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Draco Malfoy nunca aceitaria ser seu parceiro, Harry não questionava mais isso. Mas de repente o alfa está em perigo e alguém inusitado pede sua ajuda. E isso pode mudar tudo.


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O pedido de Lucius Malfoy

A guerra tinha sido o suficiente, o limite. Depois de tantos anos seguindo planos que não eram seus e lutando por vidas além da sua, Harry estava decidido a criar seu próprio caminho, lutar batalhas que eram suas e não de todo o mundo mágico. O primeiro passo foi sair da casa dos Dursley, imediatamente. Nos meses posteriores à guerra dividiu seu tempo entre ajudar na reconstrução de Hogwarts e reformar a Mansão Black, que seria o seu lar até que mudasse de ideia. Enquanto isso se manteve recluso, longe do alcance dos jornais e dos olhares curiosos ou julgadores, aproveitando-se para tentar se estabelecer com o seu ômega que havia despertado no seu aniversário de dezoito anos e mantendo contato com seus amigos apenas por cartas. Todo mundo precisava de um tempo longe dele, mas não demorou muito para que Hermione lhe enviasse cartas insistindo que voltassem para o último ano de Hogwarts. Cartas, no plural, especificamente seis, sete se fosse contar o berrador.

Se Hermione tivesse simplesmente perguntado teria economizado tempo e pergaminhos. Decidiu voltar antes mesmo de receber a carta que informava a rematrícula.

No entanto, voltar implicava em insistir no pensamento de que precisava se concentrar em sua vida, não em algum suposto fim do mundo ou bruxo das trevas. Era mais um passo no próprio caminho e mais três passos para longe de problemas, só restava saber se essa determinação duraria o ano todo.

Ou talvez não.

Em sua defesa Harry não sabia que voltar para Hogwarts o faria repensar todos os anos escolares até ali e que repensar todos os anos escolares até ali o faria beijar Draco Malfoy em uma sala qualquer das Masmorras. Ainda não tinha certeza se estava apaixonado, se o amava ou se era apenas algum tipo de insanidade, sabia unicamente que tudo em si chamava, implorava, por aquele loiro idiota e lindo. Seus olhos o perseguiam sempre que possível, seu corpo automaticamente tentava se aproximar quando podia, dividindo a mesa nas aulas, encostando em seu braço enquanto fingia que nada acontecia, até simples e rápidos toques nos dedos faziam seu coração acelerado esquentar seu peito.

Ao contrário do que qualquer um imaginaria, não foi um ato impulsivo. Vinha pensando nos lábios daquele doninha desde o final da guerra e prometera a si mesmo que arriscaria na primeira oportunidade. E a primeira oportunidade surgiu depois de uma aula de Poções. Snape saiu furioso por algum motivo que não importava e os dois, por coincidência, eram os últimos na sala quando Harry decidiu trancar a porta.

O resto era história. Uma que ainda estava se desenrolando e de uma maneira nada agradável. Seu beijo não só foi aceito como também foi aprofundado. Não demorou muito para ser colocado sobre uma mesa e ter Draco entre suas pernas. Havia mãos firmes sobre seu corpo, conhecendo-o, e gemidos que escapavam sem sua permissão enquanto sua boca era devorada e suas intimidades se pressionavam.

Então, abruptamente, não havia nada além de um Draco vermelho, de constrangimento ou de raiva, chamando-o de louco e garantindo que aquilo nunca aconteceria novamente.

― Harry... ― Hermione suspirou ― Ficar olhando pra ele não vai fazê-lo mudar de ideia.

― Eu sei, apenas não consigo evitar ― Harry resmungou voltando a brincar com o resto da comida em seu prato.

― Precisa superar aquele idiota ― Rony revirou os olhos antes de pegar mais comida.

― Droga, ele é a porcaria do meu alfa! Se eu conseguisse superar já teria feito, Ronald ― Harry rebateu emburrado.

― Sério, Harry, desculpa, mas ele te rejeitou e em público, quanto antes seguir em frente, melhor para o seu ômega. Ainda estamos no primeiro mês de aula e já faz duas semanas desde o... beijo ― Hermione disse com um olhar preocupado ― Mas ele parece fazer questão de te tratar com desprezo e não tá fazendo isso nem com a gente depois da guerra.

Era alguma brincadeira? Tinha ciência de que suas chances com Draco Malfoy eram mínimas, menos que mínimas, praticamente nulas, não precisava ser lembrado disso toda vez que conversava com eles. Não conseguia parar de encará-lo? Sim. Ainda tentava se aproximar? Claro. Foi publicamente rejeitado pelo próprio alfa? Porra, sim. Se ia parar com tudo aquilo e tentar seguir em frente? Claro que não, o inferno que ia.

― Harry!

A exclamação de Hermione o despertou e só então ele percebeu que uma enorme coruja prateada vinha em sua direção. Arqueou as sobrancelhas, não era a hora do correio.

Atraindo olhares e sussurros, a majestosa coruja pousou no espaço da mesa a sua frente, sendo surpreendentemente delicada. Havia uma carta presa no bico, uma carta com o selo... da família Malfoy? Rapidamente a abriu.

Potter,

Preciso da sua ajuda para salvar a vida do meu filho. Me encontre na sala de Snape imediatamente. Por favor.

Venha sozinho. Pode fofocar para os seus amigos depois.

L. Malfoy

Um vinco se formou entre suas sobrancelhas. Conseguia encontrar muitas armadilhas naquelas palavras. Não havia nenhuma ofensa, nenhuma ameaça e, além de pedir ajuda, Malfoy também pedia por favor. Por favor!

― De quem é? ― Rony perguntou com a boca cheia.

Harry abriu a boca, mas não respondeu. Murmurou um “mais tarde eu explico”, fechou a carta rapidamente e, em jeitos desengonçados e apressados, levantou-se e abandonou o café-da-manhã, praticamente correndo para fora do Salão Principal. O que Lucius poderia querer de si agora? Como seria uma ajuda melhor do qualquer uma que ele pudesse encontrar com dinheiro ou em seus círculos íntimos? Manteve a capa no corpo de qualquer jeito e correu até as Masmorras.

Hesitou quando estava prestes a bater na porta dos aposentos de Snape. Deveria mesmo fazer aquilo? Poderia ser uma armadilha ou uma pegadinha, os Sonserinos poderiam estar escondidos em algum lugar, rindo da sua cara. Mas a carta veio em uma coruja digna de uma família como os Malfoy e havia o selo deles lá!

Respirou fundo e bateu.

A porta foi aberta de supetão e seu coração quase saiu do seu peito.

― Entre ― Snape ordenou com a mesma carranca de sempre.

Harry entrou como se estivesse entrando no próprio Inferno. O ar frio das Masmorras pareceu recebe-lo com ainda mais força, dando calafrios em seu corpo. É claro que nunca tinha entrado naquele lugar antes, mas não se surpreendeu com absolutamente nenhum detalhe, era um típico lugar de Snape. Havia algumas estantes de livros, dois balcões com utensílios para poções, uma mesa onde o professor provavelmente sentava para corrigir as provas e havia uma porta que deveria levar ao restante dos aposentos. Snape tomou seu lugar atrás da mesa e Lucius Malfoy já estava acomodado uma das cadeiras a sua frente.

― Agradeço pela rapidez, Sr. Potter ― Lucius declarou sem encará-lo ― Realmente duvidei de que receberia qualquer resposta.

― Sente-se, Potter ― Snape exigiu com impaciência ― Não temos o dia todo.

Anos atrás Harry teria sido teimoso e fazer questão de ficar em pé, indo embora o quanto antes. Agora, no entanto, estava ansioso para ouvir qualquer coisa que aquelas especificas pessoas tinham para falar.

― Certo. O que quer comigo, Sr. Malfoy? O que pode ser tão urgente que não poderia esperar ou ser explicado em uma carta?

― Bom, sr. Potter ― Lucius começou, olhou brevemente em seu relógio de bolso e voltou a guarda-lo ― Em dez minutos algum aluno estúpido vai invadir o dormitório da Sonserina e amaldiçoar os pertences do meu filho.

Harry franziu o cenho.

― Não vejo como posso ajudar. Você está aqui, sabe o que vai acontecer e quando vai acontecer.

― Mas eu quero que aconteça.

― Perdão? Quer que ataquem seu filho?

Lucius revirou os olhos e suspirou com impaciência.

― Não quero que o ataquem, mas sim que a ameaça permaneça. Quem quer que seja, não está sozinho e é de suma importância descobrir quantos estão envolvidos e quem são. Se as maldições forem retiradas saberão que estamos cientes e irão recuar, ou pior, atacar abertamente.

― Entendo ― Harry murmurou incerto ― Tudo isso por vingança? Por sua causa, certo?

― Precisamente.

― Mas... por que eu? Vamos ser honestos, você me odeia ― Harry questionou com sinceridade. Estava se esforçando para ser neutro naquela conversa, mas não podiam ignorar os fatos ― Por que não qualquer outro sonserino? Zabini é amigo dele.

― Porque você é o ômega do Draco ― Lucius rebateu sem hesitar.

Harry o encarou com intensidade, procurando por algum indicio de fúria ou algum feitiço de confusão. Estreitou os olhos na direção dele, desconfiado.

― Onde quer chegar, Malfoy? Eu sei que está ciente de que ele me rejeitou, é impossível não saber.

― Isso não significa que deixou de ser o ômega dele. São parceiros ideais. Nós dois sabemos que o processo de rejeição é lento, extremamente doloroso e logo vai começar a afetar você. Manter seu alfa vivo deve ser o suficiente para mantê-lo são, não acha?

Harry riu sem humor.

― Vamos lá... sabe que é um motivo ridículo. Concluir o processo é o melhor que posso fazer, Draco nunca me desprezou tanto, prova isso todos os dias e tenho quase certeza de que fará uma festa quando se livrar de mim, isso se não marcar alguém antes pra acelerar o processo.

― Não seja tão pessimista, Potter ― Snape se intrometeu, entrelaçando as mãos sobre a mesa ― E pare de nos fazer perder tempo, é obvio que se importa com o Draco, nem teria vindo se não se importasse. Então por que não para de fingir que precisa de motivos pra aceitar e acaba logo com isso?

Harry sorriu. Lucius arqueou as sobrancelhas e Snape o olhou como se considerasse a possibilidade do mais jovem finalmente ter enlouquecido. Não os culpou, nem ele mesmo se reconheceria em algum momento anterior. Embora estivesse irritado com Draco e considerasse a possibilidade de fingir que o alfa não existia, sabia que encontrar um parceiro não significava que milagrosamente o amaria, não, a ligação entre dois seres não criava sentimentos, só os acentuava. Isso não era a confirmação de que Draco o amava, o ódio poderia ter vencido no final, mas confirmava que tinha uma chance e tinha prometido a si mesmo que criaria o próprio caminho, que aceitaria os riscos.

― Eu entrei em uma sala repleta de fogo maldito e fiz Rony ir junto pra salvar o amigo idiota dele, é claro que vou ajudar. Mas ainda precisamos conversar sobre os detalhes.

― Isso não será um problema, acompanharei você na maior parte do tempo ― Lucius revelou com displicência.

― O quê? ― Harry o olhou confuso ― O que quer dizer com isso?

― Hogwarts criou um apadrinhamento, será anunciado amanhã ― Snape tomou a palavra ― O nome é autoexplicativo, mas como conheço sua estupidez...

― Hey!

― O apadrinhamento vai escolher um grupo de bruxos experientes em conjunto com o Ministério da Magia. Esses bruxos vão acompanhar os alunos do último ano até a formatura, acompanhando-os nos estudos e tutorando em uma disciplina especifica que será escolhida por ambos, aluno e padrinho. Mesmo com um histórico questionável aos olhos do Ministério, Lucius tem amplo conhecimento em defesa contra as artes das trevas e tradição bruxa. Como foi inocentado, graças ao seu complexo de herói, a participação dele foi autorizada.

― É claro que há condições ― Lucius complementou revirando os olhos ― As principais são que o aluno não seja da Sonserina ou pertencer a uma família diretamente ligada ao Lord das Trevas. Além disso, serei magicamente ligado ao aluno e não poderei realizar magia sem a autorização dele. Isso, é claro, é porque não confiam completamente na minha inocência.

― Com motivos ― Harry resmungou ― Deixe-me adivinhar, esse aluno será eu.

― Obvio. O padrinho escolhe o aluno, mas o aluno também precisa aceita-lo.

Harry respirou fundo, incerto sobre o que deveria fazer. Uma opção era ajudar a salvar Draco, outra completamente louca era confiar no pai dele. Havia inocentado Malfoy sabendo que o idiota arrogante merecia uma segunda chance, porém estava ciente da participação dele na guerra e da mente preconceituosa. Qual era a chance de ser torturado como vingança pela morte de Voldemort? Olhou-o com seriedade. O Malfoy mais velho claramente estava preocupado e, por causa da fuga desesperada durante a guerra, Harry sabia que – apesar de tudo – ele se importava com a família, com Draco.

― Tudo bem ― cedeu dando de ombros ― Mas se fizer algo contra mim ou meus amigos vou garantir que fique em Azkaban até enlouquecer.

Na verdade, não tinha genuína certeza até dizer aquilo. Porém foi só concordar e conseguiu ver o alivio nele, um sorriso até então desconhecido fez Harry estranhar a expressão do mais velho. Afinal, nunca tinha visto naquele rosto nada além de orgulho, desprezo e raiva. Inocentou-o para lhe dar uma segunda chance, mas talvez – só talvez – o próprio Harry seja a segunda chance.

― Obrigado, Potter.

Olhou só para ter certeza de que tinha ouvido certo. Foi dito a contra gosto e com dificuldade, mas era real, Lucius Malfoy realmente estava agradecendo.

― Certo ― Harry pigarreou se sentindo estranho ― Então, o que tenho que fazer hoje? Disse que vai manter as maldições, mas deve ter me chamado por algum motivo.

― Ah, sim, claro. Até onde se arriscaria, Potter?

1. Juli 2022 02:15 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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