moonhyeji Geruza Silva

Eu escrevi essa história para um desafio de escrita há muito tempo quando ainda estava no ensino médio, a proposta era: “uma música que te deixa animada para começar o dia”. E não tem definição melhor que essa para “Autumn Morning”, da cantora IU. Então decidi iniciar minha jornada no Inkspired como essa songfic que eu tanto gosto. Espero que gostem da leitura.


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#Autumn-Morning #songfic #IU
Kurzgeschichte
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Autumn Morning

Cedo da manhã, o som dos pássaros cantando
Como sempre, eles me acordam do meu sono
O sol deslumbrante derrama pela janela
E o ar frio faz com que eu sinta vontade de espirrar...


Era uma manhã de outono, meu sonho, do qual não lembrava exatamente, tinha sido interrompido por um casal de pássaros, que estavam na janela no meu quarto, não lembrava de ter a deixado aberto. Mas mesmo que aqueles pássaros tivessem me acordado de um sonho que parecia ser tão bom, mesmo que o ar frio estivesse invadindo meu quarto, me fazendo se encolher debaixo das cobertas ao mesmo tempo em que espirrava. Mesmo assim. Eu estava feliz, era uma bela manhã de outono.

E assim se passaram alguns minutos pareceram segundos, minutos que eu passei encolhida dentro dos meus cobertores, encarando o teto – que estava pintado de azul claro, numa tentativa ruim de imitar o céu das minhas manhãs de outono – sem pensar em absolutamente nada que não fosse o azul do teto e o canto dos passarinhos da janela.


Esfregando meus olhos, espiando para fora da janela
Crianças estão dando tchau para suas mães no caminho para a escola
Os pais estão indo na sua caminhada segurando água mineral em suas mãos
Sem sabe se seriam eficientes ou não


Criando um pouquinho de coragem, me sentei na cama e esfreguei meus olhos, para que assim, os vestígios do sono que insistiam em continuar fossem embora.

Depois de alguns instantes, ainda sentada na cama, com as mãos ainda sobre meus olhos, pude ouvir gritos de crianças, como o normal, sempre barulhentas, me estiquei um pouco para que conseguisse espiar o que acontecia lá fora.

A primeira coisa que vi, foi as crianças dando tchau para suas mães, se preparando para ir à escola, com os olhos, segui o caminho que uma menina fez, ela era bem pequena e tinha os cabelos voando, enquanto sorria e acenava para a mãe que estava parada na porta de casa, não sei bem porquê aquela menina, em específico chamou minha atenção, talvez fosse por causa do casaco que usava, que era vermelho, ou talvez tenha sido porque aquela menina me lembrava de quando eu era apenas uma criança.

Segui o caminho junto com ela até que minha atenção fosse desviada para um casal, que estavam caminhando, com garrafinhas de água na mão, eles conversavam e pareciam bem animados, e isso me lembrou de quando meus pais saíam de manhã cedo, para caminhar, nunca podia ir com eles, eu sempre tinha algo para fazer, lembro de como minha mãe sempre voltava para casa com um ótimo humor e lembro de que quando meu pai voltava, estava sempre reclamando, ele resmungava sobre como estava com sede e que uma garrafinha daquelas nunca era o suficiente, isso sempre me fazia rir.

Quando dei por mim, estava com um sorriso bobo no rosto, e o jovem casal, já estava fora da minha visão, assim como a menina de casaco vermelho.


Filhas ocupadas ajudando suas mães com as tarefas matinais
Enquanto os filhos preguiçosos procuram vagarosamente por água gelada para beber
O aroma de uma manhã refrescante e limpa combina com o delicioso aroma de arroz


Criando mais coragem ainda, levantei da cama, pensando em falar com minha mãe, que deveria estar na sala agora, mas ao chegar lá, me dei conta de que agora eu morava sozinha e de que meus pais não seriam mais os primeiros que veria quando acordasse.

Ao pensar nisso, me veio à cabeça os momentos em que acordava cedo para poder ajudar minha mãe com as tarefas matinais, antes de ter que sair para ir à escola, de como meu irmão sempre aparecia um pouco depois, ele sempre estava bocejando e esfregando os olhos quando entrava na cozinha, ao nos ver ele sempre murmurava um bom dia e abria a gelada, atrás de uma garrafinha de água, tentando espantar o sono.

Depois, nós íamos para a porta de casa, para observar a rua, ele sempre com a garrafinha em mãos, e eu sempre arrumada para ir para a escola. Me lembro muito bem do cheiro que sempre invadia o ar em dias como esse, era cheiro do arroz da minha mãe, aquele que só ela sabia fazer, me lembro de como sempre achei que aquele cheiro, o aroma do arroz combinava com a brisa das manhãs de outono.


Manhãs de outono me trazem muita felicidade
Manhãs de outono fazem com que eu me sinta realmente abençoada
Por alguém como eu, que já foi muito mimada


Todas essas lembranças me fazem perceber de que manhãs de outono sempre me deixam feliz, de que elas sempre me acalmam. Essas manhãs de outono faz com que eu me sinta abençoada. Por todas as coisas que já vivi, por todas as coisas que já tive.


Encarando o céu azul, eu respiro fundo
E como o céu sublime, eu me sinto mais relaxada
Quando o céu ficou claro?
Uma libélula vermelha voa em círculo, parecendo ainda estar meio dormindo


Depois de já ter tomado o café da manhã, vou em direção a porta da casa, como costumava fazer com meu irmão, mas dessa vez me afasto, até chegar a um balanço, do qual as crianças costumavam brincar, me sento, encarando o céu, que estava agora, azul, não pude deixar de pensar quando foi que ele ficou claro, me pergunto também quanto tempo será que tinha passado desde o momento que eu acordei, para que ele tenha ficada em azul tão vívido, me fazendo lembrar do mar, e de como ele espelha o céu muitas vezes.

Meus pensamentos não ficaram muito tempo nisso, até por que minha atenção foi atraída para uma pequena libélula vermelhinha que voava em círculos, ela se parecia comigo, quando acordava e ficava meio perdida por causa do sono, acabei sorrindo, suspirando aliviada logo em seguida, pensando em como me sentia bem mais relaxa, e com esse pensamento, observei a pequena libélula vermelha se afastar, ao encontrar seu caminho de novo.


Pat pat, mães ocupadas lavando roupas
Trung trung, filhos vagarosamente dedilhando mal seus violões
Quando estiver entediado, o badalar do relógio do seu avô
Combina com o choro de sobrinhos barulhentos


O silêncio daquela manhã foi ficando cada vez mais longe e sumindo, conforme o tempo passava e o movimento naquelas tão calmas ruas aumentava, logo era possível ver mães saindo com carrinhos de feira, outras saindo para trabalhar, algumas ainda indo caminhar.

Avistei também algumas crianças correndo pelas ruas, iniciando as suas aventuras do dia. Vi algumas adolescentes correndo para pegar o ônibus. E outras se reunindo para conversar.

E logo depois foi possível escutar sons de máquinas, que imaginei sendo de alguém lavando roupa, como frequentemente acontecia nesse horário. Pude escutar também o som de algum violão desafinado, encontrando logo em seguida o dono, um garoto sentado na varanda da sua casa, que tocava alguma melodia qualquer e encarava o nada, com, provavelmente, os pensamentos nas nuvens.

Após alguns segundos com os olhos fixos na rua, escutei o som de um relógio, que me lembrou do antigo relógio da casa dos meus avós e de como minha vó sempre dizia que sempre que ela estava entediada o barulho do relógio a lembrava de crianças chorando, mas especificamente, do barulho do choros dos seus sobrinhos barulhos, e lembro de como eu perguntava se quando eu chorava, o som era assim, e ela sempre respondia que não, que eu não era uma criança barulhenta, então o som não poderia ser assim. Sua resposta sempre acaba com nós duas rindo e ela bagunçando meus cabelos.

Aquilo era nostálgico. E acabei pensando novamente em como manhãs de outono me deixavam feliz.


28. August 2020 19:19 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Geruza Silva “A criatividade é a inteligência se divertindo.” — Albert Einstein

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