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Park Jimin jurava pela sua vida odiar Min Yoongi, o escolta de seu time de basquete. E bem, todo o colégio acreditava que esse sentimento era recíproco, já que eles não conseguiam ficar juntos por mínimos segundos sem começarem a trocar farpas. Entretanto, o destino prova que todos estavam bem enganados, quando os dois garotos, por conta dessas brigas imaturas, são obrigados a treinar um com o outro, sem a presença do restante do time, e no meio disso tudo, uma pequena, porém bem pensada aposta é feita: — Você contra mim, duas cestas. Se eu ganhar saímos juntos, se eu perder falo com o treinador e dou um jeito de voltarmos a treinar com o time como você queria. Que tal? Topa? Ou está com medo de quando sair comigo, acabar percebendo que perdeu muito tempo me odiando quando seria muito melhor estar me beijando, Jiminnie?


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

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Capítulo Único

Escrito por: @agustt_J | @AgusttJ

Notas iniciais: Olá bolinhos, como vocês estão? Espero que estejam bem.

Eu sinceramente tô bem feliz com essa fanfic e espero de coração que vocês gostem dela tanto quanto eu.

Bom, não tenho muito mais o que falar aqui, mas espero que vocês tenham uma ótima leitura e se divirtam muito lendo esse pequeno clichê maravilhoso.💗


~~



**

Com a mochila para o treino em mãos fecho a porta do armário rapidamente, sem tempo para dar atenção ao barulho escandaloso que o encontro dos metais provocou. Estou sem tempo para dar atenção a qualquer coisa na verdade, e tudo isso graças ao menino mais insuportável do colégio que estava passando bilhetinhos na aula que nem uma criança do primeiro ano e um dos bilhetes veio parar em mim. Por pura má sorte, quando eu fui recusar a droga do bilhete, a professora olhou e concluiu que quem estava os passando era eu, o que levou a uma bronca e uma parada na sala da diretora, que consequentemente levou a perda de uma aula e um atraso de mais de dez minutos para o treino de basquete.

Resumindo, o meu dia estava indo de mal a pior graças a Min Yoongi, e pioraria se eu não conseguisse chegar logo no vestiário.

Depois de correr feito um louco pelos corredores do colégio, finalmente cheguei, mas dei de cara com o treinador Kim fuzilando seu relógio de pulso e parecendo soltar fumaça pelo ouvido. Antes que eu tivesse a chance de dar meia volta e fingir que, na verdade, algo me impediu de ir ao treino, ele percebe minha presença e levanta seu olhar mortal em minha direção.

— Park Jimin! Atrasado de novo! — Todos os jogadores presentes olharam para mim. Alguns com pena, outros achando graça da situação, e uma pequena minoria com tanta raiva quanto o senhor Kim, mas só um olhar foi capaz de fazer com que eu me arrependesse de ter posto os pés ali dentro; o olhar debochado de Min Yoongi que parecia cantar vitória por me ver ferrado.

— Eu estou falando com você, Park! Qual a desculpa de hoje?! — esbravejou ele, arrancando-me de meus pensamentos.

— Desculpe, treinador, isso não vai voltar a acontecer, hoje foi o último — falo com a cabeça baixa, tentando evitar ao máximo o contato visual com ele. — E nem foi minha culpa dessa vez — completo em um sussurro.

— Vá se trocar antes que eu mude de ideia e não permita que você treine hoje, e não demore, tenho algo para falar que te envolve — Engoli em seco.

Sem contestar, vou até um dos bancos onde coloco minha mochila enquanto todos do time vão para a quadra. Retiro da bolsa somente o uniforme e a garrafinha d'água, logo depois jogo sem piedade dentro dela as roupas que eu estava usando antes.

— Por alguns instantes achei que o treinador ia te matar ali mesmo. — Não preciso olhar para ter a certeza de que quem está falando é ninguém mais e ninguém menos que Kim Taehyung, meu melhor amigo e uma das pessoas que estava rindo enquanto eu levava a bela bronca.

— Preferia ter sido morto por ele do que ter que aturar o olhar debochado do demônio na minha direção.

— ‘Tá falando do Yoongi? De novo? — A provocação é tão nítida em seu tom que até me assusto.

O que merda ele quer dizer com esse “de novo”?

— O que você está insinuando, Kim Taehyung?

— Que vocês têm que parar com essas birras desnecessárias. Vocês vão acabar se prejudicando.

Não é a primeira — e aposto que não vai ser a última — vez que ele me dá um sermão por não ter uma boa relação com o Min, mas o que eu posso fazer?! Ele sempre dá motivos para que eu me revolte contra ele!

— Eu já estou prejudicado, Tae! E a culpa é toda dele. O treinador me odeia porque chego atrasado, e eu chego atrasado por causa de alguma idiotice que o idiota fez.

— Dois cachorros só brigam quando os dois cachorros querem.

— Você ‘ta me chamando de cachorro?

— Longe de mim, Jiminnie — Bota a mão no coração, fingindo estar ofendido, e continua: — Eu nunca ofenderia os pobres cachorrinhos comparando-os a você — fala com um enorme sorriso no rosto.

Sem pensar duas vezes, pego a toalha que estava estendida na cabine e a lanço em seu rosto, recebendo como resposta a esse pequeno ataque um grito surpreso.

Por reflexo e por conhecer muito bem a pessoa que chamo de melhor amigo​, boto as mãos no rosto para me proteger de um possível ataque vingativo. No entanto, surpreendo-me quando, tempos depois, só ouço uma risada e passos indo na direção oposta a mim.

Antes mesmo que eu falasse algo, o garoto se explica:

— Ainda vou me vingar, mas é melhor sairmos logo daqui antes que o treinador venha nos tirar a força — Assinto e abaixo as mãos em sinal de trégua, logo em seguida saímos do vestiário parecendo duas crianças que tinham aprontado algo e que claramente não estavam arrependidas.

— Chega atrasado, demora um tempão no vestiário e ainda sai com um sorriso no rosto? Que coisa feia, Park Jimin.

Por achar que quem estava falando era a autoridade daquele local, automaticamente abaixo minha cabeça, mas ao analisar melhor o tom de voz a levanto imediatamente, e com muita fúria digo:

— Cala a porra da sua boca, Min Yoongi.

— Você fica com raiva tão facilmente que chega até a ser fofo, Park.

— Sua falta de noção é tão grande que chega a me dar vontade de socar sua cara ridícula, Min. — Para finalizar meu breve ataque de raiva, levanto meu dedo do meio em sua direção.

Talvez esse gesto tenha feito com que eu pareça um adolescente de doze anos que não sabe mais o que falar numa briga, mas, na verdade, é totalmente o contrário, tenho muito para xingar. ​No entanto, o melhor a se fazer é resumir tudo somente neste simples e perfeito gesto.

— Min Yoongi, se você falar mais alguma coisa para Park Jimin sem que eu tenha mandado, vou ser obrigado a te suspender do treino. — Foquem nessa cena, por favor, pois é raríssima! O mundo está dando a tão esperada volta e ferrando Min Yoongi em vez de mim.

Falho em segurar um sorriso vitorioso carregado de um pequeno deboche; mas em minha defesa, nessas condições é quase impossível segurar. Sinto como se eu tivesse ganhado de lavada do infortúnio que aperreia minha vida desde que pisei nesse colégio.

No entanto, o treinador parece não dar a mínima para qualquer que seja a motivação de meu sorrisinho e completa:

— Isso serve para você também, Park, mais um gesto errado ou sorrisinho debochado para seu colega e você será suspenso do treino.

Pelo bem da minha necessidade de treinar, decido guardar só para mim o fato de que ele ter se referido ao demônio como meu colega ter soado como uma ofensa para mim. Eu nunca me permitiria cair em um nível desse. Park Jimin e Min Yoongi não seriam colegas nem nos sonhos de todas as pessoas desse colégio.

— Agora que já estão cientes das consequências de seus futuros atos,​ vamos aos avisos antes que eu me estresse mais e os esqueça… Bem, o primeiro aviso é sobre o campeonato: ele vai ocorrer daqui a duas semanas, então temos pouco tempo para praticar.

Todos concordam e ele continua:

— O segundo aviso é o que mais espero para dar e tenho certeza que vai favorecer o time. Por estarmos com pouco tempo temos que evitar distrações, e quando falo em distrações me refiro ás brigas de vocês dois. — Ele aponta para mim e logo em seguida para a desgraça da minha vida. — Então tomei a decisão de separar vocês dois do time, vocês terão que treinar sozinhos na outra quadra, assim vão poder praticar e não vão atrapalhar o resto do time.

Indignado. Essa é a exata palavra que me define nesse momento.

Ele não pode fazer isso, certo? Isso deve ser contra as regras, provavelmente é uma brincadeira para testar nossa paciência quando se refere a ficar preso sozinho com o outro.

E se ele realmente quer saber, a minha paciência, quando se trata de qualquer coisa envolvendo o mais velho, é bem pouca. Por isso, e também por causa da minha incrível impulsividade acabo não me controlando e transformando toda minha indignação em palavras:

— Você só pode estar brincando, treinador, onde que isso vai favorecer o time?! Só vai piorar tudo, já que quando chegar o dia do jogo dois dos seus melhores jogadores estarão sem saber como jogar com as técnicas do time!

— Antes dois jogadores do que o time inteiro, não é mesmo? — Passo as mãos pelo cabelo, deixando clara a minha frustração por não ter argumentos que o contrariem sem que eu pareça um egoísta de merda que só pensa no benefício próprio.

— No entanto, antes de falar com vocês tive que falar com a diretora e ela exigiu uma votação antes da oficialização do aviso, então… quem é a favor de Min Yoongi e Park Jimin treinarem isoladamente levante a mão, por favor.

Todos que diziam ser meus colegas e que um time devia estar sempre juntos para evoluir juntos levantaram a mão, até mesmo meu melhor e mais fiel amigo se rebelou contra mim e estava com sua mão levantada para o céu, com o rosto abaixado para provavelmente não ter que lidar com meu olhar revoltado direcionado a ele.

Entretanto, o que mais me surpreende é ver que meu maior inimigo também tinha levado a mão, logo ele! Ele devia odiar essa ideia tanto quanto eu! Por deus ele só deve estar fazendo isso para me irritar!

Encaro o filho da mãe por mais um tempo até que ele move seu olhar sereno e sem transparecer um pingo de raiva na direção ​do meu que, ao contrário do seu, chegava a transparecer ódio e sorrir.

O maldito sorriu.

Que porra ele tem na cabeça para sorrir?! Com toda certeza a felicidade dele vem da minha desgraça, não é possível!

— Se todos estão de aacordo, os dois já podem se retirar e se direcionar para a outra quadra, tempo é prêmio e temos pouco dos dois.

— Eu não estou de acordo! Minha opinião não importa de nada?! — esbravejo.

— No momento, não. Foi uma votação justa e para o bem do time.

— Pelo amor de deus! — Passo novamente aos mãos pelo cabelo com muita fúria. — Isso é injusto! Porra, Min Yoongi! Você vai ficar aí só calado?! Estamos sendo excluídos do nosso próprio time e ainda estamos sendo excluídos juntos! Você não vai reclamar ou sei lá, fazer qualquer coisa?

— Se o treinador acha melhor assim, não vejo motivos para eu reclamar, não é como se ele estivesse nos tirando do jogo. — Ele dá de ombros, ainda com o maldito sorriso na boca.

— Já resolvemos tudo e da forma mais justa. Fim da discussão. É melhor vocês irem logo antes que eu retire você de todos os treinos, Park. — Ele começa a andar rumo ao canto da quadra, sendo seguido pelo time hipócrita e trairá.

Indignado e sem moral para protestar ainda mais, sigo o caminho oposto ao que eles fizeram, infelizmente notando a presença de Yoongi enquanto andava.

Passo por todos que estavam praticando seus esportes naquele horário de cara fechada. Era claramente visível minha irritação, acho que por isso ninguém dirigiu a palavra a mim, e bem agradeço muito por isso já que não estou com cabeça para ser legal e simpático, tudo isso graça aos jogadores duas caras daquele time e ao treinador.

Para ser sincero, não estou soltando fumaças pelo ouvido por ter que ficar sozinho com o demônio. ​Claro que isso tinha um peso na minha ira, mas não afetava tanto quanto o fato de eu estar sendo excluído do meu próprio time. Caramba, eu me esforço demais para sempre estar em sintonia com os caras, sempre dou o meu melhor, sempre pratico a união, e na primeira oportunidade se livra​m de mim. Mesmo sendo só nos treinos e não no jogo, isso machuca e me deixa completamente fora de mim.

— Como você quer começar? — A voz irritante do Min me obriga a voltar à realidade, e só aí percebo que já estávamos na maldita quadra.

— Tanto faz, qualquer coisa que fizemos vai ser uma merda mesmo, então não me importo — digo, fervendo dos pés à cabeça.

— Você 'tá com mais raiva do que quando eu faço algo, relaxe um pouco.

— Relaxar?! Você ainda não entendeu a nossa situação?!

— Eu entendi, mas acho que você não entendeu. Só estamos aqui por causa das nossas brigas, então devíamos parar de brigar, simples. — Ele estava debochando de mim, não é possível.

— De nossas brigas?! Só estamos aqui por causas das suas provocações idiotas e idiotices que você faz que acabam me envolvendo! Ah, e claro, não podemos esquecer daquele bando de traíras que votaram a favor disso!

— Ei, ei, eu nem te provoco tanto assim, e sério, se acalma, eu sou tão bom quanto qualquer um daqueles lá, então não vai ser o fim do mundo treinar comigo, só vai ser o fim da sua sanidade mental que provavelmente não sabe lidar com tanto talento — Soltei um riso seco​,​ mexendo a cabeça em negação.

— Vamos acabar logo com essa merda. Eu vou começar me aquecendo, se quiser faça o mesmo.

Dou a costa e sigo para a arquibancada onde eu faria os agachamentos, mas antes que eu desse um passo, sinto a mão do mais velho segurar com firmeza meu braço.

— Espera, tenho uma ideia melhor— Fico de frente só para lhe lançar um olhar de tédio e retirar meu braço de seu aperto, indicando que ele devia prosseguir e o lembrar que eu o odiava, e quanto menos contato, mais feliz eu ficaria.

— Que tal fazermos uma aposta? Ouvi dizer que você adora ser desafiado. Ele abriu um grande sorriso, parecendo até muito esperançoso que minha resposta fosse sim. Provavelmente só quer se divertir com uma brincadeirinha besta envolvendo apostas.

— Eu sei apreciar uma boa aposta, mas vindo de você nem quero saber qual é, além de não ter tempo, pois temos que praticar, como disse o nosso ilustre técnico. — Vamos praticar, só que de um jeito mais... motivador. — Talvez ele tenha conseguido despertar uma pequena curiosidade da minha parte.

— Como seria isso? — ​pergunto, desconfiando de suas motivações para essa ideia.

— Você contra mim, duas cestas. Se eu ganhar saímos juntos, se eu perder falo com o treinador e dou um jeito de voltarmos a treinar com o time como você queria — Encaro-o totalmente assustado com sua proposta. Entretanto, antes que eu pudesse intervir, ele continua: — Que tal? Topa? Ou está com medo de, quando sair comigo, perceber que perdeu muito tempo me odiando quando seria muito melhor estar me beijando, ​Jiminnie​?

Antes eu estava apenas morrendo de raiva, agora estou em choque e morrendo de raiva.

Que porra ele 'tá querendo fazer? Brincar com a minha cara?!

— Se seu objetivo é me irritar, lamento dizer que não está conseguindo, só estou querendo rir dessa sua brincadeira — falo, mesmo internamente não achando graça nenhuma por saber que ele só estava tirando mais uma com minha cara. — E de que merda da sua cabeça você tirou intimidade para me chamar de "Jiminnie"?

— Pense bem, Jiminnie. ​Se você ganhar vai voltar para o treino do amado time, se eu ganhar vou ter a oportunidade de te irritar e ver o quanto você fica fofo todo vermelho de raiva fora do colégio.

Talvez eu esteja agindo novamente por impulsividade e pela raiva que me consome junto com um pequeno desejo de me livrar dele, mas não penso muito mais antes de balançar a cabeça de baixo para cima, não precisando colocar em palavras minha resposta para o outro dar um grande sorriso de satisfação e ir pegar a bola para começarmos.

Não dou tempo para que ele possa se preparar e já o ataco, roubando a bola de sua mão.

Vinte minutos se passaram e o jogo está empatado, um a um, a próxima cesta será a decisiva, e eu iria fazê-la.

Pelo menos era isso que eu achava até Yoongi se aproximar mais do que é permitido nas regras do basquete e arrancar a bola de minha mão, logo em seguida fazendo o último ponto e ganhando de dois a um.

— Não valeu! Você chegou muito perto e me desconcentrou! — acuso.

— Quer dizer que você ficou desconcentrado porque eu estava muito perto de você?

— Não do jeito que você 'tá pensando. Você ficou mais perto do que é permitido nas regras e não consegui mais me mover! — digo, percebendo o tom de malícia carregado em sua voz.

— Vou fingir que acredito no que você está falando só para pararmos de discutir e marcamos a hora que vou te buscar — Balanço a cabeça, desacreditado.

— Você realmente está falando sério, Min Yoongi? Além de trapacear, ainda vai insistir com essa brincadeirinha?

— Não é brincadeira, Jimin. Te busco às cinco, ok?

— Qual sua real intenção, Min Yoongi? — indaguei. — Porque isso não faz o mínimo sentido, além de você ter enrolado para ganhar, ainda insiste nisso. Você só pode adorar me ver irritado.

— Você já sabe uma das intenções, a outra só vai descobrir se me passar o endereço da sua casa para eu te buscar ás cinco.

— Você trapaceou, não ganhou, consequentemente não vou sair com você, entendido? Ótimo. Mas bem... Se quiser tentar jogar justamente, posso pensar em irmos de novo, e talvez, só talvez, você tenha sorte e ganhe. Se não quiser, vamos agora mesmo voltar para real treino — falo, utilizando a última gota de paciência que eu ainda tinha.

— Já ganhei o jogo, agora só vou ganhar seu coração. E analisando bem... Acho que é disso que você tem medo. — O convencimento não abandonou o tom de voz do insuportável em nenhum minuto de sua frase, fazendo-me revirar os olhos, tanto por isso quanto pela própria coisa dita.

— E desde quando você está interessado em meu coração, Min Yoongi? — pergunto, mesmo sabendo que é só mais uma idiotice dele.

— Há mais tempo do que você imagina. — Ele abre um enorme sorriso malicioso, e a única coisa que faço é rir secamente. — Então, qual o endereço da sua casa?

— Te encontro na praça aqui da frente às seis horas.

Cedi de uma vez por todas. Não porque eu queria, só para deixar claro, mas sim porque já passei por muita raiva em menos de quarenta minutos, e ter um idiota no meu pé só faria com que cabelos brancos nascessem.

E sinceramente, eu o odeio muito, então não vai ser uma saída que vai me fazer parar de odiá-lo.

Ele concorda com um pequeno sorriso que interpretei como uma forma de deboche.

Depois de uns vintes minutos só batendo a bola pela quadra, dou o treino como finalizado e espero até Taehyung sair do seu para tirar satisfação com ele, que se defendeu dizendo que tinha visado que essas brigas iriam nos prejudicar e que achou que seria o melhor para Yoongi e para mim. Como eu estava com a cabeça focada no absurdo que Yoongi tinha proposto, só suspirei e falei que tinha algo para contar, mas que tinha que ser depois, já que meu ônibus passaria em poucos minutos. Ele concordou e se ofereceu para me acompanhar até o ponto, mas tenho certeza que só fez isso para ver se conseguia arrancar algo.

Chego em casa e vou direto para o banheiro, já com a consciência de que Taehyung me ligaria daqui a pouco.

Dito e feito, assim que saio do banho meu telefone começa a tocar e corro para atender, logo ouvindo gritos de um Kim Taehyung quase explodindo de curiosidade.

Tento resumir o máximo que posso o que aconteceu. No entanto, não dá muito certo, pois a cada palavra que solto, o mais velho faz uma pergunta que me obriga a explicar todo o acontecimento. No final da ligação eu já estava cansado de falar e tinha como recompensa de todo esse falatório um Tae completamente em choque, acho que até mesmo mais do que eu quando ouvi a proposta.

Encerro a chamada dizendo que tinha que ir me trocar, pois tinha marcado às sete e a praça era longe, e ele não poupou esforços antes de me lembrar que eu estava indo me arrumar para a pessoa que jurei nunca olhar na cara se não fosse necessário.

Fico por quase uma hora na frente do armário, tentando escolher uma roupa que sirva para tudo, já que provavelmente não vamos ficar só na praça, pelo menos é essa minha intenção. Depois de mais algumas horas tentando escolher a maldita roupa, acabo optando pelo macacão com uma blusa simples.

Já pronto, saio de casa às pressas e chego ao local às sete em ponto, não encontrando ninguém. Não estou ansioso para encontrá-lo, muito pelo contrário na verdade, mas ele poderia ter chegado no horário pelo menos.

— Eu não devia ter vindo, ele provavelmente não vai aparecer e só fez isso para poder me zoar amanhã. — Assim que paro de falar comigo mesmo, vejo uma silhueta correndo em minha direção. De primeira fico assustado, mas depois que ela vai se aproximando, percebo que era só a pessoa que eu estava falando mal a segundos atrás.

— Oh, você já chegou, fiquei com medo de você não vir.

— Eu estava jurando que você não vinha para poder zoar comigo — falei sincero.

— Eu não faria isso — falou, também parecendo bem sincero, e isso me fez ficar sem saber o que fazer além de rir seco para dar a impressão de que não acredito no que ele diz.

— Para onde vamos? Adoraria acabar com isso logo — digo, com a intenção de quebrar o silêncio que estava começando a me agoniar.

— Para um fliperama, você gosta? — Se eu gosto? Eu adoro esses lugares, são meus paraísos depois da quadra de basquete, mas ele não precisa saber de tudo isso, por isso só balanço a cabeça positivamente.

— Ótimo, então vamos, Jiminnie?

— Não me chame assim, lembre-se de que só estou aqui por causa da maldita aposta e que não somos amigos — falo, dominado pelo ódio.

— Você falando assim parece até que te obriguei a ​vir. — O deboche estava completamente presente em sua frase, como em todas.

— E não foi isso que aconteceu?

— Não, você poderia não ter aparecido, a aposta mandava você vir, mas você poderia ter decidido me deixar aqui plantado sozinho. — Ele por acaso acha que eu sou ele?! Não sou babaca a ponto de fazer isso.

— Não sou idiota que nem você, eu disse que viria, então vim.

— Eu vim também, não vim? Então você não pode me chamar de idiota nessa situação.

— Só nessa situação, não é mesmo? Porque você sempre está me dando motivos para eu te chamar de idiota — ​ ​rebati.

— Será que podemos parar de brigar e ir logo? Eu sei que disse que umas das minhas intenções era te ver irritado fora do colégio, mas acabei de perceber que essa intenção acaba prejudicando a outra, então... podemos ir logo?

Não sabendo como reagir optei por dar uma resposta um pouco malcriada:

— Só vou parar de brigar pelo fliperama. Vamos. — Em resposta a essa pequena cena somente recebo uma risada que pareceu bem sincera.

Caminhamos lado a lado em puro silêncio, até que finalmente chegamos no meu paraíso. No mesmo instante​ em que bato meu olho na enorme placa reluzente, abro um enorme sorriso, e o garoto ao meu lado parece ter percebido, pois logo comenta que realmente escolheu o lugar certo para irmos. Ele ainda comentou alguma coisa que não fui capaz de ouvir por já estar bem na frente, correndo em direção ao balcão para comprar as minhas tão amadas fichas.

Antes que eu tivesse a graça de realizar o pagamento, Yoongi chega e me impede, dizendo que ele que "convidou", por isso ele que iria pagar e que eu poderia pagar os milkshakes depois. Tento negar sendo o mais educado possível, mas ele ignora minhas tentativas e paga todas as nossas fichas.

Eu ia reclamar e claro, agradecer, pois fui muito bem-educado, por ele ter pago, mas esqueço de tudo quando vejo o jogo de basquete eletrônico vazio, todo disponível para mim.

— Ia propor para a gente ir no Pacman, mas essa também é uma opção legal.

— Podemos ir se você quiser. — Tento ser educado.

— Está sendo legal comigo, Jiminnie? — Que meus pais me perdoem pelo que vou dizer, mas me arrependo de ter usado da minha educação com esse daí.

— Se você merecesse, eu seria legal com você, Min Yoongi, mas agora eu só estava sendo educado.

Preparo-me para uma provavelmente resposta debochada, mas em vez disso, sou puxado até a máquina de jogadas, e totalmente surpreso pergunto:

— Qual o motivo desse sequestro rápido? — Não era para soar engraçado, no entanto acabou não saindo como planejado e arrancando uma pequena risada do mais alto.

— Aqueles meninos iam vir jogar, só queria garantir que não iríamos ter que ficar na fila — justifica ele, apontando discretamente para uns meninos que estavam perto da máquina. Tenho vontade de rir de todo esse seu gesto, porém me seguro e acabo só deixando um pequeno sorriso aparecer.

— Eu te fiz sorrir? Uau, temos um grande avanço aqui.

— Só estou sorrindo porque você não estava sendo nem um pouco discreto apontando. — Na verdade ele foi bem discreto​, só não quero dar esse gostinho de vitória para ele.

— Você é um mentiroso, Park Jimin — ​acusou-me, não parecendo levar a sério sua acusação.

— Vamos jogar antes que aqueles meninos reclamem que estamos atrapalhando a fila só conversando na frente da máquina​ — digo com a intenção de mudarmos de assunto.

— Vamos. Mas antes, que tal fazermos mais uma aposta?

— Se for do mesmo tipo da que me trouxe aqui, eu passo.

— É melhor. Quem fizer mais cesta em menos tempo tem direito a fazer uma pergunta para o perdedor. — De fato era uma proposta bem interessante e se eu ganhasse poderia tirar a dúvida que me consome desde da primeira aposta.

Assinto e, diferentemente de hoje de manhã, selamos nosso acordo com um civilizado aperto de mão, mas com olhares desafiadores.

Encaixo a ficha na máquina e o cronômetro começa a contar, havendo somente um minuto para fazermos o máximo de cesta que conseguirmos.

Em um minuto fiz vinte cestas e Yoongi só conseguiu dez, ou seja, eu ganhei, e não perco tempo antes de esfregar isso na cara dele, que só fica balançando a cabeça em frustração.

— Pode fazer a pergunta, Jiminnie — Suspiro, feliz demais com minha vitória para mandá-lo parar de me chamar pelo apelido.

— Quando formos tomar o milkshake eu te pergunto.

Ele parece incerto e duvidoso, mas, mesmo assim, só concorda.

Jogamos mais alguns videogames e, por incrível que pareça, está sendo divertido, mas a fome infelizmente chegou e resolvemos parar e ir tomar o tão esperado milkshake. No entanto, Yoongi não me deu tempo nem para que eu pudesse experimentar meu delicioso shake de chocolate e já foi me lembrando que eu tinha uma pergunta para fazer a ele.

— Não quer nem provar do seu milkshake de morango antes? Eu aposto que 'tá mais interessante do que a minha pergunta — Tento enrolar só para eu ter tempo de formular a pergunta sem parecer tão idiota quanto a pessoa que está a minha frente.

— Tenho medo de me engasgar caso sua pergunta seja muito chocante. E nem tente me enrolar, Park Jimin — Estou na dúvida se ele me chamou pelo nome para me provocar ou se fez isso por naturalidade, mas bem, essa dúvida vai ficar para depois pois agora vou focar na principal:

— Qual sua segunda intenção para querer que eu saia com você? E por que isso do nada? Que eu saiba você não faz questão de ter minha amizade, como eu também não faço questão de ter a sua, então a única coisa que passa como possibilidade na minha cabeça é que você queira somente me zoar e realmente me ver irritado.

— O combinado era só uma pergunta, não? — indagou enquanto mexia no canudo de seu milkshake.

— As duas perguntas vieram de um mesmo ponto, então elas valem como uma.

— Quem está trapaceando agora não é mesmo?

— Quem está enrolando agora não é mesmo? — rebato com um enorme sorriso.

— Você. Mas eu também sei trapacear se for assim — fala ele, voltando com seu deboche que havia sumido desde que entramos aqui. Antes que eu protestasse, ele continua: — Já que as perguntas vieram do mesmo ponto só precisam de uma resposta. Então aqui vai ela… Eu cansei de ser um idiota com você, cansei das nossas brigas e queria que, sei lá, só vivêssemos em paz pelo menos, já que você deixou claro que não se interessa pela minha amizade.

Por alguns segundos fiquei sem reação, só digerindo cada palavrinha dita por ele. Eu não sabia se acreditava — pois ele podia estar muito bem brincando com minha cara —, se ria — porque parecia mais uma piada —, ou se engolia todo aquele milkshake e me fazia de sonso. Perdido e sem saber se acredito ou não, pois suas palavras pareceram verdadeiras e até mesmos tristes, só fico calado.

Percebendo que eu não ia falar nada, ele suspira e muda de assunto:

— Você lembra de quando a gente era criança, você era um centímetro mais alto que eu e agora eu sou dois centímetros mais alto que você? Chega a ser engraçado porque eu ganhei de dois a um de você e é muita coincidência, parece até coisa do destino — Sorriu pequeno com uma baixa risadinha ao terminar de falar.

— O destino me odeia, não é possível​ — falo, dessa vez brincando, pois o dia tinha sido realmente divertido, então só tenho que agradecer ao destino, mesmo ainda desconfiando de alguma brincadeirinha por parte do mais velho.

— Vai dizer que não adorou passar o final da tarde aqui? Tava todo sorridente e felizinho.

— Na verdade, foi até que divertido, não posso negar. Quando você não está me provocando, você se torna uma pessoa bem legal. Mas não pense que parei de te odiar por causa de um dia, ainda tenho inúmeros motivos para isso. — Talvez essa tenha sido minha frase mais sincera do dia inteiro.

Um silêncio cai sobre nós e, sem assunto, pego o telefone para me distrair um pouco, mas me assusto quando percebo que já são nove horas e que tenho dez chamadas perdidas de minha mãe. Meu deus, ela vai me matar quando eu chegar.

— ‘Tá tudo bem, Jimin? — pergunta, provavelmente percebendo minha cara de espanto.

— Por enquanto sim, mas quando eu chegar em casa, provavelmente não. Acabei perdendo o horário de voltar, então tenho que ir correndo — Fui me levantando rapidamente e logo sendo acompanhado por Yoongi, que tomou o resto do seu milkshake na hora, com a justificativa de que iria me acompanhar até a porta mesmo eu dizendo que não era necessário.

Quando chegamos à porta, não soube o que fazer. Se essa cena estivesse acontecendo no começo do dia eu provavelmente só diria tchau e sairia andando, mas agora parece que algo bem pequeno mudou, nem ao menos sei o que falar como despedida.

Graças a deus ele novamente parece perceber que não sei o que falar e quebra o silêncio antes que ele se tornasse constrangedor:

— Me empresta seu telefone. — Meio receoso, entrego meu telefone a ele, que parece digitar algo, e logo o devolve aberto na aba de um contato salvo como “Yoongi idiota” e um coração ao lado. — Caso você queira me xingar por mensagem — completa ele com um sorriso brincalhão no rosto.

Penso em também pedir o dele, mesmo sabendo que era só eu mandar uma mensagem para ele que logo meu número ficaria salvo, mas antes que eu pudesse ter a oportunidade de pedir, o mais alto volta a falar:

— Que tal sairmos amanhã de novo?

Penso por alguns instantes enquanto tento não mostrar o quão fiquei surpreso com esse convite, e então respondo:

— Eu acho uma boa ideia, preciso de uma revanche no Pacman mesmo. — Dessa vez sou eu quem sorri.

Ficamos nisso de “que tal saímos amanhã” por uma semana, e sinceramente, estou confuso; meus sentimentos estão confusos, meu coração está confuso. Entretanto, fiquei mais confuso ainda quando faltando sete dias para o grande jogo, ele começou a me ignorar, tanto no colégio quanto por mensagem, e até mesmo deixou de comparecer aos treinos. Senti-me um completo idiota quando tentei ir atrás dele para conversar, já que eu realmente achei que estávamos virando amigos ou até algo a mais, mas ele só fez fugir e me deixar em uma enorme confusão de sentimentos.

Porém o dia do grande jogo chegou e ele não consegue mais escapar ao ficar sozinho comigo no vestiário, e se pode dizer que foi obra do destino.

— Yoongi, precisamos conversar — falo baixinho por conta do enorme eco do local e vou me aproximando dele até sentar ao seu lado em um dos bancos.

— Agora não, Jimin — fala ele, seco, preparando-se para levantar do banco.

— Não seria agora se você não tivesse me ignorado esse tempo todo — rebato, começando a ficar enfurecido.

Mais uma vez ele me ignora e se levanta do banco, mas sou mais rápido e o seguro pelo pulso​,​ fazendo com que ele volte na mesma hora.

— Você pode parar de fugir e me dizer que merda ‘tá acontecendo?

— Me diz você o que ‘tá acontecendo, Jimin. Por que continua me procurando mesmo depois de eu ter parado de falar com você? Não era você que não se interessava pela minha amizade?!

Levanto do banco rapidamente com raiva, sendo acompanhado por ele logo depois.

— O que você quer dizer com isso? Eu te falei que não estava interessado na sua amizade antes de você se mostrar mais do que um idiota provocador, e só falei isso porque eu te odiava e achava que você também me odiava! Sério que você me fez ficar a semana toda atrás de você por causa disso? Por algo que eu disse antes de você me mostrar que você não era só o que eu pensava?! — esbravejo, indignado.

— Eu resolvi que era o melhor para mim, está bem? Só isso. Ficar perto de você sem saber o que você realmente queria não me fazia bem.

— O melhor para você?! Porra, parabéns, não pensou em nenhum momento em mim, certo? Nem sequer pensou em conversar para me avisar que não queria mais ver a minha cara! E como assim o que eu realmente queria?

— Eu pensei em você, Jimin, eu pensei mais do que eu devia pensar, e percebi que você nem mesmo queria realmente ser meu amigo.

Ele por acaso tem merda na cabeça?!

— Caralho, Min Yoongi, você teorizou o que eu queria e o que eu estava sentindo com base em coisas que falei e que não acredito mais? Isso é sério?! Meu senhor. E se eu quisesse ser seu amigo? E se eu quisesse ser até mais que isso? — grito enfurecido, não dando mais importância para o eco ou para qualquer um que estivesse passando por perto do vestiário.

— Mas você não quer! Eu sei que não quer, porra, pare de falar o que eu e você sabemos que você não quer.

— Pare de achar que sabe o que eu quero! Você não sabe! Eu estou confuso.

— Você está confuso com o quê? Com o jeito que te trato? Pois bem, eu te trato assim por ser um idiota, um grande idiota que é apaixonado por você desde o primeiro jogo de basquete quando tínhamos dez anos, e que, por não saber lidar com esse maldito sentimento, começou a te trata mal! Mas em um belo dia o grande idiota percebeu que não, não vai conquistar a sua paixão a tratando com provocações e idiotices, porém o idiota percebe que sua paixão sempre vai o achar um babaca e que nunca vai querer nada, então decide se afastar porque quanto mais perto, mais ele percebe que fez merda e que nunca vai ganhar o cora-

Interrompo-o, selando nossos lábios em um beijo calmo, o que é totalmente contraditório à situação atual. Quando somos obrigados a nos separar por conta da falta de ar, olho fixamente em seus olhos, percebendo-o mais calmo, ao mesmo tempo em que está completamente confuso. Então, aproveito para me explicar:

— Eu estava confuso porque eu não te odeio mais, não quero e não consigo te odiar, nem mesmo agora por saber que todos esses anos você me tratou assim por gostar de mim. ​Estou magoado, claro, mas não sinto ódio. Na verdade, só sinto meu coração bater em alegria quando te vejo, sinto uma enorme vontade de te beijar e de estar perto de você. Por isso eu estava confuso, mas percebi agora que acho que estou me apaixonando por você.

Dessa vez quem toma a iniciativa de selar nossos lábios é ele.

E assim aconteceu, nos beijamos ao som do treinador dizendo que estava na hora de ganhar. E bem, pode não parecer nem um pouco romântico, mas se analisar bem, foi a coisa mais romântica de tudo isso: enquanto o treinador dizia que íamos ganhar o jogo, Min Yoongi estava ganhando meu coração.


~~


Notas finais: Espero que vocês tenham gostado e não pensem duas vezes antes de me contar a opinião de vocês. Obrigada por tudo, até a próxima ❤️

25. September 2021 22:52 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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