humanagain Lírio Rosa

Vinte anos atrás, Carmerrum vivia um completo Caos. Apenas três famílias usufruíam de tudo que a vida podia lhes oferecer e o restante do país vivia na miséria. Para a sorte de toda a população, a revolução enfim viera e Loenna Nalan, a jovem revolucionária, tomara o poder e enfim as novas gerações de cidadãos puderam desfrutar de um lugar mais justo. Ou, ao menos, assim é dito. Narael Wuri, a criança da guerra, fora escolhida para suceder a tão amada Loenna no poder, e em meio a intermináveis aulas e luxuosos professores, ela percebeu que talvez não queira isso tanto assim. Aos 19 anos, lutando com os dilemas do final da adolescência, a rejeição ao posto que lhe foi atribuído e a falta da figura paterna, Narael descobre que o país justo de Loenna não é tão justo assim para todo mundo... Juntamente a isso, é possível que Narael seja um pouco Inflamável.


Fantasy Nur für über 18-Jährige.

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Entre a corte e os pincéis

O pincel ia e vinha. Corria pela tela, voltava, fazia curvas e declives. Marcava seu caminho por onde passava. O traço fino e detalhista da artista era marcante, denunciava um talento inigualável. E, aos poucos, as linhas se cruzavam e formavam a imagem de um homem. Mas não qualquer homem: A figura retratada nas belas composições artísticas era ninguém menos que Digan Wuri.

Narael, a tão habilidosa artista, terminou sua obra de arte e reservou um tempo para contemplá-la. Com um sorriso, a jovem denunciava sua satisfação. Pintar o rosto de seu pai sempre fora uma válvula de escape para ela. Narael não chegou a conhecê-lo, Digan havia morrido na guerra liderada por Loenna Nalan antes mesmo que a garota nascesse. A jovem por vezes se pegava em doces devaneios sobre como seria sua vida com a presença paterna — Diziam que ele tinha os seus olhos monólidos com dobra epicântica, que lembravam uma lágrima, traços comuns ao leste asiático, e o seu sorriso brincalhão. Ela, segundo alguns, era a versão feminina de Digan.

Cansada e orgulhosa do trabalho feito, se olhou no espelho. Manchas de tinta preta salpicavam seu rosto, e o suor lhe banhava a testa, mas a garota de sempre estava ali; Cabelos lisos escuros, pele pálida, lábios finos e rosados, rosto cheio e redondo, braços grossos e algumas pintinhas abaixo do pescoço. Sorriu; Narael Wuri se sentia satisfeita após um trabalho bem feito.

A filha de Eliah Conelli com Digan Wuri era considerada a criança da guerra. Antes que Narael fosse concebida, o país em que hoje habita era um péssimo lugar para os injustiçados. Apenas aqueles nascidos de três grandes famílias viviam uma vida digna: Eran, Kantaa e Saphira. Ao restante, eram reservadas a fome, a miséria e as margens da sociedade.

Mas surgiu um nome que veio a mudar isso. Esta pessoa era Loenna Nalan, a guerreira do povo e para o povo. Loenna viera para trazer justiça aos marginalizados, vencendo uma batalha que já se considerava perdida. Após meses de sofrimento, estratégias, sangue derramado e vidas perdidas, finalmente o exército do povo vencera os antes considerados invencíveis Eran, Kantaa e Saphira, e a aclamada Loenna tornou-se rainha de Carmerrum, garantindo que as riquezas das famílias tradicionais fossem redistribuídas para aqueles que têm fome. A antiga mansão do patriarca Morius Eran fora ocupada por Loenna e seus companheiros, que de lá definiam as ordens para os rumos de Carmerrum.

Isso fora em março de 1885. Em setembro do mesmo ano, Narael viera ao mundo, sendo tratada como uma verdadeira princesa por todos os residentes da mansão Nalan: Loenna, a própria rainha, Fowillar, seu marido, Aya, a enfermeira, Euler, o conselheiro, Lenrah, o líder da guarda real, e, é claro, Eliah, sua mãe. Desde muito cedo a jovem Narael era recheada de mimos e isso a fazia se sentir única, especial, amada. Uma infância feliz, de fato, ainda que lhe faltasse o pai que havia perdido antes mesmo de vir ao mundo.

Entretanto, os problemas começaram em torno de seus doze anos. Narael costumava ser uma criança solta, que vivia entre muitas outras, e frequentava colégios como era de costume entre jovens de sua idade. Até que fora retirada do convívio coletivo e a rainha Loenna decidiu por expor a garota a aulas chatíssimas dentro de sua própria casa, contratando professores particulares. E aquilo murchou a jovem Wuri, a ponto dela perder todo o seu brilho e todas as suas cores.

Os residentes da mansão Nalan tentaram esconder da garota a razão de sua mudança repentina de tratamento com ela, mas o segredo não durou muito. Logo Narael descobriu que pretendiam fazer dela a sucessora de Loenna.

O motivo de tal decisão era um tanto quanto simples: Loenna Nalan não poderia ter herdeiros. A razão que deram ao público fora que a rainha era estéril e incapaz de gerar uma nova vida, mas nos ouvidos de Narael chegavam boatos — E ela lhes dava mais crédito do que às versões oficiais. — de que Fowillar Nalan não se interessava por mulheres e consequentemente não procurava Loenna na cama. Parecia um motivo bastante plausível; A rainha frequentemente promovia bailes em que sempre acabava trazendo um homem — Ou mulher. — diferente para dormir com ela, quase como se o seu casamento com Fowillar não tivesse valor algum. Além disso, sua estranha aproximação com a enfermeira Aya levantava em Narael suspeitas de que as duas estariam se relacionando romanticamente.

Independentemente das fofocas não tão bem ocultas que a vida sexual de Loenna pudesse esconder — O que realmente não era de seu interesse —, lhe incomodava o fato de que a jovem não fora consultada acerca de se tornar sucessora ao trono de Carmerrum. Diziam que ela se sentiria mais preparada quando mais velha, mas os sete anos de amadurecimento da ideia só aumentaram suas náuseas em relação ao assunto. Narael não queria ser rainha e essa certeza jamais sairia de sua mente.

Às vezes as aulas preparatórias para o trono lhe causavam uma ansiedade tão absurda que a jovem tinha de fugir delas, escondendo-se no sótão. E ali era o seu ponto de relaxamento; Era onde suas telas, tinturas e obras de arte estavam localizadas. A rainha não tinha objeção quanto aos trabalhos artísticos da garota, desde que ela comparecesse às suas aulas. Claramente, Narael estava falhando com sua promessa.

A jovem suspirou, guardou suas tintas e abriu a torneira da pia a fim de limpar-se. Quando se pôs a guardar o pincel, porém, notou que um cheiro estranho de queimado saía de suas mãos; Quase como se Narael estivesse chamuscando a madeira do objeto. Intrigada com o acontecimento, ela o segurou bem na frente de seus olhos. De fato, havia uma pequena chama corroendo o pincel. Uma chama que aparentemente não queimava as mãos de Narael.

Dando de ombros, a garota assoprou-o, apagou sua chama e o colocou em uma lata junto a outros pincéis. Não era a primeira vez que isso acontecia; tempos atrás, aos catorze anos, Narael lembrava-se de acordar com uma pequena chama encimando seu polegar. Ela fingiu que não havia visto aquilo, mas as manifestações continuaram a ocorrer: Como se fossem inflamáveis, houvera uma ocasião em que o pincel irrompera em chamas na sua frente. Às vezes, os pés de Narael deixavam pequenas marcas pretas e quentes no chão de madeira, como se fossem feitos de lava, e o auge dos acontecimentos estranhos fora quando a jovem acordou com sua camisola toda queimada no meio da noite. Não era novidade para ela, mas Narael não sabia explicar a razão de tais coisas acontecerem e não tinha certeza se queria revelá-las para a mãe, para seus professores ou para a rainha Loenna. Dessa forma, até então suas manifestações estranhas com fogo eram um bem guardado segredo. Chegaram a ser tão frequentes que ela parou de se importar, se atentando apenas aos seus interesses.

E a jovem estava prestes a subir e deitar em sua cama, simulando um mal estar, para justificar sua ausência em uma das aulas mais importantes de sua formação para rainha, quando uma sonora voz estragou seus planos:

— Narael? Narael, minha filha, onde você está? — Era o chamado de Eliah. Narael pensou em se esconder, mas a ideia se tornou inviável quando a mãe abriu de uma só vez a porta do sótão. — Nara… Ah, aí está você! Narael, essas aulas são importantes, está na hora de parar de se esconder aqui!

Em um ponto, Eliah estava certa; De fato, Narael precisava escolher outro lugar para se esconder. O sótão já havia se tornado uma opção muito óbvia.

— Eu… Não estou me sentindo muito bem… — Ela tentou ainda convencer a mãe; No entanto, a expressão facial de Eliah deixava clara sua incredulidade na atuação da filha.

— Você passa mal todo dia, Narael. — Disse Eliah. — Vamos, você tem obrigações a zelar. Venha, saia desse sótão empoeirado...

— Faltam dez minutos para o fim da aula. — Resistiu a garota. — Por favor, mãe, me deixe perdê-la apenas por hoje…

— Você já a perdeu ontem. E anteontem. E semana passada. E perderá amanhã também, eu suponho. — Eliah estava séria. Parecia prestes a passar um sermão na filha. — Mas não estou falando da aula. Você tem uma reunião daqui a pouco.

Narael franziu o cenho.

— Reunião? — Apesar de estar sendo preparada para sucessora de Loenna, Narael jamais estivera em uma reunião séria, com toda a mansão reunida. E, a propósito, essa era uma das poucas benécies que ela ainda tinha. Até o momento. — Achei que eu era jovem demais para comparecer a estas reuniões…

— Você vai completar 20 em setembro, mocinha. — Eliah agarrou o pulso de Narael. — Loenna acha que já está na hora. Vamos, você vai se atrasar.

E, bufando, Narael acatou a ordem da mãe — Não teria outra opção, afinal. — e a acompanhou até o salão nobre, onde todos os seus colegas da mansão estariam reunidos. Era hora da garota finalmente se tornar uma adulta.

***

E, como Narael imaginava, ser adulta era terrivelmente chato. A reunião com os residentes da mansão Nalan se resumia a nada mais do que uma hora e meia de conversa sobre finanças — Eliah era a contadora oficial do governo, de forma que esperava que sua filha se atentasse especialmente a esta parte do encontro, mas não havia nada mais entediante para Narael do que economia. —, problemas de infraestrutura de Carmerrum, e outras bobagens; Lenrah Moran deu sua contribuição trazendo à reunião a parte mais interessante desta: Um novo cão de guarda que faria parte da guarda real à partir de então.

— Esse é o Brutus. — Brutus era um cachorro grande, bege, peludo e, à primeira vista, assustador. No entanto, quando começou a arfar e se esfregar em Narael, a jovem teve certeza de que o animal era extremamente dócil. — É o nosso novo membro da guarda real. Ele atacará quando for dada a ordem, mas até então é inofensivo.

— Eu gosto de cachorros. — Brutus correu diretamente para Euler, que afagou a sua cabeça carinhosamente. — Me lembra o falecido cookie.

— Obrigada pela sua contribuição, Lenrah. — Impôs-se a rainha Loenna, com um sorriso leve e olhar preso ainda no cachorro. Loenna era uma mulher de 47 anos, tinha cabelos parcialmente ruivos e parcialmente grisalhos, algumas marcas de expressão no rosto e lindos olhos cor-de-âmbar. No passado, fora uma assassina de aluguel e não se orgulhava disso; Havia passado por algumas dificuldades em sua vida, visto sua mãe ser assassinada na frente de seu nariz e presenciou a morte do irmão. Este último fato disparou um gatilho para que Loenna, inflamada pelos seus ideais de igualdade, iniciasse uma revolução com a ajuda de Fowillar, seu atual marido, e derrubasse a hegemonia dos Eran, Kantaa e Saphira. Hoje, o país era mais justo, e tudo isso devido a ela. — Alguém tem mais alguma colocação ou podemos encerrar por aqui?

Narael agradeceu a Deus ou a qualquer outra divindade existente quando a palavra “encerrar” chegou aos seus ouvidos, porque toda aquela discussão técnica sobre problemas administrativos a estava deixando com dor de cabeça — Isso para não mencionar os preciosos minutos que estava perdendo. —, porém nem todos compartilhavam da mesma opinião. Com um pigarro, Fowillar se manifestou:

— Não é muito relevante… — Fowillar era um homem negro, alto, magro e muito vaidoso. Fazia a barba com frequência, gostava de usar roupas finas e sofisticadas e seus belos cabelos crespos sempre estavam muito bem hidratados e arrumados. O tempo havia sido generoso com ele: Apesar de já ter completado os quarenta e quatro, Fowillar aparentava estar na casa dos trinta. — Mas soube que houve uma confusão com os Kantaa ontem.

Loenna ergueu a sobrancelha. Narael sabia, de antemão, que ela não era muito simpática aos Kantaa — Tampouco aos Eran e aos Saphira.

— Um confusão com os Kantaa? — Ela pronunciou cada palavra com um árduo desprezo. — Quando e por quê?

— Em Digan Wuri. — Respondeu Fowillar. A antiga cidade dos Kantaa era nomeada em homenagem ao pai de Narael, uma vez que fora para eles que Digan morrera. — Um grupo de quatro homens. Aparentemente estavam bêbados e tentaram agredir um de nossos guardas que passavam por lá. Estão presos, mas eu devo ordenar que sejam soltos por volta das cinco da tar…

— Mate-os. — Disse Loenna, serenamente, tão tranquila que quase não parecia que estava ordenando uma execução.

Narael franziu a testa, confusa. Chegou a acreditar que a rainha estava sendo sarcástica, ou contando uma piada; Entretanto, o clima na sala repentinamente se tornou pesado e cada um dos presentes se encarou no mais absoluto silêncio; Era como se, de forma velada, perguntassem uns aos outros o que deveriam fazer.

Aquilo já havia acontecido antes. Narael sentiu isso.

— Eles já entenderam seu erro. — Entretanto, Fowillar não parecia empenhado em sua argumentação. Soava como se já entendesse que seria um esforço vão. — Não irão nos causar mais problemas…

— Eles agrediram um dos nossos guardas. E isso é imperdoável. — A placidez no semblante de Loenna ainda estava ali. Narael se recusou a acreditar que a rainha estava sugerindo algo tão cruel sem sequer parecer abalada. — Eu diria inclusive que estão fazendo um motim para me derrubar, Fowillar.

— Me desculpe… — Desta vez, quem se manifestou foi Aya. Era uma mulher também em seus quarenta, de cabelos ondulados castanhos salpicados por mechas grisalhas, olhos verdes e sardas nas bochechas. Era gorda, baixinha e bastante graciosa; Tão bela que ainda recebia cartas de amor e pedidos de namoro dos homens de todos os cantos do país, mas Aya não parecia se interessar pelo sexo masculino; Talvez os boatos de que ela e Loenna mantivessem um relacionamento fossem reais, afinal. — Mas isso é absurdo. Eram quatro homens e estavam bêbados, eles teriam que se organizar de forma muito mais robusta se quisessem te derrubar, Loenna.

— Então é hora de cortar o mal pela raiz, não? — Respondeu Loenna, apoiando a cabeça sobre as mãos.

— Não. — Afrontou Aya. — Não compactuo com essa ideia.

— Bom, uma pena para você, porque sou eu quem está no comando. — Agora, o tom de voz de Loenna era um pouco mais ríspido. — Lenrah, ordene para seus subordinados de Digan Wuri a morte desses quatro homens, sim?

Lenrah piscou algumas vezes. Manteve-se em silêncio por alguns segundos, incapaz de dizer qualquer coisa. Em sua expressão, estava claro o seu descontentamento com a decisão da rainha; Entretanto, seu juramento de lealdade não lhe permitia outra resposta:

— C-como quiser, minha rainha. — Disse, vacilante. E, em seguida, fez uma reverência.

— Ótimo. — Loenna sorriu e, para Narael, era um sorriso assustador; Quase como uma vilã maligna que acabara de cometer sua mais recente maldade. — Vocês estão dispensados.

E, num só ato, todos os presentes fizeram uma reverência e despediram-se de Loenna — Com exceção de Aya, que parecia magoada e se retirou sem as formalidades. A rainha não pareceu se importar ou sequer notar o desconforto da enfermeira. —, deixando apenas Narael e Eliah no grande salão nobre que um dia fora a sala de estar de Morius Eran.

— E então? — A jovem estava prestes a fazer uma reverência e se retirar, assim como os demais, mas Loenna iniciou uma conversa e a garota não se via em posição de ignorá-la. — O que achou da sua primeira reunião, Narael?

“Entediante”, ela queria responder. Contudo, sabia que não era essa a resposta que Loenna esperava.

— Interessante. — Certamente Narael pensara muitas coisas sobre a reunião, mas “Interessante” não foi uma delas. — Eu só… Você não achou que a sua última decisão foi um pouco… Demais?

O sorriso de Loenna em instantes se desmanchou; Eliah, exasperada, olhou feio para a filha; Naquele mesmo segundo, Narael se deu conta de que havia falado demais.

— Demais? — A rainha franziu o cenho. — Não acha que aqueles Kantaa são uma ameaça?

— O que Narael quis dizer… — Antes que a garota pudesse se justificar, Eliah interveio. — É que você foi sábia demais. Incrível. Faríamos tudo exatamente igual.

E o sorriso de Loenna voltou a sua face. Definitivamente não era aquilo que Narael teve a intenção de dizer, mas optou por não corrigir.

— Obrigada, minha jovem. — E passou as mãos pelo seu cabelo escuro e escorrido. — Um dia será você no meu lugar. Espero que tenha aprendido no dia de hoje.

Narael fez que sim; Tinha, contudo, certeza que jamais executaria homens simplesmente por estarem bêbados, ainda que estes homens fossem Kantaa.

— Eu vou ter que me retirar agora, minhas queridas. Aya está me esperando no quarto para uma conversa particular. — Depois do embate entre as duas durante a reunião, Narael duvidava que essa “conversa particular” fosse existir. — Fiquem por aqui o quanto quiserem. Se precisarem de qualquer coisa, chamem Fowillar, ele estará com Euler para tratar de assuntos administrativos.

Eliah sorriu, fez uma reverência a Loenna e esperou até que sua rainha atravessasse a porta. Mal saiu a ruiva da sala, a contadora desferiu contra sua filha um dolorido tapa; Narael gemeu de dor.

— Você é louca? — Soava como uma bronca; Definitivamente, era uma bronca. — Por que desafiou a rainha Loenna dessa maneira?

— Eu não a desafiei… — Narael deslizou os dedos pela bochecha vermelha. — Apenas perguntei se a sua decisão era realmente necessária…

— Bem, pois não faça mais isso! — Repreendeu Eliah. — Você não sabe o que a rainha é capaz de fazer com você!

— Por achar que ela está exagerando? — Retrucou Narael, ainda sentindo o rosto arder.

Eliah não respondeu. Apenas tomou o braço de Narael em suas mãos e a puxou com força para fora da sala.

— Você tem aula agora. — Disse ela, apontando para o relógio. — E já está atrasada. Sem mais perguntas estúpidas, Narael Wuri!

19. November 2022 17:48 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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