shinigamigrell Ane Caroline

Todo esse tempo Rimos até choramos Só para ver o sorriso um do outro E agora você vai ser sempre a única para mim Isso me faz sentir como se eu estou vivo Eu ainda estou procurando por essa história que sempre sonhou Eu espero que você esteja procurando também



Kurzgeschichten Alles öffentlich.

#Awake #Awake - A Vida Por Um Fio #Gemma Arterton #Hayden Christensen #Lena Olin #Jessica Alba
Kurzgeschichte
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Capítulo Único

“Acordei com aquela luz clara e forte da sala de espera do hospital,o local estava ficando cada vez mais vazio,uma espécie de manta roxa estava em cima de meu corpo como se estivesse me protegendo do frio.

Olhei para o lado,Lilith Beresford,a mãe de Clay,agora sogra de Sam,ela...estava sentada ao meu lado no chão daquela sala de espera,também sendo coberta por aquela manta,estava com os olhos fechados,parecia estar dormindo.

Queria pegar meu celular no bolso de minha jaqueta de couro preta,porém,não conseguia me mexer,era estranho ao mesmo tempo que me dava agonia,estava angustiada,precisava me movimentar,até lembrar da Paralisia do Sono.

Sim,eu tinha Paralisia do Sono desde meus 14 anos de idade,pelas minhas pesquisas,essa condição sempre acontecia em pessoas com estresse elevado,o que era meu caso.

Algumas vezes,essa Paralisia do Sono acabava me fazendo ter uma Projeção de Consciência,um fenômeno paranormal no qual a consciência da pessoa saía de seu próprio corpo e se manifestava em um plano espiritual,quem me explicou isso foi a minha avó materna,que era doutrinada no Espiritismo.

Tentei abrir ainda mais meus olhos para acordar de fato,mas não conseguia,mais uma tentativa de mover meu corpo,até que finalmente consegui me mexer e levantar-me do chão onde estava sentada.

Suspirei aliviada,estava ofegante e repousei uma das mãos em meu peito,estava nervosa,respirava fundo tentando me acalmar um pouco...precisava...beber água...é...isso...água...quem sabe assim eu conseguiria me acalmar.

Virei-me na direção de Lilith levando um susto ao ver eu mesma ainda sentada naquele chão,com os olhos fechados,dormindo calmamente...ah,legal!Obrigada Paralisia do Sono,mais uma Projeção de Consciência para a minha lista.

Olhei em volta a procura de um bebedouro,encontrei-o perto de um corredor que parecia levar a alguns consultórios e no fim dele,havia uma grande porta branca que estava completamente aberta,a luz era bem forte,que iluminava o corredor através dela,peguei um copo no suporte ao lado do bebedouro,em seguida enchendo-o com o líquido incolor.

-Emma?-ouvi uma voz familiar chamar-Emma,é você?

Eu conhecia aquela voz,passei 25 anos da minha vida ouvindo-a todos os dias,masculina,suave,ao mesmo tempo que parecia desesperada e amedrontada,um pouco falha.

-Clay?-chamei,em seguida,deixando o copo em cima do bebedouro e virando-me na direção de onde vinha a voz,era do corredor através da grande porta-Clay,você está aí?

Aproximei-me com cuidado da porta,olhava para os lados nervosa e um pouco aflita,aquela área era restrita apenas para médicos,eu poderia arrumar problemas com alguém por invadir um espaço privado.

Fui chegando cada vez mais perto,até que acabei adentrando o local,continuei andando até parar em frente a outro corredor,olhava para a continuação do lugar em que eu estava e havia uma outra porta completamente branca,ela estava fechada.

Senti algo,ou mais,alguém,segurando firmemente o meu braço,em seguida,me puxando para dentro do outro corredor rapidamente,fechei o punho rapidamente e virei-me na direção da pessoa para desferir um soco em minha defesa,porém,meu corpo acabou indo de encontro com o tronco da pessoa.

Virei meu rosto,o lado dele bateu no que seria o peito do ser humano,afastei-me um pouco da pessoa,em seguida,levantando minha cabeça lentamente,meus olhos passaram pelo pescoço e logo,o rosto,até que foram diretamente de encontro aos olhos...aqueles olhos claros...azuis como o mar profundo...me arrepiei por inteiro ao perceber que a pessoa me segurando daquela forma se tratava de Clay.

-Clay?O que está fazendo aqui?-perguntei um pouco atordoada com toda aquela situação-Era para você estar na mesa de cirurgia,o que faz aqui?

-Graças a Deus,você está aqui,aconteceu uma coisa terrível,não sei mais em quem confiar…-dizia Clay tremendo,o que estava me assustando-Você é a única pessoa na qual ainda tenho fé e confiança,sei que pode me ajudar.

-O que aconteceu de tão terrível?-perguntei assustada-O que houve?

-Os médicos estão tentando me matar e Sam também está envolvida nisso,ela quem treinou a equipe de Jack,ela era enfermeira aqui…-falou Clay-Eles querem o meu dinheiro para pagar as dívidas que conseguiram graças aos processos que as famílias jogaram neles por terem matado vários pacientes na mesa de cirurgia,o valor é um bilhão de dólares...Emma...minha cabeça está a prêmio por um bilhão de dólares,minha vida está a venda por um bilhão de dólares.

Estava boquiaberta,incrédula,como médicos que estavam sendo contratados apenas com o intuito de salvar a vida de Clay,estavam armando para tirá-la dele por dinheiro?Seria irônico se não fosse trágico.

-Preciso da sua ajuda Emma,você é a única que pode fazer alguma coisa para impedir que eu morra naquela mesa…-disse Clay-Você é a minha única esperança nesse momento,precisa me ajudar.

-Farei qualquer coisa…-eu falei decidida,realmente iria fazer alguma coisa,não podia deixá-lo morrer-Me fale qual é o seu plano e vou lhe ajudar no que precisar.

-Eu não tenho um plano,mas preciso que alguém avise que estou acordado…-disse Clay-O único que você pode confiar é o enfermeiro Larry,ele é o único que não sabe do plano,foi contratado de última hora,é um bebum,provavelmente nem confiam nele.

-Cada vez que fico sabendo de uma coisa nova,tudo apenas piora…-eu disse respirando fundo.

Primeiro,os médicos queriam matá-lo por dinheiro,Sam treinava a equipe de Jack Harper e agora tem um enfermeiro bêbado na equipe...tenho até medo de falar alguma coisa e vir algo muito pior do que isso.

-Minha vida está em jogo,Emma…-disse Clay chorando.

Aquilo me doía,vê-lo chorar era como se estivessem me esfaqueando,uma angústia invadia o meu peito,respirei fundo,precisava me acalmar,mas uma lágrima insistiu em cair naquele momento.

Acariciei o rosto de Clay,na minha cabeça,a única cena que passava era ele se casando com Sam naquela noite.Tudo que eu conseguia fazer era me culpar,como eu pude ser tão burra ao ponto de confiar Clay a Sam?Se eu tivesse me declarado para ele antes dela aparecer,eu estaria casada com ele neste momento e talvez não tivesse com a sua cabeça sendo posta a prêmio.

-Eu vou chamar Rafaela,talvez ela possa me ajudar…-eu falei engolindo em seco-Mas antes,eu vou entrar naquela sala de cirurgia e dar um jeito nisso.

-Você precisa ser ágil,rápida…-disse Clay me abraçando-Confio em você e sei que não vai me decepcionar.

-Não irei…-eu falei com convicção-Nunca decepcionei,não vai ser agora que farei isso.

De repente,tudo escureceu rapidamente,ouvia a voz de Clay me chamando,estava cada vez mais distante,até que não podia mais ser ouvida”.

A lembrança daquela Projeção de Consciência de 10 anos atrás era a única coisa que passava na minha cabeça naquele momento,sentada na cadeira da sala de espera do hospital onde o Dr. Neyer atendia.

Meu celular não parava de vibrar por um segundo no bolso de meu sobretudo,muitas mensagens chegavam,uma atrás da outra,minha filha Grace estava super preocupada com o pai,estava na casa da General Sonya.

Clay estava estranho quando chegou da Beresford Capital as 19:00 da noite,parecia cansado e ofegante,exatamente como ficava antes do transplante,ele falou que tomou todos os remédios nos horários certos,mas sentia um enorme mal-estar.

Á 01:30 da madrugada,Clay acordou com falta de ar e foi beber água para tentar acalmar-se,depois de um tempo,ouvi o som de vários potes caindo e logo,um grito de dor vindo da cozinha,fui atrás e encontrei o meu próprio marido jogado no chão do local,tudo que ele conseguia me falar é que estava sentindo uma forte dor no peito e tudo que eu consegui fazer foi colocá-lo rapidamente dentro do carro e trazê-lo para o hospital.

Já eram 02:45 da madrugada,já faz uma hora que Clay está naquela sala de emergência,eu estou suando frio,meus olhos ardem de tanto chorar,não quero perdê-lo,ele é tudo pra mim.

Nas minhas mãos,estou segurando um envelope,dentro tem uma carta escrita por Clay,parecia que ele estava prevendo a sua morte e estava querendo me confortar de alguma forma...Deus,por favor,não leve meu Clay,ainda não…

Minha mãe ajoelha-se na minha frente,estava com um copo descartável de cor branca nas mãos,ela estava morando em Xanghai com a Hannah,mas decidiu passar uns dias aqui na cidade para nos visitar,ela não quis ficar na nossa casa,preferiu pagar uma hospedagem em um hotel,acabei telefonando para ela vir e como o esperado,ela veio,como uma ótima mãe que ela é.

-Aqui,trouxe água para você…-ela disse me oferecendo o copo-Você deveria beber um pouquinho para se acalmar.

-Eu apenas quero notícias do Clay…-eu falei com a voz falha-Estou preocupada com ele.

Eu tremia muito,estava ofegante e cada vez suando mais frio,estava nervosa,ansiedade a milhões por hora,meu estômago estava embrulhado e queimava muito,estava com náuseas,várias vezes a ânsia de vômito tentava subir pela minha garganta,mas engolia sempre.

Peguei o copo,bebendo alguns goles do líquido transparente,só conseguia pensar em Clay,minha preocupação cada vez ficava maior,lágrimas insistiam a cair pelo meu rosto,um arrepio na espinha,um frio na barriga,uma angústia no peito,um pressentimento ruim,aquilo tudo estava me sufocando,me matando por dentro,me asfixiando cada vez mais.

Logo,vi o Dr.Neyer sair da porta da sala de emergência,levantei-me rapidamente acompanhada de minha mãe,meu coração batia forte,parecia que sairia pela boca a qualquer momento,minhas pernas estavam bambas,porém,tentando manter-me firme sempre.

-E então doutor?-perguntei-Como Clay está?

-Ele está bem,o estado dele é estável…-disse o doutor-Ele apenas precisa descansar um pouco,mas podem vê-lo.

Soltei um longo suspiro de alívio,meu coração acalmou-se instantaneamente com aquela notícia,mas ainda estava aflita,precisava vê-lo com os meus próprios olhos.

-O que aconteceu com ele,doutor?-minha mãe perguntou-O que ele teve?

-Ele teve um ataque cardíaco,mas graças a Deus,não foi nada muito grave…-disse o médico-É normal em pessoas que foram transplantadas há muito tempo,principalmente pessoas como o Clay que foram transplantadas há 10 anos,me admira até mesmo que ele continue vivo.

-Posso ir vê-lo?-Perguntei.

Não queria saber sobre os anos que Clay ainda teria de vida,eu apenas queria ver ele,precisava disso,precisava olhar diretamente para os seus olhos azuis e ter certeza que ele estava bem.

-Pode entrar…-disse o doutor abrindo passagem-Desde que acordou,não parou de perguntar onde você estava,ele está na segunda sala à esquerda.

Sorri ao ouvir aquilo,eu amava quando ele perguntava de mim para os médicos ou para qualquer outra pessoa,era como se a minha presença realmente fosse importante para ele,o que de fato,deveria ser.

Adentrei aquela porta,caminhando pelo corredor iluminado até a segunda porta a esquerda,estava fechada.Dei duas batidas no objeto que foi respondido com uma permissão de entrada.

Abri a porta lentamente,entrei no quarto dando de cara com um Clay deitado de pijama na cama do hospital,ele me encarava com um enorme sorriso em seu rosto,ao seu lado,havia um enfermeiro colocando uma embalagem de soro no suporte,este que estava sendo injetado aos poucos diretamente na veia do meu amado.

Tentei conter as lágrimas,mas novamente elas insistiram em cair,me aproximei da cama,em seguida,depositando um beijo na testa de Clay e ajoelhando-me ao lado da cama,segurei a mão dele com a direita,enquanto que com a minha mão esquerda,eu mexia em seus cabelos loiros.

-Meu amor,como é bom vê-la novamente…-ele falou com a sua voz um pouco rouca-Seu rosto foi a única coisa que fez com que eu me acalmasse durante todo aquele pesadelo.

-Poupe as suas forças,meu amor…-eu falei-Mesmo que seu estado seja estável,sei que você ainda tem muito o que lutar para continuar bem.

-Sei que estava na minha hora,realmente estava…-disse Clay com lágrimas nos olhos-Mas eu lutei para continuar vivo ao seu lado,com os nossos filhos,estou lutando para seguir vivo por vocês.

-Nossa filha está desesperada e preocupada com você…-eu falei-Tive que deixá-los com a general Blade.

-Porque não deixou-os com a sua mãe?-Clay perguntou.

-Preferi que minha mãe estivesse aqui comigo…-eu falei respirando fundo-Ela está lá fora enchendo o Dr.Neyer de perguntas.

-E o Luke?-Clay perguntou preocupado-E o nosso menino?

-Ele está bem,não viu absolutamente nada,estava dormindo como um bebê…-eu falei sorrindo-Provavelmente quando chegarmos,vai agir normalmente,pedi para Grace não falar sobre isso para ele.

-Quero sair daqui logo…-disse Clay-Quero voltar para casa.

-Você já vai ganhar alta,ok?Provavelmente farão isso quando amanhecer…-eu falei sorrindo-Agora descanse um pouco,vai demorar muito até o horário de você ganhar alta.

Clay segurou forte a minha mão,em seguida,esboçando um lindo sorriso em seu rosto,levantei-me um pouco,em seguida,aproximando o meu rosto,logo beijando os seus lábios lentamente por alguns segundos.

Afastei-me dele,voltei a ajoelhar-me no chão do quarto ao lado da cama,repousei meu queixo em uma parte do colchão da cama olhando diretamente para o rosto de Clay,ele estava sorrindo,seus olhos fechavam lentamente,até que finalmente,ele caiu no sono.

Repousei minha cabeça de lado no colchão,fechei os meus olhos lembrando de todos os momentos ótimos que passei e que ainda passaria ao lado de Clay,assim,acabei também caindo no sono.

27. Februar 2018 00:12 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Ane Caroline Sou uma cosplayer que exorciza fantasmas e baba no Hayden Christensen ao som de Michael Jackson no Estado que chamam o pão de cacetinho,canta Shinzou Wo Sasageyo,escritora nas horas vagas.

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