havflue Paula M.

Quando pequeno ser um biólogo nunca fez parte dos seus planos, mas após ser salvo misteriosamente de um afogamento, ele passou a observar as profundezas azuladas com um diferente olhar. Anos depois, Sasuke se vê obrigado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de identificar uma recente mudança no comportamento marinho local, o que consequentemente reviveu uma antiga lenda local. Konoha não era somente seu lar, era também aonde as mais belíssimas sereias residiam.. Algumas delas em busca de uma nova chance e outras apenas sedentas por vingança.


Fan-Fiction Nur für über 18-Jährige.

#Naruto #SasuSaku #Sereias #Uchiha Sasuke #Haruno Sakura #Suspense #Sobrenatural
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Prólogo

Estranho. A única palavra que servia para definir como ele se sentia após perceber que sim, ele voltaria a residir em Konoha. Não que estivesse de fato reclamando, Konoha sempre foi seu lar, porém seu ritmo de vida mudara com os anos que vivera na capital.

Konoha é uma cidade litorânea, localizada a três horas da capital, muito conhecida pelas suas belas e limpas praias de águas tão claras como cristal. No período de férias escolares é uma das regiões mais procuradas pelos residentes de cidades próximas, que lotam os hotéis e resorts. As lendas locais acabaram por marcar a cidade no mapa para o restante do mundo, alavancando ainda mais o turismo apenas pela possibilidade de avistar algo diferente sobre as águas. Dizia-se que em tempos de navegações e descobertas, Konoha era uma das cidades que reunia mais relatos de aparições de sereias.

Mas sereias realmente existiriam? Mesmo que nada tivesse sido comprovado, a cidade das sereias permaneceu com seu título, passando a ter o turismo como principal gerador de economia, o que ajudou muito no crescimento do lugar. Com o passar dos anos alguns hotéis e estabelecimentos adotavam a temática aquática em suas fachadas e decorações internas para se adequar a venda da ideia.

Sasuke sempre se perguntou a respeito, porém não se deixava iludir como o restante das pessoas que lotavam os hotéis em certas épocas do ano.

Graças a sua escolha profissional agora ele estava há apenas alguns minutos da cidade. Havia saído da capital há três horas e de longe já podia avistar o mar há alguns quilômetros abaixo de si. Agora já alcançava a entrada da região marcada pela decorada placa azulada que desejava boas-vindas aos viajantes, de lá era possível avistar a cidade quase completamente, pois era preciso realizar uma extensa descida até o nível do mar. A visão era sempre bela, as águas pareciam brilhar ainda mais em contato com a luz da lua.

Suspirou. Não gostava de dirigir sem realizar algumas paradas, mas uma viagem tão curta como aquela parecia mais ser fácil e rápida sem as mesmas.

O telefone tocou e ele nem ao menos se deu ao trabalho de olhar, era no mínimo a décima vez que ligavam enquanto dirigia, retirando a mão do volante apenas para apertar o botão vermelho escrito recusar. Em pouco tempo estaria dentro da cidade e então poderia olhar quem tanto necessitava falar consigo.

Enquanto pisava no acelerador, podia notar como a estrada estava vazia. O mês de janeiro se aproximava e com ele logo mais um congestionamento estaria marcando as duas entradas para a cidade.

Abriu o vidro elétrico, desligando o ar condicionado do carro, não havia mais necessidade de mantê-lo já que a região ventava bastante. A maresia era sentida quando o vento tocava sua pele. Sentia falta dessa sensação, por mais que o ambiente esquentasse por conta disto, era algo que faltava em sua vida perfeita como novo garoto da cidade... Mas o que mais sentia falta era de ter aquelas águas próximo a si, não que na capital não tivesse mar, afinal era um dos objetos de estudo de sua área, mas nenhum se comparava ao de sua terra natal, talvez ele fosse um pouco puxa-saco do lugar...

Sasuke tinha um histórico com o mar e, segundo sua mãe, com as sereias de Konoha.

Aos cinco anos quase havia se afogado.

Na época em questão, o pequeno morria de medo das águas do oceano, por mais claras que fossem ele não conseguia se sentir seguro com a profundidade, dizia em palavras infantis que o mar parecia uma entidade viva, louca para lhe devorar e preencher seus pulmões com água, muitas vezes acreditava que, da única vez que havia entrado, podia ouvir alguém que falava consigo cada vez que mergulhava a cabeça na água. Itachi, seu irmão mais velho, observava como garoto ficava triste próximo aos amigos quando iam se divertir na praia, e passara a tentar de todas as formas lhe convencer de que tudo não passava de uma ilusão, não havia nada a temer, o mar era apenas uma enorme banheira como aquela que tinham em casa. Após alguns dias de conversa, o mais velho o convenceu a enfrentar seu medo, e foi assim que tudo aconteceu. Entraram na água juntos, Sasuke segurando-se com toda a força ao irmão mais velho, porém um temporal atingiu a cidade com sua fúria repentina, fazendo com que as águas traiçoeiras puxassem os dois para o fundo e consequentemente separasse o mais novo dos braços do mais velho.

Sasuke não conseguia se lembrar de muito além, entretanto seu desespero era algo que havia lhe marcado, tomando conta de seu pequeno corpo. Lembrava-se da sensação de não ser capaz de puxar o ar, somente a água... E em seguida tudo pareceu como um sonho. Acordou na praia, porém, um pouco mais afastado do ponto que havia tomado como referência caso se perdesse. Lembrava-se do verde, do rosa, de uma feição desconhecida e em seguida estava nos braços da mãe que gritava desesperada por ajuda.

Naquele dia, sua mãe jurou que havia visto alguém próximo ao filho, puxando-o para fora do mar. Em meio ao seu desespero não havia conseguido se apegar aos detalhes, só sabia que antes que conseguisse chegar próximo aos dois, uma onda bateu e apenas Sasuke apareceu deitado sobre a areia. Graças a esse mágico e horripilante dia, ele havia encontrado um motivo. Nunca havia se sentido tão próximo ao mar como naquele dia, e por causa disso sua curiosidade o levaria mais longe do que poderia imaginar. No fundo sabia que havia algo de diferente ali.

Alguns anos mais tarde enfrentou o mar com sucesso, tornou-se um dos melhores atletas e nadadores da escola em que estudava e inclusive ganhou uma bolsa para o curso de biologia marinha graças à natação. A escolha do curso veio principalmente inspirada pelas histórias que a cidade lhe proporcionava despertando uma curiosidade em entender o que realmente se passava no ambiente marinho, Se hoje ele retornava a Konoha, poderia sem duvidas culpar todo o seu histórico do passado, já que após se tornar um biólogo marinho, havia ganhado reconhecimento em sua área de atuação, sendo então um dos selecionados para ajudar uma instituição a identificar o que estava acontecendo com o ambiente aquático próximo a sua cidade natal.

Avançou pela estrada mal iluminada, durante mais alguns minutos, a maresia já tornava o ar mais carregado conforme se aproximava.
O celular brilhou mais uma vez, irritado, desviou sua atenção por um instante para o nome na tela que brilhava estridente como seu dono, Naruto. Com toda certeza querendo saber se Sasuke já havia chegado à cidade.

Naruto era filho do atual prefeito e seu amigo de infância, que Inclusive havia se mudado junto com ele para a capital, porém em uma visita a Konoha durante férias recentes havia conhecido sua atual noiva e desistido completamente de continuar o que havia começado. A princípio Sasuke estranhou, afinal, Naruto era ainda mais apaixonado pela profissão, não era do tipo que desistia de tudo do nada, principalmente por alguém que havia acabado de conhecer...

Mas se seu amigo estava feliz, ele também estaria, por mais que discordasse em parte.

Um barulho despertou sua atenção de volta ao volante. Quando ergueu a face, agiu por instinto ao pisar no freio com certa força. Para sua sorte não estava além do limite de velocidade, principalmente graças às diversas placas sobre a possibilidade de animais na pista, ou poderia ter causado um acidente ainda pior do que estava por vir.

O carro parou há um ou dois metros da figura de pé no meio da pista, a única iluminação além de seu farol era a lua, a qual a mulher antes parecia contemplar de maneira estranha, sem qualquer tipo de vestimenta. Os fios de uma coloração clara eram as únicas coisas que o impediam de ver completamente seu corpo, que parecia reluzir com o contato da luz da lua. A visão era surreal e até mesmo paradisíaca, sentia-se como se a qualquer momento seu corpo fosse descartar a sua mente e correr para fora em direção a ela.

O barulho do freio a havia assustado, tirando-a de seu transe para encarar o automóvel que logo pararia próximo a si. Por instinto pode observa-la cobrir a região dos seios, encolhendo-se um pouco para frente, antes de correr em direção as árvores e desaparecer em meio à mata.

Sasuke piscou inconformado.

O que diabos tinha acabado de acontecer?

Estava confuso.

Aos poucos ia se recuperando da freada brusca, nas laterais do carro a mata permanecia silenciosa, sem qualquer tipo de vestígio da mulher que havia visto há pouco, ela havia desaparecido. Como se não fosse estranho o suficiente, ele sabia que a mata terminava em um penhasco. Cogitou a possibilidade de descer para verificar se tudo estava bem mas descarto-a devido ao susto. Conforme voltava a andar, sentia-se cada vez mais estranho, a sensação que tomava conta de seu corpo era como se algo parecesse queimar dentro de si, pela necessidade de procurá-la, de tocá-la e desaparecer junto a ela.

Contou até dez tentando controlar a respiração, puxando seu lado racional de volta. Talvez tudo não tivesse passado de uma brincadeira da sua mente cansada.

Afinal, como alguém se encontrava parado no meio de uma estrada? Sem qualquer iluminação? E porra.. Sem roupa? 


(...)


Nada havia mudado em Konoha desde a última vez que havia visitado. As pessoas se reuniam durante a noite para passear pela orla e aproveitar os restaurantes e lojas que ficavam abertas até de madrugada, graças ao movimento. A população parecia triplicar nas férias, principalmente após a inauguração de um parque aquático próximo que trazia seu próprio show com tanques de água e sereias que realizavam performances por lá.

O restaurante de sua família era um dos melhores da cidade, tendo aparecido em diversos guias de turismo como indicação de uma perfeita culinária local. Diferente do restante dos comércios o Sharinganficava localizado mais afastado do centro, ainda na orla, próximo a uma região menos movimentada voltada para o residencial. Naquela altura, a avenida beira-mar encontrava-se quase sempre vazia de pedestres, o movimento ficava todo dentro do estabelecimento, visivelmente notável graças às fileiras de carros que ocupavam o quarteirão e as enormes janelas de vidro que possibilitavam ampla visão do ambiente.

Estacionou o carro em uma vaga recente, após observar que um casal deixava o restaurante, para sua sorte.

Mikoto encontrava-se do lado de fora do restaurante, à decoração rústica exigia sempre alguns toque pessoais para ficar sempre do jeito que ela gostava, nunca se cansava de realizar as mais simples atividades. No instante observava a placa de boas-vindas, tentando ajusta-la de maneira que ficasse reta, mas o objeto não parecia cooperar. Sasuke riu internamente com a dedicação da mãe, ela definitivamente era uma perfeccionista nata. O Sharingan era especializado em frutos do mar, oferecendo diferentes tipos de rodízio e, claro, culinária japonesa com os mais frescos pescados. Quem não a conhecesse nunca diria que era mãe de dois filhos adultos, sua aparência não parecia mudar nunca. Enquanto ele se sentia cada vez mais velho era como se sua mãe ficasse sempre mais nova. Era uma mulher incrível além de muito bonita com seus cabelos pretos e olhos da mesma tonalidade, assim como o restante da família que se destacava pelas características marcantes. Fukago e Mikoto Uchiha eram definitivamente, um dos mais influentes casais naquela sociedade.


- Sasuke? – Havia acabado de se virar para observar de longe a plaquinha, dando de cara com o rapaz.


Sabia que ele chegaria ainda naquele dia, mas sempre se surpreendia com a presença do filho, Sasuke era bem quieto e as vezes a assustava sem querer, fato que o divertida bastante. Como uma adorável mãe que era ela se preocupava com o bem-estar dos filhos e ansiava por cada pequeno momento que poderia dividir com eles novamente.

Mikoto sorriu recebendo o filho com os braços abertos, e apertando-o contra si em um carinhoso abraço. O mais jovem retribuiu a mãe era uma das únicas pessoas a quem ele realmente demonstrava seu afeto livremente.


- Você está bem, querido? Sua viagem foi tranquila? - Disse tocando a lateral da face do filho com os dedos, sua expressão era facilmente identificável para ela, Sasuke estava aflito. – Aconteceu algo?


- Sim, mãe. – Concordou respondendo a primeira questão, não seria necessário reportar o quase incidente, só serviria para deixá-la nervosa e Dona Mikoto já tinha preocupações demais. – Tudo ótimo, foi uma viagem tranquila. - Respondeu com seu tom baixo costumeiro. – Não tem porque se preocupar.


Mikoto voltou a sorrir. Sabia que ele estava omitindo algo, mas também sabia que quando chegasse a hora ele lhe contaria o que realmente havia acontecido.


- Cada vez que te vejo você parece cada vez mais com seu pai.


Sasuke e Itachi haviam se mudado para a capital havia exatamente sete anos, ambos para cursas a faculdade, desde então acabaram por construir a vida por lá. Itachi diferente do irmão, havia decidido seguir para a medicina, para se tornar oftalmologista. Ambos eram muito parecidos e levavam os traços Uchiha, facilmente identificáveis.


- Como estão as coisas por aqui? – Questionou seguindo-a para dentro do estabelecimento. Não gostaria de imaginar aquele lugar em alta temporada.


- O de sempre, você sabe. Igual quando costumava servir as mesas, você se lembra? – A Uchiha riu com as lembranças do filho estressado atendendo alguns clientes desagradáveis.


Sasuke havia trabalhado como garçom assim como Itachi, durante esse tempo a grande parte do público misteriosamente passou a ser majoritariamente feminino. Perdera as contas de quantas vezes recebia algum papelzinho com o número de alguém escrito em letras diferenciadas, mas no fim da noite passava para Suigetsu ou Itachi a grande parte dos papeis, os que lhe interessavam vez ou outra rendiam alguns encontros, nada muito sério. Trabalhar no Sharingan havia sido melhor do que o tinder.

Dentro do lugar as mesas se distribuíam pelo amplo salão, a vista era gratificante graças as enormes janelas de vidro. A decoração mantinha seu ar rústico com paredes de tijolos e madeira, havia também uma área externa que quase sempre ficava muito mais cheia do que o salão, que no lugar de cadeiras havia poltronas vermelhas. O balcão contava com o caixa e o espaço para o barman, seguindo havia um pequeno corredor com a porta que dizia que a entrada era permitida apenas para funcionários.

Os dois seguiram até a porta especifica que dava continuidade ao corredor, tendo uma porta para acesso a cozinha, outra para os funcionários e a última para o pequeno escritório da direção.


- Meu pai está? – Sasuke questionou antes que a porta fosse aberta.


- Está em casa hoje, ele acabou de voltar de uma consulta com o oftalmologista daqui. – Pausou sentando-se na poltrona atrás da mesa de vidro. - Sabe como ele é, não confia muito em uma opinião que não seja de Itachi, mas mesmo assim ele foi, reclamou o caminho inteiro e preferi larga-lo em casa. – Ela riu com a própria frase, mas Sasuke entendia bem, poderia ser tão reclamão como o pai quando tinha certeza de algo.


- Fiquei preocupado, Itachi tinha me falado algo sobre precisar de opera-lo. – Ele sorriu pela lateral da boca, divertindo-se com a risada de sua mãe. – Mas pelo visto está tudo bem.


- Claro que sim. Após o resultado dos exames de hoje tudo está maravilhoso. Sem falar que o restaurante vai melhor do que nunca. Você já tinha visto a nova fachada? – A mulher se acomodou sobre a cadeira, enquanto Sasuke se sentava a sua frente em uma das confortáveis poltronas gêmeas.


- Já sim, ficou ótima, mãe. Foi a Tia Kushina? – Desde pequeno pegara o costume de se referir aos pais de Naruto como tios, assim como o amigo fazia com seus próprios pais. Mesmo após adulto era uma forma afetuosa de se referir a eles.


- Sim. Ela é a melhor da cidade, principalmente depois que pegou grande parte dos projetos com temas marinhos.


- Por quanto tempo vai ficar, querido?


- No mínimo três meses.


- Isso é ótimo! Você pode vir almoçar e jantar com a gente todos os dias. – Ela bateu palminhas de felicidade, o mais novo já sabia que ela planejava um cardápio improvisado em sua cabeça.

Sasuke sorriu como quase nunca fazia.


Sua mãe era incrível.


- É sempre bom ter você e Itachi por perto. Você deve estar cansado não é? Já colocou suas coisas no apartamento? 


Diferente do plano inicial, Sasuke residiria no antigo apartamento em que dividia com Naruto, ou seja, logo voltariam a ser colegas.


- Vou me encontrar com o pessoal agora por lá, Naruto quis fazer algo para celebrar.


Ele sorriu pelo canto de seus lábios, concordando com o movimentar de sua cabeça.


-Passei para ver como a Senhora está.


- Vá se divertir com seus amigos. Venha tomar café comigo amanhã, certo?


Assentiu antes de se levantar e beijar a testa da mãe em uma breve despedida. O apartamento que dividiria com o amigo não ficava tão longe do bairro em que crescera, iria facilmente a pé se não tivesse muitas tralhas para levar.


(..)


Já se passavam das dez quando Mikoto resolveu que iria para casa, seu marido já havia lhe ligado algumas vezes preocupado com o horário. Konoha era uma pacata cidade do interior sim! Mas dado o aumento da população, algumas coisas diferentes começaram a acontecer como um roubo ou pessoas estranhas nas ruas já eram motivos mais do que suficientes para preocupar as cabeças dos moradores.
Deixaria o restaurante por conta de um de seus funcionários e amigo de infância de Sasuke, Suigetsu. Suigetsu não era muito ambicioso como a grande maioria dos jovens da cidade, estava mais do que satisfeito em ter um emprego e ser capaz de se sustentar, além de claro passar algumas noites em claro bebendo em algum bar, fazendo a famosa social.

A rua parecia mais escura do que de costume, ela podia dizer com certeza que o clima estava diferente do habitual. A atmosfera pareceu pesar quando pisou os pés para fora do Sharingan. Uma última olhada para dentro, através da extensa janela foi o suficiente para comprovar que tudo iria correr bem como sempre, Suigetsu já tomara frente indo até a mesa de alguns clientes, provavelmente para sugerir algum prato ou receber algum comprimento. Mikoto riu baixo com a visão, o rapaz era realmente muito sociável, principalmente com as moças que visitavam a cidade vez ou outra.

Passou a andar, observando sempre com atenção a pequena movimentação da rua, sua casa ficava há apenas alguns quarteirões, coincidentemente na mesma região em que Naruto residia, entretanto, por se tratar de uma casa mais antiga ela tinha o privilegio de residir junto as novas construções com direito a um pier próprio, que raramente era usado, a não ser quando Itachi vinha passar férias com sua esposa, Konan.

A rua seguia e próximo ao seu fim, tornava-se uma pequena descida para se igualar ao nível do mar. Ao longe o barulho relaxante das pequenas ondas que se formavam batia contra as pedras. Conforme a mulher se aproximava de sua casa, algo parecia diferente, não somente a atmosfera como o mar que parecia se tornar mais rebelde. Do outro lado da rua, uma moça pareceu ter surgido de repente, enrolada em algum pano que mais pareciam restos, os fios longos de seus cabelos ainda úmidos alcançavam a altura de sua cintura parte jogada sobre sua face, impedindo-a de analisa-la melhor.

Mikoto se assustou.

Não era uma visão comum e muito menos algo que realmente acontecesse.
Parou onde estava. A situação era para lá de assustadora, mas quando seu olhar encontrava a jovem, que parecia quase se arrastar com os passos lentos, a sensação que lhe era transmitida era de pura paz. Prontificou-se a ajudar, chamando-lhe a atenção ao gritar pela mesma. – Você está bem querida?

A voz pareceu assustar-lhe, fazendo a outra levantar a cabeça curiosa. Os olhos em um tom verde que lembrava bem as águas brilharam intensamente com o contato visual.

Por um momento, Mikoto pensou em desistir, talvez voltar correndo para o restaurante mas a moça havia parado. O rosto se revelava conforme levantava a cabeça para encarar-lhe. Fez menção de continuar a andar dessa vez em sua direção mas algo a impediu, fazendo com que suas pernas a traíssem e ela fraquejasse caindo de joelhos no chão, o som que saíra de sua boca fora quase inaudível mas apenas a melodia presente em seu tom foi o suficiente para que Mikoto sentisse segurança em se aproximar.


– Você se machucou querida? – Disse se agachando próxima a garota que respirava com certa dificuldade. – Posso te ajudar? 


Concordou movimentando a cabeça positivamente, segurando a mão que a pouco lhe fora oferecida. Levantaram juntas e a moça sorriu. – Qual o seu nome, meu bem?

Ela sorriu de forma doce, incentivando a outra a retribuir, mesmo que acreditasse que não obteria uma resposta tão cedo. A julgar pela sua aparência, apesar de não possuir nenhum arranhão se quer, a garota poderia facilmente ter passado por algum tipo de trauma que a impedisse de falar, porém, se surpreendeu ao ouvi-la dizer em baixa, porém encantadora voz, que soava como uma das mais belas melodias.


– Sakura.


– Venha, Sakura. Vamos para a minha casa, pelo menos por hoje você terá algum lugar para descansar.


26. Februar 2018 19:58 1 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Fortsetzung folgt… Neues Kapitel Alle 30 Tage.

Über den Autor

Paula M. Sasusaku eternamente ♡ Leitora compulsiva, escritora enrolada e uma sereia, plx. ♡ Rikudou que me livre de SasuHina, amém ~ Perfis: https://fanfiction.com.br/u/770310/

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Jessica Diana Jessica Diana
ahhhhh ameiiiii de mais.... aquele gostinho de quero mais no final me encanta kkkkk... autora sua História é maravilhosa continua porfavor.
February 28, 2018, 09:24
~