C
C Clark Carbonera


Conto criado para o Desafio Monstros 2020. Um conto de terror com uma charada, uma pergunta simples, que por vezes é assustadora. Existem pessoas que nem se atrevem a fazê-la, com medo do que vão ouvir como resposta. E você? Atreve-se a fazer?


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#boo #Desafio-Monstros-2020 #literatura-brasileira #terror #402 #monstros #charada
Kurzgeschichte
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Capítulo Único


"Monstros são reais, e fantasmas também. Eles vivem dentro de nós e, às vezes, eles vencem." — Stephen King




Bem no centro daquela região inóspita e lúgubre, de céu plúmbeo e nuvens vermelhas, existe um lago de água cristalina, onde às margens estremecem lírios alvos à mais singela das brisas.

Todos conhecem aquela região e aquele lago, mas poucos se atrevem a ali chegar, mesmo que o caminho seja o mais curto existente em qualquer mapa, de qualquer mundo.

Foi depois do estremecer de uma das flores que um jovem humano se encontrou por aquelas bandas. Esbelto e de olhos brilhantes, o peito vasto e cheio de alegrias, não compreendia como aquele lugar podia ser tão feio e vazio se no seu interior só existia luz e amor. Afinal, o mundo não é um reflexo de nós mesmos?

Ele sorriu gentilmente e estalou a língua, algo não estava certo. E como esse lago maravilhoso de água brilhante existia perene num lugar tão hostil? Como essas flores divinas brotavam por ali, quando tudo o mais parecia sem vida? Abaixando-se sobre o lago para beber um pouco d’água e aliviar a garganta seca, ele afastou uma mecha dos cabelos que lhe caíram sobre os olhos.

Sua mão parou a poucos milímetros da água limpa quando ele encarou seu reflexo e abriu um sorriso. Foi tocando de leve com o dedo os contornos do seu rosto. A cada toque na água, ele sentia um acariciar no próprio rosto, como um beijo das brisas farfalhantes. A cada toque ia se recordando de sua vida, dos caminhos por que caminhou, das escolhas que escolheu, das palavras que palavreou. A cada toque na água pura, o jovem humano se tocava docilmente, quase em torpor. E a cada toque chegava cada vez mais perto do que seus olhos se recusavam a enxergar, pois que, a cada toque, recordava-se dos erros que errou.

Erros. Erros. Erros.

Seu âmago estremeceu diante daquilo. No fundo, bem no fundo, não queria chegar ali. Melhor fechar os olhos para não mais enxergar, melhor afastar a mão para não mais tocar.

Mas as águas cristalinas eram mágicas, diziam alguns, eram demoníacas, diziam outros. E o jovem humano não pôde fazer nem um nem outro. Seus lábios ressequidos entreabriram-se e seu coração perdeu o compasso ao ver as águas do lago se remexerem. Algumas bolhas surgiram lá debaixo e o borbulhar aumentava ao escancarar de seus olhos.

O corpo petrificado ouviu temeroso a voz vinda do lago:

– Quem sou eu?

Uma charada? – pensou.

– Quem sou eu?

– Quem é você?! – desejou gritar.

– Quem sou eu? – repetiram as bolhas.

Os olhos marejados do jovem humano viram a água se aproximar lentamente, até que ele caiu no lago.

As águas cristalinas lambiam todo o seu corpo e as bolhas faziam-lhe cócegas. Ele quase se esqueceu do seu medo de há pouco, embebido que estava por aquele prazer líquido. E tomando isso por brecha, as bolhas acariciantes foram levando-o para mais fundo no lago.

– Quem sou eu?

A água limpa, tornava-se densa e escura com o nadar profundo das bolhas. O jovem humano sentiu que caíra numa armadilha ao notar que não conseguia afastar-se das bolhas falantes. Seus braços e pernas batiam e espanavam pela água suja e lodosa, algas negras e pegajosas agarravam-se nele sem qualquer cuidado. Sua boca se escancarou num grito mudo quando uma das longas algas cercou-lhe o pescoço, tal qual um colar de sombrio presságio.

– Quem sou eu?

Exigiam saber as bolhas.

– Quem sou eu?

Com olhos cerrados de medo, ele balançava a cabeça e tentava se afastar das algas e das bolhas, das águas negras profundas e do lago. O lago! Ele tinha que sair daquele lago! Era de fato um lago demoníaco que se travestia de divino!

E a esse pensamento, as bolhas falaram mais e mais alto, as algas o puxaram para mais e mais fundo. Novamente seus lábios se escancararam.

– QUEM SOU EU?!

O jovem sentiu seu coração batendo mais devagar, e algumas lágrimas misturaram-se às águas do lago. Seus braços e pernas deixaram de se debater. O ribombar do seu coração passou a tocar uma velha melodia que ele achava não existir mais dentro dele: erros...erros...erros...erros...

Àquelas notas melancólicas, as algas foram se acercando de cada pedacinho de carne macia, e as bolhas foram levando o corpo para o fundo do lago frio, enquanto elas repetiam suavemente em seus ouvidos:

– Quem sou eu? quem sou eu? quem sou eu? quem sou eu?


Para quem olhasse o lago de água cristalina cercado de alvos lírios que vivia naquela região inóspita e lúgubre, de céu plúmbeo e nuvens vermelhas, talvez sentisse uma certa paz. Pois que do espelho que era a água, nenhum estremecer se via.

A não ser que seus ouvidos capitassem:

Quem sou eu?




19. Mai 2020 16:15 28 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

C Clark Carbonera “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Fã de carteirinha de Buffy - The Vampire Slayer.

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Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Olá, Clark! Somos do time de Comunidade da Embaixada Brasileira do Inkspired, responsáveis pelo desafio Monstros Ink., e ficamos muito felizes com a sua participação; é sempre bom ver essa disposição para a escrita. Bom, vamos lá! A aparência de um texto, por mais que subestimada, é o primeiro elemento a chamar atenção de um leitor. A capa de Quem sou eu? desempenha bem essa isca, simples mas bonita, com as informações certas dispostas em organização. Citações condizentes com a história sempre são bem-vindas e essa em específico, a do Stephen King, combinou com o conceito que quis transmitir com seu texto. A descrição de cada elemento é completamente envolvente, você utilizou adjetivos fortes e nada repetitivos. As ações são descritas com o mesmo ânimo que se quer passar com o texto: uma melancolia leve, quase imperceptível, assim como o é muitas vezes esse monstro dentro de nós - mas fatalmente avassaladora depois de percebida. Há trechos em que dá para notar repetições intencionais de certas expressões, como em “E a esse pensamento, as bolhas falaram mais e mais alto, as algas o puxaram para mais e mais fundo [...]”, e você consegue deixar isso bem claro. Elas fortalecem o tom da narrativa em momentos muito específicos, sempre acompanhando o ritmo da história. Porém, há pequenas partes que requerem maior atenção. Como em todo desafio, precisamos estabelecer um edital com critérios para avaliação. Um dos principais do nosso desafio é a criação de um monstro que seja, ao mesmo tempo, personagem da história. Achamos muito interessante a ideia de o lago aparecer como um possível personagem, em especial devido à reflexão que você traz sobre os monstros que temos internamente. Existem na realidade muitos monstros que não são físicos, que vivem em nós e em nossos reflexos, e a imagem do homem se tocando na água nos marcou muito. Além de tudo isso, a pergunta, apesar de simples, é uma daquelas que não se pode possuir a resposta em primeiro momento, fazendo com que ela fique em nossa cabeça até para bem além do final da história. Quem sou eu? Quando o personagem é confrontado com essa pergunta, pareceu-nos que ele estava sendo julgado pelos próprios erros e pecados. Ele começa a história como alguém feliz e cheio de beleza e amor; a seguir, nega os próprios erros e defeitos, o que nos leva a pensar que ele está negando partes de seu eu interior. Se nos colocarmos no lugar desse personagem, “quem sou eu”? Eu sou essa pessoa cheia de luz e beleza interior? Eu sou a pessoa bonita refletida no lago? Eu sou cheio de defeitos e cometo erros? Para se adequar melhor ao critério de criação de monstro, porém, precisávamos que a ideia do monstro fosse mais desenvolvida. Compreendemos a atmosfera sinistra criada e a achamos sensacional; como um texto independente, a história está maravilhosa. Como parte do desafio, porém, precisávamos compreender melhor o monstro que você criou. Da maneira que está, não há como diferenciá-lo de um simples lago amaldiçoado ou de um espírito ou demônio. Faltou-nos a particularidade que tornaria esse monstro um monstro no sentido que especificamos no edital. Quanto ao último parágrafo: trazer os primeiros parágrafos de volta é uma daquelas ferramentas que funciona melhor em histórias longas, porque o leitor costuma deixar essas palavras de lado e é pego de surpresa com o final. No caso da sua história, por ela ser curta, essa tática foi menos impactante, porém gostamos muito da frase final, que fechou muitíssimo bem o texto. Também sentimos falta de maior variação de pontuações além da vírgula, como o hífen, ponto e vírgula (este se encaixaria muito bem em boas partes do texto) e dois pontos. Um exemplo em que isso aparece é no trecho a seguir, que poderia ser pontuado assim: “Seu âmago estremeceu diante daquilo; no fundo, bem no fundo, não queria chegar ali”. Usar diferentes tipos de pontuação e de conjunções sempre é uma boa dica na hora da escrita. No seu texto, você usou apenas “mas”; tente aproveitar “porém”, “entretanto”, “todavia” em seus próximos textos! Bom, aqui chegamos ao final. Nós, do time de Comunidade da Embaixada Brasileira do Inkspired, ficamos muito contentes com sua participação, pois assim nos concedeu a chance de ler Quem sou eu?! Parabéns pela sua história e continue sempre escrevendo!
September 25, 2020, 16:37

  • C C C Clark Carbonera
    Yes yes yes, o tão esperado comentário chegou! O carinho e o profissionalismo que vocês têm em cada desafio é lindo demais da conta; vejo isso como um diferencial na plataforma. Anotei todos os pontos marcados para revisão e aperfeiçoamento da história e assim que tiver um tempo maior de análise vou trabalhar em todos eles. Agradeço demais pelo trabalho de vocês que contribuem para um mundo mais colorido de histórias e narrativas - bem construídas e revisadas, diga-se de passagem hehehe -, pois todos nós estamos precisando disso :) Abraços apertados para o time da Comunidade da Embaixada Brasileira do Inkspired!! October 01, 2020, 13:25
Kaline Bogard Kaline Bogard
Olá! Que frase de impacto você escolheu para iniciar esse texto! Sou suspeita para falar, afinal o King é meu autor favorito de todos os tempos. Agora sobre o texto: que enigma! Essa é uma questão que assombra todas as pessoas, é atemporal e não respeita idade: do mais jovem ao mais idoso, qualquer pessoa pode ser acometida por essa duvida: uma pessoa pode lutar e viver cada dia, chegar ao final e ainda não ter a resposta. Passamos a vida tentando desvendar quem somos, fazemos escolhas achando que nos conhecemos e então... colocar esses elementos foi a cereja do bolo: é o sobrenatual, uma incursão inumana? É uma alucinação? E o final, é o pior cenário para qualquer um: chegar ao final sem uma resposta. Ir além e nunca ter paz. Parabens!!
June 18, 2020, 12:23

  • C C C Clark Carbonera
    Olá, Kaline, tudo bem? King é favorito de vários autores mesmo. E waaaaaaaa, muito obrigado pelo comentário e pela avaliação!!! Eu adorei :D Que bom que o texto te despertou esses questionamentos (sempre me perco nos meus próprios também), fico feliz com isso hehehe Abraços o/ June 19, 2020, 13:37
Eduardo Cezar Eduardo Cezar
Nossa, muito bom seu texto. Esse conto tem um toque filosófico bem marcante, essa questão do eu e o que está em nós é muito interessante. Teu vocabulário é impressionante e tens um lirismo muito marcante, parabéns. Consegues criar belas imagens!
June 10, 2020, 12:00

  • C C C Clark Carbonera
    Olá, Eduardo Cezar, me alegro ao ver seus elogios! Você falou sobre um certo toque filosófico, pois de fato adoro filosofia e isso acaba migrando para minhas histórias. Que bom que gostou do vocabulário! Uma das minhas tentativas é sempre engrandecer as sensações a partir disso mesmo. Nossa língua é tão bela e vasta, e nela existem tantas palavras que nem conhecemos, mas que estão ali, num dicionário da estante, só esperando que alguém as pegue e desenhe histórias! June 11, 2020, 14:48
Nathy Maki Nathy Maki
Olá!! Primeiramente, eu adoro essa frase do King! Já usei ela como inspiração para outra história e penso que ela diz bastante sobre nós como humanos, exatamente como mostra o texto! Sempre adorei o seu modo de escrever e isso não mudou, exige um nível de concentração e te absorve de um jeito que tudo o que você faz é ler e ler até o final! Adoro a referência a história do Narciso e como o monstro pode ser muito bem a pobre Eco amaldiçoada, sempre a repetir a última fala " Quem sou eu?" haha Fantástico! Parabéns mesmo!
June 09, 2020, 14:51

  • C C C Clark Carbonera
    Oi, Nathy Maki!!! Só vi agora que você estava participando do Desafio (já correndo pra ler a sua história *-*). Uau, essa frase do King é MESMO inspiradora e às vezes a gente (pelo menos eu XD) precisa dessas frases pra ajudar na criação/continuação de histórias (eu sempre penso em comprar aqueles livros de citações). No caso, eu não ia colocar a frase do King, mas não sabia se as pessoas iriam entender a mensagem transmitida. Aí optei por colocar já que a frase dele é ótima mesmo e é isso aí hahahhaa Fico tão contente quando você fala do modo de escrever ^^ pois às vezes penso de uma forma um tanto diferente e não sei se geral entende o que eu quero dizer! (problemas de introspectivos, quem nunca?) Eu realmente não estava pensando na história do Narciso e da Eco quando escrevi o conto, mas acredito mesmo que as Grandes Histórias criadas pela humanidade permeiam nossas "mentes coletivas" e acabam se imiscuindo em nossas criações presentes. Como Borges disse certa vez: não existe história original, todas as nossas criações provém de inspirações de outras obras, e estas sofreram o mesmo processo. Eu sempre acabo pensando nessa ideia do Borges :F June 11, 2020, 15:05
Muito boa a mensagem por trás do texto, realmente muito bem feito! Me vi o tempo todo concentrada na atmosfera muito bem retratada, parabéns!
June 01, 2020, 18:13

Lucas Alcântara Lucas Alcântara
Completamente genial, essa ideia abstrata do monstro permitiu uma reflexão e ainda me deixou com uma pequena paranóia de rios. Narrativa surpreendente e muito fluída, você é demais
May 30, 2020, 11:00

  • C C C Clark Carbonera
    Hahahaha "paranoia de rios" foi ótima! Que bom que consegui transformar o abstrato em algo um pouco mais concreto (eita coisa difícil!). Obrigado, Lucas!! Tentei passar justamente a ideia de fluidez por conta da água mesmo :D May 30, 2020, 13:19
Antónia Noronha Antónia Noronha
Através de uma história, de uma charada, conseguiu captar uma questão que todos nós, em alguns momentos da nossa vida, deveríamos nos questionar, 'quem sou eu?'. Bom trabalho!
May 28, 2020, 21:49

  • C C C Clark Carbonera
    Olá, Antónia Noronha, tudo bem? Vi que você é nova aqui no Ink e é de Portugal! Seja bem-vinda, é sempre bom ver como podemos conhecer pessoas criativas de várias partes do mundo, podendo "competir" num Desafio desses por conta da semelhança linguística ^^ Muito obrigado pelo seu comentário! Vi sua história participante, mas ainda não a li (como ela é um pouco longa só poderei lê-la mais tarde!). May 30, 2020, 13:29
Franky  Ashcar Franky Ashcar
Olá!!!! <3 Antes de começar o meu comentário de maneira apropriada gostaria de falar, que conto do caralho! <3 Simplesmente foi genial o uso de uma simples frase como um monstro, porque real é algo que deveríamos saber por que trata-se de nosso intimo, mas que muitas vezes nem damos a devida atenção. Tanto é verdade que muitas pessoas procuram religiões para obter ajuda no material (seja a vida de alguém amado, a saúde e até dinheiro), mas o caminho religioso traçado de autoconhecimento e melhoramento de quem somos é o menos procurado e o mais doloroso. Até tem uns memes de magia do Caos que fala sobre isso de autoconhecimento fico rindo horas, mas sei que é verdade! hahaha Já li outras histórias suas, e como sempre a narrativa é maravilhosa, fluída e bem detalhada! Só amo! Parabéns! Desejo toda a sorte do mundo no desafio! Muito obrigade por compartilhar mais uma delicia com a gente! :)
May 25, 2020, 04:51

  • C C C Clark Carbonera
    Oláááá, Verônica!!! Ri demais lendo teu comentário (e ontem fui dar uma pesquisada nesses memes de magia do caos que nem conhecia HAHAHHAH e são realmente ótimos!!). Nossa, concordo contigo sobre isso da religião e do autoconhecimento, esse último é o mais turbulento dos caminhos e amedrontador pra mim x_x por isso me inspirei no meu próprio medo pra fazer esse conto. Fico até sem jeito com os elogios sobre a narrativa (a gente sempre acha que o treco tá ruim hahaha) e obrigada pelos parabéns :)) May 28, 2020, 00:08
Lilac L. Lilac L.
Eu estava esperando uma reviravolta de algo grotesteco ou algo como o mito de Narciso, apaixonado pelo próprio reflexo, mas acabei bem perplexa com a reflexão que o conto me proporcionou. Creio que esse noite vou dormir assombrada por essa mesma pergunta. "Quem sou eu?"
May 21, 2020, 04:53

  • C C C Clark Carbonera
    Nossa, Lilac L., enquanto eu estava escrevendo, a imagem do mito de Narciso veio com força em minha mente também (gosto muito desse mito e a história dele ainda é extremamente atual na época das mídias sociais, né, quantas pessoas ficam babando pelos próprios reflexos!). Fico muito feliz que esse conto tenha te proporcionado uma reflexão *-* Eu também volta e meia me pego de olhos arregalados antes de dormir quando essa pergunta salta igual golfinho na minha cabeça haha Muito obrigado pelo comentário e pelo voto!!! May 21, 2020, 14:18
DC David Cassab
Parabéns pela história cara! Essa pergunta pode trazer à tona os piores monstros que vamos encontrar!
May 20, 2020, 20:47

  • C C C Clark Carbonera
    Obrigado, David! De fato, existem vários tipos de monstros e pessoalmente acho que os piores são aqueles que nós mesmos criamos! May 21, 2020, 14:09
Melissa Leal Melissa Leal
Tá uma pergunta que pode ter inúmeras respostas e ao mesmo tempo nenhuma. Sufocante como a água que não sabe o que é pois só lhe resta refletir. Foi muito interessante gostei, teve momentos que prendi a respiração kkkkk como chegarei perto de um lago agora? (・Д・)
May 20, 2020, 18:23

  • Melissa Leal Melissa Leal
    Ganharei está batalha contra meus monstros internos ou me afogarei hmmmmmmm Adorei a citação assim como a história May 20, 2020, 18:28
  • C C C Clark Carbonera
    :O como chegar perto de um lado depois dessa?! A sensação que você teve quando leu o conto é quase a mesma que tenho em relação ao oceano de um modo geral...Eu fico pensando "o que será que existe naquela escuridão toda lá debaixo, painho?" hahaha May 21, 2020, 14:07
Artemísia Jackson Artemísia Jackson
A escrita é divina, adorei as palavras sofisticadas, a descrição dos cenários, muito bom! E a história é tocante, nossa essa pergunta... Atormenta a alma de todos, se dúvida. Enfim, esse conto tá muito bom e alinhado com o tema, eu adorei. E a citação do início é maravilhosa e tem tudo a ver com o tema. Parabéns!
May 20, 2020, 18:18

  • C C C Clark Carbonera
    Muito obrigado pelos elogios e gostei do seu "palavras sofisticadas" (fazendo a dança do caranguejo agora mesmo!). Legal você ter achado a citação maravilhosa, partilho da mesma opinião...a primeira vez que li ela foi quando criança e nunca me esqueci, pois é bem verdadeira. Obrigado!! May 21, 2020, 14:03
Rodrigo Borges Rodrigo Borges
É uma pergunta pertinente e que até certo ponto me causa medo. Os monstros podem ser diversos, as armadilhas também. Parabéns!! ^^
May 19, 2020, 19:07

  • C C C Clark Carbonera
    Pois é, né. Honestamente, também tenho certo medo dessa pergunta. Obrigado pelo comentário e pelo voto! Acabei de editar o capítulo, pois me esqueci de uma citação que acho bem pertinente ao tema o/ May 20, 2020, 11:06
  • Rodrigo Borges Rodrigo Borges
    Eu amo essa afirmação do S.King, até porque ele já foi alcoólatra. Inclusive, um dos personagens dele, o Jack Torrance, do O Iluminado, foi baseado nele próprio. Por maior medo que sinto da pergunta, eu acho fascinante, hoje em dia, alguém ainda sustentar essa dúvida acerca de suas atitudes. Por mais que misterioso, me parece mais confiável do que alguém que diz conhecer, totalmente, a si mesmo, como hoje em dia moda é. May 20, 2020, 18:58
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