Sempre me senti atraído por textos, livros, documentários ou filmes com enredo capaz de atiçar a apreensão no espectador.
Não sei se isso faz bem à alma ou seria mais producente se deixar envolver por tramas do cotidiano real, os chamados dramas, os quais talvez podem nos trazer maior crescimento pessoal e humanitário, mas trago aqui comigo o compromisso de transmitir o "vero fatto" que ocorre em meu pensamento e não o politicamente correto.
Decerto que alguns roteiros da vida real são capazes de fazer frente a qualquer clássico do macabro, tamanho o grau de absurdo que carregam, mas não são o objetivo a se destacar neste breve texto.
Comecemos então com algumas citações de alguns mestres do gênero:
“A emoção mais antiga e mais intensa da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais intenso dos medos é o medo do desconhecido.” (H.P. Lovecraft).
“Durante o momento da leitura, a alma do leitor está submetida à vontade do escritor.” (Edgar Allan Poe).
“Monstros e fantasmas são reais. Eles vivem dentro de nós e, às vezes, vencem.” (Stephen King).
"Não há terror em um estrondo, apenas na antecipação dele.” (Alfred Hitchcock).
"O tempo é o melhor assassino" (Agatha Christie).
"Onde não há imaginação não há horror" (Arthur Conan Doyle).
Sem ter a pretensão de balizar a forma definitiva de retratar o gênero e afins, quero apenas externar minha opinião, ancorada pelas citações acima expostas. Apesar de acessar textos que seguem esta temática, logo me desinteresso e interrompo a leitura ao me deparar com explicitudes de violência ou descrições grotescas ou bizarras, que visam a chocar e prender o leitor à narrativa, mas que no meu caso exerce efeito contrário, causando-me até mesmo repulsa.
Respeito quem admira tal prática, mas não a recomendo. A sutileza e a elegância falam mais alto aos corações e mentes de quem tem mais apreço pelo equilíbrio.
Acho até interessante constatar que a maioria dos publicadores deste tipo de texto (o grotesco) tem pouca idade e que talvez a maturidade venha a abrandar as percepções e os sentimentos alavancados pela impetuosidade natural e necessária da juventude.
Fazendo uma alusão à música, até gosto de clássicos do Heavy Metal melódico, mas dispenso suas versões trash, death ou punk.
Abusar do grotesco e do explícito para suscitar apreensão e medo, não faz de ninguém um mestre do suspense ou do macabro. O medo verdadeiro está dentro de quem lê, atraído gradualmente à tensão crescente da trama e identificado com seus demônios interiores, até o clímax final, que não deve ser antecipado por situações repugnantes. Senão, o que mais poderia vir depois?
Penso que sugerir e instigar, sem jamais chocar o leitor, mas deixá-lo inquieto e na expectativa consciente do risco que está por vir configura o segredo para criar um bom roteiro de tensão psicológica.
Acrescento ainda que o texto não deve ser muito longo, pois que se torna visualmente cansativo, ou pode então ser subdividido em pequenos capítulos, interligados entre si, cada um deles com um desfecho destinado a incentivar o desejo de leitura do próximo.
Que nos demonstrem com maestria tais conceitos os mestres da literatura do suspense, terror e mistério, com suas obras que nos prendem como visgo até o ponto final.
Mas, volto a ressaltar: apenas uma opinião!
Vielen Dank für das Lesen!
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