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Nem toda primeira vez é boa, algumas podem até ser traumáticas, mas tenha certeza que cada uma delas nos proporciona aprendizados diferentes. Jimin não gostava das primeiras vezes, preferia se manter dentro de sua zona de conforto, até que foi dolorosamente enganado pelo homem que amava e decidiu se libertar de suas correntes.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

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O lado bom e ruim das primeiras vezes

Escrito por: @sunflywer | @flyinsunshine




Notas Iniciais: Oii, queria dizer que foi *muito* difícil escrever essa fanfic e não
está da maneira que eu queria no começo, mas pelo menos consegui entregar
alguma coisa...

Espero muito que gostem.

Tentei dar meu máximo para escrever isso. Enfim, boa leitura a todos!



~~~~

Nem toda primeira vez é boa, muitas delas preferiríamos até voltar no tempo para nunca termos as experimentado. Claro que algumas situações são inesquecíveis de maneiras positivas, como a primeira vez que comemos a nossa comida favorita, por exemplo. Quem não queria voltar no tempo apenas para ter aquela mesma sensação novamente?

Contudo, as primeiras experiências podem ser traumáticas e nem um pouco nostálgicas. O sentimento de arrependimento bate e perguntamos a nós mesmos: e se eu não tivesse feito aquilo?

Arrependimento é uma das piores sensações do mundo, onde os sentimentos de culpa e raiva parecem vir acompanhados, como se a vida fosse uma promoção de “compre 1 e leve 3”.

Os erros costumam trazer ensinamentos e lições. Muitos acreditam que a dor é a chave para o amadurecimento, porém será que é mesmo necessário passar por momentos ruins apenas para “crescer”?

O aprendizado pode ser doloroso, muitas das vezes, até desgastante. Dessa forma, ele sempre tentava ser o menos "ousado" possível em cada uma de suas escolhas.

Park Jimin sempre foi um garoto reservado e sem muito espírito aventureiro, pois preferia viver dentro da sua própria zona de conforto e evitar grandes descobertas ou decepções. Nunca foi um adolescente aventureiro, que gostava de esportes e brinquedos radicais, muito menos se atrevia a participar de desafios e brincadeiras que ele sabia que poderiam dar errado.

Gostava do conforto da sua rotina pacata, sem ser surpreendido por problemas. Dessa forma, costumava ser metódico com suas atividades. Tinha horários fixos de estudo, dietas específicas, exercícios físicos em dia e, de vez em quando, abria espaço na sua agenda para sair com seus amigos ou assistir alguma série nova.

Desde criança, buscou manter o controle de tudo à sua volta, ou pelo menos o máximo que pudesse, pois se sentia bem quando estava sempre um pé à frente de qualquer empecilho que pudesse surgir.

Calculava todas as horas de seu dia, e não foi por acaso que conseguiu se tornar um excelente médico em Seul. Era um dos cirurgiões pediátricos mais respeitados em seu local de trabalho, e não só lá, mas na Coreia inteira.

Ser médico o arrancou da sua zona de conforto, porque era impossível ter controle de tudo. Em um dia, seu paciente podia estar ótimo e, no outro, o quadro poderia mudar drasticamente, então ele aprendeu a lidar com os problemas que seu trabalho lhe causava.

Não era uma tarefa fácil, por isso sempre tentava aprimorar seus conhecimentos e, a cada dia que passava, aprender algo novo para complicações em cirurgias, pós-operatórios e casos delicados.

Tentava manter o controle até nessa parte de sua vida, entretanto, tudo mudou quando se apaixonou pela primeira vez. Aquilo definitivamente não estava programado, e ele não queria que sentimentos — que o próprio Park os rotulava como “superficiais” — o afetassem, pois não passavam de reações químicas em seu corpo.

Só esqueceram de avisar ao cirurgião que nem tudo está ao alcance de nossas mãos, e o mundo não se resumia a planejar tudo e estar sempre à frente de qualquer coisa. Os problemas são inevitáveis.

Jimin não estava preparado para se apaixonar, principalmente porque seu trabalho cansativo roubava praticamente todas as horas do seu dia, mas ele não conseguiu lutar contra as “reações químicas” e acabou se entregando ao enfermeiro da ala infantil.

Seu nome era Jung Hoseok, um jovem três anos mais novo que ele, com seus 27 anos, que trabalhava na mesma parte do hospital que Jimin. Era normal se esbarrarem vez ou outra pelos corredores; às vezes ficavam com os mesmos pacientes e tinham que trabalhar juntos na observação destes.

Em uma noite de folga, Jimin decidiu ir a um bar com alguns colegas do trabalho e, no meio da noite, quando resolveu pegar alguns drinks, viu o homem apoiado no balcão do estabelecimento. No momento em que o observou, não lembrou de sua feição, mesmo que o achasse familiar.

Não era para o envolvimento que tiveram passar daquela noite. Conversaram, e o diálogo seguiu para uma rodada de bebidas, depois mais uma e mais outra. Jimin se despediu dos amigos e saiu com o desconhecido bar afora, levando-o para sua casa para terem uma relação íntima de uma noite apenas. Ou foi isso que ele formulou, já que todos os seus casos eram apenas de uma noite e nada mais que isso.

O cirurgião queria manter o controle, mas o tiro acabou saindo pela culatra.

Na manhã seguinte, quando chegou ao hospital, encontrou o mesmo garoto da noite anterior, e foi aí que cometeu o seu primeiro erro: não o afastou quando teve a oportunidade.

No começo, ficou tímido, pois nunca se envolvera com ninguém do trabalho e pensou que jamais aconteceria. Porém, os dois começaram a conversar nos horários de almoço, plantões onde estavam livres, e quando se encontravam nos corredores… E um caso que não deveria passar de uma transa qualquer evoluiu para mais um encontro, e os outros vieram não muito tempo depois.

A primeira vez que se apaixonou parecia um sonho. Ele se deixou sair um pouco da zona de conforto e se admirou com o sorriso de Jung Hoseok, sendo manipulado pela imagem falsa que o enfermeiro mostrava.

Mas a primeira vez que teve seu coração partido o devastou completamente. Uma relação que teve início em um bar qualquer o levou ao fundo do poço. Nenhuma dessas coisas estava em seus planos, e o Park se arrependeu profundamente ao perceber que tinha deixado o enfermeiro entrar em sua vida sem pensar nos prós e contras antes.

Deixou-se ser dominado pelas reações químicas.

“Malditos feromônios!”, pensava.

Isso se devia ao fato de que, dois meses antes, Jimin precisou realizar uma cirurgia em outra cidade. Ficou por volta de dez dias fora para acompanhar todo o pré-operatório, fazer o procedimento e esperar as respostas da recuperação. Foram dias longos e cansativos, e ele estava triste por ficar tanto tempo longe de seu novo companheiro.

Já estavam juntos há três anos. A relação dos dois parecia um sonho, nem os plantões cansativos e as tristezas que presenciavam no hospital todos os dias abalavam Jimin — e ele pensava que Hoseok sentia o mesmo, mas aparentemente se enganou.

A cirurgia que tinha feito havia sido um sucesso, após oito dias já pegava o avião de volta para casa. Resolveu não avisar o namorado da sua volta antecipada, queria preparar uma surpresa.

Passou em uma loja que tinha perto do hotel onde moravam, comprou uma cesta de café da manhã para Hoseok com seus doces preferidos e um lindo ursinho de pelúcia. Estava animado, tanto pela recuperação boa de seu paciente quanto pelos poucos minutos que faltavam para poder abraçar o namorado.

Jimin nunca sentiu aquilo em toda sua vida. A sensação de estar apaixonado era incrível, e ele desejava passar o resto de sua vida ao lado do enfermeiro. Queria isso, claro, mas como já vimos, é impossível manter o controle de tudo, principalmente do futuro.

Então, quando entrou em sua casa, sabendo que Hoseok estaria lá porque era dia de sua folga, deparou-se com a pior dor de sua vida. Sentiu-se constrangido, humilhado, despedaçado. O Park pensou que nada seria mais forte do que o amor que nutria por Hoseok, mas descobriu que a decepção machuca muito mais, e as reações químicas são ainda mais violentas.

Seu namorado estava o traindo na cama que dividiam. Na porra do quarto que dormiam juntos todos os dias. E então, Jimin teve mais uma primeira vez, mais uma que ele não estava esperando: a primeira vez que teve seu coração partido.

E naquele momento, só queria voltar no tempo e impedir a si mesmo de entregar seu coração a alguém que não merecia nem migalhas de seu amor.

Jimin odiava as primeiras vezes. Odiava! Daria qualquer coisa para voltar à sua zona de conforto, mas seu coração jazia no chão, esmagado sem piedade.

[ … ]

A noite do lado de fora daquele local parecia belíssima, mas não o bastante para criar uma pequena faísca de felicidade no peito de Park Jimin.

Há tempos não conseguia enxergar nenhuma beleza ao seu redor, apenas o cinza de suas desesperanças e frustrações íntimas.

Nem a dor o fazia levantar daquela cadeira e seguir em frente, muito menos a raiva. O cirurgião só tinha forças para pedir doses e mais doses daquele uísque caro e virar a bebida goela abaixo, sendo rasgado por dentro mediante aquela bebida.

Era a terceira ou quarta dose, talvez a quinta. Não sabia dizer. Sentia-se paralisado no banco daquele bar, sem vontade de ir embora. Na verdade, não sabia para onde ir.

Depois de passar pela maior decepção de sua vida, nunca mais foi o mesmo. Os dias passaram a ser apáticos, sem graça, nada era forte o bastante para fazê-lo brilhar novamente.

Teve seu momento de êxtase quando se apaixonou pela primeira vez, e todos os sentimentos que guardou durante anos floresceram naquele período de namoro.

Até que chegou o fim. O Park sempre quis manter o controle da sua vida, porém, de alguma forma, esqueceu que todo começo tem um fim. Ele esqueceu que nada é eterno.

Na sua cabeça inocente, sem grandes experiências com namoros, ele pensava que seu namoro com Hoseok seria para sempre. Que tolice, não? Como pôde ser tão ingênuo?

Quando olhava para trás, tinha vontade de socar a si mesmo para acordá-lo daquela fantasia idiota e tirá-lo da paixão avassaladora que mergulhou. Talvez se tivesse percebido antes que seu relacionamento não era tão perfeito quanto imaginava ser, a dor poderia ser um pouco menos agressiva.

Desde o dia que flagrou a traição, foi como se toda a sua felicidade tivesse sido esmagada. Flagrar seu namorado transando com outro homem o machucou de uma maneira inexplicável.

Saiu do apartamento sem dizer uma palavra, mas sua presença foi percebida pelos dois. Hoseok chorava e implorava perdão, dizendo que aquilo tinha acontecido apenas naquela vez, que o amava e muitas outras baboseiras.

O desgraçado, que minutos antes estava dentro de seu namorado, ficou quieto, com a cabeça baixa, sem coragem de encarar Jimin.

O Park anunciou por uma curta mensagem de texto que iria embora e depois buscaria suas coisas, nada mais. Deu as costas e andou sem rumo pelas ruas da capital, sem saber o que faria ou como seguiria em frente depois de tudo que acabara de acontecer.

Estava cansado de viver na mesma rotina de sempre, onde ficava em todos os plantões que conseguia no hospital para ocupar a cabeça, voltava para casa exausto demais para pensar e apenas caía na cama. E o mesmo ciclo se repetia de novo, de novo e de novo.

Encontrava-se morando de aluguel em um apartamento perto do trabalho. Deixou tudo para trás, sem se importar com as centenas de ligações e mensagens que recebia do Jung. Ele só queria se enfiar dentro de sua bolha novamente e fingir que nunca conhecera o enfermeiro.

Fingia que não o via no trabalho, ignorando todas as tentativas de diálogo que Hoseok tentava iniciar. Evitava ao máximo esbarrar com ele.

Usou a estratégia de fingir que não estava sofrendo, de que sua alma não estava vazia desde o dia que terminaram. Contudo, toda vez que bebia, o álcool lhe dizia que não estava nada bem. Ignorar não fazia os problemas sumirem.

Decidiu fazer uma viagem de última hora para esquecer um pouco sua rotina. Qual destino seria? Não fazia ideia. Não planejou nada. Comprou a primeira passagem que encontrou e pousou diretamente no Havaí.

Praias paradisíacas, paisagens encantadoras, milhares de pontos turísticos… Era um paraíso, mas Jimin não conseguia aproveitar ou se sentir bem o suficiente ali.

Na verdade, não se sentia bem em lugar nenhum.

Deveria estar se divertindo, esquecendo os problemas, mas, na noite que chegou, hospedou-se em um hotel qualquer e, depois que largou suas malas no quarto, foi direto para aquele bar.

Sem o estresse do trabalho, os pacientes, as cirurgias… Sua cabeça estava vazia demais, propensa a reviver cenas e sentimentos que ele não queria, e foi inevitável permitir que a tristeza lhe consumisse.

Então, chorou. Chorou mais do que queria e imaginou ser possível. E bebeu. Bebeu até a visão ficar turva de álcool e lágrimas.

Porra, ele só queria se reeguer novamente, todavia um peso o puxava. A falta que sentia de Hoseok; a humilhação de ter sido traído, enganado. Tudo voltava, e ele não sabia como mandar as lembranças embora novamente.

O jazz calmo que tocava no bar não era nada parecido com a gritaria em sua cabeça, ou a confusão de sentimentos queimando em seu estômago.

Foi tirado de seu torpor depressivo apenas quando sentiu uma mão em seu pulso. Ele levantou os olhos, soluçando. Iria pedir mais uma dose para o barman, mas, em vez disso, foi surpreendido quando o funcionário se recusou a lhe servir novamente.

— Senhor, acho que já deu de bebida por hoje — falou pegando seu copo, mas Park o impediu.

— Dá… — balbuciou, embolado. — Me-e dá…

— Eu não vou ser cúmplice dessa bebedeira toda. Nem sei como você irá voltar para casa e não quero ser responsável por nenhuma tragédia.

O barman de cabelos loiros pegava os copos espalhados pelo bar, levando-os até a pia e os limpando enquanto falava com o cliente embriagado.

Seu uniforme estava dobrado com as mangas até os cotovelos, e ele usava uma calça social abafada e tênis — porque odiava sapatos sociais, pois sempre machucavam seus pés.

Estava há horas observando o cliente, entregando cada uma das bebidas que ele pedia sem questionar, afinal, era seu trabalho. Contudo, percebeu que o homem estava chorando e soluçando alto.

Tentou ignorar, mas não conseguia. Decidiu que não deveria mais vender álcool para o cliente. Ele parecia transtornado, e, ainda que fosse seu trabalho entregar todos os pedidos que lhe eram feitos, sua moral falou mais alto quando decidiu suspender os do homem bêbado.

— Seu trabalho é esse — Jimin falou, com os olhos baixos e sonolentos.

O Park fungou, esticando a mão para pegar o copo que nem estava mais ali. Como o cirurgião não estava em sã consciência, acabou confundindo uma garrafa com seu copo e bateu a mão no vidro.

O barulho do vidro estilhaçando foi escutado por todo o bar. Os clientes e funcionários olharam na direção do barman, que fez uma leve reverência, desculpando-se pelo acidente.

— Meu trabalho não é pagar por bebida que os clientes derrubam — resmungou, sabendo que deveria pagar pela garrafa de vodka com seu salário.

Escutava as reclamações sem sentido do cliente sentado no banco, mas se deu ao trabalho de tirar o vidro do chão para evitar mais acidentes e limpar o líquido no piso.

Assim que terminou, olhou para a mesa do bar e percebeu que o homem ainda estava ali, mas, naquele momento, parecia adormecido.

— Senhor? — chamou, mas não obteve resposta. — Senhor? — tentou mais uma vez, porém não viu nem um simples espasmo muscular em resposta. — Sério isso?!

O que faria com aquele homem desconhecido? Seu turno acabaria em menos de duas horas e ele não poderia deixá-lo aí. Na verdade, poderia sim, entretanto não tinha coragem de abandonar uma pessoa bêbada naquelas condições sozinha.

Continuou atendendo os clientes que chegavam. Alguns perguntavam o motivo do homem estar inconsciente, e o barman tentava amenizar a situação dizendo que ele apenas exagerou no álcool.

Vez ou outra, dava leves cutucadas no braço do homem para tentar acordá-lo, mas não teve êxito. O bêbado continuava apagado, com a respiração soando rouca.

Pedia a Deus mentalmente que ele acordasse logo, antes de acabar seu turno. Os seguranças jogariam o rapaz adormecido na rua sem dó nenhuma.

O cutucou no ombro mais algumas vezes com esperança de conseguir despertá-lo, mas nada aconteceu. O cliente não acordou e o barman não sabia o que fazer.

Não conseguia pensar em nada. E se o deixasse ali e algo de ruim acontecesse? Afinal, ele estava incapaz de se defender de qualquer coisa.

Nos últimos minutos ali, no seu local de trabalho, tentava formular um plano ou maneira de resolver aquela situação. Notou que outro barman com que trocaria de turno chegou, então deveria agir rápido.

Olhou em volta, procurando alguma saída ou resposta divina, mas acabou agindo por impulso e segurou o corpo pesado pelos ombros.

— Me agradeça por isso — disse, mesmo sabendo que nem tinha sido escutado.

Levou o homem em passos lentos, soltando lufadas de ar pelo esforço. Saiu pelas portas do fundo para não serem vistos pelos clientes.

Estava levando um estranho para sua casa; nem o conhecia ou sabia nada sobre sua índole, mas conhecia a si mesmo para saber que não deixaria um homem bêbado sozinho e largado por aí.

Deitou o homem no sofá da sua sala. Não sabia se ficava do seu lado o vigiando ou se iria dormir para evitar ser assaltado ou até morto pelo desconhecido, entretanto estava cansado demais.

Acabou adormecendo sentado na poltrona ao lado do sofá, com um homem bêbado ao seu lado roncando, parecendo quebrado e solitário demais para ter forças e reagir ao efeito do álcool.

Yoongi, o barman, nunca tinha passado por nada parecido antes, em seus três anos de trabalho em bares. O máximo que enfrentara foram brigas, desabafos, choros, traições e clientes chatos.

Algo naquela pessoa deitada em seu sofá causava uma certa tristeza em Yoongi, ele não sabia dizer exatamente o que era, mas tinha certeza que a bebida fora apenas uma válvula de escape para qualquer que fosse o problema que ele enfrentava.

[ … ]

Não sabia dizer que horas eram exatamente, nem em que momento da última noite, que considerava um tanto atípica, acabou adormecendo, mas foi despertado abruptamente por um barulho alto, seguido de um longo e rouco gemido.

Sentiu seu corpo dar um forte solavanco pelo susto, o coração quase saindo pela boca, e os olhos reclamando da claridade que entrava pelas cortinas que esqueceu de fechar.

Tentava focar sua visão e acostumar-se com a claridade enquanto acalmava a respiração.

Assim que acordou, mesmo que não completamente, viu o motivo do barulho à sua frente: o homem que levara para sua casa estava caído no chão, com uma careta de dor estampada no rosto.

O barman bocejou, sentindo as costas reclamarem de dor, provavelmente por ter adormecido em uma posição nada confortável na poltrona da sala.

Ainda usava o uniforme do trabalho. Incomodou-se rapidamente, já que nunca dormia sem se banhar. Notou que até os sapatos ainda estavam em seus pés. Havia esquecido de deixá-los na entrada do apartamento.

Prontamente se pôs de pé. Não deveria deixar a guarda abaixada perto de uma pessoa que nem conhecia.

Não sabia exatamente o que faria, se ajudava o homem a levantar, se pegava uma faca para se proteger de algum possível ataque ou se pegava um copo d'água e remédio para dor de cabeça, porque, julgando pelo tanto de doses de bebida que vendera para ele na noite anterior, acreditava que o homem estava com a cabeça explodindo.

Ficou parado, ainda grogue de sono pela noite nem um pouco confortável. Só conseguiu raciocinar melhor quando viu a pessoa à sua frente levantando lentamente.

O homem estava com uma careta no rosto, cabelos bagunçados, rosto inchado e roupas amassadas. A camisa preta parecia um pouco torta, mostrando parte de sua clavícula, e a calça estava amarrotada.

Então, seus olhos se encontraram. O olhar investigador do barman fazia uma competição silenciosa com os olhos confusos à sua frente.

Quem quebraria o contato visual primeiro? Na verdade, a pergunta certa seria: quem falaria primeiro?

Definitivamente aquela era uma situação atípica que nenhum dos dois imaginou que passaria. Atípica e estranha.

Na hora da adrenalina, Yoongi não pensou direito nas consequências da sua escolha. Naquele momento, percebia o quanto tinha sido bizarro levá-lo até seu apartamento.

A tensão no ambiente, misturada a um certo percentual de timidez, poderia ser considerada cômica se não fosse trágica.

Um barman cansado, com a coluna de um senhor de terceira idade, gritando de dor de um lado; do outro, um cirurgião derrubado pela ressaca, mas a dor de cabeça que sentia não poderia ser igualada à dor do coração partido.

Primeiras vezes.

Aquela era uma estranha primeira vez, mas nem todas as primeiras vezes eram ruins, não é? Nem sempre novas experiências são desconfortáveis.

Aquilo poderia ser chamado de acaso ou destino. Não importava. No fim, as primeiras vezes nos mostram que o mais improvável pode ser a faísca para mudar a visão que temos de nossas vidas.

Bom, em algum momento as apresentações deveriam ser feitas. Então, Yoongi, que parecia ser o adulto em melhor estado físico e mental no momento, disse:

— E aí — falou, dando um sorriso amarelo. — Acho que estamos precisando de um café. Aceita?

— Hã? — resmungou o cirurgião, olhando para os lados sem entender nada. — É… Um café seria ótimo.

Yoongi saiu andando em direção a cozinha, a fim de preparar um pouco de café e tomar iniciativa para iniciar uma das conversas matinais mais aleatórias de sua vida.


~~~~



Notas Finais: Espero que tenham gostado do primeiro capítulo!!

Agora o Yoongi que lute tendo que ser babá de um cara que ele nem conhece.
O que será que vai rolar com os dois no próximo capítulo?

5. Juni 2022 00:23 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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