thiago Thiago Silva

"Para todos os garotos que já crushei, esse é pra vocês." Louis Benson sempre foi o tipo de garoto meio tímido, que adora matemática e que todos pedem para fazer o dever de casa. Depois de criar o podcast de conselhos amorosos da escola, Louis se vê na oportunidade de deixar a sua marca no ensino médio. Entretanto, ele tem uma paixonite quase não secreta pelo garoto popular do time de basquete, Lucas Parker. Embora, para Lucas, garotos não gostem de garotos, os dois vão descobrir que até os cupidos precisam de alguém para trocar flechas.


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PRÓLOGO

Todo mundo sempre fala que o "era uma vez" começa com uma garota apaixonada por um garoto. Que ele a salva do perigo, a beija e, puf, "felizes para sempre". Fim. Eu passei um tempo pensando em qual seria a princesa da minha história. Seria uma donzela em apuros presa em uma torre? Uma pobre moça correndo à meia-noite de um baile? A jovem mais bela do reino presa em um sono profundo?

É engraçado falar disso porque, no meu "era uma vez", é com o príncipe encantado que eu quero escrever um "felizes para sempre" na última página amarelada do livro.

Eu tive um crush em cada garoto que disse "Oi" para mim. Não todos, na verdade. Somente naqueles que foram legais comigo.

Allan Forbes meu primeiro melhor amigo do jardim de infância, que só percebi que gostava dele quando esbarrou nossos lábios sem querer ao tentar me dar um abraço na quinta série. Leopold Meyfield no fim daquele mesmo ano, quando me disse que gostava de mim. Jaden Hwang, o príncipe encantado que gostava dos meus cookies de chocolate. Dylan Steinfeld, meu melhor amigo. E... alguém que conheci no último ano.

Quando eu entrei no ensino médio, eu era Louis Benson, Louis Benson. Mas depois do sr. Burnes, meu professor de biologia, ter a ideia de me pôr num programa de rádio escolar, começaram a me chamar de Louis, o Cupido. Eu tinha ido mal em um teste e ele me convidou para o grupo de estudos dele depois da aula, eu comecei a ir todas as vezes. Foi em uma delas que o sr. Burnes me contou que gostava da srta. Kate, a bibliotecária. Ele me perguntou o que eu achava e, bom, eu disse que ele deveria dizer a ela o que ele sentia enquanto sentia. Talvez ela também sentisse o mesmo. Não havia resposta sem a pergunta feita. Então, ele precisava fazer acontecer. O que é pior do que se perguntar como teria sido?

Na mesma semana, o sr. Burnes me disse que havia dado certo, que ele e a srta. Kate iriam sair no fim de semana. Ele achou que eu era bom nesse lance de dar conselhos, que seria legal eu usar esse meu "dom" para alguma coisa. Parte disso era para que eu pudesse fazer novos amigos — eu sabia —, meio que não tenho mais do que Dylan e meu gato felpudo, o Buttermilk. O sr. Burnes também achava que seria uma boa, que fazia tempo que a escola não tinha um podcast — na verdade, eu acho que nunca teve.

E era verdade, ninguém usava aquela sala de rádio até eu aparecer. Pelo o menos, eu nunca tinha visto alguém sair de lá a não ser o faxineiro. Então, me tornei Debby Ryan em Rebelde da Rádio. Foi aí que me conheceram. Depois de pôr a ideia em prática, de falar com o pessoal e dizer isso e aquilo na esperança de conseguir somar dois mais dois, percebi que era legal, que valia a pena. Eu me sentia o máximo sempre que alguém dizia: "Uau, devo meu namoro a você", porque eu não passava mais tão despercebido pelo corredor. Era como se eu tivesse me tornado um garoto popular, só que sem ser mesmo popular. Eu só era eu. E eu gostava disso.

Mas chegou um momento em que ajudar os outros a encontrarem os recheios dos seus macarons, suas almas gêmeas, as metades de suas laranjas e tal, comecei a pensar se já não estava na hora de eu encontrar a minha.

— Passa a bola! Passa a bola! — berra ele, correndo pela quadra.

— É sua, Lucas! — diz Clawd ao sacar a bola.

Lucas. Sim, esse é o nome dele. Lucas Parker. O típico galã de novela, príncipe encantado, garoto popular e jogador do time de basquete que chama atenção por onde passa. Maldita hora em que coloquei meus olhos nele.

— Cesta!

Ele tem um sorriso de coelho branco brilhante e o cabelo é castanho como chocolate ao leite derretido. A pele dele é da cor de um bronzeado leve, daquele que você ganha por tomar muito banho de sol na praia. Sempre fico babando quando ele passa no corredor girando a bola de basquete em um dos dedos. Já ouvi algumas garotas o chamando de "Nosso astro de Hollywood". Eu não nego que ele seja um. Lucas Parker é o garoto bonito de todos os garotos bonitos. Até as professoras do nosso ano concordam com isso.

Vivo fantasiando com ele vindo até a minha mesa no refeitório, dizendo "Eu amo você, Louis Benson" com todas as letras e notas melosas, mas tudo vai por água abaixo quando lembro de um detalhe. Lucas Parker gosta de garotas. E nada me deixa mais inquieto do que imaginar nós dois juntos.

Meu melhor amigo, Dylan, insiste para que eu tente chamar a atenção dele, mas nada que eu faço adianta. Já passei por Lucas Parker no corredor usando meu perfume favorito com cheiro de morango, mas ele apenas espirrou. Outra vez fingi que meu armário estava emperrado, porque o dele era do outro lado do corredor, mas Lucas não notou. Em outra, eu fiz o dever de casa do melhor amigo dele, Clawd Walker, na esperança de ele me pedir para fazer o dele também, mas Lucas não pediu.

— Cara, só vai. — diz Dylan — É isso ou vai acabar perdendo ele para outra pessoa.

— Perdendo o que eu não tenho?

— É. — a voz dele soa firme — Vai perder o que não conseguiu ter por medo de tentar.

Era como se eu tivesse tomado o lugar do sr. Burnes, parado no meio caminho até a bibliotecária.

No meio do primeiro semestre do ano passado, me colocaram junto de John Walsh na narração dos jogos de basquete. Mas só para ler cartões nos intervalos para não ficar chato. Pensei que essa ideia não iria funcionar, mas eu estava errado. O pessoal gostava do que eu fazia, era como se todo mundo vivesse um dia dos namorados eterno em que todos trocam mensagens às cegas ou às claras. Só que, uma vez, esqueci que o meu microfone estava ligado durante a partida e eu disse: "Caramba, Lucas Parker, você é lindo". Fiquei rosa como framboesa. Só me dei conta do que tinha acabado de acontecer quando ouvi todo mundo rindo e a luz vermelha no painel acesa. Quis morrer no mesmo instante. No entanto, meu ato falho meio que alavancou mais as coisas, todos achavam que era parte do podcast, então decidi investir. Eu fazia o nome de Lucas ficar mais alto sempre que soltava o bordão: "A bola, com certeza, está satisfeita nas mãos dele", e o fato de ser o centro das atenções ali na quadra o tornava imbatível.

E, claro, não demorou muito para ele perceber que havia alguma intenção por trás, que não era só eu divulgando um programa de rádio que alguns consideravam bobo.

— Tá me cantando? — pergunta Lucas, quando tiro um livro grosso da estante da biblioteca.

— O quê?

— Nos jogos, Benson. — ressalta — É impressão minha, ou você está caidinho por mim?

Sim!

— Não. — o quê?!

— Olha, não tem ninguém aqui, só a gente. — Lucas apoia o cotovelo na estante — Confessa, vai. Prometo não contar pra ninguém.

Uma parte de mim sabe que ele vai contar para Clawd.

— Eu não gosto de você, Lucas Parker. — minto — Deveria parar de pensar que é o centro do universo, sabia?

Ele arqueia as sobrancelhas.

— Centro do universo? — o canto direito da boca dele se ergue em um sorriso ladino.

Odeio quando ele faz isso. Faz meu eu interior gritar "Você é o garoto mais lindo do mundo!" em todas as línguas.

— Pois é, eu saberia se eu gostasse de você.

— Benson, eu já vi como você me olha. Outro dia te peguei me encarando e você derrubou seu iogurte.

Pois é, eu estava vendo ele falando sobre The Walking Dead com Nate e ele estava com o cabelo meio jogado para trás parecendo o Ryan Reynolds. Ele olhou para mim e minha garrafinha escorregou de meus dedos.

— Eu não estava te encarando.

Lucas não parece convencido, porque diz:

— Eu saberia se não estivesse. — dá de ombros — Sabe que eu não curto garotos, não sabe?

— Se não gosta de garotos, por que eu iria gostar de você?

— Por eu ser charmoso, lindo e, qual é mesmo a outra coisa que você diz? — ele arqueia as sobrancelhas quando lembra — Encantador.

Reviro os olhos.

— Sério, acho que você deveria baixar um pouco esse seu nível de narcisismo, isso te faz parecer um cara bobo.

— Um cara bobo? — Lucas me olha com um sorriso debochado.

— Muito bobo.

Ele solta um risinho e balança a cabeça.

— Quer saber, tanto faz, tá?

Lucas dá meia volta quando Nate surge atrás dele e o chama para o treino de basquete. Acho que ele não acreditou no que eu disse. Ah, quem diabos eu quero enganar? Ele realmente não acreditou. Será que ele me odiaria se eu dissesse que gosto mesmo dele? Será que ele vai dizer que também gosta e que apenas estava esperando eu admitir primeiro? Ou será que eu vou admitir quando ele admitir? Se é que ele sente algo para poder admitir.

12. Februar 2021 03:02 8 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Bella Oliveira Bella Oliveira
Legal. Parabéns ♥️
October 31, 2023, 15:20
FA Francisco Ambrósio Ngazi
Muito legal. Há uma vibe de para todos os garotos que eu já amei, o que é incrível. A narrativa tem um crescimento gradual e vê se logo que é uma comédia romântica muito boa. Os personagens estão sendo apresentados de a forma muito legal, e acredito que eles são muito sólidos e reais. Top.
April 11, 2023, 18:24
Luca Rossi Luca Rossi
Deixo aqui no prólogo minha declaração sincera: mal comecei e já me apaixonei pela escrita. Coragem Louis! Mesmo com o "não" eminente, nosso coração não aquieta enquanto não colocar pra fora🤸
November 14, 2021, 00:19
Thomas Charles Santos Sales Thomas Charles Santos Sales
coragem, eu já teria é desistido ksks
June 03, 2021, 03:11
Isís Marchetti Isís Marchetti
Olá, Thiago! Tudo bem com você? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Reza a lenda que a maioria das pessoas gostam de ficar no anonimato durante o período de ensino médio e no final, acaba que sempre sendo conhecido por coisas que muitas vezes nem procedência tem, haha. Fulano de tal tem a fama de briguento, dizem ele, quando na verdade Fulano tem medo das pessoas e por isso vive com a cara fechada, e isso é tão típico que chega até a ser engraçado, né. Mais comum do que achamos. Confesso que eu realmente não me recordo como era no ensino médio comigo, mas lembro que o caso acima também me fez vítima. Bom, vamos lá. A coesão e a estrutura do seu texto estão ótimas. A narrativa está surpreendente e você da tantos detalhes sobre como ele chegou até ali, e como foi parar no trabalho de narrar jogo e etc, de uma forma tão mesclada no texto, que a hora que paramos para ver, não acabou sendo uma ação forçada e isso ficou incrível! Quanto ao personagem, a primeira coisa que eu notei é que ele tem um alguém a quem se apoiar, Dylan já é meu amorzinho só por ser amigo de Louis sem julgar, só dando amizade e não esperando nada em troca, sempre o incentivando a ir atrás daquilo que ele quer e colocando a estima do amigo para cima. Louis aparente ser desinibido, mas apesar disso, quando a pauta é fazer aquilo para ele mesmo, ele fica inseguro, como se desse prioridade para ajudar aos outros e pode si mesmo em último. Espero que Lucas acorde logo pra vida e se toque que aquilo que ele tanto está buscando pode sim estar a sua frente. Quanto à gramática, seu texto está muito bem escrito e desenvolvido, foi um prazer ter tido a oportunidade de conhecer esse projeto. Desejo a você sucesso e tudo de bom. Abraços.
April 13, 2021, 16:15
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