2minpjct 2Min Pjct

Após a apresentação que decidiria a carreira de Taehyung como dançarino ter sido concluída com sucesso, tudo o que o rapaz queria era comemorar com o melhor amigo. Já Jimin, estaria colocando em prática seu plano para conquistar o Min, por quem ele tinha uma paixão nem tão secreta assim. Aquela noite havia ultrapassado um pouco as expectativas dos quatro amigos, porém, naquela mesma noite, Taehyung tinha descoberto que seu mais perfeito mise en scène havia sido entre os lençóis de Jeon Jeongguk; e Jimin, que sua maior perdição se encontrava nos lábios de Min Yoongi.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

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Expectativas ultrapassadas

Parceria com: SnowTK / @SNOWTK_

Notas iniciais: Meu deus, estou aparecendo por aqui pela primeira vez e tendo um breve surto interno moderadamente controlado para conseguir escrever isso aqui ksksjdjj

Bom, eu nunca sei o que dizer nas notas iniciais pois sempre quero dar spoilers, mas posso dizer que eu tenho um tesão enorme no Taehyung francês e sou apaixonada por Lyon, então vamos juntar o útil ao agradável.

Eu amei escrever essa one shot justamente por fugir dos meus padrões de enredo e shipps, então espero que também gostem e deem amor a esses dois projetos (@Snowtk & @2min) maravilhosos.

Boa leitura!


~~



**

Pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos, no entanto, apesar de Kim Taehyung ser um mestre nessa arte, estava com o nervosismo assustadoramente elevado para o ato que era de suma importância no mise en scène do repertório para o qual estava praticando há meses.

Só de refletir sobre o quão magnífico deveria estar ao adentrar o palco, suas mãos já se tornavam trêmulas e começavam a suar de maneira descontrolada, o que não era nada habitual quando se tratava do talentoso Kim Taehyung, porém, era compreensível se levássemos em consideração que seria a primeira performance do rapaz fora dos limites de Lyon, onde já estava mais do que familiarizado para fazer suas apresentações. E, para se unir com sua vulnerabilidade, o moreno seria o ponto principal naquele bendito repertório.

Seus dias de glórias em Lyon havia acabado há cerca de um ano, quando, por sorte, seu melhor amigo o indicou a um estúdio de dança bastante renomado dentro e fora dos limites da Coreia do Sul — o que acabou despertando interesse no Kim, que aceitou a proposta sem tardar, deixando para trás boa parte do que havia conquistado com a ajuda dos pais e seguindo seu caminho numa longa jornada de conquistas próprias.

Agora, em Seul, dividindo o apartamento com Jeon Jeongguk, Taehyung era capaz de dizer que finalmente estava atingindo seus desígnios e estava ficando cada vez mais aflito a cada passo dado a frente.

La mort m'attend! — praguejou, irritado. — Eu vou a ter um ataque do coração antes mesmo de conseguir adentrar aquela palco.

— Aquele, Taehyung — corrigiu o amigo, que o encarou enfurecido.

— Foda-se, Jeongguk! Me diz agora que falei errado. — Jeongguk se limitou a sorrir e voltou sua visão para a partitura que deveria ter memorizada até o fim do mês, afinal, não era somente Taehyung que faria uma apresentação que poderia decidir o rumo que sua carreira iria seguir.

Taehyung caminhava de um lado a outro enquanto Jeongguk permanecia totalmente calmo encarando os papéis em suas mãos. Seria divertido para quem os olhasse de fora, afinal, cenas como aquelas não eram nada frequentes, pois poderíamos dizer que normalmente era Jeongguk que estava a surtar enquanto Taehyung o ignorava.

— Eu estou com les nerfs à flor da pele e você não está dando a mínima, Jeon Jeongguk. Depois vem me dizer que sou seu melhor amigo para ver se não darei com ambas as mãos em seu rosto — protestava o mais velho, ao tempo em que bufava e não parava de caminhar um minuto sequer dentro do apartamento.

— No momento, eu estou ocupado demais batendo cabeça com as minhas partituras, mas pode continuar, porque amo quando você fica estressado — debochou. — Seu sotaque fica bastante perceptível.

Sem tardar, Taehyung atirou um livro em direção ao amigo e saltou sobre a cama — que tomava boa parte do quarto em que estavam — já com lágrimas nos olhos, o que logo foi notado por Jeongguk que prontamente se direcionou ao amigo.

— Vamos ser francos, Tae. Quem foi considerado o melhor aluno quando ainda frequentava o estúdio de dança em Lyon? — perguntou ao mais velho, sentando-se ao seu lado.

— Eu, mas isso não vem ao caso, Gguk — murmurou em meio a soluços.

— Vem ao caso sim, pois isso foi de suma importância para aceitarem a indicação que fiz e, ainda assim, você manteve seu posto como o melhor, mesmo estando fora da sua zona de conforto e sem nenhum apoio familiar por perto — garantiu, vendo o amigo encarar o chão, pensativo. — Você é tão bom que não pensaram duas vezes em te colocar como atração principal nesse repertório que é o mais importante até hoje, Taehyung. Você é magnífico! Não há motivos para se afligir tanto.

O Kim apenas sorriu e se jogou nos braços do amigo, que sorriu com tal ato.

Jeongguk nunca havia se interessado pela dança, mesmo sendo algo herdado há anos pelos homens na árvore genealógica dos Jeon’s. No entanto, ao decidir seguir sua carreira como violoncelista, recebeu todo o apoio dos pais, afinal, jamais impediriam o filho de fazer algo que gostasse.

Após quatro gerações de primogênitos como bailarinos, Jeongguk havia sido o primeiro a decidir seguir algo diferente, deixando esse posto ao irmão mais novo que, assim como os antecessores, era apaixonado pela dança, e Jeongguk amava vê-lo dançar, pois Jihon se entregava de corpo e alma aos movimentos que acabavam envolvendo todos que o assistiam.

— Tae? — chamou, após alguns minutos abraçados sobre a cama, tendo um gemido em concordância como resposta. — Preciso entrar em contato com o Jimin agora.

— Para quê? Tu não falaste com ele ontem mesmo? — questionou o mais velho, já se desvencilhando dos braços do amigo.

— Sim, mas preciso conversar umas coisas com ele.

— Umas coisas não têm nome? — Taehyung deveria admitir, no entanto, era mais do que óbvio que jamais diria a Jeongguk que sentia certo ciúmes da relação que o Jeon ainda mantinha com o Park.

— Sim, porém, meu querido irmãozinho pediu para eu guardar segredo e contar somente ao Jimin — esclareceu. — E como foi uma promessa de mindinho, não posso quebrar.

— Ele fez isso por que sabia que eu iria questionar?

— Obviamente.

— Jihon é um traidor! — esbravejou, levantando-se outra vez da cama e trancando a si mesmo no banheiro do cômodo onde estavam.

Jeongguk jogou-se sobre a cama e encarou o teto com um sorriso no rosto, afinal, era impossível não rir dos momentos de ciúmes que Taehyung tinha sempre que Jeongguk citava o nome de Jimin. E o mais divertido era que Taehyung e Jimin se davam bem até demais.

Poucos segundos após Taehyung se trancar no banheiro, Jeongguk sentiu algo vibrando sobre a cama e notou ser o celular do amigo, que vibrava descontroladamente com mensagens de alguém que ele jamais esperava que fosse mandar mensagem àquela altura.

— Ei, Taehyung? Não era você que não falava mais com Yoongi? — perguntou confuso, afinal, eles não estavam se falando há um tempo.

— Não vou lhe responder!

— Ele está te mandando mensagem.

— E daí?

— Ele disse na última mensagem: Quem em sã consciência pede pizza às dez horas da manhã?

Imediatamente Taehyung abriu a porta do banheiro e disparou-se em direção a Jeongguk, tomando o celular de suas mãos e trancando-se novamente onde estivera antes, fazendo o amigo cair na gargalhada enquanto observava toda aquela cena.

Contrário de Taehyung, Jeongguk era mais equilibrado quando o assunto era ciúmes, porém, as coisas poderiam ser um pouquinho mais complexas quando se tratava de Min Yoongi.

Não que o Jeon ainda sentisse algo por Yoongi, longe disso, o ciúme estava mais relacionado a Kim Taehyung.

Yoongi havia sido o primeiro namorado de Jeongguk quando ambos ainda tinham dez e oito anos, respectivamente, o que tornava a relação inválida para os dois, pois eles mesmos consideram como um surto em dupla.

No entanto, mantiveram a amizade desde então. E Jeongguk sabendo que Yoongi era um ótimo dançarino, na mesma época em que indicou Taehyung à bolsa no estúdio de seus pais, também indicou Min Yoongi, fazendo com que assim os dois rapazes se conhecessem, pois entraram exatamente na mesma época para o estúdio de dança.

Já sua relação com Jimin era totalmente diferente, aliás, se conheciam há apenas dois anos, pois Jimin havia cuidado de seu irmão durante um ano inteiro, criando assim uma relação muito boa com os irmãos Jeon e agora mesmo, já não trabalhando para a família de Jeongguk, Jihon nunca quis perder o contato. E Jimin? Bom, Jimin amou a ideia.

Agora Jimin trabalhava em uma cafeteria no centro de Seul, bem próximo à pizzaria onde Yoongi trabalhava, este que o Park observava todos os dias adentrar o estabelecimento bem antes do horário de funcionamento da pizzaria e sair sempre após a abertura, para se poupar de encontrar com o chefe enquanto degustava o café que Jimin preparava especialmente para ele todas as manhãs.

— Bom dia — disse Jimin ao mais velho que se aproximava do balcão. — Chegou tarde hoje.

— Infelizmente. — Bufou. — Eu preferia nem ter vindo.

— Mas, infelizmente precisamos pagar contas — sussurrou, como se estivesse tentando fazer com que seu chefe não o ouvisse, arrancando assim um sorriso contido do Min, que logo pegou seu celular e digitou algo. — Bom, vai querer o mesmo de sempre?

— Sim, por favor! — Sorriu. — Aliás, que horas são? — indagou, ainda olhando para o celular em suas mãos.

— São quase dez horas da manhã. Por quê? Está muito atrasado?

— Não. Tenho uma pizza para entregar às dez horas — queixou-se. — Quem em sã consciência pede pizza às dez horas da manhã?

— Eu não faço a menor ideia, mas também não irei questionar.

Yoongi concordou com o rapaz que logo lhe entregou o copo de café num tom azul pastel, a cor que o Park havia reservado para ele nas segundas — sim, Jimin entregava copos de cores diferentes durante a semana somente a Yoongi — e retirou-se da cafeteria, seguindo para o estabelecimento onde trabalhava para iniciar mais uma rotina corrida de entregador de pizza.

E naquela mesma tarde, longe dali, ainda estava Taehyung, já a caminho do teatro e quase totalmente arrumado, surtando novamente antes mesmo de chegar ao teatro.

Je suis terrifié! — praguejou Taehyung.

— Eu não estou entendendo nada que você está falando, Taehyung! — reclamou Jeongguk, que dirigia o carro a caminho do teatro onde o amigo se apresentaria.

— Eu disse que estou apavorado. — Bufou. — Eu convivo há um ano com você e falo bem o coreano, mas você não sabe nada de francês. Assim que chegamos a descobrir a importância que temos aos nossos amigos.

— Nem começa, pois você sabe o quão importante é para mim!

Taehyung se calou e seguiu todo o trajeto em silêncio, permanecendo assim até poucos minutos antes do entrar no palco.

— O mise en scène está perfeito e eu sei esse répertoire de trás à frente — sussurrava assim mesmo de mãos dadas ao amigo, que tentava passar tranquilidade ao Kim que estava prestes a fazer a sua mais importante performance.

— Você está perfeito, Kim taehyung. E sei que irá dar o seu melhor no palco, porque você é o melhor!

Ambos se abraçaram e permaneceram assim até que Jeongguk precisou se retirar para voltar à plateia, onde seu lugar estava reservado nas primeiras cadeiras para ter a melhor das visões de Kim Taehyung de acordo com o que seus pais haviam dito, porém, a melhor das visões de Kim Taehyung o Jeon já tinha, afinal, era abençoado com a beleza do Kim todos os dias.

Por trás das cortinas, Taehyung tentava a todo custo encontrar Yoongi, que havia prometido ir à sua apresentação caso conseguisse ser liberado cedo, o que obviamente não havia sido o caso.

Yoongi estava saindo do trabalho quando notou já ser tarde demais para ir à sua casa, se arrumar e voltar ao teatro a tempo de poder presenciar toda a apresentação de Taehyung, por esse motivo decidiu não arriscar e acabar se cansando mais ainda em vão. Se fosse para cansar ainda mais, que fosse com algo prazeroso e não para se frustrar no fim.

Logo seguiu a uma reserva que ficava a poucas quadras dali, lugar perfeito onde amava ensaiar nos fins de tardes em que não estava atarefado. Normalmente o local estava vazio naquele horário, o que permitia que o Min tivesse mais liberdade para fazer o que bem entendesse.

Yoongi, sem tardar, mentalizou uma música qualquer e iniciou seus movimentos após concluir seu alongamento, tendo em mente os passos da abstrata que estivera ensaiando durante dias e precisava aperfeiçoar.

Ele estava completamente entregue aos passos que executava e à música que tocava unicamente para si, junto aos pássaros e ao som do vento que passeava por ali, até que algo tomou atenção de Yoongi, fazendo-o abrir os olhos ao ouvir um clique que julgava ser de uma câmera fotográfica.

O Min olhou ao redor e logo pôde enxergar uma silhueta atrás das flores se aproximando de si, deixando o rapaz brevemente tenso, pouco antes de notar de quem se tratava aquela sombra.

— Eu lhe assustei? — questionou Jimin ao parar em frente a Yoongi com uma polaroide em mãos.

— Sim. Não sabia que estaria aqui — disse Yoongi, ainda tenso.

— Eu também não sabia que estaria aqui. — Sorriu envergonhado, observando Yoongi o encarar confuso. — Inclusive, eu acho que acabei lhe fotografando enquanto tirava foto das flores.

Yoongi não demonstrava sentimento algum, o que acabou deixando o Park confuso sobre o que falar a seguir, portanto, apenas ficaram ali, se encarando enquanto não sabiam o que dizer até o Park cortar o silêncio.

— Vamos fazer um acordo? — propôs.

— Que tipo de acordo?

— Eu te deixo ver as fotos que tirei em que você aparece, caso você aceite sair comigo hoje à noite.

— Essa é a sua proposta de acordo? — debochou do mais novo. — Eu aceitaria sair com você mesmo se não tivesse tirado as fotos, e você saberia disso se tivesse me convidado quando eu comecei a dar moral a você.

Jimin não estava entendendo nada. Desde quando Yoongi começara a dar a tal moral que havia citado? Ele certamente não havia percebido, porém, não deixaria a oportunidade escapar-lhe por entre os dedos.

— Desde quando isso? — questionou confuso.

— Faz um tempo. Mas você, pelo visto, é bem desligado.

— Não sou não, seu jeito de flertar que é estranho! — imitou o comentário anterior do Min, fazendo este revirar os olhos em resposta.

— É menos estranho que você trocando as cores dos meus copos todos os dias. — Sorriu. — E para a sua informação, eu odeio café.

Certamente agora tudo fazia menos sentido ainda para Jimin, que preferiu mentalizar que Yoongi havia usado a desculpa do café para observar a si enquanto trabalhava, o que havia de fato acontecido.

— Bom, sim, essa é a minha proposta — confirmou. — Então, lhe encontro às nove horas em frente a cafeteria. Tudo bem?

Yoongi concordou com um sutil movimento e Jimin logo se retirou da reserva, levando consigo as polaroides que havia tirado do Min.

Já estava tarde e Yoongi concluiu que estava próximo ao fim da apresentação de Taehyung, mas não mandaria mensagem tão cedo, pois, do jeito que Taehyung era, provavelmente ficaria irritado pelo fato de Yoongi não ter aparecido em sua apresentação. No entanto, ele estava enganado, pois, ao findar a performance, mesmo Yoongi não estando presente, o que Taehyung mais queria era correr ao amigo para contar-lhe que tudo havia saído de acordo com o planejado, isso se não estivesse saído muito melhor.

Jeongguk, diferente de Yoongi, estava na primeira fila observando atentamente os passos bem marcados e com uma suavidade que poderia ser considerada sufocante, no melhor sentido da palavra.

Taehyung estava completamente entregue, como sempre, espalhando todo o sentimento que desejava pelos quatro cantos daquele enorme teatro, assim cobrindo todos de emoção que era perceptível nos olhos e na expressão de todos ali presentes, incluindo Jeongguk, que mesmo após tanto tempo vendo Taehyung fazendo shows individuais para si, estava completamente absorto na singularidade do mise e scène de Kim Taehyung.

Não tardou muito e a apresentação estava em seu fim. Todos de pé, aplaudindo o Kim, que tinha um sorriso tão grande que poderia contagiar todos ao seu redor, o que acabou de fato acontecendo.

Taehyung percorreu seus olhos pela plateia a sua frente e não conseguiu enxergar nenhum dos dois amigos, logo seguindo para o vestiário, onde encontrou Jeongguk e logo se jogou em seus braços.

C’est fini, Jeon Jeongguk! — exclamou Taehyung, com lágrimas nos olhos. — Rien ne s'est mal passé et tout a parfaitement fonctionné comme je l'imaginais.

— Você sabe que eu não entendi absolutamente nada, não sabe? — disse Jeongguk, recebendo um sorriso de Taehyung em resposta.

— Deu tudo certo, Jeongguk!

Jeongguk o encarou confuso, fazendo uma expressão divertida, desacreditado do que o amigo havia lhe dito.

— Você disse apenas isso naquela frase gigante?

— Não. — Gargalhou. — Mas em resumo, foi exatamente isso que quis dizer.

Os amigos permaneceram ali, envoltos num abraço que era mais do que comum na rotina corrida dos dois rapazes, mas eles haviam feito planos para a comemoração daquela noite e Jeongguk precisava se arrumar para o trabalho e cumprir com o que havia prometido a Taehyung que consistia em bebidas grátis a noite toda.

A comemoração com os amigos do estúdio poderia esperar mais um dia.

...

— Jeon Jeongguk, tu ne devrais pas! — dizia-lhe Taehyung, no entanto, Jeongguk sabia bem o que aquilo queria dizer, já que o amigo sempre o dizia isso.

— Não deveria o quê?

— Ter feito essa promessa, pois, se depender de mim, eu só irei embora daqui carregado.

— Sendo assim, estou retirando minha promessa e fechando indefinidamente o bar para Kim Taehyung — anunciou, retirando da blusa do Kim o adesivo que indicava que ele poderia pegar bebidas grátis durante toda aquela noite, mas Taehyung não questionou, afinal, Jeongguk sabia como cuidar de si.

Logo o moreno retornou à pista de dança, podendo assim observar de longe duas pessoas as quais ele conhecia muito bem, mas jamais imaginou vê-las juntas, virando de supetão para Jeongguk e indicando onde Jimin e Yoongi estavam dançando em frente ao palco, tão próximos que exalavam o desejo que havia entre eles por toda a pista de dança.

O som estava alto e ambos os corpos estavam suados a ponto de deixar os fios úmidos caindo sobre a face dos dois rapazes, que mantinham seus corpos numa proximidade bastante perigosa, fazendo com que Jimin ficasse mais ofegante do que normalmente estaria por conta do calor que tomava conta do ambiente.

— Você me enganou! — anunciou Yoongi, ao aproximar seu rosto de outrem.

Jimin sorriu, negando com um simples movimento e aproximando seu rosto do Min, imitando seu gesto anterior.

— Eu não trouxe porque tinha uma coisa em mente e molhar as polaroides não estava nos meus planos. — Jimin sorriu, ignorando completamente a pergunta feita por Yoongi em seguida e agarrando sua destra, logo o tirando do meio da multidão e o levando à parte traseira da boate, onde retirou uma chave de seu bolso e abriu uma porta que havia ali, exibindo logo em seguida uma enorme piscina em um salão escuro.

— Você quer que eu entre aí? — questionou o Min, recebendo um gesto em concordância do outro rapaz. — Por que eu deveria?

— Porque talvez eu tenha sacrificado algumas coisas para conseguir a piscina somente para nós dois, isso envolve nossos chefes. — Sorriu sem graça. — Porque eu sei que você quer entrar para descobrir o que irá acontecer ali dentro e porque, se não aceitar, será injusto não só comigo, mas também com você que quer entrar ali tanto quanto eu.

Yoongi não poderia negar, afinal, Jimin estava certo. Havia muito tempo que o Min queria descobrir o que Jimin tinha a lhe oferecer além dos copos coloridos e um bom dia delicioso todas as manhãs. Sendo assim, Yoongi logo adentrou o ambiente que logo foi trancado novamente e iluminado com luzes o suficiente para que ambos pudessem ver a silhueta perfeita um do outro; agora estavam sozinhos naquele enorme salão.

— Você não vai me matar, não é? — questionou Yoongi, brincando com o rapaz parado atrás de si.

— Depende. — Aproximou-se, abraçando a cintura do mais velho e encostando seu nariz na nuca pálida de Yoongi, causando um pequeno arrepio no dono daquela pele tão macia. — Bom, se for para fazer, será de prazer, mas não hoje.

Do lado de fora, o ambiente estava parcialmente nublado diante dos olhos de Jeon Jeongguk, talvez mais do que o costumava estar, iluminado com pouca luz, no entanto, claro o suficiente apenas para enxergar as bebidas à sua frente e as silhuetas se movimentando freneticamente do outro lado do balcão.

Contrário dos outros rapazes que o faziam companhia servindo as bebidas, ele estava sóbrio. Não que fosse puritano, mas preferia estar com a mente tranquila para observar aquilo que já era costumeiro e ele tanto adorava: Kim Taehyung dançando na pista logo à sua frente.

A dança fugia dos padrões do Kim, porém, ainda assim, ele conseguia demonstrar todo o sentimento que tomava conta de si ao iniciar algum passo novo.

Faltavam poucos minutos para o relógio finalmente marcar as três da madrugada e Jeongguk estar livre outra vez para descansar, mas o descanso era o que definitivamente não estava em seus planos para aquela noite.

Taehyung e Jeongguk se conheciam há alguns anos, e Jeon sempre foi mais aberto em relação a sua vida, o contrário de Taehyung, que era extremamente reservado antes de se mudar para Seul. Tudo o que o Jeongguk sabia sobre o amigo era que ele agora trabalhava em uma floricultura, dividia o mesmo apartamento com ele e dançava como ninguém, enquanto ao mesmo tempo Taehyung conhecia todos os aspectos da vida de Jeon Jeongguk.

Apesar de aparentarem ser bem diferentes, os dois tinham mais em comum do que todos conseguiam enxergar. E o que mais fazia com que os dois se entendessem era aquele desejo que tomava conta de ambos, algo que nenhum deles ousava hesitar.

Os olhos do Jeon estavam perdidos na multidão a sua frente enquanto ele tentava encontrar Taehyung novamente em meio às dezenas de pessoas que tomavam conta da pista de dança, falhando miseravelmente, pois o moreno havia sumido de repente, mesmo com Jeongguk olhando em sua direção. O Jeon estava perdido enquanto o jovem Kim o observava de longe, apenas esperando o momento certo para aparecer novamente.

Em outra ocasião, ele simplesmente deixaria passar e seguiria em frente como se nada tivesse acontecido, como se aqueles pensamentos nunca tivessem passado em sua mente. Mas essa era a questão, ele sabia que Jeongguk o desejava da mesma maneira, então negar pra quê?

O que ele tinha a perder?

Jeongguk. Jeon Jeongguk era o que ele tinha a perder.

Ele realmente iria? Ele deveria? Kim Taehyung sempre fora inconsequente, e não era naquele momento que deixaria de ser.

Engoliu seco, respirou fundo tentando afastar todos aqueles pensamentos e, quando tomou coragem para ir até Jeongguk, este já o esperava do outro lado do balcão quando começou a tocar Candy, por ironia, a música preferida de ambos desde que o Jeon a apresentou ao amigo.

Jeongguk parecia aliviado por encontrar o amigo, isto que seu sorriso ladino entregou, mas logo o fez desaparecer quando Taehyung começou a andar em sua direção mordendo o lábio inferior de forma erótica, parando de caminhar pouco depois e voltando a dançar, mas não da maneira que fazia anteriormente. Não. Taehyung amava dançar, mas daquela vez não estava dançando apenas por dançar ou por se satisfazer com o cansaço causado pelos movimentos. Naquele momento, ele estava dançando para Jeongguk, apenas para ele, com um objetivo que certamente seria alcançado.

A luz batia no tecido vermelho da blusa parcialmente aberta do Kim e parecia iluminar em direção a Jeongguk, que estava paralisado olhando Taehyung levar suas mãos às suas madeixas negras, desfazendo sua franja arrumada, dando-o um ar mais sensual e voltando a caminhar em sua direção.

O mais novo naquele momento já estava tão entregue que nem sequer tentou se afastar quando o amigo o agarrou. Aquele tipo de contato era costumeiro entre os dois, mas não com ambos se desejando tanto quanto estavam naquele momento.

Jeongguk levou suas mãos à cintura do mais velho acompanhando seus movimentos enquanto virava de costas para si, logo deixando seu corpo completamente colado no do Jeon, sem parar de dançar um momento sequer, esfregando-se de uma maneira totalmente obscena no mais novo.

A ideia de parar com aquilo havia passado pela sua cabeça, mas se esvaiu completamente quando o Jeon apertou sua cintura, forçando-o a ficar com o corpo ainda mais próximo do seu, se é que aquilo realmente era possível. Seu corpo todo se arrepiou e ele soltou um suspiro de alívio ao sentir os lábios de Jeongguk tocando a derme de sua nuca, fechando os olhos logo em seguida para se concentrar nos movimentos do mais novo com o rosto perdido em suas madeixas.

E aquele era um dos motivos para ele adorar tanto a companhia de Jeongguk, apesar de não contar ao mais novo todos os detalhes de sua vida, sabia que ele sempre estaria ao seu lado, fazendo-o esquecer totalmente os problemas que o perseguiam mesmo estando tão longe de casa.

Inúmeras vezes ele havia parado para pensar no porquê de Jeon o afetar tanto, mas isso era algo que não precisaria realmente de uma explicação, pois não tinha um motivo específico, era apenas Jeongguk. Motivo mais do que suficiente para fazer Taehyung perder longos minutos de sua vida pensando em como seria aquele momento.

Não era algo que estava presente nas melodias de Jeongguk, ou o jeito que ele olhava para o amigo, a maneira como ele sempre o abraçava e fungava em seu pescoço, ou até mesmo quando assistiam algo juntos e acabavam dormindo abraçados. Bom... na verdade, era isso mesmo.

Ele amava como as cores do uniforme contrastavam perfeitamente com o tom da pele de Jeongguk, adorava como ele o esperava todas as manhãs sentado no corredor, pois sabia que Taehyung chegaria cansado do trabalho e precisava ensaiar ainda assim, amava quando o mais novo passava na floricultura quando não aparecia em casa no horário do almoço para lhe dar um abraço e ver se estava tudo bem. Ele adorava Jeon Jeongguk pelo simples fato dele ser ele mesmo.

Já Jeongguk, adorava o jeito misterioso e exagerado do amigo. Sua curiosidade sobre detalhes da vida de Taehyung era grande, mas não convinha aquele momento, pois a única coisa que o jovem Jeon queria descobrir era o gosto do beijo do rapaz em seus braços.

A cabeça de Taehyung estava levemente tombada para o lado, deixando seu pescoço mais acessível para o mais novo, não parando de rebolar contra o corpo de Jeongguk. Logo uma de suas mãos escorregou para a parte de trás da cabeça do Jeon, segurando em seus fios negros.

Foram poucos segundos para que Taehyung se virasse novamente para Jeongguk, exatamente no mesmo instante em que chegou o refrão da música.

— “Eu posso ser seu açúcar quando você estiver com desejo de um doce. Me ponha na boca, querido, e coma até os seus dentes apodrecerem. Eu posso ser sua cereja, maçã, pecã, ou o seu limão. Amor, eu tenho tudo e muito mais do que ela tem.”

Os lábios de Taehyung imediatamente foram ao encontro dos de Jeongguk, iniciando um ósculo lento, mas ainda assim repleto de concupiscência e carnalidade.

A língua aveludada de Jeongguk explorava com sutileza o interior da boca alheia e em poucos segundos o beijo foi cessado, passando a acariciar a tez do Kim em simples selares, até parar em sua boca novamente, onde Jeon deixou uma leve mordida em seu lábio inferior.

— Gguk? — chamou-o num sussurro, mas o Jeon nem sequer respondeu, pois continuou seguindo com seus lábios em direção ao pescoço do amigo. — Gguk… — gemeu, tombando a cabeça para trás assim que sentiu uma leve sucção na derme de seu pescoço.

Por um curto período de tempo, Taehyung ponderou sobre o porquê de aquilo estar lhe afetando tanto, levando em consideração o atrito que se formava debaixo do tecido de sua calça. Eram toques tão sutis e ainda assim tinham uma reação quase que automática juntamente ao corpo do mais novo, era como se cada ponto seu estivesse programado para reagir aos toques de Jeongguk naquele exato momento.

— Gguk, por favor! — chamou outra vez, um pouco mais alto.

— Diga — sussurrou o Jeongguk rente ao ouvido de Taehyung, que estremeceu com apenas aquela ação. — Aconteceu algo? — Jeongguk parou por alguns segundos de maltratar a pele do amigo apenas para indagá-lo sobre aquilo, mas logo percebeu a tensão no corpo do outro a sua frente.

Emmène-moi. Me tire daqui, me leve a qualquer lugar.

— Pra onde exatamente você quer ir?

N'importe où. Hoje eu quero só fazer amor com você até desmaiarmos de tanto cansaço. — Outra vez seus lábios foram ao encontro aos de Jeongguk, mas desta vez, depositando apenas um selar simples.

Era visível que a inocência não fazia parte de Taehyung há anos, Jeongguk estava ciente, mas torcia internamente para não ser apenas mais um caso noturno do amigo. E mesmo que estivesse receoso a respeito disso, ele não saberia a resposta se não arriscasse. Mas na cabeça de Taehyung a resposta era clara, Jeon Jeongguk estava longe de ser apenas mais um caso de uma só noite.

— Segure em minha mão! — ordenou o mais novo, logo em seguida entrelaçando seus dedos nos de Taehyung, levando suas mãos ao encontro de seu rosto e beijando-as suavemente enquanto olhava a expressão confusa do mais velho em sua direção. — Vamos pra casa?

Bonne idée!

— Então vamos! — Os dois saíram caminhando de mãos dadas pelo salão, passando pelo meio de dezenas de pessoas em passos rápidos. Eles tinham pressa, e qualquer um poderia perceber isso.

Ficar de mãos dadas era algo costumeiro na relação dos dois, não importava a situação, eles sempre entrelaçavam os dedos e permaneciam assim por um bom tempo, como quando resolviam fazer alguma programação juntos e acabavam indo ao cinema.

O prédio onde ambos moravam não ficava tão distante dali, e como Jeongguk estava sóbrio, ir dirigindo não seria um problema.

— Tae? — chamou o mais novo assim que adentraram no apartamento em que moravam. — Sei que você pode não estar querendo falar sobre isso agora, mas eu preciso dizer.

— O quê? — Taehyung estava visivelmente confuso com o assunto repentino do mais novo.

— Eu já havia pensado muito nisso antes. Digo, neste momento bem aqui. Em nós dois — comentou envergonhado.

Era fato que Jeongguk levava a sinceridade muito a sério, e naquele momento ele precisava ser sincero com o amigo, não por ter que contar o que já havia pensado sobre Taehyung, mas em respeito a si mesmo, pois saberia que não iria esconder por mais tempo.

— E o que você pensou? — questionou, aproximando-se novamente do Jeon, que tinha as costas apoiadas na porta que havia sido recém trancada.

— O que eu pensei? Bom… pensei muito sobre como seria te tocar assim. — O mais novo puxou o Kim pela cintura e colou seus corpos novamente, adentrando sua camisa com a destra e tocando diretamente em seu abdômen, ouvindo o mais velho arfar com os olhos ainda nos seus. — Em quão bom seria te beijar, e cá entre nós, foi bem melhor do que em meus pensamentos! — sussurrou, vendo um sorriso sacana surgir no rosto do amigo.

— Posso dizer algo também? — sussurrou, recebendo apenas um movimento em concordância do Jeon à sua frente. — Você ainda não recebeu meu melhor beijo!

Logo tomou novamente os lábios de Jeongguk para si, mas ofegou surpreso ao sentir sua cintura ser agarrada e pressionada com uma força mediana pelas mãos firmes do mais novo, quase desfalecendo ali mesmo. Sentindo em seu baixo ventre, a ondulação que Jeongguk fazia contra seu quadril a medida que o puxava para ficar mais próximo a ele, buscando tocar a língua de Taehyung dentro de sua cavidade bucal, de maneira ardente, suja, mordendo-a algumas vezes e sugando, causando um som absurdamente excitante para ambos ali.

Taehyung, não podendo ficar apenas à mercê dos toques do mais novo, subiu com suas mãos delicadamente para as costas de Jeongguk, transformando, logo em seguida, sua carícia e toques sutis em algo mais intenso, cravando suas unhas curtas ainda por cima do tecido da camisa que o Jeon vestia, fazendo com que, assim, o volume que se formava nas partes baixas de Jeongguk se tornasse ainda maior e mais pulsante, deixando o rapaz de peles claras mais ofegante do que estava anteriormente, soltando gemidos baixos que eram engolidos pelo Kim entre os beijos.

Comment ai-je réussi à me contenir si longtemps? — questionou Taehyung em um sussurro, com os lábios ainda próximos aos de Jeongguk, que naquele momento, já havia levado suas mãos aos fios negros do mais velho.

— Eu estou me perguntando a mesma coisa. — Sorriu, fazendo Taehyung sorrir junto a si em resposta, por estar surpreso pelo amigo ter entendido o que ele havia dito. — Eu não quero mais esperar, hyung, eu preciso de você! — Assim que encerrou sua fala, passou levemente a ponta de sua língua nos lábios do Kim, que sorriu com o contato.

— Então o que estamos esperando? — Aquele foi o ponto de partida para os dois, que seguiram em passos rápidos em direção ao quarto de Jeongguk, logo caindo sobre a cama de casal que ficava no centro do cômodo.

Eles estavam tão apressados que sequer prolongaram as preliminares, indo direto ao ponto que interessava aos dois.

Taehyung não precisou tocar em um botão sequer da roupa do outro, pois o mesmo arrancou sua blusa sem demora e a lançou sobre a cômoda, posicionada ao lado oposto de onde a cama estava. O Kim, por sua vez, permaneceu de joelhos sobre a cama enquanto observava o amigo se despir a sua frente de maneira extremamente apressada, fazendo com que o mais velho sorrisse ao ver o quanto Jeongguk estava ansioso e como o mais novo ficou irritado ao não conseguir tirar sua calça com tanta facilidade.

Je tire pour toi. — Pegou a peça do jovem Jeon e a tirou com a maior facilidade, vendo um bico se formar no rosto do amigo e riu da situação.

— Acho que eu deveria ter deixado você tirar isso desde o início.

Je suis d'accord, mas foi bom ver como você estava apressado para ficar nu para mim. — Sorriu e desviou de um tapa que Jeongguk tentou acertar em seu ombro, voltando logo em seguida para perto do mais novo, puxando-o para perto de si e o envolvendo em um beijo concupiscente, porém lento, enquanto suas mãos escorregavam para as nádegas alheias ainda cobertas pelo tecido fino da cueca, adentrando a mesma e dando um forte aperto nas bandas do mais novo, que gemeu em resposta à ação de Taehyung, que o puxou para mais perto, fazendo um atrito se formar entre seus membros ainda cobertos.

O Kim beijava e dava leves mordidas no lábio inferior do rapaz a sua frente, sem momento algum parar com o aperto na parte traseira do amigo e mantendo o movimento que fazia com o quadril. Jeongguk nem sequer se movia, ele permaneceu na mesma posição, com os lábios entreabertos, permitindo apenas que seus gemidos baixos escapassem pelo mesmo e fossem engolidos por Taehyung.

— Ahn… — Um gemido mais alto escapou pelos lábios do jovem Jeongguk ao que o beijo foi cessado e os lábios do mais velho passaram a acariciar sua tez em singelos selares, até chegar em seu maxilar e tocar-lhe delicadamente com a ponta da língua.

Jeongguk, já entregue, nem sequer tentou conter os sons que produzia inconscientemente. Suas mãos estavam trêmulas e ele não entendia o motivo, e não fazia questão de entender naquele momento.

— Quer me ajudar a tirar a roupa? — questionou Taehyung.

Jeongguk, apesar de estar com as bochechas parcialmente pintadas em um tom rubro — resultado da vergonha que ele sentia sem saber o real motivo —, respirou fundo e retomou o foco para a ação que almejava há tempos. Seus olhos, em um breve momento, puseram-se a abrir, lançando um olhar intenso em direção a Taehyung e recebendo um tão intenso quanto em resposta, o que ajudou a encorajá-lo a continuar o que tinha em mente.

Naquele momento a vergonha que dominava grande parte do mais novo deu adeus e partiu, fazendo-o sentir-se mais decidido, e, ao morder o lábio inferior de certa forma — abusando da sensualidade que Taehyung tanto admirava —, fez o mais velho perceber que, com aquela ação, assim como a vergonha de Jeongguk, sua sanidade também estava dando adeus.

Sem enrolar mais, o mais novo juntou seu corpo com o do Kim e manteve os olhos fixos nos do mais velho, enquanto seus dedos trabalhavam em retirar a peça vermelha que ainda cobria o tórax de Taehyung.

Jeongguk adorava as tatuagens de Taehyung, isso era fato, mas ele nunca havia tido a oportunidade de observá-las tão de perto quanto estava naquele momento. O contraste que elas criavam com o tom da pele bronzeada dele era perfeito, desde as sapatilhas posicionadas na lateral de seu corpo, até mesmo à orquídea azul — por ironia, a flor preferida de Jeongguk —, que estava brevemente camuflada dentre as borboletas que saíam das sapatilhas, subindo em direção à clavícula do mais velho.

Seus dedos tocavam sutilmente a pele pintada do Kim, causando leves arrepios no mesmo enquanto o mais novo escorregava seus dedos em direção ao abdômen despido de Taehyung. Então Kim Taehyung intercalou o olhar de Jeongguk que esbanjava luxúria para onde ele estava direcionado, e então notou que não se tratava apenas de seu abdômen.

Jeon, por sua vez, não desviava o olhar, tampouco ousava piscar, observando atenciosamente a maneira como o mais velho acariciava o próprio peitoral com sua destra que seguia lentamente, descendo em direção à sua calça, adentrando a mesma sem qualquer ritual, apertando a região que àquela altura já apresentava um volume incomum.

Os movimentos da destra de Taehyung sob o tecido grosso da calça eram lentos, porém seus orbes estavam fixos no caçula, que mordia o lábio inferior e respirava fundo, totalmente absorto na ação do mais velho.

Sem aviso, ele tirou sua mão de dentro da peça e puxou o jovem Jeon para mais perto de si, jogando-o sobre a cama e arrancando de uma vez a única peça que ainda cobria as partes íntimas de Jeongguk. Logo ele retomou sua posição anterior e sentou-se sobre a cama, puxando o mais novo para que este sentasse sobre seu colo.

E lá estavam eles, provando um ao outro da maneira mais luxuosa possível, envolvidos em um beijo afoito. O Kim puxava Jeon cada vez mais para perto de si, como se aquela mínima distância ainda não fosse o suficiente.

Je ne sais vraiment pas — sussurrou. — Como consegui aguentar por tanto tempo? — dialogou em um suspiro ao ver a imagem de Jeon Jeongguk todo suado, descabelado e ofegante a sua frente. — Mas antes de tudo, eu preciso fazer algo.

Jeongguk o encarou confuso, mas acatou ao pedido do mais velho e pôs-se de quatro à frente do mesmo, deixando-se completamente exposto para si, empinado de maneira que sua entrada pudesse ser totalmente contemplada pelos olhares que Taehyung o lançava.

O Kim suspirou pesadamente momentos antes de passar as mãos pelas bandas do rapaz por algum tempo, certificando-se de que tudo aquilo era, de fato, real, e não apenas um dos seus sonhos eróticos.

— Taehyung, não enrole tanto! — Ouviu Jeongguk reclamar, despertando-o daquele devaneio.

O fato era que Taehyung não aguentaria esperar mais, portanto, não esperou o mais novo reclamar novamente e logo afundou sua língua na entrada do caçula, ouvindo-o chamar seu nome outra vez, porém, manhoso.

Suas mãos separavam as bandas do jovem Jeon para que, assim, facilitasse o contato entre ele e o mais novo, puxando ainda assim as nádegas de Jeongguk cada vez mais contra seu rosto. Ele estava tão concentrado em tal ato que, quando se deu conta, já estava novamente de joelhos sobre a cama e levantava Jeon junto a si, este que já tinha apenas os braços apoiados sobre o colchão.

— H-hyung… Se você continuar, assim eu não vou aguentar. — Ainda assim ele o ignorou. Sua língua entrava e saía de Jeongguk, vez ou outra dando leves mordidas em suas bandas e fortes chupadas, vendo logo em seguida as marcas deixadas na pele alva do mais novo.

Jeon gemia e respirava de maneira descompassada, enquanto chamava pelo nome do mais velho que logo se inclinou por cima do corpo do mais novo, virando seu corpo e fazendo com que, assim, seus rostos ficassem bem próximos, podendo Taehyung, então, beijar livremente a boca alheia.

— Gostou do beijo? — brincou, vendo Jeon sorrir logo em seguida, dando um leve soco em seu braço.

— Sim. Agora você irá conhecer o meu beijo — impulsionou seu corpo para frente enquanto Taehyung se jogava ao lado, posicionando-se sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama, observando cada movimento de Jeon ao pegar sua calça e a retirar, deixando o mais velho totalmente despido. — Uou, Tae. Por isso eu não esperava — brincou — Como pôde esconder isso por tanto tempo?

Et qu'attendez-vous? — Jeongguk o encarou confuso, afinal, ele claramente não havia entendido o que o Kim havia lhe dito, mas tomou total conhecimento ao ver Taehyung apontar para seu membro desperto.

Jeon logo separou os joelhos e se posicionou em frente ao mais velho, deixando seu rosto em uma distância comprometedora e, antes que Taehyung dissesse algo a mais, o mais novo engoliu de uma vez o membro do mesmo, deixando-o tocar em sua garganta por alguns segundos antes de, por fim, deixá-lo escorregar para fora de sua boca novamente.

De cima, Taehyung tinha uma das mais belas visões — a julgar seu gosto —, os olhos grandes de Jeongguk em sua direção estavam mais arregalados que o de costume, seu membro desaparecia na boca do mais novo e aparecia novamente, e este se mantinha empinado de maneira que, mesmo estando do lado oposto do mais velho, este conseguia ter uma perfeita visão de suas nádegas.

— Que tal virar esse bumbum pra cá? — indagou, tocando no próprio peito indicando para Jeon onde ir, e este não questionou, virando-se de costas para o mais velho e sentando em seu peitoral com um joelho de cada lado do corpo do mesmo. — Você consegue alcançar minha calça? — Jeon assentiu e curvou-se para frente de modo que pudesse alcançar a peça do Kim e assim, deixando sua entrada completamente exposta para o mais velho. — Ah, merde! Eu acho que estou morto.

Jeon apenas sorriu e entregou a calça a Taehyung, que tirou de dentro do bolso um preservativo, deixando a camisinha sobre o colchão e observando Jeongguk direcionar suas mãos à cômoda ao lado da cama, tirando de lá um vidro de lubrificante e o entregando a Taehyung, que passou em seus dedos e também na entrada do mais velho, sem tardar para introduzir um dedo.

Jeongguk tombou a cabeça para trás, em êxtase, e forçou o quadril contra os dedos do mais velho que logo acrescentou o segundo dedo, enfiando-os por completo, recebendo em resposta um gemido arrastado e um Jeon rebolando contra si.

— Ahn… Isso, hyung! — gemeu, pouco antes de se debruçar sobre o corpo de Taehyung e tomar seu membro para si, enfiando-o novamente em sua boca.

Era um "meia nove" extremamente desengonçado e desconfortável, mas, ainda assim, eles permaneceram naquela posição por minutos estendidos. Os dedos do mais velho logo encontraram o ponto sensível do outro, começando a estimulá-lo enquanto movia seus dedos rapidamente na entrada alheia. Jeon gemia arrastado, tanto pelo incômodo quanto pelo prazer que lhe estava sendo proporcionado. Suas pernas estavam trêmulas e ele nem sequer conseguia se concentrar no boquete que fazia anteriormente. Era como se sua mente tivesse dado pane, não conseguia decidir no que focar, na dor ou no prazer intenso. Ele queria mais e, ao mesmo tempo, aquilo tudo era demais, mesmo sem ainda ter o mais velho dentro de si da maneira que desejava tanto quanto estar dentro dele, seu corpo estava respondendo ao todos os mínimos toques e sussurros do Kim, como se tudo aquilo tivesse sido programado. Como se Jeongguk estivesse programado a não resistir aos toques de Taehyung.

— Tae, eu vou… — Jeon mal pôde concluir sua fala, pois no segundo seguinte havia chegado ao seu ápice, derramando-se sobre o peitoral do mais velho que logo empurrou o corpo do caçula, posicionando-o de quatro sobre a cama e ficando de joelhos atrás de si, apenas para pagar o preservativo esquecido ao lado e abrir sua embalagem, logo vestindo seu membro com o látex e puxando Jeongguk para também ficar de joelhos sobre a cama.

— Agora vem ma partie préférée — sussurrou ao pé do ouvido do jovem Jeon, envolvendo a cintura do mais novo com seus braços e dando leves selares em sua nuca.

Prontamente Jeongguk se deitou sobre a cama, separando bem as pernas e se exibindo totalmente para o mais velho, que observava o mais novo à sua frente enquanto estimulava o próprio membro.

— Não demora tanto, Tae! — reclamou, erguendo sua cabeça para enxergar o mais velho.

Os dedos do Kim passeavam pela derme alva das coxas fartas de Jeongguk, parando para segurar suas pernas e levantá-las apenas para se enfiar dentro do rapaz de uma só vez.

Suas mãos estavam firmes na cintura de Jeon e o apertava com certa força, fazendo seus dedos ficaram perfeitamente desenhados na pele do Jovem Jeon, que não ousava reclamar, muito pelo contrário, aquela sensação fazia com que ele sentisse ainda mais prazer.

Taehyung estocava lentamente dentro de Jeongguk, que rebolava e impulsionava o quadril em busca de mais contato com o mais velho, que continuava negando o desejo de Jeon.

— Hyung, por favor! — choramingou, recebendo uma risada em resposta.

Taehyung se debruçou sobre o corpo de Jeongguk, segurando seus braços e os levando acima da cabeça do mais novo, deixando-os ali enquanto esperava o mais novo olhar novamente para ele, já que o mesmo observava os movimentos dos braços do mais velho.

Assim, logo entrelaçou seus dedos aos do Kim, mantendo a posição em que o mais velho havia o colocado, este que iniciou novamente as suas investidas, desta vez um pouco mais ávidas, passando a aumentar a cada instante.

Taehyung segurava firmemente nas mãos do mais novo e estocava fundo, sentindo as pernas de Jeon abraçarem sua cintura e os pés prenderem um ao outro próximo a bunda do Kim enquanto deixava singelos selares na tez úmida de Jeongguk.

Jeon sabia que estava perto de chegar ao seu limite outra vez e queria aproveitar o momento, mas não aguentaria por muito mais tempo, e com Taehyung não era diferente. Seus arfares estavam tão altos que sequer ouviam as músicas tocando do lado de fora em alguma festa próxima dali.

Taehyung continuou com seus movimentos, estocou fundo uma, duas, três vezes contínuas. Aquele entra e sai doentio estava o dominando, assim como os gemidos — que ambos nem sequer conseguiam controlar àquela altura — lhe preenchiam os ouvidos, tomando conta de todo o ambiente.

A sincronia do timbre das vozes era excitante e bela na mesma medida, e o som das peles se encontrando não era diferente. Àquela altura, o suor já escorria por suas têmporas, suas respirações estavam da maneira mais descompassada possível.

Durante todo o tempo de amizade entre os rapazes, Jeongguk nunca deixou de ser carinhoso, atencioso e cuidadoso com o amigo, e inúmeras vezes serviu de abrigo, mesmo sem saber tudo o que realmente estava acontecendo por trás das dores do mais novo. A vida de Taehyung era e sempre seria um mistério, ele era um mistério, e, apesar da curiosidade imensa de Jeongguk, ele não forçaria o mais velho a contar algo que ele não queria, mas sempre estaria lá para ele, por ele.

Em um movimento súbito, Taehyung impulsionou seu corpo para cima, segurando ambas as pernas do mais novo e guiando-as até seus ombros, facilitando as ações futuras do Kim, que, sem aviso prévio retomou seus movimentos anteriores.

Aquele ciclo vicioso, o entra e sai na cavidade febril do mais novo estava deixando Taehyung tão louco quanto Jeongguk, que gemia loucamente sobre o colchão.

Por mais que a ideia de parar não passasse por suas mentes naquele momento, Taehyung parou, apenas para se sentar sobre a cama e puxar o mais novo para subir em seu colo e começar a cavalgar. Em segundos, Taehyung já estava agarrado à cintura de Jeon e este quicando sobre o Kim.

Suas testas estavam grudadas e extremamente encharcadas de suor por conta do esforço. O membro de Jeongguk era estimulado entre seu corpo e o de Taehyung, juntando o prazer que sentia pelo estímulo e o de ser invadido.

— Hyung… — choramingou.

Não foram precisos muitos movimentos para que Taehyung chegasse ao seu ápice, parando quase que imediatamente, deixando Jeongguk um tanto quanto confuso pelo fato de ainda não ter atingido seu limite.

— Deite sobre a cama — ordenou o Kim, e Jeongguk nem sequer hesitou, apenas cumpriu com o ordenado e deitou-se sobre a cama, observando Taehyung pegar o lubrificante, lambuzar seus dedos com líquido e direcioná-los à sua própria entrada, introduzindo seus dedos em si mesmo, pouco antes de retirá-los e se posicionar no colo de Jeongguk, que ainda estava paralisado, porém, ansioso para o que viria a seguir.

O Kim logo indicou a gaveta da cômoda ao amigo, que ainda o encarava confuso e eufórico, este que entendeu imediatamente o que se passaria, abrindo a gaveta indicada por Taehyung e pegando um dos preservativos guardados ali para vestir em si.

Taehyung imediatamente se sentou sobre o colo do mais novo e encaixou o membro de Jeongguk em sua própria entrada sem muito preparo, o que fez com que ele gemesse em alto e bom som, mas logo iniciasse seus movimentos frenéticos no colo de Jeon Jeongguk.

Jeongguk ainda não havia gozado, mas logo chegaria ao seu ápice e isso estava claro, portanto, não foi preciso que Taehyung se esforçasse tanto para que logo Jeongguk se desfizesse dentro de si, agarrando a cintura do mais velho e misturando seu suor com o do outro, agora, ambos ofegantes.

— Gguk? — chamou Taehyung, forçando seu corpo para deitar-se sobre a cama. — Se eu sabia que isso seria tão bom, teria feito muito antes.

Jeongguk sorriu, olhando para o rosto suado e avermelhado do amigo ao seu lado.

— Se você soubesse, Tae. O correto é "soubesse".

Contrário das outras vezes, Taehyung não se irritou com a correção ou tentou agredir o amigo como normalmente faria. Desta vez, o Kim limitou-se a sorrir e se aproximar novamente do Jeon e selar seus lábios nos dele.

Ambos ficaram ali, deitados e conversando sobre o que provavelmente aconteceria dali em diante, sem apressar as coisas que já deveriam ter acontecido há tempos, afinal, todos sabemos onde aquilo iria dar, afinal, há anos o destino trabalhava para juntar aqueles dois.

E longe dali, naquele mesmo dia, outros dois amigos aproveitavam a noite a sós, não como Taehyung e Jeongguk, mas com uma simples conversa e pés dentro da enorme piscina reservada somente para eles.

— Seja sincero comigo, Jimin — pediu Yoongi, que forçava a visão para enxergar o rapaz que estava próximo a si.

— Pergunte que pensarei se devo ser totalmente sincero.

— Por que você reservou isso para nós dois? Digo, não estou conseguindo entender — dizia Yoongi, em um tom alto.

Era fato ali que ambos estavam interessados, porém era difícil para Jimin dizer aquilo em voz alta, ao contrário de Min Yoongi. Então, o mais novo nada disse, apenas forçou seu corpo mais à frente e depositou um selar nos lábios do Min, que se afastou de supetão, pouco antes de puxar o Park para si e iniciar um ósculo afoito, profundo e repleto do desejo que ambos tinham pelo outro.

Aquela noite havia ultrapassado um pouco as expectativas dos quatro amigos, porém, naquela mesma noite, Taehyung tinha descoberto que seu mais perfeito mise en scène havia sido entre os lençóis de Jeon Jeongguk; e Jimin, que sua maior perdição se encontrava nos lábios de Min Yoongi.


~~


Notas finais: Deus ksksjdjj o surto é grande demais aaa
Gostaria de agradecer a @dowu pela betagem maravilhosa que me fez surtar desnecessariamente e a @vmissues por essa perfeição chamada de capa :( me apaixonei mesmo

Agora quanto a essa fanfic
Taehyung francês = TUDO

15. Oktober 2021 20:03 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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