luhander Luh Hander

Desviei meu olhar dos do azuis intensos. Porque se tinha uma coisa que eu nunca mais faria era cair nos encantos de outro homem e me magoar novamente. Eu não iria mais me apaixonar, nunca mais.


Fan-Fiction Nur für über 18-Jährige.

#sasunaru #sasuke #naruto #gay #yaoi #fanfic #sns #narusasu #pai
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Capítulo 1

                A temperatura estava fria e o ar um tanto quanto pesado. Eu usava umas duas blusas no mínimo, uma calça grossa e a coberta me cobria até o pescoço. Mesmo a temperatura física bastante congelante, pra mim parecia tão reconfortante. Não pelo fato do meu corpo se acostumar muito bem com temperaturas muito baixas, como raramente ficava, mas sim porque estava sendo aquecida pelo forte fluxo de sangue correndo em minhas veias. Meu coração batia aceleradamente.

Tudo por cauda dele.

Fico me perguntando quando foi que meus sentimentos mudaram, como consegui sentir alguma coisa se não o simples e profundo tédio? Quando foi que passei a apreciar cada gesto e a analisar cada traço de seu largo maxilar?

Eu queria entender, na verdade eu queria poder evitar, pois sentir isso por um dos meus melhores amigos não era certo.

Foi estranho aceitar que na verdade nunca havia me interessado por garotas, muito mais estranho foi parar para analisar o quanto aquilo me enlouquecia. Me sentia na necessidade de ter encontros e de ouvir bobagens pelo círculo de amigos que tinha. Não reclamo deles, mas queria poder me expressar. Queria dizer que não gosto quando Sakura segura na minha mão, ou quando ela beija o canto da minha boca. Queria dizer o quanto a proximidade de Naruto me deixava ansioso e não me sentir ridículo por isso. Queria poder experimentar coisas novas, ver se é realmente o que eu quero e se quero.

Eu só queria não ter receio de viver, de experimentar.

Mas eu sabia, sabia que as coisas iriam ficar estranhas, eu sabia que iriam se afastar, eu sabia que iria ouvir a frase:

“Nada contra, só não da em cima de mim.” Como se eu realmente fosse sair atacando todos os homens que vejo pela frente pelo simples fato de gostar de seu gênero.

Me sinto deslocado, sufocado por meus próprios ideais e pensamentos, me sinto esquecido e abandonado por aqueles que preso.

Tinha me perdido em pensamentos enquanto olhava as feições daquele que me rondava os pensamentos. Queria dizer o que sentia, queria falar que sou apaixonado por seus olhos negros assim como os meus, queria falar que gosto de mexer em seus cabelos, tão negros quanto os meus.

Quando eu o vi abrindo os olhos, nada mais passou pela minha cabeça. Suas feições orientais eram bem marcadas e seu sorriso contido logo pela manhã era ainda melhor do que quando eu o eu sempre imaginava. Sorri com a visão e perguntei:

-Sai, posso te contar uma coisa?

-Claro. – Falou com a voz arrastada. Nunca me acostumaria com isso, era sempre assim quando eu ia dormir em sua casa depois de uma longa noite de jogos online.

-Eu acho que estou apaixonado. – Sorri bobo e sussurrei como se fosse um segredo de estado.

-Isso é novo. – Falou com graça. – Raramente vejo você sorrir, acho até um pouco cômico que você sinta alguma coisa.

-Para. – Sorri. Não sei o porquê, mas tinha tomado a coragem que por muito tempo me faltava. Eu sentia que estava perdendo muito tempo, não podia mais esperar. – Mas eu estou muito confuso quanto a isso ainda.

-Sasuke, sabe que pode me contar o que for, sim? – sorriu gentil e eu larguei a bomba como quem não dissesse nada demais.

-Estou apaixonado por você.

Rápido demais. Quase não acompanhei os movimentos. Quando dei por mim, estava na calçada de fora da sua casa, com minha mochila e vestindo ainda minhas roupas de dormir, em plenos 2ºC. Suas palavras rondavam minha mente com um turbilhão de sentimentos. Mas nenhum deles bom.

“-Sasuke, eu acho melhor você ir embora”.

Como aquilo doía. Eu não conseguia ficar com a boca fechada. Devia ter guardado pra mim por mais tempo, devia ter ocultado, devia ter deletado isso do meu coração no dia em que eu passei a me sentir diferente em relação a ele.

Mas a sensação era tão boa, me sentia tão bem e tão vivo por estar sentindo algo diferente. Era um sentimento bom, era um sentimento puro. Não me sentia mal em amar, mas passei a me sentir mal quando percebi que todo aquele amor guardado e acumulado nunca seria recompensado, nunca seria aceito de braços abertos. Eu queria me sentir amado também, mas sabia que isso nunca aconteceria quando o assunto fosse: Sai.

Ele não me aceitaria. Eu sabia.

Coloquei a mochila nas costas e me pus a andar em direção a minha casa. A faculdade era de noite e eu dava graças a Deus por ter tomado aquela decisão quando me inscrevi na instituição. Queria dormir, queria chorar e queria um banho. Me sentia sujo.

-Filho! – Mikoto falou assim que abri a porta e dei de cara com a mulher em minha frente, que lia algumas correspondências perto da mesa de canto até dado momento. – Voltou muito cedo, não costuma ficar até o almoço por lá? – Perguntou e voltou seu olhar até o relógio de parede, só para confirmar as horas.

-É, resolvi voltar um pouco mais cedo.

-Porque está vestido assim? – Olhou pra mim e veio me acaricias os braços. – Lá fora está congelante e você está usando apenas meias nos pés. Vamos, vou lhe fazer um chá. – Me levou até a cozinha. Eu conseguia sentir sua confusão de perto, era nítido.

Me sentei em uma das cadeiras e coloquei a mochila do meu lado, tirei as meias encharcadas e respirei fundo. Assim que o chá ficou pronto, minha mãe me serviu com um pouco e se sentou na minha frente me fazendo companhia e tomando o líquido que preparara pra si também.

Eu queria chorar. Toda aquela situação acolhedora que ela emanava me deixava tão vulnerável, eu não sei se conseguiria resistir por muito tempo.

-Sasu, você está bem? E foi ouvindo aquele apelido carinhoso, o que me fazia voltar no tempo com sensações nostálgicas que eu desabei, chorava igual uma criança desamparada.

A matriarca se levantou as pressas e veio ao meu socorro. Senti seus braços circundarem minha cabeça e me puxar para mais perto. Seus braços sempre seriam quentes, sempre me acolheriam.

-O-O que está havendo, meu tesouro? – Perguntou preocupada, era tão palpável. Mikoto nunca se esforçou para esconder seus sentimentos, meu pai disse que foi assim que percebeu que ela era a mulher da vida dele.

Contei o que houve, com a minha mãe não haviam segredos. Sabia que ela não me julgaria, sabia que estaria do meu lado e poderia até me dar algum conselho caso fosse preciso. Entendeu quando eu quis falar e entendeu quando precisei do meu espaço. Perguntou se eu queria não ir para a faculdade hoje e descansar um pouco, afinal eu tinha acabado de contar um dos segredos mais fatais de toda minha vida.

“Mãe, eu sou gay”

Ela entendia e eu sabia que talvez não tivesse o mesmo tratamento carinhoso e compreensão quando falasse com meu pai, então apenas aceitei suas palavras de conforto e seu carinho. Não iria falta a faculdade por um simples deslize de minha parte, eu ainda queria ser alguém na vida, alguém que não dependesse de outra pessoa para nada. Foi com esse pensamento que saí de casa as 18 horas e rumei até minha faculdade.

Eu só queria esquecer.

Comecei a sentir a garganta doer e o nariz a ficar escorrendo, com toda certeza eu havia pego um resfriado. Maldita hora que resolvi sair as pressas da casa de Sai e apenas de meias nos pés.

Sai... fico feliz que hoje ele não tenha aula, mas o restante do pessoal tem. Eu só queria não ter encontrado com nenhum durante minha caminhada até minha sala, mas foi inevitável. Dei respostar monossilábicas e falei que estava um pouco mal por agora, ficaram confusos, mas entenderam.

Apertava a garrafa de café que eu trouxe assim que entrei na sala, aquele mal-estar me invadiu por completo e fiquei me perguntando se ir para a faculdade naquele dia tinha sido a escolha correta. Eu sou um fracasso.

Assim que me sento em uma de minhas cadeiras, o aluno a minha frente se vira pra mim e fala sem graça:

-Desculpa, mas isso é café? – Assim que perguntou percebi claramente suas olheiras debaixo dos olhos claros e cansados. Seus cabelos estavam tão bagunçados que parecia impossível passar um pente ali e ele não se perder dentro do emaranhado de fios loiros. Seu rosto estava um pouco pálido e opaco, parecia morto.

-Ahm... é sim. – Falei simples.

-Pode me dar um pouco? Sinto que vou desmaiar. – Falou baixo e sentindo as energias esvaírem. Fiquei desesperado assim que o vi dar uma recaída, mas voltar ao seu equilíbrio.

-P-Pode ficar com ele. Com certeza você precisa mais do que eu. – Falei tentando dar um sorriso acolhedor para o outro, que agradeceu com um sorriso também. – Ah! Mas evite encostar os lábios. Eu acho que estou gripado, sabe, pra você não pegar.

-Muito obrigado. – Falou baixo, mas consegui escutar.

De modo apressado, pego a bolsa de lado e tiro de lá um pequeno pacote de biscoito e cutuco o loiro a minha frente, que se vira e me fita com aqueles olhos intensamente azuis, o que era muito raro no Japão.

-Toma. – Entreguei o pacote e voltei minha atenção para o livro a minha frente, mas que na verdade eu só não queria ver aquele sorriso novamente.

Porque se tinha uma coisa que eu nunca mais faria era cair nos encantos de outro homem e me magoar novamente.

Eu não iria mais me apaixonar, nunca mais.

12. März 2018 15:05 3 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Cecilia Jarske Cecilia Jarske
gente, que Sai fdp foi esse?! porra, Sasuke levou um puta toco '-'
November 19, 2018, 17:28
Larissa barros Larissa barros
Meu Deus, estou completamente apaixonada sabia ? Que maravilhoso
March 25, 2018, 04:26

  • Luh Hander Luh Hander
    ahhhh que bom que está gostando!! Espero que goste da continuação <3 March 31, 2018, 00:35
~

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