. Mas sim, por conta dos finais que eu dava para os grandes clássicos. Ela achava interessante a forma que uma menina de apenas dez anos conseguisse entender que nem todas as princesas precisam ser salvas. Mas infelizmente essas lembranças ficaram no passado...

Eu já não achava tão atrativo ler histórias onde sempre aconteciam as mesmas coisas. E não conseguia desenvolver nenhuma frase baseada nisso, acho que todas as minhas ideias sobre como fazer princesas se tornaram guerreiras se foram quando lançaram Mulan, onde eu tinha absoluta certeza com meus onze anos, de que a Disney tinha me plagiado.
Então quando a minha editora me deu o desafio de escrever sobre um “novo” conto de fadas, a fim de salvar a minha curta carreira como escritora que nem tinha começado, eu não tinha certeza que conseguiria fazer isso. Mas eles me conheciam bem demais para saber que eu nunca rejeito um desafio! Então eu aceitei a proposta, e decidi procurar o lugar mais calmo para poder buscar ideias.

Foi a pior decisão que eu já tomei!

Quando aceitei a proposta de Gaara para passar um tempo em sua casa no interior do Alaska, pelo menos até meu LIVRO estar pronto, eu não achei que estivesse tão frio! Eu não tinha me preparado para uma temperatura abaixo de dez graus, mas naquele dia a temperatura chegava a dois graus negativos! E eu tinha certeza que iria morrer com hipotermia. Ainda bem que meu irmão me emprestou alguns de seus casacos se não eu não tinha conseguido sobreviver nem a primeira noite daquele lugar.
Estava curiosa para saber como ele encontrou essa cidade no meio do nada, eu mesma não consegui encontra-la sozinha, meu irmão teve que me buscar na cidade vizinha para que eu chegasse até aqui, do contrário eu estaria hospedada em um motel no meio da estrada. Era no mínimo estranho ele ter largado tudo na Flórida, onde a temperatura era melhor, para morar em uma cidade do interior.

Dois dias se passaram e eu não tive do que reclamar do apartamento do meu irmão, era espaçosa e quentinha, possuía dois quartos e um banheiro grande com box. A cozinha era pequena e bagunçada, parecia que ele não lavava muito a louça, e não seria eu que iria lavar. Eu tive certeza de que deveria ter seguido os conselhos de meu pai para ser advogada assim como todos os membros da minha família. Em vez disso eu contrariei a opinião dele me rebelei, e fui expulsa da minha casa. E o que ganhei com isso? Três livros publicados, nos quais dois não são popularmente famosos e o último foi detonado pela crítica, sendo considerado “o pior romance de todos os tempos”. Por que eu aceitei esse desafio mesmo?

Gaara em todos esses anos não mudou muita coisa, continuava quieto, calmo e bagunçado, devo ressaltar. E totalmente focado na carreira de advogado de cidade pequena do interior. Por mais que eu não intendesse como ele achou esse lugar, e nem como ele sobrevivia já que o lugar tem menos de sete mil pessoas, mas eu tinha que admitir que fosse bonita e charmosa principalmente no INVERNO, onde eu tinha a vista privilegiada de um pequeno bosque que estava coberto de neve. Mas aquilo tudo não me dava nenhuma vontade de escrever, eu até pensava em escrever sobre uma princesa da neve, mas lembrei rapidamente que já tinham criado a Elza. De volta à estaca zero.

— Que tal você sair desse computador um pouquinho e ir tomar um CAFÉ, na cafeteria que tem aqui perto? Aposto que você vai gostar – A voz de meu irmão ecoou no quarto de hospedes. Ele estava parado do lado da porta com uma xícara do mesmo líquido que tinha mencionado, o seu vicio na cafeína parece não ter se alterado, assim como o meu. Já se encontrava quase pronto para sair para trabalhar, só faltava secar aqueles cabelos ruivos molhados, mas do jeito que ele andava agitado, não iria parar por nenhum minuto para dar atenção às madeixas vermelhas.

— Isso é chantagem! Você sabe que eu não resisto a uma boa cafeteria, principalmente nesse frio. – me viro fechando o laptop, esticando meu corpo.

— Você precisa sair e respirar um pouco. Há quanto tempo está dentro dessa coisa? Umas dez horas?

— Não é uma “coisa”, o meu futuro como escritora que está em jogo! Eu preciso escrever uma história sobre os contos de fadas e não tenho ideia de como fazer isso. – A minha cabeça estava latejando. Eu tinha passado a madrugada inteira tentando fazer algo com essa merda de frase! E não conseguia ter nenhuma ideia, nunca tive um bloqueio criativo tão grande como esse em toda a minha vida, nem mesmo quando tive que fazer uma redação sobre banheiros públicos e seus problemas.

—Você precisa sair de casa e ver pessoas. Como quer escrever um LIVRO sem mesmo ter contato com os seres humanos.

— Isso vindo de você significa que eu estou no fundo do poço mesmo. – Solto uma risada.

— Não seja maldosa. Todos precisaram ter convivência uns com os outros – ele saiu do quarto para por o copo na pequena pia rapidamente, antes que eu corresse para perguntar o que o fez gostar tanto das pessoas. Já que ele sempre foi mais fechado entre nós três.

— Você não pode ir comigo? Eu não sei onde é, e nem conheço ninguém aqui. Seria legal se você me mostrasse à cidade.

— Primeiro, a cidade só tem dois semáforos. Para você achar a cafeteria não é preciso andar muito, são apenas duas quadras daqui. – as desculpas que ele me dava eram péssimas, mas não me importava. Eu queria ver onde isso ia parar – Segundo, você faz amizade fácil, daqui a pouco a cidade inteira vai te conhecer. Vai achar alguém para te mostrar.

Sentada em cima da mesa de cozinha, eu observava a reação do meu irmãozinho mais novo. Ele arrumava a mesma pilha de documentos pela décima vez, e era visivelmente o seu nervosismo. Mas ele não falava nada. Se eu fosse chutar o motivo disso, diria que ele tinha conhecido uma mulher e isso estava mexendo com ele, espero que dessa vez ele de tudo certo dessa vez.
Mas eu não iria começar um assunto meloso com ele, não agora. Precisava guardar todo esse romantismo para minha história.

— Eu estou indo resolver um caso agora. Para ser mais exato um processo. Quero você fora dessa casa quando eu vir almoçar, vá procurar sua inspiração lá fora. – revirei os olhos, virando a garrafa de leite goela abaixo.

— Para uma cidade com a população de menos de sete mil pessoas, até que é bem movimentada... As pessoas gostam de processar umas as outras?

— Tchau Temari! Não mate nenhum o príncipe da cinderela de novo. – Ele saiu fechando a porta ignorando minha última frase. Enquanto eu fiquei rindo disso por um bom tempo...
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A cafeteria que o Gaara tinha me indicado era bonita e charmosa. Tinha uma decoração retro com os móveis todos feitos de madeira e as paredes com a coloração avermelhada, não era atoa que se chamava “Capa Vermelha”. As flores nas mesas deixavam o lugar cheiroso e acolhedor, parecia que eu estava em um lugar especifico para piqueniques.
Não tinha muitas pessoas no local, mas as que tomavam café me encaravam com olhares curiosos, como se já soubessem que eu era nova na cidade. “Todo mundo conhece todo mundo Temari” lembrei-me das palavras do meu irmão. Eu ignorei todos, odiava essa atenção excessiva sobre mim, era como se nunca tivessem visto uma forasteira por aqui.

Não parecia ter ninguém para me atender, então resolvi esperar no balcão ouvindo alguns cochichos por trás das minhas costas. Isso era completamente ridículo, eu estava preste a mandar esse povo cuidar da sua vida. Mas eu fui interrompida por gritos vindo da cozinha, que tiraram toda atenção de mim.

— Estou cansada disso Matsuri! Quantas vezes eu disse que você fica no balcão atendendo os clientes? Não quero você brincando de cozinheira de novo.

— Mas vovó, eu já te expliquei que eu sou capaz de substituir o Mikoshi! A senhora não me deixa fazer absolutamente nada nessa merda de lanchonete, por que eu preciso continuar aqui? - Os clientes ignoraram os gritos e voltarem à conversa normal que estavam tendo, ao que parece isso já era rotina entre os moradores de Konoha.
Uma garota saiu em disparada pela porta onde deveria ser a cozinha, em direção à entrada da cafeteria, ela não dava mais ouvidos aos berros da avó. Ela usava um capuz vermelho e não era possível ver seu rosto. Por algum motivo ela me lembrava a Chapelzinho vermelho...

— Você vai acabar se acostumando com isso. Elas fazem isso toda semana – Quase pulo de susto quando percebo uma mulher de cabelos castanhos sentado ao meu lado. Ela saboreava um copo de chocolate quente, com um punhado de biscoitos do lado. – Às vezes é mais interessante vir aqui, do que assistir novela mexicana. Não me apresentei ainda né? Sou Tenten e você é nova aqui na cidade.

—Bom saber que terei entretenimento por aqui. Sou Temari, e acabei de chegar da Flórida. Estou passando um tempo na casa do meu irmão.

— Flórida? Não deve estar acostumada com o clima do Alaska então. – Ela virou a caneca como se estivesse tomando algum tipo de bebida alcoólica. Era estranho como ela saboreava aquilo, parecia uma criança comendo doce pela primeira vez. – Então o que te trás a Konoha?

— Estou escrevendo um LIVRO, e achei que uma cidade pequena poderia me ajudar a ter mais ideias sobre isso.

— Veio ao lugar errado então. – disse calmamente enquanto terminava o prato de cookies – Aqui é a cidade do tédio, não se tem nada de interessante desde a eleição da prefeita há uns tempos atrás. Sobre o que está escrevendo?

— Estou tentando escrever sobre contos de fadas – Suspirei ao me lembrar do meu laptop em cima da escrivaninha sem nenhuma página terminada, nenhuma frase na verdade. Tenten me olhou com os olhos arregalados, surpresa com o que eu acabara de falar. — Só tentando mesmo, isso tudo é um desafio da minha editora para salvar minha carreira que está em ruinas.

— Sinto muito. Aqui ninguém tem esse tipo de história, talvez mais um drama ou terror. Se pensa em escrever um romance, perdeu seu tempo com isso! Os homens daqui só se importam com eles mesmo e acham que as mulheres não são capazes de fazerem trabalhos brutais. – Só pelo que ela me contou fiquei indignada. A ideia que ainda existissem pessoas assim me dava ranço. Mas ela parecia bem nervosa só por ter comentado isso. Parecia conviver com isso diariamente, e isso a incomodava bastante aparentemente — Mas eu acho que posso ajuda-la com isso, não eu. Sou péssima com essas coisas, mas eu tenho uma amiga que ama ler e é especialista em príncipes e princesas. Ela cuida da biblioteca daqui.

— Eu iria adorar! Preciso de toda ajuda possível. – sorria aliviada, essa menina tinha caído do céu – É bom que eu aproveito e conheço a cidade. Já que meu irmão não quis me acompanhar.

— Desculpe, mas quem é seu irmão? Eu posso conhecer, sabe cidade pequena...

— Todo mundo conhece todo mundo – repito dando risada. – O nome dele é Gaara o ruivo de olhos verdes.

— O advogado? Vocês não são tão parecidos – ela disse surpresa, se levantando enquanto deixava o dinheiro no balcão. É uma pena que eu não tinha conseguido comer nada, pelo que meu irmão disse o café daqui parecia muito bom.

— A gente ouve muito isso, pode deixar.

Nós duas íamos saindo da lanchonete rapidamente, a conversa ia fluindo naturalmente enquanto seguíamos para biblioteca, era como se já nos conhecêssemos há muito tempo. As ruas da cidade estavam cobertas com neve e era possível ver as crianças brincando e atirando bolas de neve umas nas outras, eu até consideraria viver aqui, se não fosse tão frio! Não sei como o Gaara aguenta.

Eu podia ver a biblioteca a uma quadra de nós, não era tão grande mas tinha um tamanho considerável para uma cidade pequena. Tenten ia me contando que essa amiga dela não saia dali de dentro, e ela tinha que no mínimo arrastar a garota para todo lugar ou ameaçar rasgar metade dos livros que ela possuía o que me assustou, pois eu sabia como a menina se sentia. Faltava pouco para entrarmos, quando alguma coisa me atingiu e me derrubou no chão gelado e coberto de neve. A primeira coisa que eu constatei foi que era uma criança, uma criança pesada. A segunda foi que era uma menininha de uns sete ou oito anos. A terceira é que ela estava agitada! Não deu tempo nem de dar uma bronca, já que ela se levanto e começou a falar coisas sem sentido nenhum.

—Você veio mesmo! Eu pensei que precisaria ter que viajar para Flórida escondida da mamãe, mas você está aqui! – Ela gritava no meio da calçada. Eu só conseguia pensar em como aquilo era desesperador, eu nunca fui boa com crianças elas sempre tiveram medo de mim, até quando eu era uma delas! Tenten só conseguia rir da minha cara, enquanto eu tentava falar alguma coisa. — Você vai desfazer a maldição da cidade não é? Finalmente vamos estar livre...

— Mirai! Ai está você sua pestinha — Um homem de cabelos pretos amarrado em um rabo de cavalo pegou-a no colo. Ele vestia uma jaqueta preta bem reforçada, por conta do clima da região. Pela idade que ele apresentava, ele não poderia ser pai da garotinha talvez o irmão mais velho ou tio. Mas isso não era importante. — Desculpa moça, ela não é de atacar as pessoas assim. Juro que é vacinada. – O comentário dele me fez dar uma leve risada, enquanto me levantava. — Você podia ter ajudado sua amiga Tenten! Sabe que a Mirai começou a ficar maluca com essas histórias fictícias.

— E deixar uma cena dessas passar em branco? Jamais! – Revirei os olhos, vendo que tipo de pessoa eu fui fazer amizade. — E a Mirai só está brincando um pouco.

— Isso não é brincadeira! É verdade – ela bateu as pequenas mãozinhas no peito dele, atraindo nossa atenção. –Essa moça veio aqui para tirar a maldição dessa cidade, e trazer um final feliz para todos nós.

— Por que a Hinata foi inventar de dar esses livros para ela? – O homem sussurrou ajeitando Mirai em seu colo. – Pequena escute. Você tem que parar de incomodar as pessoas com essa brincadeira, já não basta achar que sua mãe é a rainha má? – ela fez um biquinho cruzando os braços para ele, a relação dos dois era no mínimo cômica confesso. – E você deve pedir desculpas para ela, por ter derrubado no chão. A moça só está de passagem por aqui.

— Como sabe que só estou de passagem? – Arquei as sobrancelhas desconfiada. Será que as noticias corriam tão rápido assim?

— Você é a irmã do Gaara certo? – afirmei rapidamente – Ele me disse que a sua irmã mais velha estava vindo passar um tempo aqui. Desculpe a falta de educação, sou Shikamaru Nara o...

O caçador da branca de neve...

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12. März 2018 18:35 1 Bericht Einbetten Follow einer Story
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