silvamaro Gabriel Amaro

Dédalo contornara sua vida árdua através da música. Chegando ao auge de sua carreira produzindo canções que seu público amava, o homem se via preso em uma realidade cruel: estava perdido no sucesso que ele mesmo criara. Entretanto, uma parceria inusitada com seu filho, Ícaro, estava prestes a fazê-los voar ainda mais alto. Conto vencedor do desafio #ZeusPaiDeTodos.


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#ZeusPaiDeTodos #mitologia-grega #conto #ícaro #Dédalo #drama
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Dédalo & Ícaro

MEU CORAÇÃO AINDA ESTAVA PRESTES a escapar do peito quando abandonei o palco naquela madrugada de sábado; eu ouvia a plateia gritando meu nome e, pela primeira vez, o nome do segundo responsável por aquele momento libertador. Era o lançamento do meu terceiro e último álbum, Asas, e a noite mais importante de minha carreira. Mesmo antes de seu sucesso comercial, eu já sabia que aquele projeto mudaria nossa vida. Tudo que eu precisava fazer era concretizá-lo, e ali estava eu, inteiramente realizado.

Cambaleei entre os membros da equipe que me parabenizavam e senti meu rosto doer; eu não conseguia parar de sorrir desde que cantei a última música do show. Quando notei uma dúzia de jornalistas aguardando minha saída com seus pequenos microfones e suas grandes câmeras, desejei atender aos pedidos do público e ferver suas almas com música por mais tempo; era muito mais simples enfrentar centenas ou até milhares de pessoas que amavam meu trabalho. Imaginei Ícaro saindo do palco pelo lado oposto e se esforçando em uma correria alucinante para escapar da imprensa. Não fazia ideia se o cenário imaginado por mim se concretizara, mas não poderia negar que era do feitio de meu filho.

— Dédalo! Podemos fazer algumas perguntas? — indagou o jornalista mais próximo da fileira de seguranças.

— Essa foi a primeira — eu disse enquanto ignorava as bochechas doloridas e alargava ainda mais o sorriso. — Temos alguns minutos.

— Qual é sua expectativa para o novo álbum?

O novo álbum era minha liberdade. Obviamente, eu não poderia revelar meus conflitos internos mais intensos e secretos à imprensa oportunista; o que realmente esperavam ouvir é que eu desejava nadar em oceanos de dinheiro ou receber a aclamação da crítica especializada. Eu poderia alugar aquele microfone por horas se decidisse discutir minha carreira paradoxal: mesmo me livrando da vida empobrecida que atormentava a mim e ao meu filho, a música também fora minha prisão. A consciência valiosa dos anseios do público e da expectativa da imprensa me enriquecera, mas me conectar tanto às necessidades de terceiros limitara minha criatividade durante meus oito anos de carreira.

O projeto criado por mim e por Ícaro mudava minha realidade confinada drasticamente; pela primeira vez, eu adotava melodias que se originavam em meu íntimo e cantava letras que tratavam de assuntos reais e pessoais. Após tanto tempo trancafiado em minha zona de conforto, assumir uma nova identidade artística me soava perigoso, mas eu precisava me libertar. Por quanto tempo mais eu aguentaria dançar conforme uma música que não era minha? Qual seria o limite de minha sanidade ao ser confrontada com uma vida sob o domínio da notoriedade? Sem dúvidas, eu não estava disposto a descobrir a extensão de minha perseverança. Era a hora de alcançar novas alturas, longe daquele maldito labirinto construído pela fama.

Entre dois dos seguranças que me separavam das equipes jornalísticas, enfiei as mãos no bolso da calça jeans rasgada e me estiquei para falar perto do microfone.

— Espero que meus fãs se identifiquem com essa nova fase da minha carreira e que o álbum mereça o reconhecimento dos críticos.

— Qual foi o papel de Ícaro no desenvolvimento do projeto? — Uma jornalista que havia se espremido entre seus companheiros para me alcançar se responsabilizou pela nova rodada de perguntas.

A colaboração de meu filho fora essencial: seu frescor juvenil e sua ferocidade ansiosa foram os últimos ingredientes daquela receita de liberdade. Ícaro encarava a oportunidade como uma salvação tanto quanto eu; enquanto eu estava perdido na inevitabilidade da fama, ele permanecia capturado em minha sombra, sempre ligado à promessa de alcançar o mesmo sucesso que eu havia conquistado. Todavia, nossos triunfos recentes influenciavam a mente ambiciosa e sonhadora de Ícaro. Meu filho passara madrugadas inteiras trabalhando em nosso álbum; se afundava em remédios e, de acordo com minhas suspeitas, drogas que o estimulavam cada vez mais.

— O álbum não existiria sem a participação dele. — Protegi meu rosto instintivamente com o antebraço ao quase ser cegado por um dos flashes mais próximos. — Só recebemos esse calor maravilhoso do público na estreia de um álbum quando nosso trabalho os impacta verdadeiramente. Asas é exatamente sobre isso: a relação de pai e filho, com todas as suas bençãos e maldições.

— Como você se sente agora? — A pergunta de um terceiro jornalista se sobressaiu sobre as demais por ser exceção entre mais do mesmo.

Por mais que eu soubesse que deveria estar feliz, esse não era o caso. Enquanto eu ocupava o palco com Ícaro e levava a multidão ao delírio, euforia e júbilo extremos comandavam meu espírito; entretanto, como eu bem sabia, bastava refletir sobre minha trajetória até então para que qualquer orgulho ou satisfação se esvaísse. Não havia nada a ser feito: meu contentamento genuíno e duradouro não dependia de trabalho, dinheiro, fama ou conforto. Apesar de me orgulhar do quanto era próximo de Ícaro, meus infortúnios familiares iam além de meu filho; a impossibilidade que envolvia minha felicidade advinha de um erro que cometi no passado distante e que para sempre me assombraria.

Após o início meteórico de minha carreira, quando Ícaro ainda era uma criança traumatizada pelo abandono da mãe, eu deixei de ser o único da família a se aventurar pelo mundo da música. Recordo-me de receber uma ligação entusiasmada de minha irmã e de aceitar seu pedido inusitado: ser o mentor de Pedro, meu sobrinho, em sua busca pelo reconhecimento de seu talento musical. Excepcionalmente criativo e engenhoso, Pedro insistia em focar sua arte em experiências próprias, ignorando as tendências do mercado e a expectativa de seus poucos fãs. Apesar de reconhecer sua aptidão para a música, me enfureci ao testemunhar sua rápida ascensão; obter sucesso através de obras tão intimistas era algo inimaginável para mim naquela época.

Como aquele rapaz inexperiente conseguira se destacar tanto quanto eu? Tomado pelo orgulho, marquei todas as reuniões disponíveis e enterrei sua carreira musical antes que ela decolasse de fato. Minha decisão fora tomada em segredo, evidentemente, mas minha irmã me conhecia o suficiente para deduzir de quem partira aquela ordem; portanto, eu e minha família nunca mais nos vimos. Condenado a carregar a culpa pela morte precoce do futuro artístico de Pedro, sentia-me como Atlas, o titã que sustentava os céus nos ombros como castigo de Zeus. Minha transgressão se tornava ainda mais mordaz ali, enquanto eu usufruía dos benefícios de incorporar meu âmago em minha arte.

— Impossível estar mais feliz — eu disse enquanto meu sorriso enfraquecia.

Subitamente afligido pelo céu imposto aos meus ombros, me afastei dos jornalistas e segui o caminho curto até o camarim em passos nervosos. Fechei a porta atrás de mim e respirei fundo, tão aliviado quanto meus olhos, que finalmente estavam a salvo dos flashes insistentes da imprensa. O camarim era um cômodo vasto, com uma fileira de três espelhos, mesa redonda com aperitivos já gelados e poltronas confortáveis espalhadas pelas quatro paredes. Meu alívio foi interrompido quando percebi a presença de meu empresário; o sujeito estava sentado em uma das poltronas, a camisa social desabotoada e um dry martini na mão direita. Provavelmente alarmado por meu semblante exausto, ele se levantou de imediato e pigarreou baixo.

— Esse é o lançamento perfeito pro álbum. Ótimo show — disse ele.

A falsa expressão de satisfação do homem não me enganou nem por um segundo. Certamente estava orgulhoso de nosso progresso, ainda que fosse contrário à ideia de explorar assuntos tão íntimos, mas algo ocupava sua mente e tornava sua preocupação evidente. Ele evitava meu olhar e parecia buscar as palavras certas para me oferecer; sem tempo para hesitações, me aproximei e segurei seus ombros para obrigá-lo a me encarar.

— Diga o que precisa dizer.

— Estou preocupado com Ícaro. — Ele tomou um gole do coquetel antes de continuar. — Ele foi para o hotel com um grupo de fãs. Não parecia sóbrio.

Sem aguardar nenhuma outra palavra do homem, me retirei do camarim com pressa e, acompanhado por um dos seguranças, segui para o estacionamento da arena que abrigara meu espetáculo. Como aquele garoto irresponsável pôde se reunir com fãs no hotel em que estávamos hospedados? Eu esperava mais maturidade aos seus dezoito anos, mesmo com seu estilo de vida naturalmente boêmio. Em uma viagem de aproximadamente cinco minutos, parti para o hotel com o segurança no volante e o pensamento tomado pelas repreensões que eu derramaria sobre meu filho.

Enquanto o carro atravessava as ruas com a velocidade que minha urgência demandava, minha última conversa com Ícaro antes do show explodiu em minha mente como o pior dos maus agouros. Sempre vigilante, eu observara seus movimentos incertos e sua agitação imoderada e tentara fazer com que ele entendesse uma verdade incontestável: quanto maior o salto, maior a queda. Ainda que nossa liberdade fizesse com que voássemos alto, nunca poderíamos nos aproximar demais do sol. O sucesso e a fama traziam dinheiro, sexo e os prazeres carnais mais cobiçados por qualquer jovem daquela idade; entretanto, do que serviria a independência se seus regalos abundantes o confinariam em outras prisões e causariam sua ruína?

Meu corpo se tornou gelo e meu coração quase bateu até parar quando notei as ambulâncias na frente do hotel. Abandonei o veículo assim que o segurança estacionou; corri para o interior do hotel empurrando fãs seminuas, policiais nervosos e os malditos curiosos. A recepcionista me encarava com pesar conforme eu cruzava o salão de entrada e, seguindo o fluxo de paramédicos, alcançava a área externa do local. Lá estava ele, a pele branca mais pálida do que o normal, os cachos escuros abandonados no mármore molhado e o corpo tão frágil se agitando a cada tentativa de reanimação. Me aproximei aos poucos, sentia as lágrimas preencherem minha visão e a tornarem turva, mas consegui identificar a impotência na face do paramédico. Não havia nada a ser feito.

Antes do desespero causado pela morte de Ícaro me dominar, olhei aos céus e vi o parapeito da varanda de seu quarto destruído; aquele era meu castigo final. Meus erros passados inundaram minha mente e a percepção de um fato mórbido se fez presente: meu filho morrera na noite em que alcançamos a liberdade que tanto almejávamos. Minha desolação se tornava ainda mais dolorosa pela consciência de que condenei meu filho à maior das quedas ao tentar nos libertar das amarras que eu mesmo havia criado.

O relatório médico final concluiu que, apesar da causa da morte oficial ter sido o afogamento na piscina do hotel, sua queda fora causada por uma overdose. Sofrendo os efeitos imediatos de seus exageros, Ícaro quebrou o parapeito ao alçar seu voo mais alto e despencar para seu fim nas águas geladas de um hotel de luxo. Enquanto eu concedia entrevistas e me oferecia a opulência de desfrutar do reconhecimento público, meu filho preenchia seu organismo com as drogas que o mataram e permitia que seu ímpeto imaturo o destruísse. Aquela culpa e tantas outras se acumulavam em meu peito e me corroíam por dentro. Era impossível não sentir o céu pesar ainda mais em meus ombros.

22. November 2020 21:47 19 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Gabriel Amaro Oi. Sou Gabriel, tenho 24 anos e sou estudante de Letras - Português/Inglês na UFRJ. Eu escrevo desde uns 10 anos e quero dividir minhas ideias malucas com o mundo. Apesar de escrever de tudo, meu foco sempre foi fantasia, sci-fi e terror. Odeio finais felizes, mas nunca se sabe quando vou surtar e seguir por esse caminho.

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Estella Monteiro Estella Monteiro
Ola! Realmente estou impressionada com seu texto, cada conexão e comparação de uma mitologia á realidade! Dédalos foi um predador cruel na selva da cadeia alimentar da fama, mas carregava sua culpa não o deixando ser totalmente realizado. A ironia esteve presente do começo ao fim, mesmo no nome do álbum. É incrível como as asas de cera presenteadas a uma “criança tola” se encaixa perfeitamente no contexto; ser jovem e imaturo para lidar com fama, dinheiro, assedio. Ícaro se queimava a cada dia mais, enquanto se drogava de todas as formas na ânsia de alcançar o ápice do brilho, até que suas asas de cera derreteram-se de uma vez por todas. Eu realmente estou encantada com sua criatividade e capacidade de associação. Parabéns♥
December 02, 2020, 12:46
Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Olá, Gabriel! Gostaríamos, primeiramente, de te agradecer por ter abraçado um de nossos desafios. Fizemos o #ZeusPaiDeTodos com muito carinho, pensando especialmente em vocês, e receber esse retorno com contos muito bem trabalhados feito o seu nos motiva cada vez mais. Voando Alto nos prepara desde a sinopse para uma narrativa nos tempos modernos, trazendo a relação de pai e filho de Dédalo e Ícaro; e para aqueles que conhecem o mito de Ícaro, a última frase da sinopse já nos deixa ligeiramente tensos. Mas quando se dá início ao conto, não poderíamos prever que o final seria tão aterrador quanto o encontrado no mito. Durante nossas leituras, percebemos que muitos autores resolveram criar finais alternativos para os mitos por eles escolhidos e chegamos a imaginar que deveríamos esperar o mesmo de sua história, considerando todo o cenário novo que nos foi apresentado. Como poderíamos imaginar que Ícaro, mais uma vez, sofreria as consequências de alçar voos muito altos? Talvez seja por isso que o final tenha tido tamanho impacto. Ah, mas não pense que isso foi ruim de alguma forma; muito pelo contrário! A sua releitura nos fez emergir no mito encarando como seriam as coisas caso tivéssemos os dois presentes em nossa época. E, como bem sabe, na era digital as notícias correm, espalham-se com muita facilidade, então são inevitáveis as perguntas: choraríamos pela morte de Ícaro? Teríamos desejo de consolar um cantor tão famoso e esplêndido quanto Dédalo? Ou seríamos apenas mais um entre os espectadores agourentos que se prendem às notícias trágicas? Abutres que esperam para se alimentar da dor alheia tanto quanto os repórteres desesperados para noticiar a morte de Ícaro e filmar as reações de seu pai? Todas essas reflexões não seriam possíveis se encarássemos o mito dentro de uma época passada. Também é muito importante para nós mencionar o fato de que suas descrições sutis e precisas nos tiraram de nosso mundo enquanto mentalmente tecemos as cenas as quais somos apresentados. Graças a elas, conseguimos adentrar o mundo do seu conto e ver todas as coisas acontecerem como nos frames de um filme; Dédalo colocar as mãos nos bolsos e responder ao repórter, o empresário de Dédalo segurando seu Dry Martini sentado no camarim, a ambulância na frente do hotel após a tragédia e a multidão encarando Dédalo com um ar piedoso… Não podemos esquecer também de toda a atmosfera criada enquanto os cliques eram dados e os flashes disparados na cara do protagonista. Estar presente em acontecimentos vividos por um personagem nunca foi tão simples quanto enquanto acompanhamos seu conto. Também gostaríamos de parabenizá-lo pela gramática e ortografia da história! Isso contribuiu para que a leitura se tornasse ainda mais fluída e cativante. Como a história é contada a partir do ponto de vista de Dédalo, nos sentirmos na pele dele se tornou mais fácil à partir de suas descrições detalhadas, que nos permitiram imaginar os sentimentos e o cenário que o cerca. Ficamos muito felizes em poder ler esta obra incrível e pela sua participação no desafio. Esperamos poder contar com sua presença em outros! No mais, os resultados estarão disponíveis nas mídias sociais oficiais do Inkspired Brasil logo mais, dia 26/11. Fique de olho e boa sorte! 🤍
November 26, 2020, 19:35

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Obrigado por essa análise incrível e, de verdade, preciso parabenizar vocês por esse incentivo maravilhoso!!! Acho fundamental apoiar e participar dos desafios. Podem ter certeza de que todo esforço de vocês é muito apreciado! 🖤 November 26, 2020, 21:58
 Silva Silva
Olá! Parece que temos um favorito ao primeiro lugar por aqui :v A nova roupagem do mito de Ícaro caiu como uma luva aqui e o direcionamento da sua história foi perfeito. Ainda mais trazendo uma crítica bem atual. Meus parabéns!
November 26, 2020, 14:53

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Será que temos? kkkkkkkk Muito obrigado por ter lido e pelos elogios! Achei que seria perfeito relacionar a liberdade de um voo real com a sensação de libertação que a música e a arte podem oferecer, fico feliz por saber que funcionou bem hahaha November 26, 2020, 16:33
A Louca dos Cavalos A Louca dos Cavalos
Oiee <3 Realmente, as vezes a gente tá preso a uma dança de uma música que não é o nosso ritmo e isso impacta muito na vida. Ou as vezes só não sabemos ainda o ritmo que precisamos aprender para dançar. De fato muitos artistas promissores se vão por culpa desse regaço de curtição e frenesi adoidado, se livram de uma prisão e acabam se envolvendo em drogas e outros mais que prendem com muito mais força e mortalmente. Foi triste, foi. Mas eu amei a intensidade que você trouxe. Soube escrever muito bem e nos mostrou a realidade da mídia, da fama, dos famosos e muitas vezes imposta sobre os ombros dos jovens nesse mundo. Foi muito incrível a maneira que descreveu e contou tudo, como o próprio nome já diz, conto. Sua escrita é surpreendente e tudo isso causou uma explosão maravilhosa de prazeres na leitura. Parabéns <3 Independente de sermos concorrentes no desafio, boa sorte e foi uma história incrível com grandes chances de vencer. Ficarei muito feliz por ela. Bjss de cavalinhos <3
November 25, 2020, 15:39

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Muito obrigado por ter lido e pelos pontos importantes que você ressaltou! Acho muito pertinente expor o lado negativo que essa vida cheia de glamour pode carregar. Boa sorte pra você também! Vou dar uma lida na sua história hoje mais tarde!!! November 25, 2020, 15:47
𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 . 𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 .
Olá, Gabriel! É muito bom te ver de novo pelos desafios. E antes de mais nada, ô rapazinho que gosta de dificultar minha vida, viu? Eu tô aqui babando na sua história de novo, pensando em como eu quero essa escrita e maestria com as palavras pra mim. Sou apaixonada pela história de Ícaro e a roupagem moderna dela em seu conto foi intensa e muito bem construída. Meus parabéns! Como aconteceu anteriormente, em breve você estará recebendo um comentário mais extenso feito pelo perfil oficial da Embaixada Brasileira. Até lá, boa sorte e boa semana! ♡
November 23, 2020, 15:51

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Tô aqui pra dificultar mesmo hahaha Obrigado pelos elogios, muito bom saber que a história te conquistou!! November 23, 2020, 18:12
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Oie! Caramba, como eu amei este conto. Impossível desviar os olhos das palavras. Além disso, gostei bastante de como você trouxe a história de Dédalo, do sobrinho e do filho para a atualidade. Ficou muito bacana mesmo. O mais interessante de tudo, pra mim, foi a mudança feita no nome de Perdix, que se tornou Pedro. Achei isso genial - até porque eu acho que não tem nenhum Perdix por aí, não no Brasil pelo menos hahahaha E a história dele ter sido trágica por culpa do ciúmes do tipo, assim como no mito. Também não posso esquecer o trágico fim de Ícaro, que, assim como no mito, não deu ouvidos ao pai e deixou seus feitos subirem à cabeça. Parabéns pela história!
November 23, 2020, 13:41

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Muito obrigadoooo!! Eu até pensei em deixar Perdix, mas como você disse, ficaria meio estranho kkkkkkkkkk November 23, 2020, 18:20
CC C Clark Carbonera
Eu estava esperando ansiosamente pra ler um conto de Ícaro e Dédalo nessa disputa! Interessante ver como a infelicidade desses dois personagens andam juntas, de mãos dadas, mesmo nesse cenário atual (e real para diversos do mundo artístico e de fora dele) que você montou...de certa maneira, fico imaginando quantos pais não devem se sentir na pele de Dédalo e quantos Ícaros não existem a cada esquina, culpando-os pela própria imaturidade e inconsciência... A narrativa está ótima, a ambientação também e a construção das personagens achei boa também (até porque, não dá pra estender muito em apenas 2000 palavras né). Parabéns por participar desse desafio :D
November 23, 2020, 12:25

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Obrigado por ler e pelos elogios!!! É um cenário bem real e bem comum, como você disse. Acho que isso torna ainda mais trágico, né November 23, 2020, 18:21
A. G. Mars A. G. Mars
Kralho! Eu esperava o final trágico pelo próprio mito em si, mas toda a abordagem ao redor foi uma coisa que eu jamais poderia imaginar! Trazer o significado por trás da história original para um contexto atual foi uma ideia muito foda! Eu adorei como foi contextualizado e o ponto de vista a partir de Dédalo - normalmente Icaro é a estrela do show. Se fosse dizer uma única coisitinha que me incomodou um pouquito é a repetição das metáforas, dando voltas e voltas para deixar claro até demais sobre o que você estava falando. Parece que você, como autor, estava com medo que nós leitores não entendêssemos a ideia da história. Acho que não precisava repetir tanto a mesma ideia, sabe? Mas é só um detalhezinho, porque a história tá muito incrível, muito bem feita e tem essa escrita muito boa!
November 23, 2020, 07:03

Isís Marchetti Isís Marchetti
Olá, Gabriel! Preciso dizer que eu não esperava por menos quando vi sua história participante do desafio! Mais uma vez você superou as espectativas (mesmo não esperando por menos, você trouxe algo inimaginável!) Adorei o conto, de verdade! Desejo boa sorte no desafio.
November 22, 2020, 22:04

  • Gabriel Amaro Gabriel Amaro
    Agradeço demais por ter lido e pelos elogios!! Vou conferir o seu em breve hahaha November 22, 2020, 22:23
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